Em 1095 o imperador Alexius I Comenus enviava embaixadores ao Papa Urbano II, solicitando reforços para enviar mercenários em investidas contra os turcos. Urbano concordou, com a esperança de, ao ajudar as igrejas orientais neste momento de grande necessidade, acabar com a disputa do oriente e reunir a igreja cristã sob o domínio papal.

A Guarda Varegue é um grupo de guerreiros nódicos dedicados exclusivamente a proteção pessoal do imperador bizantino, usados em momentos cruciais de batalhas devido seu destemor e hipoalgia quando se encontram no frenesi da batalha.

Dentre as exigências impostas por Urbano II, a submissão da Guarda Varegue em nome da igreja interferiu seriamente na vida de uma família em específico, cuja história é a seguinte:

Gunne Bjorgson, em anos passados, era um exímio combatente, vitorioso em várias batalhas. No passado ele salvou a vida do sobrinho do então imperador de bizâncio, mas sofreu um terrível ferimento que o retirou definitivamente das batalhas. Apiedado do sinistro que ocorrera, e ciente do feito, o imperador Nicephorus III o aposentou de seu serviço, dando-lhe uma pequena porção de terras, e decretou que os filhos de Gunne não teriam a obrigação de servir a guarda varegue se não o quisessem.

Enok Gunnarson, filho de Gunne, viveu esta paz permitida após servir a guarda varegue por alguns anos. Embora não fosse obrigado, ele se via no dever de fazê-lo, mas após o nascimento de seu primeiro filho, Bjorg, decidiu voltar a viver em casa.

Outros três homens nasceram nos anos que se seguiram, sendo eles Erling, Andor e Hugin. Enok viu aquilo como uma benção, tantos filhos homens para uma só pessoa só poderia ser a mão dos deuses (sim, ele era pagão).

Anos se passaram e seus filhos cresceram, mas a sombra pairava em seu lar. Recrutados em sua ausência os filhos de Enok foram enviados aos campos de batalha para cumprirem seu dever na varega. Ao retornar e saber das notícias, Enok, em ira e desespero (ele já não era mais um homem de guerra), tentou dissuadir os líderes varegues deste recrutamento, clamando pelo decreto do antigo imperador.

Como resposta ele recebeu que o império e a igreja planejam uma grande investida e apenas os filhos de Gunne seriam poupados, não seus netos e demais descendentes. Ao retornar sem seus filhos, Dália, sua mulher, por vários dias não mais falou com ele. Só voltou a fazê-lo quando Enok, com seu grande machado, anunciou que iria retornar a varega, para proteger e buscar seus filhos.

Desde então ele seguiu seu rumo a “grande investida” anunciada, mas com fortes sentimentos contraditórios entre o dever e a família.