"Um processo emergente". Legal, então ambos assumimos que a cultura emerge do homem, e não o contrário.
Quero dizer, é bastante óbvio que a cultura em que estamos imersos molda nosso caráter. Mas tomando desse conceito de cultura determinista e irresistível, substituto oportuno para "Deus", faz parecer que nenhum de nós tem competência pra ser diferente por si mesmo. Ora, se fosse assim, a cultura não mudaria com o tempo, sempre atendendo aos interesses dos mais violentos* e dominantes.
E sobre a religião, concordamos de novo então: acabe com as religiões, e os homens vão encontrar novos motivos para endossar interesses econômicos e políticos. Aliás, já estão fazendo isso, com os novos cotismo, gayzismo, feminismo e outros "ismos" traduzidos de ateísmo.
Não estou defendendo religiões, apenas não as vejo como a fonte de todo o mal do mundo, como alguns ateus de internet fazem. Vejo essa fonte no próprio homem, que cria o conceito de "mau" e depois conveninentemente o distorce conforme seus interesses pessoais.
Primeiro, por emergente quis me referir às culturas ESPECÍFICAS, mas a cultura em si é parte integral do homem. Se formos adiante com isso vamos parecer quem discute ovo e galinha.
Talvez isso ficasse mais acirrado se introduzirmos o conceito de meme na discussão, já que ele foi justamente exposto por um luminar ateísta como Dawkins, e há a tendência de enxergar a humanidade como apenas hospedeiros e transmissores dos memes.
Mais sobre memes, pra quem não conhece a ideia e sabe inglês
http://www.smithsonianmag.com/arts-culture/What-Defines-a-Meme.html?c=y&page=1Se não souber inglês vá à wikipedia mesmo... ^^
Quanto isso de
cotismo, gayzismo, feminismo e outros "ismos" traduzidos de ateísmo
não entendi muito bem.
Você está dizendo que movimentos de reação e afirmação como feminismo, movimentos GLBT e movimentos de proteção a etnias são desculpas para violência?
Que eu saiba, eles existem porque houve violência anterior e existente, direcionada a esses grupos.