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Contos / Conan 1 - O Deus Sombrio da Cidade Perversa
« Online: Janeiro 16, 2015, 04:45:40 pm »
O odor azedo do vinho barato mistura-se ao do suor exalado pelo corpo de homens e mulheres. Conan bebe o último caneco que suas moedas podem pagar. Os olhos azuis observam o movimento de quadris luxuriantes cobertos apenas pela transparência de véus. Não estivesse esperando por Jenna, o bárbaro certamente provaria dos prazeres de uma de suas colegas.
No balcão, Abuletes seca canecas que em breve receberão mais vinho. Com seus braços poderosos, Conan afasta bêbados, ladrões e todo o tipo de escória que habita o Deserto, a área mais infame de Shadizar.
- Onde está Jenna?
– Acalme-se, bárbaro. Em breve ela vai chegar. Sua cama será aquecida esta noite.
Jenna, porém, não aparece. Acostumado a ser o senhor de sua própria vida, o jovem cimério se enfurece com o que imagina serem os caprichos da meretriz que tomou por amante. Uma rápida conversa com Abuletes e as mulheres que trabalham ali revela que Jenna vinha tendo problemas com um ex-amante: Feliks.
O tipo de cão covarde a quem Conan ensinará uma lição valiosa caso tenha tocado as patas em sua mulher.
****
Diante da porta de Jenna, uma velha encarquilhada grita palavras pouco lisonjeiras.
- Rameira! Meretriz! Saia desse buraco e pague o que me deve.
– O que há, velha?
– Quem é você? Um dos homens que a rameira traz à minha casa?
– Eu sou Conan. E essa não é sua casa.
– Sim, ela é. Jenna me deve 10 moedas pelo aluguel.
– Tome essas quatro. São as últimas que tenho.
– Por que está fazendo isso?
– Para que pare de gritar e suma da minha vista. Quando tiver mais moedas, darei a você.
Dentro da casa de parede e chão de barro, Conan se depara com o cenário de uma briga. Ainda que não exista sangue, a bagunça e os objetos quebrados não deixam dúvidas a respeito do que houve ali.
****
Feliks teve algum sucesso recente na vida, pensa Conan. O ouro extorquido de mulheres parece ter servido para pagar a casa no Distrito dos Mercadores. À espreita, o bárbaro aguarda a chegada do maldito. Um movimento às ocultas, porém, desperta seus olhos aguçados. A luz bruxuleante de uma vela ou tocha pode ser divisada através das frestas da porta.
Movimentando-se como uma pantera, Conan dirige-se até a janela lateral da residência. Usando sua espada como alavanca, rompe a tranca e com um salto entra na sala de poucos móveis. A única abertura leva a um quarto, onde, no chão, está uma tocha recém-extinta.
Antes que seus olhos possam acostumar-se completamente à tênue iluminação da lua, um grito é emitido das trevas. De punhal nas mãos, um homem avança sobre Conan. O golpe apenas perfura sua túnica rústica. Em resposta, o bárbaro atinge-o no rosto com as costas da pesada mão. Retrocedendo para equilibrar-se, o adversário sorrateiro finalmente pode vislumbrar o porte poderoso do bárbaro, a larga lâmina que carrega e a maneira como faíscam selvagens os seus olhos azuis na escuridão. Abaixando o punhal, Demétrius desiste da luta.
- Pode ficar com tudo. Não desejo lutar.
- Acenda uma tocha. Quero ver o seu rosto de rato sorrateiro!
Assim que a luz revela o ambiente, Conan percebe sob a cama de Feliks um véu que já vira Jenna usar. O tecido ainda carrega seu perfume. A breve distração é o suficiente para que os dedos rápidos de Demétrius se dirijam a pedaços de osso cortados em quadrados e marcados com pontos pretos, que repousam sobre um pergaminho em uma escrivaninha.
- O que são esses ossos?
– Um tipo de moeda. São usados na Arena de Zenon. Para apostas.
– E esse papel, o que está escrito nele.
– É uma carta. Está assinada por Fafnir, líder do Culto do Deus Sombrio. Diz que Feliks ainda deve parte do valor cobrado dos novos membros.
– Deus Sombrio, é? Como se precisasse de muito para homens civilizados temerem a escuridão.
– Não se engane, bárbaro. Fafnir é um homem poderoso. E perigoso.
– Veremos!
****
De volta ao Deserto, no caminho até a Arena de Zenon, Conan e Demétrius são interrompidos por um velho. Das sombras de um beco ele sai, tão encurvado que precisa virar o rosto para olhar nos olhos de seus interlocutores. Um pedaço de pau toscamente entalhado lhe serve de apoio. Suas roupas são as de um maltrapilho.
- Aqui, aqui! Por uma moeda.
– Não tenho moedas para lhe dar.
– Não, não. Não quero que me dê. Estou oferecendo algo.
– De que se trata, velho. Fale logo com essa sua boca imunda.
– Ali, minha filha. Por uma moeda. Ela é apertadinha. E é abestalhada. Não entende e não se importa.
Demétrius parece não dar atenção àquilo, mas Conan fica atordoado diante da proposta que apenas teria lugar nas ruas de Shadizar. Mais adiante, encostada na parede, está uma mulher que recém deixou de ser criança. Veste farrapos. Seu rosto de traços grosseiros emoldura um sorriso idiota de dentes podres. Mal há sinal de inteligência em seus olhos.
- Cão zamoriano, oferece a filha a estranhos em um beco?
– Ora, se não a deseja, cale-se! Certamente encontrarei homens dispostos a pagar por ela.
Conan leva a mão ao aço. O desejo de punir aquele horror lhe vem como um reflexo. Sua mão é detida por Demétrius.
- Se matar o velho, quem cuidará da filha? Você?
Incapaz de responder, Conan embainha a espada e se afasta, ruminando o que a civilização acaba de lhe ensinar.
****
A Arena de Zenon fica no subsolo de um pequeno prédio, no coração do Deserto. No térreo há apenas um balcão onde ouro é trocado pelas fichas de osso que servem às apostas, e dois guardas mal-encarados. Lá embaixo o ar é pesado e fede a suor e sangue. Cerca de cinquenta homens, entre apostadores, combatentes e recolhedores, se espremem ao redor de uma arena delimitada por barras de ferro que vão quase até o teto.
Em poucos minutos, Conan, com o auxílio de Demétrius, sela um acordo. O cimério precisa vencer Amboola, o gigante kushita que já esmagou mais de vinte adversários. Sua presença na arena está inibindo apostadores. Conan travará um luta de bastões em troca de informações a respeito de Feliks e algum ouro.
As sandálias de Conan grudam no chão. O sangue que vem sendo derramado há muito pintou o barro. Girando seu bastão com destreza, Amboola avalia o adversário. Enquanto o kushita se parece com a coluna inamovível de um templo, o cimério, de cintura delgada e peito maciço, movimenta-se como uma pantera.
O primeiro golpe de Conan é rápido e leve, buscando revelar a velocidade de Amboola. Confiante, o negro subestima a força do adversário e lança um ataque devastador, mas lento. Conan se aproveita e atinge Amboola pela primeira vez, nas costelas. A plateia reage com gritos selvagens.
Restabelecendo-se, e um pouco surpreso – acabara de deixar a arena ileso –, o kushita avança mais cauteloso, mas sem desfazer o enorme sorriso sarcástico. Inúmeros golpes são trocados. A carne e os ossos de ambos são submetidos a um teste que faria ursos sucumbirem. Perto do final, quando a única coisa que se ouve naquele subterrâneo brutal é a respiração pesada dos combatentes extenuados, um elemento inesperado é adicionado.
Por sobre um vão das grades que delimitam a arena, uma maça de ferro é jogada. Conan e Amboola encaram-se como o fariam serpentes um instante antes do bote. O kushita atira-se na direção da arma, enquanto Conan tenta afastá-lo com um chute. Mal localizado, o golpe não é suficiente para desequilibrar o gigante, que se ergue com a maça nas mãos. Seu sorriso retorna, e os dentes brancos surgem tingidos de vermelho.
Conan sabe o que acontecerá em seguida. Amboola é um guerreiro orgulhoso, cuja reputação foi arranhada pelo estranho nortista que veio ameaçar seu reinado na arena. A maça corta o ar de baixo para cima, movida por uma força capaz de arremessar um homem a quatro metros de distância. Conan sai do caminho no último momento, afastando o tronco apenas o suficiente para livrá-lo da morte certa. Firmemente plantado no chão, o cimério gira o quadril e desfere um chute devastador nas costelas feridas de Amboola. O kushita tomba como um saco furado.
****
O vinho jorra através da garganta de Conan, misturando-se ao sangue dos lábios feridos. Os dentes rasgam a carne de carneiro enquanto ele houve Abuletes.
- Más notícias são essas, Conan! Tudo o que envolve o culto ao Inominado Deus Sombrio é mau.
– Os homens na Arena de Zenon benziam-se como velhas crédulas toda vez que ouviam esse nome.
– Eles são uma religião formada por homens cruéis.
– Que quer dizer?
– Eles fazem cerimônias estranhas, em noites como esta. Dizem que precisam aplacar a fúria de seu deus para que ele não destrua o mundo.
– Que grande bobagem. Crom, de sua montanha, esmagaria esse deus de covardes.
– Que esse Crom o ajude, então.
– Ela já ajudou, quando me deu força para matar. Em breve, esses cultistas vão descobrir o resultado da benção de Crom.
****
Dirigindo-se sozinho até o Distrito dos Templos – Demétrius preferiu não arriscar-se contra as maldições de sacerdotes –, Conan logo vislumbra as construções imponentes erigidas em nome de deuses de toda a espécie. Bel, o deus dos ladrões; Azoth, que em seu sono guarda os mortos; Morath-Aminee, o devorador de almas; Omm e Zath, cultos rivais que adoram aranhas gigantes; Ong, deus da dor e da redenção; Shan, o semideus da guerra; e Zandru, senhor dos Nove Infernos.
Apesar da multidão que se desloca pelas ruas, o local é silencioso e pacífico. O perfume de dezenas de incensos impregna o ar que os sábios respiram durante discussões a respeito da existência e seus significados. Como gado na direção do abatedouro, a multidão dirige-se ao Templo do Deus Sombrio, uma torre encimada por um minarete de ouro e cercada por degraus que levam às portas principais da nave central. Uma luz dourada emana do interior. Sobre as portas, joias e vidro roxo e vermelho mostram imagens de sacerdotisas de tempos imemoriais.
Conan desvia-se e dirige-se até uma ruela menos movimentada. Ali, encontra o esbaforido servo retardatário do Deus Sombrio. Sem maiores dificuldades, toma-lhe o manto e a faixa vermelha e roxa, deixando-o amarrado em um beco. Que os ladrões o encontrem antes dos ratos…
Misturado aos últimos fiéis que adentram o templo, Conan pisa os carpetes verdes e observa os adornos azuis que decoram o interior. A pintura do teto simula uma noite de lua cheia. Alcovas laterais recebem os viciados em lótus e haxixe em busca de visões religiosas. Quando o bárbaro senta-se, Fafnir, o sumo sacerdote, chega ao ápice de seu discurso repleto de metáforas incompreensíveis. Servos perfilam-se ao redor dos fiéis e começam a puxar correntes que movimentam um painel superior, revelando o interior oco da torre, através do qual se vislumbra o minarete.
Em companhia de dois homens, Fafnir deixa o salão principal e dirige-se a uma escadaria que se estende pela parte interna da torre. Aproveitando-se da distração da multidão em êxtase, e já ciente de quem será utilizada para aplacar a fúria do deus, Conan parte atrás do sumo sacerdote.
Espreitando na escuridão das escadas, o bárbaro testemunha o que parece ser a preparação de algum tipo de rito religioso. Antes que aquilo vá adiante, ele arremessa uma adaga contra as costas de um dos sacerdotes. O homem grita, em agonia, enquanto Conan avança com o aço nas mãos, desferindo um golpe que faz tombar o segundo sacerdote. Seus olhos selvagens voltam-se na direção de Fafnir.
- Cão, onde está Jenna?
– Selvagem maldito, não sabe o que fez?
A resposta de Conan é dada por seus braços gigantescos, que erguem Fafnir como se ele fosse uma folha. Aos gritos, o líder do Culto ao Inominado Deus Sombrio é devolvido aos fiéis, trinta metros abaixo. Preparando-se para enfrentar a horda que sobe as escadas, Conan ouve gritos por socorro. É Jenna, presa a uma parede atrás de um painel móvel. Assim que parte as correntes e sai da alcova levando a amante consigo, os cabelos da nuca de Conan se eriçam.
Uma figura enorme encobre parte da lua em seu voo perverso. O som de asas gigantescas ressoa na madrugada. Conan controla seu pavor diante daquele horror alado. Firmando as pernas e com o aço em mãos, ele espera pelo confronto com o próprio Deus Sombrio.
****
A coisa com cheiro de sangue velho experimenta o aço de Conan, que atravessa um de suas asas membranosas. O guincho agudo fere seus ouvidos. Sangue negro do Deus Inominado jorra sobre os braços e o peito do bárbaro, que aproveita o pouco espaço do minarete para manter-se afastado das garras e dentes pontiagudos que avançam sem cessar. Encharcada, a espada arranca mais um naco de carne. A divindade ferida agora busca afastar-se. Sua única rota de fuga é o vão que desce até a nave central do templo. Conan não hesita um segundo antes de atirar-se atrás da coisa.
A essa altura, poucos fiéis permaneciam ali. A queda de Fafnir, seguida da visita assombrosa do Deus Sombrio, fez com que quase todos deixassem o templo, em pânico. Os que restaram testemunham a agonia de sua divindade, assolada pelos golpes constantes do cimério. Porém, nem mesmo a força de Conan consegue sobrepujar o voo caótico, e o bárbaro é atirado contra os bancos.
Ferido e ciente de que tem apenas uma chance de atingir seu adversário antes que ele mergulhe para um ataque fatal, Conan toma impulso sobre os bancos e salta. Suas pernas poderosas o elevam acima da altura de dois homens, em um encontro aéreo devastador. A espada corta do ombro até a pata inferior do horrível morcego. O ser gigantesco tomba, debatendo-se sobre o próprio sangue escuro.
Com um golpe derradeiro, Conan encerra a agonia de guinchos sobrenaturais. O peito aberto da criatura expõe, aos seus últimos fiéis, o coração morto de um deus.

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Diários de Campanha / Re:Numenera - The Wonder Weird
« Online: Janeiro 09, 2015, 05:10:16 pm »
Capítulo 1 – A Esfera que veio do Céu

Era madrugada em Itzen quando todos foram despertados pelo estrondo que assustou animais e balançou as casas modestas do vilarejo. O ribombar ainda ecoava quando Mark levantou-se e, já de escudo e espada em punho, saiu porta afora. Cid atrasou-se um instante. Adivinhou que o local do impacto atrairia a atenção de todos, e não gostaria de apresentar-se de maneira inadequada. Investiu um minuto num modesto tecnotruque, deixando impecáveis as roupas que vestia. A mulher que os acompanha seguiu o impulso de Mark, admirando-se ao seu lado com aquele extraordinário objeto inerte no meio da praça.

Haviam chegado no início da noite. Mark vem do norte, onde sua espada e escudo já estiveram a serviço de nobres e exércitos, mas disso ele pouco fala. Cid fala muito mais, sem se importar se é compreendido, guardando o silêncio apenas para escutar o que as máquinas têm a lhe dizer. A jovem que os acompanha ainda não concedeu o direito de fazer saber o seu nome. Seu corpo, com aço e carne competindo por espaço e primazia, evoca os maiores mistérios, tão amplos quanto as lacunas entre suas raras palavras. Rumam para leste. É para lá que as visões guiam Cid e para aonde os outros dois deixam-se arrastar; Mark busca distanciar-se do passado, e a companheira de ambos deseja a promessa implícita de Numenera que toda jornada faz aos aventureiros dispostos aos riscos.

Parar em Itzen significaria o conforto de uma noite longe das margens da estrada. Chegaram ao vilarejo em meio aos últimos acertos para o despacho, na manhã seguinte, dos tributos ao nobre local. Foram bem recebidos pela administradora do depósito de mantimentos, Denniewis, e com alguma desconfiança pelo chefe da guarda. Kellown viu com ressalvas o desejo dos visitantes de se dirigirem à fronteira do reino de Ancuan com o Império de Pytharon, região agitada por conta de um passado recente de dominação. A esta altura, ele já havia esquecido que Cid transformara, por um momento, o ensopado de carne de dossi em um caldo adocicado cujo único sabor era o de canela. Quem não esquecera de nada, pelo contrário, lembrava cada detalhe daquele rosto misterioso e altivo, era Rugglet, que mais cedo revelara à recém-chegada seu desejo de capturar ovos de raster e transformar os animais voadores em montaria treinada.

Mas as desconfianças, o sabor de canela e o curioso convite envolvendo montarias aladas empalideciam diante do que estava bem a sua frente.

No centro da praça, enterrada quase meio metro no solo, havia uma esfera prateada perfeitamente polida. Com cerca de três metros de altura, pelo menos quatro homens seriam necessários para abraçá-la. Sem emendas visíveis, sua superfície reflexiva daria um espelho decente.

A população se divide entre os assustados pela incerteza que envolvia aquela esfera que viera do céu e os curiosos diante do inusitado que dera novo ânimo ao sonolento cotidiano de Itzen. Entre os mais exaltados estava Aylonne, uma anciã que não demorou a declarar ser aquele um presente divino e merecedor de veneração. O fervor religioso contagiou alguns, mas ela acabou recolhida a sua casa antes que pudesse ter tempo para espalhar a palavra. Cid chegou a tratar rapidamente com Aylonne, mas sob falsos pretextos. Ela identificou o farsante que dizia passar-se por um dos veneradores do passado que formam a Ordem da Verdade.

Já pela manhã, quando a rotina de Itzen buscava contornar a estranheza daquela esfera prateada em meio à praça, e após nossa misteriosa protagonista desejar em um tom de voz mais elevado do que educado que a vila toda explodisse, alguns dos moradores reúnem-se para decidir o que fazer a respeito daquilo.

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Diários de Campanha / Numenera - The Wonder Weird
« Online: Janeiro 09, 2015, 05:09:55 pm »
Numenera é um cenário de RPG. Nele, uma civilização em estágio medieval de evolução existe em um planeta Terra bilhões de anos no futuro. Pelo menos oito civilizações nasceram e desapareceram, e sobre os resquícios de sua existência vivem os seres humanos do presente, constantemente se deparando com artefatos tecnológicos ultramodernos que simplesmente não são capazes de compreender ou distinguir de magia: a Numenera.

Aqui eu irei narrar as histórias de um grupo de personagens nesse cenário de estranhas maravilhas.

Personagens:
Czyran Eczos, um Nano Mutante que Subtrai Energia
Mark, um Glaive Durão que Defende-se com Maestria
Stephen Dedalus, um Jack Inquisitivo que Funde Máquinas à Mente
Zippack Ranzz, um Jack Gracioso que Doma o Relâmpago

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