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« Online: Fevereiro 27, 2015, 01:29:29 am »
Sobre o lance dos reinos-cultura e planeta-cultura: os primeiros parecem mesmo se um caso de preguiça, pois ocorrem normalmente em cenários de "fantasia medieval" em mundos ainda no início de seu desenvolvimento. Então muito plebeu migrando pra escapar de lordes abusivos favorece mais o surgimento de "manchas culturais" sobre o mapa do que "bolhas culturais".
Os planetas-temáticos são um pouco mais aceitáveis, em duas possibilidades: mundos terraformados, para justificar o a geografia e ecossistema mais ou menos uniforme, e as colônias planejadas. Mesmo na variedade das pessoas espaciais, os clássicos "planetas criminosos" da sci-fi tem regras que meio que uniformizam o trato social do lugar. Tipo Sigil e sua porralouquice planar organizada.
Já o lance do idioma: em sci-fi nunca foi problema, com seus implantes/pílulas/estroboscópios tradutores, então em fantasia eu não vejo o porque de não ter um idioma comum. Línguas fictícias são legais, mas depois de um tempo enchem o saco: vide os falatórios em élfico nos filmes de SdA, que deixam as cenas em que acontecem mais enfadonhas do que já seriam sem eles. Só tem serventia mesmo pra fã hardcore de Klingon e Enya (falar chewbbaccquês ninguém quer).
A não ser que você seja o Terry Pratchett com seus mil trocadalhos, ou que a língua seja uma boa ferramenta de plot, é encher linguiça do leitor/jogador. Mas se o ranço for grande, bastar supor que os personagens que oferecem serviços são bilíngues ou trilíngues nos idiomas mais falados. Se até o cara do carrinho de cachorro quente fala inglês hoje, não tem problema o ferreiro da capital fantástica saber elfo, anão e crocodilês se o tem um monte dos três perambulando por aí.