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Jogos Sociais / Lexicon - 2a. Partida
« Online: Janeiro 23, 2013, 11:51:49 pm »
A interação ficar no fórum faz mais sentido já que tal evento nao precisa estar conectado a uma enciclopédia, mas sim, apenas ao erudito
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(...)
E eu vou discordar de você. As experiências e estilos de jogo variavam, mas o modelo de desafio tático onde tudo que importava era explorar ao máximo seus recursos para sobreviver (usando tanto conhecimento do personagem quanto do jogador) é um dos estilos mais antigos e tradicionais. Existem até módulos criados para trabalhar esse tipo de experiência nas primeiras edições de D&D (Tomb of Horrors é o primeiro que me vem a cabeça). Isso não é essencialmente diferente de RPGs eletrônicos tradicionais. O próprio Gygax escreveu um livro onde falava sobre "dominar o sistema" e se tornar um "mestre" na utilização da mecânica como uma forma de alcançar a "vitória".
Nota que Role só fica na frente do Playing no inglês por uma questão gramatical. E que existe uma diferença entre "interpretar" e "liberdade de ação." Eu entendo o que você quer sugerir, mas liberdade de ação é um elemento cada vez mais presente nos jogos e por esse raciocínio, alguns MMOs poderiam ser encarados como verdadeiros RPGs. Já interpretação, inclusive nos primeiros RPGs, era algo muito aberto e com pouco impacto real no jogo. Assim como acontece em muitos jogos eletrônicos. Eu posso interpretar um Rei bonzinho numa partida de Crusader's King, mas a mecânica do jogo não é modificada por isso. Exatamente como ocorre em alguns sistemas, onde a interpretação do personagem não possui consequências reais no jogo e a única coisa que importa são suas ações.
-Mas eu não posso fazer tudo que eu quiser num MMO!
Assim como você não pode fazer tudo que quiser num RPG. O que varia entre os dois é a quantidade de escolhas abertas e com consequências que você tem nos dois, onde os rpgs de mesa ainda tem vantagem. A interpretação, em si, pode ocorrer em qualquer tipo de jogo.
Adendo: Não acho que RPG seja uma coisa melhor ou pior, é um hobby como videogame. Entretanto, se você voltar MAIS ainda no tempo, vai ver que os primeiros RPGs de mesa (aqueles derivados de chainmail) não eram nada mais que Entrar na dungeon matar monstro e pegar loot.
(A ênfase na citação acima é minha.)
Entendo. Acho válido e acredito ser enriquecedor para o cenário. Como disse: não me oponho. Só aviso que talvez (e só talvez) teremos que nos controlar para evitar que essa conversa sobre os verbetes não acabe por direcionar a interpretação dos textos. Consigo imaginar um futuro no qual estamos discutindo alguma questão decisiva da enciclopédia (como, por exemplo, a discussão que levantei a respeito de quem teria ganho a Guerra dos Treze Portais) e sejam usados, como argumentos, textos dessa interação paralela. Aí eu não gostaria tanto. É por essas coisas que tenho um pé atrás.
No mais, mandemos ver.