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Posts - Bodine

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Vídeo Game / Re:Diablo 3
« Online: Julho 23, 2012, 07:35:59 pm »
Ainda estou nas minhas primeiras experiências com D3, jogando com Monge, e to achando bacana.

Só que sei lá, acho que se perdeu um pouco o tesão que era construir o personagem no esquema de skill tree. Agora só resta pensar a melhor combinação de ataques, runas e habilidades passivas. Ninguém mais chorou com isso?

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E vamos pôr os pés no chão: o seu discurso é contra a sociedade e seu código moral como um todo. Você não tem nada contra direitos dos animais, tem é contra todo o modo de vida atual. Talvez seja interessante criar um tópico específico para discutir sobre isso, e deixar este aqui para discutir sobre direitos de animais sob a ótica da nossa sociedade atual, independente dela ser boa ou ruim.

PS: Meu primeiro contato com Nietzsche foi desastroso, e acho que não irei tentar ler mais nada dele. Mas não conheço Baudrillard. Talvez procure algo sobre ele.

Cê tem razão. De todo modo, o que exprimi é uma opinião pessoal – aqui respondo também ao Dr. Strangelove –, embutida nela toda a minha desconfiança e, vá lá, pessimismo visceral.

Retomando o assunto do tópico (sou a favor de discutirmos a sociedade contemporânea noutro lugar), supondo que façam valer o projeto, acho difícil melhorar a situação dos animais. Se o sujeito está de saco cheio do cachorro e é legalmente proibido de abandonar o animal, bem capaz de matar e enterrar na surdina. Ou passar a administrar uma dieta diária de bicuda no bicho.

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Liste, por favor, tudo que é "ativo, vigoroso e vital" que a civilização moderna nos abriga a abdicar. Nem vou comentar sua ideia de que a crueldade deve ser considerada fundamental na sociedade atual.

É um engano pensar que a crueldade foi erradicada da sociedade atual. Numa concepção nietzscheana ela foi interiorizada, para o bem da convivência em sociedade. É essa crueldade "voltada para trás" que, segundo ele, gera o sentimento de culpa e má consciência. Ele fala coisas interessantes sobre isso na Genealogia da Moral, se interessar...

Em todo caso, abdicamos de considerar o "outro" como negativo. Nós o protegemos e o absorvemos, talvez por esse sentimento de culpa. Quer mais do que a cartilha do politicamente correto, cara? Tomar esses valores como absolutos é negar seus próprios. Ou, pior, ter preguiça de defende-los. E isso é blasfemar contra a vida – vitalidade, vigor – de cada um.


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Por curiosidade, se você pudesse tomar as rédeas da história, para onde você nos levaria?

Quem me dera dispor dessa imaginação.

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De alguns aspectos sim. E, ah se ao menos todas correntes de pensamento fossem indiferentes umas as outras. Imagino que você sinta orgulho da nossa sociedade ao ver ateus de facebook tentando convencer religiosos de que seu deus não existe, ou ao perceber que a bancada evangélica segue seus ideais mesmo que elas vão contra tudo que a sociedade já construiu (além de que são um monte de esterco). E apesar de não haver um referencial de belo, política e sociedade não são ideais estéticos: é possível sim criar um referencial.

Não indiferentes umas às outras, mas indiferentes entre si. Nada se destaca como questão principal. Meu pensamento aqui é mais histórico, menos pontual. Pense nas Cruzadas.

É possível criar referenciais? Sim. Mas na sociedade atual é só o capital que faz isso.
Pense no ideal da sociedade sustentável, que não passa de um mecanismo pra vender ecobag.

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Desculpe, achei que sua pergunta tivesse sido retórica. Esse é o problema de discursos bonitos com pouco conteúdo: você nunca sabe em que ponto o discurso é literal.

A pergunta era, sim, retórica. Mas quando você perguntou eu tive que detalhar.

Edit: em todo caso, meu "discurso bonito sem conteúdo" tem base em pensamentos de Nietzsche e Baudrillard. Vale a pena conferir a Genealogia da Moral e o Simulacros e Simulação.

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E tudo que a civilização fez consigo mesma foi apenas para o melhor né? Veja que bela sociedade temos hoje, graças a isso!

Iuri, não entendi se você estava sendo irônico, mas não posso concordar.

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Talvez você tenha uma visão muito idealizada de como as coisas funcionam, ou apenas gosta de um Apelo a Tradição, mas o fato é que só conseguimos chegar onde chegamos graças a revoluções (sejam políticas ou científicas) e mudanças de paradigmas. No momento em que pararmos de confrontar ideias e questionar hábitos, a civilização vai parar de evoluir. Mas sou otimista, acredito que isto está longe de acontecer.

Essa ideia de revolução e ruptura constantes, herança do ideal moderno, nos trouxe a um ponto em que perdemos qualquer referencial. Cultural, social e politicamente, estamos acelerando no vácuo, rompendo por romper, e é claro que os mecanismos sociais fazem o possível para legitimar essas inovações, por mais absurdas que sejam.

Acho excelente que hoje todos tenham direitos, não me entenda mal. Mas tenho a forte impressão de que estamos em uma espiral rumo ao nada, abdicando de tudo o que é ativo, vigoroso, vital, até mesmo cruel – pois a crueldade é um elemento fundamental no homem desde a origem da civilização – em nome do que é reativo, fraco, ressentido, indiferente. Qual o ponto final disso? Quando é que vão tomar as rédeas da história rumo a algo que não seja uma simulação de justiça, de política, de sociedade? Vivemos uma crise de imaginário.

Você consegue se orgulhar da nossa cultura contemporânea? Onde todas as correntes de pensamento coexistem em total indiferença? Tomando o exemplo da arte, o neo-concretismo, o neo-impressionismo, o neo-futurismo, o que você quiser pôr no meio – tudo isso convive num limbo do qual nada se extrai. Quando não existe um referencial de belo – ou de político, ou de social – só pode haver o mais belo que o belo, uma pensamento de Baudrillard. E então caímos nessa polarização a qual se referiu o Madruga: hoje há militante pra tudo. E todos têm razão.

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Por que não lutar pelo direito de ser um animal?
Por que não?

Porque é um absurdo. Eles apenas são, não precisam do direito à existência sendo defendido pelos homens. Quem quiser conferir esse direito em um decreto de lei é, no mínimo, um megalomaníaco patológico.

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Confesso que não li o tópico inteiro, mas a mim me parece que a medida vai ao encontro de tudo que a civilização vem fazendo consigo mesma nos últimos sabe-se-lá-quantos anos. Revela uma obsessão doentia com toda alteridade, travestida de compaixão. Nada mais é afirmativo, mas apenas reativo: é o caminho da total indiferença.

Os animais não são mais animais, perderam o status que mantiveram por milhões de anos: hoje são quase gente, têm sentimentos, emoções e até consciência! Lutemos pelos direitos dos animais! Por que não lutar pelo direito de ser um animal?

Depois de séculos debatendo-se com o único ideal que souberam defender, os direitos humanos, os homens encontram um novo mote. Criar leis que protejam os animais é o sintoma mais evidente de que a humanidade não foi capaz de respeitar a alteridade pela moral ou pela ciência, e que apela ao direito para o alívio de uma má consciência doente. O argumento vale para qualquer medida legal protecionista a favor de minorias.

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Vídeo Game / Re:[Steam] Promoções e Recomendações
« Online: Julho 19, 2012, 11:08:37 pm »
Fallout: New Vegas por U$4,99. Acabo de comprar, e acho que mesmo com os famigerados glitches o troço vai valer a pena.

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