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« Online: Julho 06, 2013, 11:23:08 pm »
Cena 09 - Castelo de Bérquia, Dia 26/06 [Catelia]
Antes do começo da reunião, Catelia conversou com Faustos sobre um dos principais cargos que ainda faltava nomeação.
-Desde de seu novo cargo, não temos um senhor das moedas. Tradicionalmente, o Barão de Govnark (que possui prata) ocupa esse espaço, mas você, como já aconteceu algumas vezes na história, está no cargo de primeiro conselheiro. Após a Guerra, nós ainda não recuperamos o bom relacionamento que tínhamos com as ilhas do Mar da Lua Cheia. O Barão da Fenúria está isolado na pequena ilha que adquiriu, ele pode não ser muito bom para a política, mas foi um excelente comerciante. Outros dizem que ele nunca teve talento nem para o comércio, que na verdade era apenas um sortudo que achou um tesouro pirata. A reputação de sua ilha é horrível e pouco pode se aproveitar dela, mas não queremos a ilha, pelo menos não agora. Se ele foi um homem que já teve tanto talento para as moedas, ele pode ser um ativo importante. Já o encontrei algumas vezes na Corte de Omore e sei que o que ele mais precisa é de amigos. Ele pode ser um soberano em sua ilhota e pode ter se vingado de todos seus inimigos de infância, mas essa glória já esvaziou-se. Se ele quer realmente que um Yporé seja reconhecido como um nobre, ele precisa fazer política. Além disso, sei como ele não consegue tirar os olhos de mim.
Catelia estava na sala do trono ouvindo alguns cidadãos sobre algum problema com os campos quando ela viu Rufos entrar acompanhado de Erestor. Ela atendeu os cidadãos o mais rápido possível e os dispensou encerrando suas atividades naquele dia. Rufos e Erestor se aproximam e fazem uma reverencia.
Antes de permitir que os cidadãos saíssem, Catelia oferece a cada um uma pena azul, simbolizando o triste fim que teve Linus, pedindo a todos que rezem por sua alma.
- Entrem senhores, me desculpo por minha aparência apenas ótima e não excelente, mas é que passei o dia em conferência com alguns deprimidos crônicos.
- "Minha Senhora, acabo de chegar do sul e tenho noticias das Forjas Adormecidas. Não existem homens de Tzorra em lugar algum, eles foram para o sul alem da Bérquia, não sei o que aconteceu mas eles foram embora! - A voz de Eroestor parecia pesada como se ele tivesse corrido da Forja ate o castelo a pé
-Essa é uma excelente notícia. Mande a eles uma carta avisando que quero manter a boa relações que o principado da Bérquia e o ducado de Parv mantem, questionando se estes não desejam nenhuma ajuda logística de nós, afinal um dia me casarei com o príncipe herdeiro. Além disso, avisa a eles que estou com muitas saudades de meus irmãos que ainda não conhecia. Após a morte de minha queria irmã, eles poderiam viver aqui, como meus protegidos. Afinal, eles também são meus herdeiros e devem entender como um dia governarão a Bérquia.
- "Mas temo que as noticias não sejam apenas boas noticias," - Erestor continua olhando para Rufos que retribui o olhar de preocupação - "No caminho eu encontrei muitos rebeldes, exatamente como o falecido sacerdote azul disse. Eu não duvidaria que uma guerra civil chegue aos portões da Berquia em breve!"
O que esses rebeldes querem? Pão? Dê pão para eles. Preciso de novos soldados, se suas lideranças estiverem dispostas, posso dar oportunidade para alguns subirem um pouco na vida, quem sabe um dia ter um filho um cavaleiro...
Catelia estava sentada no trono pensando ainda quando Faustos chega a sala rapidamente e por algum motivo parecia ter se esquecido das boas maneiras ele sobre os degraus do trono diante de Rufos e Erestor que chegam a pegar suas armas instintivamente e entrega uma carta a Catelia - "Temos um espião!"
A carta era da Igreja Branca, um Santo Inquisidor estava a caminho da Berquia para apurar a causa da morte de Linus. E que obviamente punições serão dadas aos que se levantarão contra a Igreja.
Catelia ordena para que Erestor aproxime-se e diz em seu ouvido. -"Você sabe que é uma peça fundamental em meu conselho, como "curador oficial dos cemitérios artítiscos" da Bérquia. Quem quer que seja, essa pessoa não está por longe. Plantarei uma nova notícia, desta vez falsa, e você usará disso para encontrá-lo, não é difícil, imagino que você sabe quem eram todos os presentes naquele dia".
-Faustos, A Igreja Branca não é bem vinda aqui. Prepare um ofício secreto. Meu meio-irmão é nosso espião lá e nos certificaremos que nenhum sacerdote branco pisará mais na Bérquia. Além disso, se alguém for o tal espião deles, eu dou esta última chance para se revelar, caso contrário terão algo pior do que sobrou para o último sacerdote.
-Rufos, prepare os cavalos. Vamos fazer uma pequena Viagem para o Sul.
Cena 10: Antiga vila Amistosa. Dia 28/06 [Catelia]
Catelia, cercada de seu exército (que é pesado e tem poder), usa um vestido particularmente impactante, de pérolas e pratas (e um cavalo da mesma cor), que realçam enormemente seus cabelos cor de fogo mas não seu singelo decote, que apesar da pela branca como a neve, ou nem mesmo por isso, era enlouquecedor. Próximo, um escudeiro carrega uma bandeira com uma Bérquia em fundo prata, regionalmente reconhecido como símbolo da paz. Em sua comitiva, Catelia trazia um exército atípico. Jovens senhoras que se tornaram viúvas durante a guerra, mas nenhuma delas de vila Amistosa. Catelia prometera a cada uma que conseguisse um marido, além de perdão pelo segundo casamento, ilegal na tradição Peninsular, um dote suficiente para alimentar elas e um filho por 1 ano.
Desinibida, ela cavalga sua grande égua sem qualquer medo de represálias ou intervenções, com um rosto imponente e elegante. Ao ver a todos confusos e aproximando assustados para ver o que acontecia, Catelia deu um sorriso infantil e delicado e disse:
" Moradores da vila que conhecemos por Vila Amistosa, Sou a governanta da Bérquia, Catelia Vjedik e vim fazer um convite a todos. Sei que muito de vocês vieram a esta longínqua península em busca de uma vida melhor, aventuras e glória, mas pouco conseguiram disso. Sei que o Duque reluta em prestar a devida assistência a vocês, provavelmente prometendo uma investida contra a Bérquia e oferecendo todas as pratas da coroa a vocês. Ele não está errado, em parte. A Bérquia não irá ser invadida por ninguém, um dia o herdeiro do duque será meu marido e todos nós seremos de um mesmo principado. Mas não precisamos adiar esse dia. Como símbolo de uma nova aliança, eu, Catelia, a Humilde, ofereço a vocês um novo começo. Sei que muitos de vocês não eram soldados no Parv antes de vir para cá e muitos se assustaram com os terrores da guerra, por isso, todos irão ter novas oportunidades. Você poderão até mesmo ter uma família. Quem sabe vocês não conseguem uma bela noiva local no Banquete que teremos essa noite? Todos que tiverem sangue nobre estão convidados para minha mesa, mas vamos evitar armas em nossas tendas (Afinal, uma garota tão jovem não iria ordenar a morte de ninguém).