Exibir posts

Esta seção lhe permite ver todos os posts deste membro. Note que você só pode ver os posts de seções às quais você tem acesso.


Tópicos - Malena Mordekai

Páginas: 1 2 [3] 4 5
31
Off-Topic / FBI VS. Anonymous
« Online: Abril 29, 2012, 11:18:09 am »
http://www.tecmundo.com.br/ataque-hacker/22847-fbi-declara-guerra-ao-grupo-anonymous.htm

Citar
Depois de revistar a casa do porta-voz do Anonymous, o FBI agora declara guerra contra o grupo todo. De acordo com documentos obtidos pelo site BuzzFeed, os agentes estão atrás de informações sobre Barret Brown envolvendo uma “conspiração para acessar computadores sem autorização” — esta é uma de três acusações listadas no arquivo do FBI.

Twitter, IRC, registros de chat, informações do Pastebin, telefone celular e todas as informações online de Brown estão sob investigação. O porta-voz do Anonymous se defende dizendo que está sendo investigado sem qualquer necessidade. “Suspeito que o FBI está trabalhando com informações incorretas“, declarou o jornalista em e-mail ao BuzzFeed.

Além disso, os registros exclusivos do site BuzzFeed revelam que o FBI está primeiramente em busca de detalhes aprofundados sobre os grupos Anonymous e LulzSec. Outras informações citadas são referentes às empresas HBGary e EndGame Systems, companhias criticadas por Brown em seu site Echelon2.




32
Off-Topic / AVON e Silas Malafaia
« Online: Abril 15, 2012, 05:24:32 pm »
http://www.eleicoeshoje.com.br/avon-nova-tendencia-conservadorismo/#axzz1s3V6grl5

Citar
A Avon Brasil está no meio de uma polêmica que coloca em risco a imagem da marca de 125 anos no país. O motivo é o fato da empresa disponibilizar em seu catálogo mais de 400 títulos de livros de Silas Malafaia, pastor que mostra ter orgulho de ser o inimigo número um dos ativistas que lutam por direitos e pela igualdade de homossexuais no Brasil.

Segundo o pastor existe um plano do ativismo Gay para instaurar a “ditadura gay” (sic) no Brasil. A falácia é apoiada por parlamentares como Magno Malta e o atual ministro nomeado por Dilma, Marcelo Crivella.

 A polêmica acirrou depois que a editora do pastor trouxe para o Brasil o livro, “A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade’’. O livro escrito pelo pastor Louis Sheldon é uma proposta pseudo-científica contra a causa LGBT. A obra usa de charlatanismo e conclusões baratas para colocar a população contra homossexuais. Sheldon Chega ao desatino de incluir a homossexualidade como o maior dos problemas em bairros mais pobres. Esse é o tipo de absurdo que teocratas falam e parece que ninguém levará  a sério. Mas infelizmente sempre tem que leva. Aqui no Brasil, Crivella com discurso bem parecido com o de Malafaia foi nomeado ministro pela presidenta, tornando-se dessa forma mais influente no Planalto.

 No Brasil, embora a Constituição Federal não permita discursos e apologia a práticas que firam a dignidade humana, vem crescendo entre grupos conservadores a reivindicação por uma suposta liberdade absoluta de expressão, no caso a deles, pois todos que pensam diferente devem ser processados. Apesar de se orgulhar em ser inimigo número um do PLC122 e da causa Gay, hoje em seu programa, o pastor ameaçou processar quem o chama de homofóbico.

 O que a Avon ganha promovendo livros de um autor que dedica a maior parte de sua vida contra o direito de uma minoria?

 Se estivesse analisando programas de TVs eu diria que se ganha polêmica e provavelmente audiência, mas estou falando da imagem de uma marca e quando uma mulher compra batons, maquiagens ou produtos anti-idade ela compra junto a marca.

 Fica então a pergunta, que imagem a empresa terá vendendo maquiagem e apoiando alguém que se dedica a pregar contra uma minoria?

 Alguns podem dizer que tudo isso é bobagem, que protestar contra a  AVON seria radicalismo de ativistas, que ela apenas revende os livros do pastor, mas vamos imaginar que uma grande livraria colocasse como destaque em suas vitrines o livro de Adolf Hitler, Mein Kampf como grande sugestão de leitura. Alguém diria que isso é liberdade de expressão? Alguém ousaria dizer que essa livraria vende apenas o livro e que as opiniões escritas por Hitler não representam a filosofia da empresa? Pois é, quando a obra contra judeus foi escrita o autor estava apenas se expressando, o massacre que veio depois nós hoje conhecemos.

 O Brasil está em primeiro lugar do mundo em assassinatos de LGBTs e nem mesmo isso parece sensibilizar a Multinacional AVON, No exterior a empresa foi premiada por promover a igualdade. Parece que por aqui prefere focar no público conservador, mas será que associar maquiagem à dogmas religiosos é mesmo um bom negócio?

 O mercado de cosméticos é um dos que mais cresce no mundo e o Brasil é o segundo consumidor, um erro estratégico pode ser fatal pra permanência de uma marca no mercado. Mesmo que o livro citado não apareça no catálogo da AVON é estranho a empresa apoiar outra que promove este tipo de ideologia.

 Eu conversei com o maquiador Emanuel Silva, que trabalha com diversas marcas internacionais e é consultor estrela na AVON. Ele declarou:

 “Assim que soube que a Avon não pretendia retirar o livro de Silas Malafaia do catálogo, apesar de toda campanha anti-gay que ele vem fazendo publicamente, decidi que precisava me manifestar. Escrevi para a empresa demonstrando minha indignação e pedi cancelamento do meu cadastro. (…) é uma empresa que está no mercado há mais de 125 anos e sempre prezou pelo bom nome, mas enquanto isso não acontece, não cooperarei com a emrpesa.”

 Confira abaixo a resposta genérica que a AVON tem dado a vários ativistas:

 “A Avon tem como um de seus mais importantes pilares o respeito à diversidade, em todos os seus aspectos, e busca atender de forma ampla e democrática aos consumidores de mais de 100 países, oferecendo uma ampla variedade de cosméticos e outros produtos – entre eles os livros -, para atender à pluralidade de preferências, ideias e estilos de vida.

 No que se refere aos livros, oferecemos títulos já consagrados pelo público que espelhem essa diversidade, ainda mais forte em um país multicultural de dimensões continentais. Entendemos que não nos cabe questionar posicionamentos religiosos, políticos ou ideológicos dos autores dessas publicações, mas estamos sempre atentos a opiniões e pontos de vista como os seus, que serão considerados por nossa equipe para aperfeiçoar nossa seleção. Agradecemos por compartilhar sua opinião conosco.”

:P
http://noticias.gospelmais.com.br/ativistas-gays-querem-impedir-venda-livros-silas-malafaia-avon-33214.html

http://blogtvpeloespectador.blogspot.com.br/2012/04/comunidade-gay-reage-venda-de-livro-de.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/JOwJc+(tv+pelo+espectador)

33
Contos / A Noite Clara: Um Bloco de Pedra
« Online: Abril 14, 2012, 03:52:59 pm »
Citar
Esse conto foi publicado em dois blogues meus e seria parte de algo maior. Há um outro conto no mesmo cenário, que desenvolve essa premissa de um mundo futuro onde todos foram afetados por um evento enigmático, a Noite Clara. Ainda quero retornar a ele em algum momento



UM BLOCO DE PEDRA desprotegido ante a erosão do tempo.

Era assim que me sentia naquela noite chuvosa: as dúvidas corroíam meus pensamentos, e dentre estas, a mais dolorosa era a dúvida de como fazer meu relatório para a chefe. Tâmara Diegues era uma mulher exigente, meticulosa, perfeccionista, muitas vezes ríspida. Acima de tudo era a rispidez que me causava o medo, medo da humilhação frente a meus colegas patrulheiros.

Era quase possível vislumbrar a pele bronzeada, vívida, da Coronel Diegues contrastando com as luzes indiferentes e profissionais da Base 17; postura levemente curvada para frente, dedo estendido na minha direção, olhos franzidos num cenho de desaprovação, as pupilas negras brilhando de raiva. Suponho que era mais humilhante receber um sermão gritado, em público, dela, do que de todos os velha-guarda do antigo Exército. Ela era uma mulher, afinal de contas – as coisas não haviam mudado tanto assim, pelo menos no íntimo das pessoas. Em seu verdadeiro centro, elas ainda eram preconceituosas; e assim eram meus colegas.

É claro que o tal preconceito contra mulheres em cargos de alta patente militar não teria mais como se aplicar de verdade ... se havia uma palavra para definir as novas políticas, essa palavra era o pragmatismo. Haviam poucos velha-guarda deixados vivos, simplesmente porque velha-guardas tendem a ser mais velhos que recrutas, e os mais velhos, por mais durões que fossem, tinham menos resistência física e poucos sobreviveram ao choque e impacto da Noite Clara.

A Noite Clara ... não só esta data marcou o mundo, treze anos atrás, como era de fato a razão tanto para eu encarar a Coronel Diegues, quanto para a pobreza do relatório que eu teria que apresentar a ela. Treze anos atrás, 17 de agosto de 2012, marquem bem esta data, quem quer que esteja lendo este diário interno (quem sabe o diário registra a outro cataclisma como aquele e esta seja a primeira referência sobre a Noite Clara que você esteja lendo!). Além da fonte de meus deveres, meus problemas e meus ... poderes, a Noite Clara também é a razão pela qual nossa atual população mundial é de 23 milhões de pessoas.

Sim, muito pouco comparado aos bilhões que antes havia. Nada de ruas abarrotadas, nem de engarrafamentos, nem mesmo falta de moradia ... nada destes incômodos que eu bem sofria quando era adolescente. Eu tinha 14 anos e talvez seja o único de minha grande e (certo, sentimento de culpa básico ao dizer isso) chata família que sobreviveu. Um mundo numa perpétua crise, um estado de tensões que foi quebrado por um clarão, um flash no escuro da noite de 17 de agosto.

Meu relatório, embora necessariamente pobre, já está pronto (inclusive para ser chamado de prova de incompetência, apesar de eu saber bem a causa das minhas omissões) e só devo ir à Base daqui a cerca de duas horas e meia. Sendo assim, umas poucas lembranças devem me distrair da ansiedade. De fato, é para isso que serve o diário interno: um dos programas mais amigáveis dos nano-computadores em meu organismo serve para registrar meus pensamentos e permitir uma análise posterior, mas recitar mentalmente uma narrativa com certeza serve para me aliviar de angústias quando penso no futuro ... por mais doloroso que tenha sido o passado.

Bem, pelo menos é uma dor já conhecida. Vamos relembrá-la, então … a Noite Clara.




***

Eu estava correndo pelo quarteirão, dando a terceira volta. Eram cerca de oito e meia da noite, e o quarteirão que eu circulava ficava dentro do condomínio de minha família. De todas as características marcantes desse condomínio, a segurança era a mais agradável … pelo menos para quem estava dentro. Para quem estava fora, e queria entrar por alguma razão, normalmente encarada como criminosa, o choque nos muros eletrificados ou o espancamento nas mãos dos guardas de segurança eram uma punição adequada, embora não seja esta ameaça de punição o que tornava meu condomínio mais eficiente em termos de segurança: era sua vigilância – vigilância interna, inclusive: eu sabia que, ao dobrar aquela esquina, pelo menos dez câmeras pequenas e camufladas estariam filmando meu desempenho esportivo.

Ninguém estaria apreciando meus recordes pessoais de velocidade, é claro. A preocupação era outra. Não com ele, morador registrado, filho de proprietária, mas com prováveis intrusos. O sentimento de paranoia era, ali, algo institucional, e portanto, algo tolerado, tido como necessário e facilmente subestimado … absorvido.

Pouco antes que eu começasse a sentir um frêmito estranho em meus músculos, e imaginasse que era o cansaço prematuro (eu era considerado um futuro atleta), com certeza os eventuais vigias que observavam das câmaras estavam sendo absorvidos por sua paranoia interna. Depois de um tempo soube que nenhum deles sobreviveu à Noite. Um esplendor na mente, o juízo queimado por esse clarão, a razão toldada e maculada de forma tão lancinante e total que não era possível nem se mexer, para expressar a loucura que a Noite trouxe. Morte cerebral instantânea.

Muitos, muitos morreram. Alguns conseguiram de alguma forma não ter sua mobilidade roubada e saíram num louco frenesi destruindo tudo como se estivessem possuídos, numa insana fúria contra a substância do mundo material, que só terminou com uma horrenda morte por puro esgotamento do sistema nervoso. Ainda outros penetraram num longo sono até hoje não terminado, e uns poucos que foram atendidos mais tarde e a tempo estão em hospitais especiais com o diagnóstico de coma sobre seus leitos. E uma quantidade ainda menor do que os que caíram em coma naquela Noite abriu os olhos com a mente tomada em chamas e percebeu que nenhum deles era mais como era antes.

O Dom da Noite Clara havia sido forçado sobre esses sobreviventes.




***

Eu fui um desses sobreviventes, e dentro dessa nata faço parte de outra elite – aqueles cujo Dom é forte, mas não tão forte a ponto de enlouquecer … muito. Eu mesmo tenho sonhos perturbadores, e uma fortíssima sensação de desassociação muitas vezes toma conta de mim, como se eu fosse um bonequinho controlado a distância pelo meu verdadeiro eu. Em compensação, consigo ler mentes e objetos. Me dê tempo para concentração suficiente, concentração firme como um bloco de pedra, e eu posso ler – sim, ler, não consigo ouvir pensamentos – o que acontece dentro da sua cabeça. Leio a história de objetos e locais como se fossem linhas de dados criptografados.

Todos os sobreviventes são assim: a diferença está no grau do poder e no grau de loucura: e esse grau é sempre o mesmo. A mesma proporção irônica. É como se um mordaz senso de equilíbrio sugerisse: o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Esta frase é muito mais verdadeira quando se observa aqueles que meu dever militar impõe como alvos: as abominações de poder e loucura extremos. Como Nicholas Frost, famoso americano capaz de incendiar uma cidade pequena quando fica enraivecido; ou a Cipoal, alcunha de uma mulher que estende tentáculos telepáticos de insanidade pelos sonhos de um centésimo da população.

A população … a grande maioria da população não é nem como eles, nem como eu e meus colegas. A capacidade antes extraordinária de torcer o metal de uma colher, acompanhada de tiques nervosos quase constantes – este é um exemplo do Dom da Noite Clara agindo sobre uma pessoa comum, um daqueles que as patrulhas protegem.

Eu posso ter meus problemas ocasionais – um dia a desassociação foi tão forte que fiquei catatônico por seis horas – mas sou considerado confiável – e útil – o suficiente para ser recrutado pelo governo. E não há muita escolha para nós de poder intermediário. Ser classificado como um patrulheiro em potencial, e recusar, ou ser considerado inútil por razões de confiança (alguns chamariam de razões de moralidade, mas não sou tão otimista: que moralidade convencional imporia assassinato?), significa quase sempre preso por alguma razão pretextuosa. Quase sempre.

E aí está, acabei voltando para a razão da minha ansiedade quanto ao maldito relatório. O diário que serviria para relaxar acaba me deixando mais nervoso. Quando um recruta em potencial se recusa, e foge do treinamento pela patrulha, alguém deve apresentar um relatório sobre o caso. Esse alguém era eu. As omissões no relatório eram deliberadas, visando proteger a futura recruta. E eu sei que a Coronel Diegues desconfiaria. Era inevitável. Mas por enquanto não poderia provar nada, só me pressionar. E ela teria seus meios de reforçar a pressão ...

34
Card games, Board games, Wargames, Miniaturas / CARCASSONE em português
« Online: Abril 13, 2012, 01:12:51 pm »


Este joguinho é uma delícia.

http://funboxbr.blogspot.com.br/2012/04/abrin-2012-grow-traz-dominio-de.html

Citar
Lá fora chamado somente de Carcassonne, o game retrata a cidade medieval de mesmo nome (na França). Se você ainda não o conhece, cada jogador compra e baixa peças de terreno formando o tabuleiro em tempo real. Ao baixar um peça nova você poderá colocar ou não um meeple (aqueles homenzinhos de madeira) seu nela. Seu objetivo é fechar os desenhos (cidades, estradas e monastérios) e também alimentar o maior número de cidades no fim do jogo. Ganha quem tiver a maior pontuação.

Aqui no Brasil se chamará Domínio de Carcassone:



Chega entre maio e junho de 2012, recomendo MUITO e quem quiser jogar a versão de Caçadores e Coletores desse jogo (pré-história é o "tema", em vez do tema medieval francês) pela net pode me achar aqui no Yucata:

http://www.yucata.de/en/Rules/Carcassonne

Eu sou o usuário publicano, é só apertar em "Create Invitation" aí nesse link e me pôr na lista de "personal invitation". Claro que vc tem que se cadastrar antes.

35
Off-Topic / A Energia Negra e os Sons Primordiais que Moldaram o Universo
« Online: Abril 03, 2012, 08:12:52 pm »
Citar
By studying these hundreds of thousands of galaxies, all dating back to right about the time dark energy emerged as the dominant force in the universe, cosmologists can hopefully learn more about this mysterious...something. Dark energy is everywhere - it likely accounts for about 73% of all the mass-energy in the universe - and fifteen years of astronomical observations tell us that it's absolutely essential to explaining the behavior of the universe.

http://io9.com/5898846/dark-energy-confirmed-how-ancient-sound-waves-shaped-the-entire-universe?utm_campaign=socialflow_io9_facebook&utm_source=io9_facebook&utm_medium=socialflow

Citar
These acoustic waves were formed just 30,000 years after the Big Bang, as regular matter started collapsing around dense dark matter.

The resultant pressure forged these waves, which oscillated outwards for about 350,000 years, tracing out the future structure of the universe as they went. By the time the universe had cooled enough to stall these waves, matter had clumped around the center and edges of the wave, causing more galaxies to form in these areas than elsewhere.

That's the theory behind these baryon acoustic oscillations, or BAOs, and it turns out all the galaxies spotted by BOSS are exactly where they should be according to the BAO model...assuming dark energy was also there to direct how these countless galaxies cluster together.

36
Design & Desenvolvimento / [D&D 4E] RAÇAS: CAIXA DE FERRAMENTAS
« Online: Março 27, 2012, 10:03:15 pm »
As raças de D&D às vezes são encaradas como mero instrumento para atingir valores altos em determinados atributos cruciais, mas elas não precisam ficar só nisso.
Cada raça representa uma espécie de criatura com sua cultura, história e poderes próprios. Mas nem sempre essas características estão escritas em pedra, nem mesmo para anões.

Até agora a Quarta Edição lidou de várias maneiras com a customização e variação nas raças. Este tópico aqui visa dar uma olhada nessas maneiras e depois sugerir outras. Se alguém lembrar de alguma coisa que estiver faltando aqui, ou tiver bolado alguma coisa, fique à vontade.
(Mesma coisa se eu tiver errado no termo traduzido... estou mais acostumado ao D&D em inglês que português)



Cenário
Cada cenário possui sua própria cronologia e clima, daí surgindo a ideia de que aquele personagem que você pensou pra Points of Light não faz muito sentido em Dark Sun...




Dark Sun:
Citar
Já que eu fiz esse exemplo, os mais gritantes são os Dray e os Meio-Gigantes. Você não irá encontrar essas raças no seu Character Builder pelo simples fato de que, mecanicamente, elas são os draconatos e os golias. Os golias de Points of Light nunca tiveram um histórico de escravização como os meio-gigantes de Dark Sun, nem têm uma propensão a imitar cacoetes alheios. Da mesma forma, aquele draconato senhor da guerra altamente honrado não faz tanto sentido assim em Dark Sun, porque os dray são bastante amorais, mercenários e misantropos.
Além desses outras raças são também modificadas, como os eladrin – se essa raça está profundamente entranhada na Agrestia das Fadas, sua contraparte athasiana está em declínio, porque a Agrestia aqui está rasgada em vários bolsões fragmentários, as “Terras Dentro do Vento”, e os eladrin são mais famosos por seu poder psiônico do que arcano. Sua cultura parece mais a de misteriosos mamelucos que surgem em oásis ocultos e miragens furtivas, do que o “Povo Bom” de Points of Light.

Fica óbvio que você não precisa ser um estereótipo batido de sua raça, mas é bom saber o ambiente que a cerca, seu personagem não surgiu do nada, com a ficha e o equipamento prontos.



Eberron:
Citar
Quase todas as raças têm alguma distorção a partir do padrão normal de D&D. Os elfos são campeões nisso, pois entre seus principais exemplares encontram-se cavaleiros nômades brigões, necromantes que veneram seus ancestrais, membros de Dragonmarked Houses baseadas em espionagem e arte... tudo dependendo de exatamente onde o personagem veio.

Forgotten Realms & Neverwinter:



Citar
As sub-raças abundam neste cenário. Elfos da lua, elfos do sol, elfos selvagens, elfos da floresta...

Antecedentes (Backgrounds)
Apresentados no Livro do Jogador 2, muitos dos antecedentes têm como requisito ser membro de uma determinada raça. Isso ajuda a identificar uma série de conceitos ligados a essa raça – sendo que os livros de cenários tendem a trazer novos antecedentes que fazem muito mais sentido, apenas nos cenários em questão – e traduzir esses conceitos em uma mecânica simples, normalmente envolvendo uma perícia ou um idioma.

Temas
Apresentados inicialmente em Dark Sun, ali não tinham conotação racial; porém mais tarde surgiram outros temas na Dragon Magazine, derivando daí para certos suplementos, como Heroes of the Feywild e Neverwinter Campaign Setting. Alguns desses temas tinham pré-requisitos de raça e classe, às vezes liberando um tema para um conjunto de raças relacionadas. Como exemplo, os Scion of Shadow (Neverwinter) podem ser humanos, shadar-kai ou vultos (shades); os Tuathan de Heroes of the Feywild podem ser humanos ou meio-elfos; os Sidhe Lords do mesmo suplemento são de qualquer raça feérica.
Esses temas concedem benefícios e poderes diversos, tanto automáticos quanto opcionais (normalmente na forma de poderes utilitários abertos a quem é do tema), e mais uma vez servem para customizar a raça do personagem.

Poderes Utilitários Raciais
O Livro do Jogador 3 trazia os Poderes de Perícia, poderes utilitários abertos a qualquer um treinado numa dada perícia. Normalmente esses poderes eram um tanto mais fracos que poderes de classe do mesmo nível – outros, pelo contrário, são quase “escolhas douradas”.
Dessa ideia, e dos temas, talvez tenha surgido o conceito de poderes utilitários raciais. Em seu formato mais atual, os poderes raciais básicos de cada raça estão classificados como poderes de ataque ou utilitários raciais (questão de terminologia), mas no caso aqui refiro-me a poderes utilitários com níveis, que podem ser tomados no lugar dos utilitários de classe.
Até agora, somente algumas raças receberam esses poderes. As raças apresentadas nos livros Heroes of Shadow (shade e vryloka) e Heroes of the Feywild (hamadríade, pixie e sátiro) já começam com esses poderes em suas descrições básicas. Para raças já existentes, o prato é mais restrito. Na Dragon Magazine 402, anões, halflings, meio-elfos e humanos ganham suas opções utilitárias; na Dragon 405 é a vez das raças “élficas” (drow, elfos e eladrin) e a Dragon 408 nos oferece utilitários para draconatos, meio-orcs e tieflings.
Mais uma vez, poderes desse tipo podem servir para destacar a herança racial de um personagem.

Sub-raças
O livro do cenário Forgotten Realms, o primeiro da 4e, trazia sub-raças como algo mais cosmético e descritivo e que podia ser traduzido pela mecânica de talentos, caso o jogador realmente desejasse exibir características marcantes de sua sub-raça. Mas não era algo mandatório, e às vezes tomava o espaço de algum outro talento mais interessante.
Neverwinter desfaz esse “problema” admitindo as variações de sub-raça, de modo similar às sub-classes que a era dos Essentials nos trouxe. Assim os eladrin podem ser tranquilamente elfos da lua ou do sol, e algumas de suas características específicas mudarão de acordo.
Dificilmente isso chega perto das diferenças que haviam em edições anteriores, em que um elfo selvagem podia ganhar bônus em Força, é claro.
Pode-se também argumentar que os tipos de feral (Livro do Jogador 2) e de genasi (Forgotten Realms) são como sub-raças. A questão é, o quanto essas escolhas mexem na cultura e histórico do seu personagem?

Linhagens

[hs width=500]http://www.rocketllama.com/blog-it/wp-content/uploads/2009/08/Dhampyr-300x144.jpg[/hs]

Advindas de uma mecânica da 3.x, linhagens são alguma herança inusitada que marca o seu personagem. Normalmente, você necessita de um talento de linhagem para pertencer a uma linhagem, e só pode pertencer a apenas uma. O talento base dá acesso a outros talentos, presumivelmente mais poderosos. Coisas como dhampyr, foulborns e vistani funcionam assim, podendo ser sobrepostas a qualquer raça. Essas linhagens podem chegar ao ponto de adicionar uma palavra-chave (como morto-vivo) ou trocar a origem (para aberrante, imortal, etc.) do personagem.
Isto em si é uma modificação interessante, mas também existem linhagens que caracterizam apenas uma raça. Não me lembro se alguma outra raça tem seus correlatos, mas a Dragon Magazine 398 traz quatro linhagens somente para humanos, representando culturas, tribos, etc. que destacam-se de maneira significativa. Note que isso quase entra no quesito de sub-raça; pode-se argumentar que a diferença é apenas mecânica. De qualquer forma as duas vias de customização surgiram em momentos diferentes da evolução do D&D 4e.

Raças de Monstros
Drow. Doppelgangers. Meio-Orcs. Minotauros. Gnomos (rs).
Esses são exemplos que receberam tratamento para jogador. A maioria dos tipos de monstro não tem uma raça que sirva para personagem jogador, pelo menos não mecanicamente; e algumas raças têm algo intermediário. No final de cada Livro dos Monstros você pode encontrar uma raça que pode servir porque tem ali o básico do básico... mas você não precisa se contentar com isso.
Para começar, se você notar, todas essas raças sofreram alteração mesmo quando o formato de bônus em atributos era mais simples. (Aliás, os changelings/doppelgangers inauguraram no livro de Eberron esse formato que se tornou padrão depois, a partir do Livro do Jogador 3.) Características novas eram acrescentadas, novas estruturas de atributos eram formuladas, e assim por diante. Além disso essas raças de monstros não têm talentos, caminhos exemplares, destinos épicos, temas, antecedentes, poderes utilitários, blá, blá, blá.
E se você quer ser diferente, porque não elaborar uma dessas raças rudimentares?

Essencial ou Clássico?
Essa é uma mudança que pode nada interferir na personalidade ou histórico do seu personagem, mas quando livros da linha Essentials, como Heroes of the Fallen Lands, surgiram atualizando as raças para um novo formato, que se expandia a partir daquele visto no Livro do Jogador 3, devido à própria infraestrutura da linha, alguns poderes tiveram que ser revistos.
Assim, por exemplo, meio-elfos e humanos têm suas regras alteradas, e não só nos atributos possíveis. Em vez de ganhar um novo poder sem limite, que era o normal dessas raças, você ganha um poder racial. Você pode usar essa distinção para enfatizar aspectos do personagem.
Na verdade existem até alguns combos inesperados que surgem da interação de Classic e Essentials, como escolher um terceiro poder sem limites para um berseker (subclasse de bárbaro apresentada em Heroes of the Feywild) que seja da classe bárbaro original. Um personagem assim tem muito mais liberdade quanto a entrar em fúria.


Usando Tudo Isso e Indo Além



Se nada disso acima te satisfaz, você pode bolar alguma coisa, usando essas estruturas. Sua mudança pode também ser meramente cosmética, ou, à semelhança das sub-raças do primeiro livro de Forgotten, poderem também abranger alguma mecânica.

É óbvio que fazer isto vai requerer conversa com o mestre, e talvez apresentar alguns dos exemplos aqui como “jurisprudência” ajude; ele terá a palavra final. E você também pode ser um mestre querendo disponibilizar novas opções a seus jogadores, customizar as raças de seu cenário particular, entre outros objetivos.

Alguns mestres só se sentem confortáveis com determinadas vias de mudança; alguns somente admitirão mudanças cosméticas, enquanto outros aceitam tudo acima, menos sub-raças. O resto deste tópico se dedicará a sugerir algumas mudanças em determinadas raças, seguindo as linhas acima. Quem quiser participar, sinta-se à vontade para postar.

37
Design & Desenvolvimento / [WoD]Material para Vampiro: o Réquiem
« Online: Março 27, 2012, 02:41:07 pm »
Vi que essa seção só tem 3 tópicos e estava querendo escoar aqui um material criado por mim pra Vampiro: o Réquiem há uns anos atrás.
Ele ficava nesse site http://vampirorequiem.multiply.com/ mas como não é algo que eu mexa mais, e sabe-se lá o que pode acontecer com esse site no futuro... confio mais na Spell pra deixar minhas criações, agora.

Alguns desses materiais foram exibidos no fórum da WW, também anos atrás... com até consequências engraçadas, tipo no livro Ancient Bloodlines aparecer um "Tesouro" (versão de uma ordem religiosa tailandesa dos Anéis do Dragão, talvez a origem dessa pseudo-disciplina) que era basicamente o meu "Anel dos Grilhões" que vcs verão abaixo.
Por conservativismo do material ele está aqui, mas se o "cânone" aponta outra versão parecida, talvez seja melhor usá-la, de acordo com sua vontade.


38


Agora imagina ela com umas tatuagens castanho-avermelhadas, como se de henna, formando padrões abstratos.

Klesha Nama'ra nasceu de pais desconhecidos e foi largada à porta de um monastério próximo a Ramulai. Os monges ali dedicam-se a meditações inspiradas por magia psiônica e por uma disciplina inspirada em interpretações da doutrina do Legislador. Por não praticarem magia arcana e por serem aparentemente estritos quanto à religião dominante, Hazlik jamais perseguiu estes monges.
Em sua infância a menina era tão feia que muitos achavam tratar-se de uma caliban. E estranha e inexplicavelmente, veio a puberdade e ela praticamente passou por uma crisálida: ninguém podia contestar seu porte obviamente mulan. Mesmo tendo desabrochado assim, Klesha jamais perdeu o distanciamento e timidez. Em suas meditações pessoais recebeu uma epifania sobre a "separação": quanto maior o desapego mental do praticante, maior a probabilidade de que um dia ele se liberte da tirania das leis físicas e das leis mundanas. Deixou, porém, essa impressão pessoal escondida dos outros monges. E em pouco tempo manifestou seus poderes psiônicos.
Ao completar 19 anos Klesha abandona o monastério, porque sente que precisa experienciar o mundo antes de realmente desapegar-se dele; afinal, como abrir mão de algo que na verdade não se conhece?
Foi quando veio a Inquisição. Lutar contra ela pareceu uma boa causa temporária a ser seguida, algo que ela possa mais tarde, com a maturidade, transcender e descartar. Em suas aventuras que na verdade são experiências morais, Klesha sente-se como quem percorre os corredores e os pátios de uma prisão, tendo antes permanecido na própria cela. Ela sente o próprio mundo como uma prisão, e busca escapar dele de algum modo. Como ela não tem ideia do método prático de como alcançar isto, prossegue treinando e testando sua capacidade de apego e desapego, seguindo seu objetivo visionário.

***

Esquisita, mais ou menos calada.
Linguagem corporal de imposição ou retraimento.
Curiosa. Usa frases feitas que aprendeu no monastério.
Saiu para o "mundo" para aprender mais sobre si mesma.
Quer aprender a dominar a si mesma acima de tudo.
Pratica exercícios para focar seu poder: imobilidade total e corridas, exercícios respiratórios.

****

Careca, com símbolos tatuados na testa e na nuca. Estranhos olhos cor de mel ou garapa, piscam muito pouco.
Além dos teleportes e ajustes, todo poder psiônico que marque, conceda ataques extras, resistência a tudo ou cause dano energético envolve manipulação do próprio espaço. Por exemplo, Klesha fica um pouco desalinhada com o espaço normal quando usa "Punho de Ferro", e é isso que lhe dá a resistência a tudo: a separação amortece um pouco de dano e ela está "menos ali" para ser atingida.

*****

NPCs Relevantes:
* Alpagu, jovem monge rashemani que guarda uma mistura de rancor e paixão (obviamente!) não-correspondida por Klesha. A garota não o vê desde que saiu do monastério em sua peregrinação, e é provável que o moço também esteja errando por algum lugar do Núcleo agora.
* Neyama, aprendiz avançada no Caminho ensinado no monastério. Cuidou de Klesha durante a adolescência e sabe que os poderes psiônicos desta afloram do seu ego, fazendo surgir a "mente de batalha"... algo diferente da contemplação submissa dos monges diante dos preceitos do Legislador. Portanto desconfia dos propósitos e motivação de Klesha.
* Oshur, nobre mulan interessado em deter mais ativamente os Inquisidores. Conheceu Klesha nas ruas de Toyalis e a enviou para a Aliança em Richemulot.




Citar
Klesha, level 1
Human, Battlemind
Build: Harrier Battlemind
Psionic Study: Persistent Harrier
Human Power Selection: Bonus At-Will Power

FINAL ABILITY SCORES
Str 11, Con 19, Dex 10, Int 10, Wis 16, Cha 8.

STARTING ABILITY SCORES
Str 11, Con 17, Dex 10, Int 10, Wis 16, Cha 8.


AC: 19 Fort: 15 Reflex: 13 Will: 16
HP: 34 Surges: 13 Surge Value: 8

TRAINED SKILLS
Arcana +5, Athletics +3, Endurance +7, Insight +8

UNTRAINED SKILLS
Acrobatics -2, Bluff -1, Diplomacy -1, Dungeoneering +3, Heal +3, History, Intimidate -1, Nature +3, Perception +3, Religion, Stealth -2, Streetwise -1, Thievery -2

FEATS
Human: Harrying Step
Level 1: Heavy Blade Expertise

POWERS
Battlemind at-will 1: World-Slipping Advance
Battlemind at-will 1: Vicious Cobra Strike
Bonus At-Will Power: Iron Fist
Battlemind daily 1: Accelerating Strike

ITEMS
Scale Armor, Adventurer's Kit, Longsword, Heavy Shield

[hs width=500]http://www.gryphonhill.com/hazlan/map/colormap.gif[/hs]

Fontes de Pesquisa sobre Hazlan:
http://www.angelfire.com/journal/thesilentroom/files/docs/hazheros.pdf
http://ravenloft4ed.blogspot.com.br/2011/11/os-dominios-hazlan.html
http://ravenloftsd.wikispaces.com/Hazlan



Agora abstrai de novo, coloca a careca e as tatuagens. Pq de vez em quando ela faz essa cara de alienada.

E por sinal é esta a aparência do DarkLord do domínio, então dá pra abstrair as tatuagens pelas dele:





Quem conhece Forgotten sabe de onde vem esse mago um tanto vermelho e tatuado.

39
Off-Topic / Lei que permite assassinatos causa revolta nos EUA
« Online: Março 22, 2012, 10:22:56 pm »
http://www.conjur.com.br/2012-mar-21/lei-eua-permite-assassinato-presuncao-ameaca-provoca-revolta

Acho que foi o EMIL quem compartilhou isso no Facebook, mas não tenho certeza visto que larguei a aba aberta pra ler depois... e ao ler vi que é bastante interessante...



Citar
Uma campanha no Facebook convoca os americanos para a "marcha de um milhão de encapuzados" ("Million Hoodies March"), que pretende ocupar praças e ruas de Nova York, nesta quarta-feira (21/3). A marcha é uma homenagem a Trayvon Martin, de 17 anos, um estudante negro que foi morto por um patrulheiro voluntário de um condomínio, por parecer um "suspeito". O estudante caminhava à noite pela calçada, "observando as casas", com a cabeça coberta pelo capuz de seu agasalho de moletom. George Zimmerman, de 28 anos e branco, matou Trayvon, que estava desarmado, mas não foi preso. Ele está protegido por uma lei estadual da Flórida.

O Departamento de Justiça e o FBI anunciaram, na terça-feira (21/3), que estudam uma maneira de interferir no caso, que se iniciou na noite de 26 de fevereiro. Zimmerman, que patrulhava as ruas de um condomínio de Sanford, Flórida, telefonou para a Polícia para denunciar a presença de um "suspeito" na área. Ele descreveu o "encapuzado" e comentou (conforme gravação liberada pela Polícia): "Esses filhos da puta sempre se safam". Ele ignorou a ordem do operador policial de não segui-lo, porque uma viatura policial já estava a caminho. Confrontou o garoto e lhe deu um tiro no peito. A Polícia sequer tentou prender Zimmerman. Declarou à imprensa que, se o prendesse, poderia ser processada, por infringir a lei estadual Stand Your Ground Law (Lei não ceda terreno).

Essa lei estadual, aprovada em 2005 pelo então governador Jeb Bush (irmão do ex-presidente George Bush) e subsequentemente copiada por mais 15 estados americanos, mudou o conceito de legítima defesa, seguindo os preceitos de uma outra lei, conhecida como Castle Doctrine (Doutrina do Castelo), e Defense of Habitation Law (Lei da Defesa da Habitação). A doutrina da legítima defesa previa que a pessoa tinha a obrigação de recuar antes de usar "força fatal", e só usá-la como último recurso. A Castle Doctrine estabeleceu que o cidadão, quando é ameaçado dentro de sua casa, não tem de recuar coisa alguma. Pode matar, com garantia da imunidade prevista no princípio da legítima defesa. A doutrina, com raízes na Common Law, prescreve que a casa é "o castelo do cidadão".

A Stand Your Ground Law absorveu esse conceito e o estendeu para virtualmente qualquer lugar no estado — a rua, a quadra de basquete, o bar, o restaurante, a calçada pela qual o estudante Trayvon caminhava com um lanche e um refrigerante, que comprara na loja, enquanto falava com a namorada pelo celular e usava o capuz da jaqueta sobre a cabeça, porque estava chovendo. Nos termos da lei, basta que a pessoa se sinta ameaçada ou que entenda que sua vida está em perigo para ter o direito de matar. Na conversa com a namorada, pelo celular, o estudante lhe contou que estava sendo seguido. Ela pediu para ele correr. Ele respondeu que só ia andar mais rápido. Zimmerman foi a seu encalço. Sua última informação ao operador da Polícia foi a de que o "suspeito" tinha alguma coisa na mão. Mais tarde, ao lado do corpo, a polícia encontrou o celular, o lanche e o refrigerante.

Depois de aprovada, a lei ganhou rapidamente um apelido: Make my Day Law (em tradução livre, "Lei Me Ajude a Ganhar Meu Dia"). O apelido foi emprestado do roteiro do filme Sudden Impact, em que o violento investigador policial Harry Callahan, representado pelo ator Clint Eastwood, diz a um suspeito que o ameaça em uma lanchonete: "Vá em frente, me ajude a ganhar meu dia". Ele sabia que se o suspeito tentasse agredi-lo, ele podia atirar nele e matá-lo (o que aconteceu), sem ter de se defender mais tarde. Bastava alegar legítima defesa. Pela lei da Flórida, basta que o autor do crime forneça à polícia uma argumentação plausível para sustentar a legítima defesa. A acusação não pode, obviamente, contestar com a versão da vítima.

O paradeiro de Zimmerman é desconhecido e ele sequer é procurado pela Polícia, segundo os jornais americanos. Mas sua impunidade está causando furor em todo o país. Manifestações foram feitas, por muitas centenas de pessoas, em igrejas e ruas de Sanford, Miami, Orlando e New York, noticia a CNN. Uma petição no site Change.org, exigindo a prisão de Zimmerman, já conta com mais de 700 mil assinaturas, entre as quais de várias celebridades, como o cineasta Spike Lee e o músico Wyclef Jean. As manifestações, a campanha no Facebook e a ampla cobertura da imprensa — e suas críticas — levaram as autoridades a anunciar que um júri de instrução será instalado, para avaliar o caso, em abril.

Para um grande número de americanos, essa lei da Flórida passou dos limites. E, recentemente, ganhou mais um apelido de seus oponentes, segundo o site da MSNBC: Shoot First Law (Lei Atire Primeiro) — apelido derivado da expressão "aitre primeiro, pergunte depois", que muitas vezes foi atribuída, nos filmes de "bangue-bangue", aos bandoleiros mexicanos. Para um colunista do jornal Orlando Sentinel, os habitantes da Flórida estão revivendo o Velho Oeste.

Ameaça presumida
Há outro caso que está incomodando a população. Em setembro de 2010, Trevor Dooley matou David James, que estava jogando basquetebol com sua filha de 8 anos, por causa de uma discussão. Dooley teria iniciado a briga, ao tentar proibir um garoto de usar sua prancha de skate na quadra. No mês passado, ele alegou em um tribunal que tinha o direito de matar James, de acordo com a Stand Your Ground Law, porque sentiu que sua vida estava ameaçada.

De acordo com o New York Times, um levantamento de 65 casos semelhantes ocorridos na Flórida que resultaram em mortes revelou que, em 57 deles, sequer houve indiciamento criminal. Em sete outros, a denúncia foi apresentada à Justiça, mas os réus foram absolvidos. A Suprema Corte da Flórida já decidiu que, com base nessa lei, os juízes podem rejeitar as denúncias, antes mesmo de iniciar o julgamento. Isso porque, segundo a Corte, a lei dá ao réu o que se chama de imunidade verdadeira.

A venda de armas cresceu substancialmente na Flórida, e nos outros estados que copiaram a lei, depois da aprovação da Stand Your Ground Law. A lei foi aprovada graças, em boa medida, ao forte lobby da National Rifle Association (NFA), a associação americana que reúne os fabricantes de armas dos EUA e entusiastas de todos os calibres: a NFA foi presidida, por vários anos, pelo ator e ativista Charlton Heston(Os Dez Mandamentos, Ben-Hur ). A organização, considerada o grupo mais influente de lobby por parlamentares e assessores do Congresso dos EUA, segundo uma pesquisa da revista Fortune, se declara defensora dos direitos de porte de arma, garantidos pela Segunda Emenda da Constituição do país, explica a Wikipédia.

O procurador geral do estado da Flórida, Willie Meggs, que lutou contra a aprovação dessa lei quando ela foi proposta, disse ao New York Times que as consequências da Stand Your Ground Law têm sido "devastadoras" em todo o estado. "O que estamos passando é quase uma loucura", afirmou. Ele contou que a lei tem sido usada por membros de gangues em guerra com outras gangues, traficantes em guerra com outros traficantes, bem como por namorados ciumentos em bares, que usam revólveres, facas e até mesmo um quebrador de gelo, como já aconteceu, para matar seus desafetos. E relatou que o estado perdeu um caso contra um homem que já estava em seu carro para ir para casa, mas, com muita raiva por causa de uma discussão com outro homem que havia sentado em seu veículo, pegou uma arma no porta-luvas, abriu a porta, desceu, caminhou até perto dele e o matou com um tiro.

Zimmerman tinha direito a porte de arma, porque não tem antecedentes criminais, embora a Polícia saiba que, há algum tempo, ele bateu em um policial. Mas o fato não rendeu denúncia criminal. As previsões são de que ela vai se safar mais uma vez. O Departamento de Justiça dos EUA e o FBI já disseram a jornalistas que um possível caso federal contra Zimmerman será muito fraco. Eles poderiam, por exemplo, fazer uma denúncia contra Zimmerman por crime de ódio, uma vez que ele é branco e a vítima era negra. No entanto, ele tem descendência hispânica, o que o colocaria na mesma situação de minoria racial. O pai de Zimmerman já enviou um comunicado ao jornal Orlando Sentinel, declarando que a família tem membros de descendência negra e que, portanto, esse não é um caso de discriminação racial.

O anúncio da programação de um Grand Jury, segundo algumas autoridades explicaram anonimamente a jornalistas, tem o objetivo principal de "acalmar as multidões". Para isso, uma equipe de profissionais de Relações Públicas foi despachada para a Flórida. E as autoridades estão pedindo calma à população, porque alguma coisa vai ser feita.

40
Off-Topic / Propaganda da União Europeia contra Brasil, China e Índia
« Online: Março 17, 2012, 12:10:18 pm »

41
Off-Topic / Stand-Up Proibidão Processado por uma das piadas racistas
« Online: Março 15, 2012, 02:50:01 pm »
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1062164-a-piada-comigo-foi-a-mais-leve-diz-musico-apos-confusao-em-show.shtml

Citar
O músico Raphael Lopes, 24, que chamou a polícia durante um show de stand-up após ser comparado a um macaco por um humorista, diz que a piada racista da qual foi vítima foi a coisa "mais leve" que ouviu na noite de segunda passada, no Kitsch Club, zona sul de São Paulo.

Ele não assinou o termo que era submetido às pessoas que pagaram R$ 60 para ver a apresentação de vários comediantes, entre eles Danilo Gentili, Fábio Rabin e Felipe Hamachi, este último autor da piada que causou a confusão.

o termo, clientes se comprometiam a não ficarem ofendidos com o humor "Proibidão" da noite, que teve como temas centrais negros, gays, deficientes e mulheres.

O advogado de Raphael, Dojival Vieira, afirma que estuda "medidas legais cabíveis". Hamachi já pediu desculpas públicas ao músico.

*
Folha - Você sabia o que era o show "Proibidão"?
Raphael Lopes - Não. A banda já tocava na casa, mas o show foi de última hora.

Você assinou o termo em que se comprometia a não se ofender com as piadas?
A banda não assinou.

Quando ficou incomodado?
Logo no começo. Era horrível. Tinha piadas como: "Só namorei com mulheres com defeito --cega, muda--, mas a pior foi uma cadeirante...".
Comigo foi o mais leve.

E quando decidiu sair?
O Felipe disse: "Dizem que a Aids veio do macaco, mas não acredito. Transo sempre com macaco". Aí olhou para mim e disse: "Né?". Saí sutilmente e chamei a polícia.

E o show continuou?
Sim. Pouca gente ali sentiu a minha ausência.

E quando a polícia chegou?
O policial, também negro, me chamou de canto e disse: "A essa hora, se formos para a delegacia, vai ficar tudo como um mal entendido". Aí deixei como estava.

O humorista que fez a piada te procurou naquela noite?
Veio me pedir desculpas.

Você o desculpou?
Queria acabar logo com o assunto. Apertei a mão dele e não esbocei reação. Não há mágoa. Ele é só mais um que quer fazer sucesso com isso que chamam de humor.

De onde vem seu apelido Dantop? Tem conotação racial, por ser um doce de chocolate?
Teve até um comediante que disse: "Seu apelido é Dantop e você não acha racista?". O apelido não tem nada a ver com o fato de eu ser negro. É uma coisa de quando era adolescente. Prefiro não contar o motivo.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1061675-show-com-piada-racista-termina-em-confusao-na-zona-sul-de-sp.shtml

Citar
Acabou em confusão a primeira edição do Proibidão, show de stand-up no qual comediantes fazem piadas preconceituosas contra negros, gays, deficientes e mulheres.

Um músico da banda que fazia as vinhetas entre uma apresentação e outra se sentiu ofendido por uma piada racista contada pelo humorista Felipe Hamachi.

Negro, o tecladista chamou a Polícia Militar. Após muita conversa, a confusão foi resolvida ali mesmo, sem a necessidade de registrar um boletim de ocorrência.

CARTA ANTIOFENSA

O show aconteceu na noite de anteontem, no Kitsch Club, zona sul paulistana.

Já na entrada, as pessoas tinham de assinar um termo de compromisso, confirmando que não ficariam ofendidas com nada que fosse dito.

A plateia era formada por pessoas de várias idades. Havia negros e mulheres. Entre os comediantes estavam Danilo Gentili, Fábio Rabin e Luiz França. Alexandre Frota era o apresentador.

A confusão ocorreu no momento em que o humorista Hamachi disse que não se pega Aids em relações sexuais com macacos e, em seguida, dirigiu olhares para o tecladista insinuando que mantinha uma relação com ele.

O músico, que não havia assinado o compromisso de "não ofensa" que é imposto ao público, abandonou o palco e chamou a polícia, que foi ao local. Amigos, companheiros da banda e funcionários tentaram acalmá-lo.

À Folha Alexandre Frota disse não ter percebido o ocorrido, pois não estava no palco no momento. Ele disse acreditar que o público se divertiu com a noite e até aplaudiu de pé. "Ninguém agrediu ninguém na rua ou dentro de um bar. É feito no palco."

O sócio majoritário do Kitsch Club, Marcelo Szykman, disse que não esperava tal reação. Segundo ele, a função da comédia é "provocar reflexão e quebrar mitos e tabus".

Em sua página do Facebook, Hamachi disse: "A única pessoa com quem brinquei no show era a única que não estava avisada do que aconteceria ali e isso causou mal-estar, que foi resolvido depois de muita conversa e de eu pedir desculpas para a pessoa".

A Folha não localizou o músico, que é conhecido como Rapha "Dantop".

42

Senhoras de 110 e 84 anos que viveram no Quilombo Rio dos Macacos a vida inteira

FONTE: http://pt.globalvoicesonline.org/2012/02/21/brasil-quilombo-rio-dos-macacos-em-vias-de-expulsao/

Citar
Uma das comunidades mais antigas de descendentes de escravos no Brasil, o Quilombo Rio dos Macacos, onde moram e vivem cerca de 50 famílias, tem data marcada para a sua expulsão: 4 de março de 2012. A reivindicação das terras é feita pela Marinha do Brasil, que pretende expandir um condomínio para os seus oficiais naquele território da região limítrofe entre Salvador e Simões Filho, no estado da Bahia.

Vários movimentos sociais têm-se manifestado contra os “flagrantes desrespeitos aos direitos humanos fundamentais” motivados pelo que alguns descrevem como “racismo institucional“. A comunidade conta com “pessoas com mais de 100 anos que nasceram no mesmo local onde vivem até hoje”, e que “dizem que não se deixarão expulsar”.

Num filme publicado pelo coletivo Bahia na Rede, membros da comunidade denunciam “que estão presos na área controlada pelos militares, tem dificuldades de sair e entrar e estão sofrendo ameaças cotidianas de despejo e de agressões em uma área reconhecida e titulada pela Fundação Palmares [instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira] como território quilombola”:

sob regime de tensão e violência, aterrorizados: [os quilombolas] garantem que passam a noite acordados com medo de morrer (soldados passeiam à noite toda pelas suas roças) e têm medo de sair pois quando voltar poderão encontrar a casa derrubada. O acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha; e os conflitos vêm, sobretudo, com a construção desta Vila, a partir de 1971. As famílias da área foram removidas e desalojadas. Hoje estão proibidas de plantar e sendo expulsas da área.

Descendentes de povos originários de África que durante o colonialismo foram levados das suas terras para se tornarem escravos no Brasil, os quilombolas vêem-se agora ameaçados a perder de novo o seu chão, apesar do direito à terra que habitam consagrado na constituição. O representante da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), Pedro Diamantino, num “Ato de apoio à comunidade quilombola rio dos Macacos”, que decorreu no dia 6 de fevereiro, explicou o enquadramento:

o artigo 68 das disposições transitórias da CF [Constituição Federal] garante “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras” a propriedade definitiva, porém este artigo até hoje não foi regulamentado, o que gera instabilidade jurídica. A demarcação de terras quilombolas atualmente está lastreada no decreto federal 4887/2003, que é um instrumento jurídico insuficiente para garantir a posse definitiva da terra.

E o deputado federal Luis Alberto (PT) acrescentou que:

tramitam na Câmara dos Deputados um projeto de emenda à Constituição Federal (CF) que pretende avocar para o poder legislativo a regularização das terras quilombolas – hoje à cargo da Fundação Palmares e do Incra – e outros projetos que pretendem anular todos os decretos em favor dos quilombos.

As terras ocupadas pelo Quilombo Rio dos Macacos foram doadas pela prefeitura de Salvador à Marinha do Brasil em meados de 1960, tendo ficado registrada na ocasião a existência de moradores e ressalvada a responsabilidade da Marinha por quaisquer indenizações que decorressem da transferência de terra.

No final de 2009, foi proposta à Justiça a ação de despejo, deferida um ano mais tarde pelo juiz da 10ª Vara da Seção Judiciária da Bahia, e marcada para o dia 4 de novembro de 2011, exatamente 1 mês depois de ter sido publicado no Diário Oficial da União o certificado de reconhecimento de Rio dos Macacos como Comunidade Quilombola, da qual resultou uma Certidão de Auto Reconhecimento. A ordem de despejo acabou sendo adiada por 4 meses pela Justiça Federal, mas até à data mantém-se o 4 de  março de 2012 para a expulsão.

Sou Quilombo Rio dos Macacos

O ano começou com um protesto do lado de fora do muro que cerca a Base Naval, e onde a Presidenta Dilma Rousseff passava uns dias de férias. Tania Lobo publicou no Youtube uma montagem de fotos do protesto em que os moradores traziam cartazes onde pode ler-se “Vai permitir isso Presidenta?”, “Marinha quer expulsar comunidade Quilombola Rio dos Macacos”, “Comunidade (…) pede solução justa, legal e imadiata” e “Marinha proibe a entrada INCRA na comunidade Rio dos Macacos”.

Entretanto, têm-se multiplicado as ações solidárias com a comunidade de Rio dos Macacos, como a declaração coletiva “Somos Quilombo Rio dos Macacos”, feita por diversas personalidades, músicos, poetas e ativistas dos movimentos da Bahia.

Uma página criada no Facebook com o mesmo nome, bem como inúmeros blogs, republicaram o manifesto da comunidade, exigindo:

providências imediatas por parte da Presidenta da República e pelo Ministro da Defesa, pelo fim da violação dos direitos humanos, pelo garantia dos direitos quilombolas e pela imediata regularização fundiária do Território da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos

O relatório Terras Quilombolas - Balanço 2011 publicado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo no passado dia 15 de fevereiro, revela que durante o primeiro ano do governo de Dilma Rousseff apenas uma Terra Quilombola foi titulada pelo governo federal, e que “o placar de terras quilombolas tituladas no Brasil alcançou 110, o que significa que apenas 6% das 3 mil comunidades quilombolas que se estima existir no país conta com o título de suas terras”.

FONTE: Página do Facebook do movimento SOU QUILOMBO RIO DOS MACACOS, https://www.facebook.com/pages/Sou-Quilombo-Rio-dos-Macacos/192286024204781

Citar
Marcada para a hoje, 04.03.2012, e suspensa por ação da Presidência da Republica (Secretaria Geral, SEPPIR e FCP), a tomada do Território do Quilombo Rio dos Macacos, ainda não foi assimilada pela Marinha do Brasil, que mesmo diante da suspensão insistir em tencionar e atentar contra os direitos da comunidade. A Marinha do Brasil não pode realizar esta ação hoje mas neste momento a comunidade está vivendo uma grande tensão, pois já tem mais de 03 caminhões de fuzileiros dentro da Comunidade, cada um com cerca de 80 homens, do lado de fora tem os militares da Bahia (que não podem entrar por se tratar de área federal) e 01 trator posicionado no portão da Vila Naval, área tomada da comunidade há 42 anos pela Marinha do Brasil. A Polícia Federal é a única instituição que pode cumprir a decisão desastrosa da 10ª Vara Federal na Bahia, mas está não irá em Rio dos Macacos, pois não pode agir acima das Leis. Qualificamos de desastrosa a decisão, porque a Comunidade de Rio dos Macacos não foi ouvida em qualquer fase do processo, estando a justiça agindo em um único pólo.

A Marinha do Brasil, não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais, vivemos sob a vigência do estado democrático e as instituições estão em funcionamento. Agindo com um modus operandi irreconhecível por instituições marcadas pela hierarquia e disciplina, ontem a noite (03.03.12) um senhor da comunidade sofreu um atentado contra sua vida, quando quase foi morto com um tiro em sua direção, dado por um membro da corporação, identificado pela comunidade. O caso foi registrado em uma delegacia da região.

O Artigo 68 da Constituição de 1988 e o Decreto 4887/2003, garantem os direitos da ocupação secular da Comunidade. Rio dos Macacos está naquele Território há mais de 238 anos e não pode ser derrotado, por um crime de uma instituição que, ao contrario, deve garantir e fazer valer as Leis do país, por isso precisamos das/dos jornalistas agora em Rio dos Macacos. Todo o mundo precisa saber, para impedir uma tragédia hoje em Salvador, aos nossos olhos.

Mandem essa nota para todas as pessoas possíveis, para todas as redes, não podemos ficar em silêncio diante da possibilidade de uma barbárie, O Brasil e o mundo precisam saber!

Nossa luta é todo dia!!!
Vilma Reis
Presidente do CDCN - Bahia
Profa. Sociologia - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias
Campus XXIII, UNEB - Seabra
Coordenação Colegiada do Programa CEAFRO
CEAO: Centro de Estudos Afro-Orientais - FFCH/UFBA
Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 02 de Julho
Salvador/Bahia, Brasil, Cep.40.060-180
Tel. (55-71)3283-5520 , Fax.(55-71)3322-2517, Cel.(55-71)9994-3749

Vídeo sobre a situação do quilombo, que é de fazer medo


43
Jogos Sociais / Micromáfia VIAGEM NO TEMPO - VITÓRIA DA MÁFIA
« Online: Fevereiro 28, 2012, 09:37:07 am »
Viagem no tempo é algo teoricamente impossível, mas não consigo descartá-la como elemento de tramas.
— Isaac Asimov


Inicialmente pensei em fazer uma micromáfia do filme DE VOLTA PARA O FUTURO, mas a falta de personagens a granel me desestimulou, até que me veio a ideia do próprio TEMA de VIAGEM NO TEMPO, quando me lembrei do velho suplemento de GURPS de nome idêntico.

[hs width=600]http://cavernaeponto.com.br/wp-content/podcast/2010/07/DeLorean-DeVoltaparaoFuturo-1.jpg[/hs]

Assim, este jogo pode conter personagens e conceitos de filmes, séries e livros que tratam de viagem no tempo; TODOS os personagens podem viajar no tempo de alguma forma, e vários deles estão aqui correndo um risco imenso: ALGUMA COISA quer esses viajantes no tempo MORTOS, ELIMINADOS, NEUTRALIZADOS...

Devido à quantidade de coisa que pode aparecer aqui, no começo de cada dia um jogador de máfia que NÃO estiver no jogo vai morrer aqui, representando algum viajante no tempo que NÃO está no jogo. Porém, não vou contradizer RCs falsos, já estejam cientes disso. Tomem mais como uma prevenção e afunilamento.

Parece também que a própria VIAGEM NO TEMPO aqui é algo ARRISCADO... então usar seus poderes/capacidades/geringonças é algo que não virá sem CONSEQUÊNCIAS; agora, quais são exatamente elas, não é algo que a cidade saiba de início. CUIDADO PARA NÃO CHAMAR ATENÇÃO DELES...


Alguns links que usei para pesquisa do tema:

[hs width=400]http://www.oocities.org/galeradorpg/time.gif[/hs]

Os papéis serão SORTEADOS, então você saberá logo quem você será ao se inscrever.

44
Off-Topic / Justiça de SP determina prisão domiciliar a morador de rua
« Online: Fevereiro 11, 2012, 09:56:54 pm »
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5606728-EI5030,00-Justica+de+SP+determina+prisao+domiciliar+a+morador+de+rua.html

Citar
Em decisão publicada nesta sexta-feira, a Justiça de São Paulo determinou que um morador de rua acusado de furto de placas de alumínio na Estação República do Metrô, na capital paulista, fosse submetido à prisão domiciliar. O equívoco não foi percebido pelo desembargador Figueiredo Gonçalves, da 1ª Câmara de Direito Criminal, porque a informação de que o réu não tinha domicílio não constava no processo.

Portador de transtorno mental, Nelson Renato da Luz foi preso em flagrante em outubro de 2011. Como o suspeito era reincidente, a 14ª Vara Criminal de São Paulo decretou sua prisão preventiva. Ele, então, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros I. Dias depois, o advogado Marcelo Feller entrevistou Nelson dentro do projeto SOS Liberdade, do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) - que realiza mutirões contra a prisão ilegal de pessoas que respondem a processo. Na ocasião, foi constatado que Nelson já havia sido declarado inimputável e não poderia ficar preso preventivamente. O advogado, então, entrou com pedido de habeas-corpus para colocar o réu em liberdade.

"A discussão era o que fazer com um doente mental que está sendo processado por crime sem violência, um caso sem previsão na lei. Era desnecessário entrar na discussão de ser um morador de rua. Não foi pedida a prisão domiciliar do Nelson. Foi um pedido de liberdade", disse ao Terra Marcelo Feller.

Na decisão, o desembargador lembra que Nelson também não poderia ser internado, já que não cometeu crime com violência ou grave ameaça, condição para a internação provisória. Gonçalves considera, porém, que o réu não poderia ficar em liberdade - como já havia sido determinado em liminar anterior -, porque poderia voltar a cometer delitos "em razão dos delírios decorrentes da certificada doença mental". O desembargador, então, determina a prisão domiciliar.
Com a decisão, Nelson poderia ser preso por descumprir a ordem de prisão domiciliar. Mas Feller considera a prisão "improbabilíssima". Segundo o advogado, a determinação precisaria ser comunicada ainda nesta sexta ao juiz de primeira instância, que precisaria ordenar a comunicação da polícia. Além disso, o réu precisaria ser abordado na rua por um policial, que faria a consulta e verificaria que existia a determinação da prisão domiciliar.

O advogado afirmou que comunicará a Justiça na segunda-feira do equívoco. "Provavelmente na próxima sessão, eu não sei quando os desembargadores vão se reunir, mas eles devem solucionar o impasse", disse. Ele acrescentou que pedirá uma medida cautelar para o comparecimento periódico em juízo, ou seja, para que Nelson se apresente com certa periodicidade à Justiça para justificar o que tem feito e ser informado do andamento do processo.

Feller ainda destacou que a importância da decisão do desembargador, uma vez que se trata de caso não previsto em lei e que deve pautar o entendimento da Justiça em casos semelhantes. "Eu confio plenamente na decisão do desembargador Figueiredo Gonçalves, que é dos desembargadores mais experientes do Tribunal de Justiça."

45
Off-Topic / Estudante Negro Sofre Racismo Dentro do Próprio Prédio
« Online: Fevereiro 11, 2012, 09:54:27 pm »
http://cotidiano.portal10segundos.com.br/cidade/polemica/estudante-sofre-com-racismo-dentro-do-proprio-predio.6272

Citar
O estudante de medicina veterinária Marcos Davi Silva e Silva, de 26 anos, alega ter sofrido racismo dentro do próprio prédio onde mora, no bairro da Pituba, em Salvador. O fato aconteceu na manhã deste sábado (11) e teria sido praticado por uma idosa e sua filha no hall do edifício, localizado na rua Emílio Odebrecht, a mesma onde está a Praça Igaratinga.
 
Após voltar de uma academia, Silva esperava o elevador e, no momento que o veiculo apareceu, a mulher e sua filha saíram do local. Ao se depararem com o estudante de pele negra, a senhora não permitiu que o morador entrasse no elevador. Quando perguntou o porquê da atitude da vizinha, ouviu uma série de injúrias racistas em alto volume, reforçadas pela filha da idosa, que teria contribuido para a continuação dos xingamentos. O fato foi presenciado pelo porteiro e um zelador do prédio.
 
Imediatamente, o homem contatou um advogado e compareceu à 16ª Delegacia para registrar ocorrência de racismo. De acordo com o advogado do estudante, Edimário Maia, as duas moradoras cometeram dois crimes graves e inafiançáveis: injúria racista – quando há a ofensa relacionada à cor da pele - e segregação racial, relativo ao impedimento de acesso a locais devido ao critério do preconceito de cor.
 
“Segregação É muito mais grave ainda do que ser xingado. Segregação racial é o caso de impedimento de acesso a um local por racismo. Isto é muito sério. Ele foi impedido de usar o próprio elevador. E ainda mais em uma época em que estamos com um filme em cartaz no cinema, 'Histórias Cruzadas', que fala da questão racista no Mississipi dos anos 60”, opina o defensor de Marcos Davi.
 
Imediatamente após a ocorrência ter sido lavrada pelo delegado Alberto Xirame, os policiais civis compareceram ao prédio. No local, solicitaram ao síndico do condomínio o registro das imagens do circuito interno de câmeras que registraram o fato e também o comparecimento das duas acusadas e das testemunhas para prestar depoimento no caso. Todos deverão depor ainda no sábado e o plantonista promete enviar o inquérito à Justiça na próxima segunda-feira (13).

Consternação – Com voz em tom baixo devido à situação constrangedora, Marcos Davi Silva revelou ao Portal 10 Segundos, triste e ofendido, não conseguir entender por que recebeu os xingamentos racistas e como tal atitude ainda pode ser feita a um negro na cidade mais negra fora da África. Ele conta também que nunca teve problemas na vizinhança.
 
“Me senti muito ruim. E logo eu, que sou uma pessoa tão boa, não faço distinção de ninguém, trato todo mundo bem. Acredito que todos nós somos iguais. Estou muito ofendido, chateado, não consigo entender como alguém pode tomar uma atitude dessa hoje em dia. Ainda mais comigo, que não faço nada para ninguém”, resumiu decepcionado e enfraquecido.
 
O advogado explica que o cliente é conhecido não só em seu prédio mas também nos vizinhos, pois costuma receber pedidos de conselhos de outros moradores referentes a animais domésticos. Como estudante de veterinária, Marcos Davi voluntariamente se oferecia para tratar de alguns animais de vizinhos e por isto conhece vários deles, com quem interage na praça em frente ao condomínio.
 
Silva não pretende se mudar do prédio e diz que não fez nada de errado para se envergonhar e se esconder do restante dos moradores. Ele conta que teve a iniciativa de procurar um advogado e dar a queixa porque quer que seu caso seja um exemplo de como se deve agir diante de uma injúria racista e pretende dar a maior visibilidade possível ao caso.
 
“Pretendemos usar as redes sociais para dar maior visibilidade a este fato, ir para a televisão, fazer um flash mob em frente ao prédio amanhã (domingo, 12) para que as imagens cheguem à internet. E também vamos procurar as instituições históricas do movimento negro que defendem a comunidade, além da Promotoria de Combate ao Racismo do Ministério Público”, listou o advogado.
 
Já em seu nome, o estudante afirma que quer apenas que a justiça seja feita. “Faremos o que for possível para que isto não aconteça de novo, para que estas pessoas nunca mais façam isso com ninguém. Estamos aqui para que sejam tomadas as devidas precauções”, argumentou. Perguntado se as “devidas precauções” incluiam a prisão das duas acusadas, Marcos Davi deu de ombros. “Não desejo mal a ninguém. Quero que a justiça seja feita. E o que vier a acontecer com ela, sinceramente, não me importa nem um pouco”, disse, magoado.

Páginas: 1 2 [3] 4 5