É uma força falsa e ilusória. Como o tal do prédio construído sobre a areia.
Se você descobre que sua religião é falsa, fica sem saber que moral seguir. Não é à toa que um discurso comum entre evangélicos é que "se não houvesse Deus, eu sairia matando todo mundo".
O que é um discurso triste, deplorável. Mas ajuda a explicar o porquê de muitas barbaridades sejam vinculadas à credos religiosos. Na medida que os líderes falam para os fiéis que há um inimigo e que o "moral e correto" é enfrentá-lo, o relativismo moral não é racionalizado por estes, apenas seguido cegamente.
Por exemplo, conheço católicos que simplesmente acham que a Igreja está certa em transferir padres pedófilos e não julgá-los, por que "não seria certo um homem da Igreja ser julgado por um homem", e que "muitos padres inocentes, vítimas de difamação, acabariam prejudicados". Mas tem mais coisas na história e no dia-a-dia que também caem nessa vala.
E em um movimento inverso, há também dogmas imorais que são ignorados. Por exemplo, enquanto o homossexualismo ainda é condenado, comer porco e frutos do mar, usar roupas de dois tecidos diferentes, cortar barba e cabelo ou se tatuar são tidos como atitudes dignas de cristão, mesmo que na Bíblia sejam condenáveis, enquanto genocídio e estupro, que a Bíblia diz que são atitudes morais (observados alguns requisitos), são vistos como imorais.