(Continuando o post da página anterior, porque o horário de almoço tá acabando e não deu tempo de botar tudo numa resposta só.)
Pra mim, o Schrödinger's Wizard é a nova Lei de Godwin das discussões de D&D: no momento que alguém começa com esse espantalho, eu perco o interesse na conversa.
Troque mago por full caster (mago, clérigo e druida) e seja feliz!
E logico que isto vai aparecer neste tipo de discussão!
Troque
Schrödinger's Wizard por
Schrödinger's Caster e o argumento vai continuar sendo uma merda: 3e não se resume a tópicos do CharOp com personagens hipotéticos de nível 20. No momento que você age como se fosse, já deixa claro que não está afim de uma conversa aberta sobre game design, e eu concluo que não vale a pena responder.
Ou seja, para a maioria dos jogadores da 4E, escolher uma classe se resume a escolher a forma como irá lutar. Depois não gostam que grognards chamem a 4e de video-game....
Iuri, cara, é exatamente isso: a classe deve estar lá só pra definir a sua mecânica de combate. O roleplay é todo seu. E tem gente aqui que ainda tá achando isso pouco, quer desvirtuar o papel fora do combate da própria classe, assim, você poderia ser um "guerreiro defender", mas com o papel de diplomata. E isso é excelente.
Eu não sei de onde que as pessoas acham tão legal que a classe defina TUDO que você vá ser, da sua capacidade de combate à forma como você interpreta a mesma. E lá se vamos nós voltar à edição antiga. Paladinos eram OBRIGADOS a ser "leal e trouxa" sob pena de PERDER a classe se mudasse de tendência. Ora porra, se eu quiser interpretar um guerreiro que foi obrigado pela família a entrar num templo como uma espécie de "noviço" e teve que aguentar a formação de Paladino a vida toda antes de ser "livre" para sair por aí e pregar? Sério que ele vai ter que ser "leal e trouxa", se ele tá mais para um personagem caótico, potencialmente revoltado pelos pais terem meio que "estragado" a vida dele?
Quando a 4e largou mão dessa frescura, muitos curtiram a ideia. Exatamente porque agora o Paladino define que você é um defensor divino e não o fluff obrigatório da 3e. E ainda poderia melhorar, porque ele não deveria ser obrigado a ter apenas aquela seleção de perícia. O lance dos temas entraria aí pra resolver o problema.
Se a tua classe não é pra definir nada além de combate (nem mesmo a inteligência ou agilidade do personagem, pelo jeito!), então me diz o que é que define na 4e. Talentos? Não, preciso deles pra combate. Atributos? Idem. Perícias? Como o Publicano bem apontou:
No mínimo dissociar arquétipo (mateiro) de papel de combate (agressor) já faria com que as perícias do patrulheiro MUDASSEM.
Quem definiria o bloco de perícias acessível seria o tema/arquétipo e não a classe. A quantidade de perícias ainda poderia ser por classe, porém...
Outra coisa quanto ao patrulheiro... nem sempre ele tem de ser "mateiro". Se eu sou um patrulheiro SEM PERÍCIA NATUREZA, e aí?
... o que eu achei chato, de cara, no 4e foi a dificuldade de pôr uma perícia extra-classe.
A princípio, só com talento (!!!), depois com um background... pra mim todo personagem deveria ter um slot de perícia livre.
Sobrou o quê então? Se "o roleplay é TODO MEU", então, acabou a musiquinha de batalha, 4e vira um sistema Freeform?
...Bingo. E se eu gostasse de freeform, estaria jogando 3D&T.
@Mark Logan: Não vou ter tempo de citar trechos específicos, mas quero registrar que concordo com tudo que tem dito.