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Posts - Malena Mordekai

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Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 09:23:07 pm »
Não entendi exatamente o seu raciocínio quanto a CONFIRMAR que um desses três é mafioso se o nelio for cidade.
Se for pq eu votei nele, bem, VOCÊ fez o mesmo.

3302
Quanto ao sistema, pelo menos vc tem o livro, mas qualquer dúvida fala no tópico de REGRAS E DÚVIDAS... lá vc vê um esboço do sistema de criação de personagens.

Lá também há uma imagem + a fonte de cada um dos NPCs do Inquérito Armitage, embora eles não sejam exatamente do tipo que vão aparecer toda hora.
Desses, melhor que Wilmarth (que não é expedicionário e sim prof. de inglês e folclorista) seriam Peaslee, Ashley, Freeborn e Dyer, que estiveram na expedição à Austrália no conto "Sombras Perdidas no Tempo. Seria interessante um aborígene desses ligados ao conceito de Hora do Sonho... andei fazendo pesquisas sobre isso recentemente, pra um conto do Mythos. Wilmarth certamente vai ficar intrigado com você, por ser um folclorista.
Você pode ter conhecido todos esses NPCs e ter sido indicado por eles. Gostei bastante das suas ideias!!!!
Você poderia ser um mestiço de aborígene e caucasiano, tendo recebido alguma herança do pai para justificar o mínimo de Crédito 3 que um Diletante precisa ter. Feito isso, essa Ocupação te dá cinco Habilidades Ocupacionais livres, à sua escolha, que você pode colocar nas que representam bem teu personagem...

EDIT
A dita expedição à Austrália ocorreu em 1935 e visava explorar certos blocos estranhos, cheios de hieróglifos, que correspondiam com lendas aborígenes do subterrâneos que exalam sopros de vento e perto dos quais os nativos têm medo de ir.
O nosso jogo se passará em 1937.

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Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 07:30:26 pm »
"Eu só lincho quando tenho certeza, Fernandinho!"

Engraçado que em outros jogos a Noara já teve menos escrúpulos em linchar pra ver se era mafioso... esquisito isso... bom, o voto é de cada um, votem de acordo com a consciência E a estratégia.

3304
Citar
Elas chegam misteriosamente... uma a uma. cada um deles aparece entre as coisas de pessoas associadas à Biblioteca Orne, da Universidade Miskatonic. A primeira aparece dentro da valise do diretor assistente da Biblioteca, Cyrus Llanfer. A segunda é encontrado pelo bibliotecário-chefe, Henry Armitage, enfiada discretamente sob o borrador de sua mesa. Outros continuam a aparecer, cada um deles materializado em circunstâncias perturbadora mundanidade. São notas manuscritas, algumas em caligrafia elegante e legível, outras numa versão selvagem e agitada da mesma mão. Algumas páginas estão sujas, ensanguentadas, dobradas. Outras têm fotografias, ou estranhos pedaços de papel etiquetados. Com grau variável de lucidez, elas descrevem uma série de investigações que levam a um apocalipse iminente.

Dos membros do Inquérito Armitage, a intrépida equipe de eruditos e exploradores que enfrentam os horrores do Mythos, ninguém foi mais surpreendido pela chegada das cartas, do que o fundador do grupo, e aquele que deu seu nome a ele, dr. Henry Armitage.

A caligrafia é dele!

Dr. Armitage não lembra de ter escrito as notas, nem das pessoas ou eventos delineados em suas páginas sujas. Surgem cada vez mais especulações sobre a origem dos documentos. É um trote elaborado, ou uma farsa manipulada pela crescente lista de inimigos ocultos do Inquérito? Ou os bizarros alertas nesses documentos impossíveis vaticinam um destino horrível e real, se não forem investigados?

O Inquérito Armitage (ver pág. 206 de Rastro de Cthulhu) precisa de um grupo de investigadores formado principalmente de pessoas não diretamente imersas no Mythos de Cthulhu ou ligadas ao dr. Armitage, para descobrir o que está por trás dessas descobertas perturbadoras.

Logo, além de Albert Wilmarth, os outros investigadores do grupo precisam ser pessoas as mais diversas possíveis, porém confiáveis (ou indicadas por membros do Inquérito, ou pelo próprio Wilmarth), e que já tenham alguma experiência com acontecimentos estranhos, mas não foram expostas diretamente à voracidade alienígena do Mythos.

Logo, aqueles como o Thales, que "não sabem PN sobre Lovecraft", para usar um termo do próprio Th, não terão dificuldade em construir personagens nesse molde. O próprio livro Armitage Files cita Fringe, Supernatural e Arquivo X como bons exemplos do ritmo da campanha, caso queiram alguma inspiração além dos contos do Mythos.

É importante definir logo a Motivação e a Ocupação do personagem. A primeira afeta bastante a Estabilidade mental do personagem e a segunda afeta, mecanicamente, quais Habilidades saem mais barato (metade do preço).
Vocês receberão 65 pontos para gastar em Habilidades Gerais e 16 pontos para gastar em Habilidades Investigativas. Note que a escala das Gerais é bem maior que a das Investigativas, que normalmente dispensam rolamentos de dados, o que será bem útil aqui no fórum.
Marquem suas Habilidades Ocupacionais com um *. Não podem comprar Mythos de Cthulhu e começam com Estabilidade 1, Vitalidade 1 e Sanidade 4 de graça, além do Crédito mínimo da faixa de Crédito indicada em sua Ocupação (ex., Professor tem Crédito 3-5, logo começa com Crédito 3). Se forem comprar a Habilidade Fuga, saibam que cada nível acima do dobro do nível de Atletismo custa metade dos pontos de criação. A não ser que desejem, não precisam especificar os Idiomas que conhecem. Deixem e aberto e determinem durante o jogo. A Habilidade Hipnose só está disponível, a princípio, para aqueles da Ocupação Alienista ou Parapsicólogo. A segunda mais alta das Habilidades Gerais deve ser pelo menos metade do nível da mais alta.

Determinem suas Fontes de Estabilidade (pág. 43) e os Pilares da Sanidade (pág. 47), bem como contatos (pág. 31); estas informações serão bastante relevantes no jogo. Vocês podem, se desejarem, citar em seus históricos elementos que estão nos Documentos 1 e 2.

Normalmente vocês sempre recebem uma base informativa no uso de Habilidades Investigativas, e mais informações com o gasto de pontos (que são associados aos níveis de cada Habilidade, e que se recuperam no final de cada caso, ou no final de uma etapa de um caso mais longo.
As Habilidades Gerais podem acabar exigindo rolamentos, que serão feitos por mim. Cada ponto gasto num rolamento concede +1 no teste, que é feito com um mero d6 e dificuldades normalmente de 4, 5 ou 6. Estes pontos das Gerais são recuperados, uma vez por sessão de jogo (no fórum, eu determinarei quando isso acontece), se vocês conseguem se refugiar em algum lugar, livres de qualquer perigo ou horror, por pelo menos uma hora: recuperando as reservas de até 3 Habilidades Gerais. Armas Brancas, Armas de Fogo, Atletismo, Briga, Cavalgar, Condução, Fuga e Pilotagem também são recarregadas após 24h do último uso de cada uma delas. As outras recuperam-se totalmente junto com as Habilidades Investigativas (veja acima).
Exceções: Vitalidade recupera-se à taxa de 2 pontos por dia de repouso (personagens "feridos" recuperam-se em ritmo de hospitalização). Primeiros Socorros também ajuda nesse sentido (vejam pág. 63 se quiserem detalhes). A Estabilidade, que junto com a Vitalidade são reservas que podem cair no negativo, pode ser recuperado passando-se tempo junto a suas Fontes de Estabilidade, ou através de Psicanálise. A Sanidade perdida não retorna, exceto nos casos mais extremos de vitória contra o Mythos de Cthulhu.

Vitalidade
Quando ela cai abaixo do zero, eu jogo um dado, com o valor absoluto da Vitalidade como Dificuldade. Um personagem pode se forçar a alterar esse teste de Consciência gastando ainda mais pontos de Vitalidade que ele não tem (isto não altera a Dificuldade), somando +1 no teste para cada ponto gasto assim. Caso falhe, cai inconsciente.
Machucado: Entre 0 e -5 de Vitalidade. Gastos de pontos em em Hab. Investigativas requerem 1 ponto a mais para gerarem o mesmo efeito; algumas informações podem requerer gasto de 1 ponto quando antes isto não seria requerido. Dificuldades de testes Gerais aumentam em 1. Primeiros Socorros recupera 2 PVs para cada ponto gasto na Habilidade, exceto se estiver curando a si mesmo (1 para 1).
Seriamente Machucado: entre -6 e -11 de Vitalidade. Faz outro teste de Consciência pra evitar apagar. Fica incapaz de lutar. Perde 1 PV a cada meia hora, exceto se estabilizado com Primeiros Socorros. Deve convalescer em local apropriado um número de dias igual ao valor absoluto de sua reserva de Vitalidade. Quando tem alta, a Vitalidade está em metade do valor máximo e retorna ao total no dia seguinte.
Morto: -12 ou menos de Vitalidade.
Nota: Se você for Machucado por uma arma de fogo, imediatamente perde mais 6 pontos de Vitalidade. Armas menos agressivas (Briga, ou Armas Brancas sem lâminas cortantes)  podem ser deliberadamente usadas para causar dano não-letal, não levando o alvo acima de Seriamente Machucado.

Estabilidade Negativa
Entre 0 e -5: Abalado.  Gastos de pontos em em Hab. Investigativas requerem 1 ponto a mais para gerarem o mesmo efeito; algumas informações podem requerer gastos de 1 ponto quando antes isto não seria requerido.
Entre -6 e -11: Mente Arruinada. Incapaz de usar Hab. Investigativas. Desenvolve uma doença mental que deve ser curada em separado da reserva de Estabilidade. Pode apenas agir fugindo em pânico ou atacar os perigos que perceba de maneira delirante. Perde Permanentemente 1 nível de Estabilidade, que só pode ser recuperado com Pontos de Experiência.
-12: Colapso mental, deixa de ser jogável.

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Jogos Sociais / Re:Mudança nas filas de espera.
« Online: Julho 30, 2012, 06:10:00 pm »
Então vai lá e acha novos jogadores, pq eu corri atrás de vários e bem ou mal consegui 2 flutuantes e 2 constantes. Falar é fácil, inclusive quando se trata de algo que depende de gente atualmente fora da Jogos Sociais!

E como já se mostrou nas discussões, muita gente discorda da sua visão do assunto, não é possível que todos sejam alienados ou tapados.

Você mesmo foi um dos que votou naquela vez do Nibelung, em ter apenas uma máfia por vez, não? Então aquela mudança seria bem-vinda e essas não? Se me enganei com isso me perdoe.

3306
Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 06:00:18 pm »
Qual é o seu segredo, mágico misterioso?

Opiniões diametralmente opostas... isso é até bom, pois fomenta discussões. Infelizmente temos só 14h pra linchar alguém ou nos arrepender por não linchar. Espero que não façam como a cidade na micro Rocky, que regateou pra linchar e quando o fez, na verdade foi speed lynch por mafiosos + sobrevivente, num momento em que linchamento errado faria perder o jogo pra cidade.

3307
Jogos Sociais / Re:Mudança nas filas de espera.
« Online: Julho 30, 2012, 06:00:00 pm »
Como assim chifre em cabeça de cavalo?
Não foi vc mesmo que propôs a opção C?
Ou não estou entendendo mesmo teu raciocínio?

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Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 03:37:36 pm »
Você recentemente disse que estava de boa, sem se estressar... que é que tá te estressando agora?

Sinto muito, nelio, mas vai catar coquinho. Vc não quer ser suspeito por ter ido no Verde e por dizer um RC que esmaga alienígenas e humanos indiscriminadamente?

3309
Até agora:

* Barão - Aborígene (Diletante, Parapsicólogo ou Arqueólogo) - Trauma ou Curiosidade
* Thales - Joseph Greene - pesquisador bioquímico em ano sabático - Cientista - Curiosidade
* kinn - Albert Wilmarth, Professor - Sede de Conhecimento
http://spellrpg.net/home/(pbf)-arquivos-armitage-rastro-de-cthulhu/professor-albert-wilmarth/
* tecnowancer - Alexander Rice, professor de medicina legal em Kingsport, em ano sabático - Médico
* Youkai X - linguista?
* Skar - detetive da Inglaterra - Detetive Particular - Aventura

Personagens que encaixem são personagens que cobrem áreas que o resto não cobre.
Temos um Professor e um linguista (que pode ser uma entre várias ocupações como Antiquário, Arqueólogo, Autor, Cientista, Diletante, Jornalista ou Professor) já mais ou menos no lado acadêmico da coisa. Um criminoso ou detetive particular está mais ou menos no mesmo nível de coisas físicas e trato com submundo.

Seria interessante, apenas à guisa de sugestão, pelo menos um Diletante (que, ao contrário do que diz o livro em português, tem faixa de Crédito 3+, e não 3) cobrindo o aspecto social com sua habilidade especial e tendo quaisquer habilidades que o resto do grupo não tem acesso (ele escolhe 5 habilidades quaisquer pra serem ocupacionais e portanto metade do preço).
Também um personagem de suporte como Médico, Enfermeira ou Alienista.
Outra opção é também um Parapsicólogo que entenda bem de Ocultismo.

Depois da pág. 206 onde há o Inquérito Armitage existem o Projeto Aliança e os Caçadores de Livros de Londres, também são bons conceitos: um Militar ou Policial, e um negociante de livros obscuros e proibidos... o que significaria um Antiquário como primeira opção mas poderia ser outra coisa tb.

Lembrem-se que seus personagens foram contatados há pouco tempo pelo núcleo central do Inquérito Armitage, ou por algum de seus membros (o Albert Wilmarth é uma boa pedida, a depender do histórico de cada personagem), e que a ideia é saber o que diabos está acontecendo e ao mesmo tempo conduzir uma investigação por outros que não sejam Armitage e aqueles muito próximos a ele, como recomenda o garranchado Documento 1.

Apenas personagens do núcleo do Inquérito podem ter a Habilidade Mythos de Cthulhu, o que significaria apenas o Wilmarth e mesmo assim um número baixo. Os outros devem ter já testemunhado ou sabido de coisas estranhas, mas não revelações diretas que levem à aquisição desse Habilidade.
Ninguém pode começar com Magia (habilidade do suplemento Rough Magicks).

Gostaria muito que não houvessem Pilotos no grupo... não saberia muito onde encaixá-los na trama.

Lembrem de tentar cobrir como um grupo o máximo de Habilidades possíveis, e ao fazer os históricos, seria interessante que houvesse interferência de um ou mais membros do grupo, de modo que vocês conhecessem pelo menos um ou dois dos outros. Salvo histórico incompatível.

Uso a Regra de Fontes de Estabilidade (pag. 34) e estas, junto com seus contatos (pag. 31) serão úteis para eu estabelecer as espinhas de trama.

Ao ler os documentos, também vão pensando em que elementos vocês gostariam de investigar primeiro. Terão total liberdade e podem discutir depois isso em on.

Até a noite devo ter outros tópicos abertos, com a situação inicial da trama. Cada um de vocês terá um tópico próprio, também, que vocês mesmos abrirão.

3310
Design & Desenvolvimento / Re:ARQUIVOS ARMITAGE - Documentos 1 e 2
« Online: Julho 30, 2012, 02:24:29 pm »
O Documento Dois aparece poucos dias depois, colocado de maneira organizada sob o borrador do surpreso Armitage. Cada vez mais incomodado com o que ele instintivamente teme ser um documento autêntico, convoca uma reunião de seu círculo interno e mostra a eles ambos os documentos. As páginas rabiscadas geram uma paralisante gama de reações divergentes.



Lágrimas de Azazoth: Insisto com os outros que esse volume ameaçador é uma farsa, uma coisa inexistente. Um rumor febril nos corações gananciosos de certos vendedores de livros de Londres. Um sussurro risível entre os mais corruptos e sensualistas dos diletantes do submundo ocultista. Uma capa composta de uma substância desconhecida de cor de azeviche e ainda por cima com a finura e a maleabilidade de casca de cebola? O misterioso emblema da capa? Decerto faz parte de um imaginário fantasioso, encontrado nas páginas de Dunsany ou Machen, regurgitado como uma lenda mal recordada.

O Circo: Pode ser um dentre várias companhias circenses que viajam subindo e descendo a costa leste. Não tecnicamente um circo, suponho, sem tenda e elefantes, mas ainda assim o outro termo parece grosseiro, inconveniente. De qualquer forma, fiz discretas chamadas para oficiais da lei. A perspectiva que eles têm desse tipo de entretenimento é vaga. Isto colore minhas tentativas de afunilar a pesquisa do meramente dissoluto para o verdadeiramente ocultista.

Tenho dois nomes para homens fortes (vai para o plural?), sugerindo relatos separados de dois espetáculos itinerantes: Vladimir Krotkin e Sergei Garkalin. O primeiro nome pode estar errado; o entendimento de nomes estrangeiros pelas testemunhas parece alterado. Em todos os casos da história, o homem forte era uma força intimidadora, impedindo a entrada para a tenda do show de aberrações, onde o verdadeiro segredo seria revelado.





Liga de Astrônomos Amadores da Nova Inglaterra: também conhecida como (N.E.L.A.A.) – pronunciado Neela, como se fosse um nome de mulher – clube para observadores de estrelas – os membros parecem advir de toda a bacia do grande rio Miskatonic – encontros mensais – $2 ara admissão total; $1 para admissão como auxiliar – sem dúvida, para o desgosto da Sra. Pickman, demostrando o ápice das larguezas do Inquérito, pagando $2 – viagens de campo incluem visitas a topos de colina isolados e escarpados, “de modo a ver melhor as estrelas” – ouvi uma bizarra teoria de um conceito de “poluição luminosa,” onde as luminescências urbanas aumentariam tanto, que as futuras gerações apenas conseguiriam enxergar os céus direito das florestas mais profundas ou de eremíticos topos de montanha, os únicos lugares na terra onde a mais pura negritude ainda reinaria – distribuem um informativo (li até então dezesseis números, todos cheios de estultices e carentes de importância esotérica) – a socialização de natal é sempre feita no 21 de dezembro – questionei a importância ocultista da data (de modo oblíquo) ao presidente da organização, Thomas Ongine. Riu e apontou o óbvio apelo do solstício para astrônomos. “É sempre mais escuro antes da aurora.”  Meio caipira. Toca músicas tradicionais numa velha guitarra. Dizem que os tempos ruins deixam as pessoas com pouca disposição para observar as esferas celestiais.

Peculiar incidente outro dia, em casa. Tocam na porta e encontro um homem ali, carregando volumes de amostra de enciclopédia doméstica. Muito jovem para o emprego. Fim da casa dos vinte, sardento. Ainda assim, algo calejado nele, em seus olhos. Como se tivesse visto coisas demais. Porém meu primeiro vislumbre dele foi de seus sorrisos, já que humildemente notou minha jaqueta tweed, cachimbo e comportamento de professor, percebendo que eu não seria um candidato para compra de seus volumes educativos de interesse geral. Eu já ia educamente livrar-me dele quando a governanta notou o sujeito, percebeu sua provável sede, daquele terrível jeito maternal dela, e convidou-o para entrar na cozinha e tomar uma limonada. O nome do rapaz era Philip, ou talvez seu sobrenome fosse Philips.

A governanta tentou tocar em questões pessoais – seu casamento, filhos. Ele parecia disposto a mudar de assunto. Observava minhas estantes com um olhar faminto. O homem acabou se mostrando bastante autodidata. Não há um tipo de personalidade mais consistentemente cansativo para o homem de letras profissional. Insensível a minhas tentativas de esquivar-me e denegri-lo, seu discurso digressivo logo abrangeu tópicos como Atlântida, eugenia, e (desnecessário dizer) as tendências socialistas secretas de Roosevelt. Esperei que suas palavras matraqueadas chegassem à inevitável conclusão – a litania comum de vitupério contra a raça hebreia. Ao invés disso suas confissões desembarcaram na segunda estação mais provável: a provável ameaça da Maçonaria. Enquanto eu sutilmente o escoltava até a porta, suas acusações chegaram num ponto estranho. Ele dizia que a maioria dos grupos maçônicos era normal e inofensiva, mas que uns poucos foram tomados por seguidores de Satã. Mencionou o grupo de caridade Mãos Que Ajudam (que, ao contrário da Loja do Rito Circular, não é de fato afiliado ao movimento maçônico.) Pelo menos dois ou três capítulos locais entregavam-se a assassinato e sacrifícios. O volúvel vendedor clamou ter espreitado acidentalmente um encontro num celeiro, onde viu um mendigo ser levado para dentro, acorrentado e sangrando. Diante disso, fugiu, mas tinha certeza de que o pobre diabo estava destinado à adaga de sacrifício. Sentindo minha descrença, o vendedor ficou indignado. Ele ouvira um “cântico inumano,” clamou, que não conseguia tirar da cabeça. E então, para meu evidente espanto, ecoou a demasiado familiar invocação do bode negro da floresta: “Iä! Iä! Shub-Niggurath!”



Neste ponto o jovem pareceu tomar meu choque por conhecimento culpado, engolindo em seco e dizendo que eu era “um deles” e que ele havia sido “levado a uma armadilha.” Jogando o copo vazio de limonada no chão, saltou pela porta. As brochuras abandonadas caindo pelo caminho. Embora talvez seja possível contatá-lo através de sua companhia, devemos primeiro imaginar um modo de superar o nervosismo dele. Dados os nossos recursos limitados, estou inclinado a deixar que este estranho incidente seja posto de lado por enquanto. Havia algo no homem que não parecia certo. Não consigo avaliar se ele estava sendo sincero, sincero mas iludido, ou se estava jogando alguma trama curiosa, engendrada para atrair-me até algum beco escuro.

O relato de uma testemunha diz que dois automóveis saíram para o já mencionado hospital, na noite em questão, um roadster negro e o outro uma pick-up velha. Foram vistos pela última vez dando a volta pela Crown Hill. Na traseira da pick-up estavam grandes objetos não-identificados, cobertos com um grande cobertor, talvez de aniagem. O informante indicou que algo se contorcia debaixo do cobertor, mas quando pressionado, não conseguia descartar a simples possibilidade do vento soprando de modo a animar o cobertor.

O operativo temporário Olson ainda está aquartelado na base do exército. Reporta que não há nenhuma atividade abertamente motinosa.

***FIM DA TRANSCRIÇÃO DO DOCUMENTO 2***

3311
Design & Desenvolvimento / Re:ARQUIVOS ARMITAGE - Documentos 1 e 2
« Online: Julho 30, 2012, 02:14:57 pm »


O novo sanatório nos limites da cidade. Quando eu estava lá, senti que algo havia dado errado. Ainda assim fui distraído por minha tentativa infrutífera de encontrar homens que estavam no circo, naquela noite de outubro. Não leva a lugar nenhum, tenho certeza disso, ou pelo menos é um lugar contraproducente. O circo pode entrar no caso, mas outubro é um beco sem saída. Ou uma armadilha, talvez. São suas mentes o que vocês devem preservar, acima de tudo.

SE VOCÊ VIR A CAIXA VERMELHA, NÃO A ABRA. O conteúdo dela permitirá uma breve vantagem, mas irá custar caro no final. É A CAIXA VERMELHA QUE PERMITE A ENTRADA DAS VESPAS.

Desculpe. Elas estão em mim, fazendo-me pensar nelas, impedindo-me de escrever aquilo que devo escrever.

TUDO QUE EU ESTOU ESCREVENDO AQUI PODE SER UMA FARSA. PRESTE BASTANTE ATENÇÃO NAS NOITES QUE VIEREM DEPOIS. ESTE DOCUMENTO ESTÁ MACULADO PELAS VESPAS MENTAIS. NÃO SE PODE CONFIAR NELE, EXCETO QUANTO AO CONTESXTO CONTEXTO GERAL.

O sanatório. O sanatório. O sanatório.

Não é o pessoal que trabalha lá, como eu pensava ser. É um dos pacientes. Um dos pacientes sabe mais do que pensa que sabe. Ele, ou ela. Busque os sinais reveladores. As gotas de sour. Os olhos por trás dos olhos.

E também há a viagem ao Kingsport Yacht Club. Definitivamente estavam mentindo para mim. Mas naquela época eu já havia aberto a caixa vermelha. Eles podem ser de nossa espécie, enxergando-me como responsabilidade deles, e corretamente. Ou do outro lado.

QUANDO EU FALO DA CAIXA VERMELHA, NÃO É UMA CAIXA, É UM LIVRO-CAIXA. UM LIVRO. ISTO É, EU CONFUNDO A CAIXA E O LIVRO. A CAIXA É UM PERIGO, CERTAMENTE, MAS É O LIVRO QUE VERDADEIRAMENTE





Se são de nossa espécie, há uma agenda ali, agenda míope que não pude compreender totalmente. Oliver Gardiner pareceu me enxergar como se eu fosse transparente e então tornou-se progressivamente mais distante, conforme eu falava.  Foi por eu ter mencionado de passagem a conexão com J. Edgar Hoover? Rodas dentro de rodas. Sim, foi aí então que ele fico frio.

NÃO NOMEAREI O LIVRO, PORQUE ESTOU SUSPEITANDO QUE O LIVRO SÓ EXISTE NA CABEÇA DE QUEM O NOMEIA. SEUS SEGREDOS NÃO DEVEM SER SONDADOS. VOCÊ NÃO PODE DESTRUI-LO – embora se puder descobrir como destruí-lo, deva fazê-lo – MAS ISTO SIGNIFICARIA LIDAR COM O LIVRO, E LIDAR COM ELE É EQUIVALENTE A ABRIR A CAIXA VERMELHA.

Abordar Gardner de tal forma que não faça referência a ocultismo, Grandes Antigos, forças de autoridade – em outras palavras, como membros legítimos de uma associação de barcos...

Talvez seja melhor intervir no todo através de Diamond Walsh. Não acredito que ele ocorra nas notas. No mínimo do mínimo, é bem perigoso, no sentido mundano, gângster e um assassino sorridente. Pensei em abordar com cautela, e Gardiner seja mais na minha área, mas pode ser que seja melhor que minha estimativa seja reversa, e que Gardiner seja um espécime muito mais perigoso...

O que você está procurando? As esmagadoras rodas do tempo, a nossa e a deles, colidindo, entrando em colapso, uma sobre a outra. As interseções entre desejos humanos e inumanos são excessivas, o que significa que a mão de ébano de Nyarlathotep não deve estar longe. Ele segura as alavancas... se ao menos eu tivesse detectado seus movimentos a tempo. Tudo isso poderia ter sido evitado.

Acho que as notas vão aparecer fora de ordem, de modo que você não deverá imitar meu caminho falho, mas forjar um novo caminho, através de todos esses pontinhos estelares, díspares mas ainda assim conectados.

SEI QUE É MUITO DIFÍCIL DEIXAR UMA CAIXA FECHADA UM LIVRO FECHADO, MAS, EM NOME DE TUDO QUE É DIGNO, PARA A PROTEÇÃO DE SUA PRÓPRIA SANIDADE – NÃO BEBA AS LÁGRIMAS DE AZATHOTH!




***FIM DA TRANSCRIÇÃO DO DOCUMENTO 1***

CAIXA e LIVRO: BOX e BOOK – trocadilho intraduzível que em determinados momentos tentei pôr como “livro-caixa”, apenas como recurso estilístico.

3312
Design & Desenvolvimento / ARQUIVOS ARMITAGE - Documentos 1 e 2
« Online: Julho 30, 2012, 02:03:55 pm »
DOCUMENTO 1

O primeiro maço de páginas manuscritas é encontrado pelo dr. Cyrus Llanfer. Ele o descobre dentro da própria valise, depois de levar alguns documentos para trabalhar em casa, em seu escritório pessoal. Estão num envelope bastante chamuscado, fechado com cola caseira. O envelope está destinado a Henry Armitage, sem endereço. A cola se desfaz, permitindo a Llanfer espiar gentilmente, abrindo e examinando o documento. Surpreso pelo seu conteúdo bizarro, ele o leva a Armitage no dia seguinte. Reconhecendo que a caligrafia é uma versão garranchosa da sua própria, embora não tenha lembrança alguma de ter criado o documento, Armitage requisita confidencialidade de seu amigo Llanfer. Ele adia informar seus colegas, enquanto matuta sobre o significado da descoberta.



Vou enviar este antes dos outros. E então os anteriores. Não posso garantir, dado os meios de transmissão, que chegarão na ordem enviada. Ou que chegarão de fato. Na verdade, é altamente provável, dadas as inconsistências da invocação, que algumas serão consumidas nos éteres uivantes. Mas se você está lendo isto, então você não está lendo isto, de modo que não posso fazer nada senão assumir que você está. Enigmas, paradoxos... (Nigmas? Paradoxismos?)]

Você saberá a quem confiar. A princípio, pensei somente em enviá-la mais tarde, ligada a um aviso, mas agora – a natureza da coisa... Mas não. Quanto mais simples, melhor. Os outros serão excertos de notas já escritas. Existem limitações em quantas eu posso enviar de uma só vez. E também, agora estou em movimento contínuo, já que aqueles que roubaram meu rosto estão me caçando e rastreando. Existem tão poucos abrigos agora, e são tão infrequentes os momentos de descanso... Devo gerenciar meus recursos, a cada vez.

E também há o aviso de que, quanto mais tarde escrevi algo, menos valor dê ao conteúdo, já que a perturbação em minha mente vai aumentando. Creio, espero, rezo para que as vespas Möbius tenham sido totalmente purgadas de minhas consequências consciência. Elas não mais colonizam minha razão e ajustam minhas memórias. (Aviso: Não estou mais certo de que elas sejam metafóricas ou literais. Qualquer dos casos é possível.) Olho agora e as notas estão garranchadas, aracnídeas, envergadas sobre si mesmas.

Porém mesmo assim tenha cuidado, pois há uma coisa em falta neste ponto de observação, espero. Então só porque esta é uma caligrafia conhecida, meu velho amigo, não assuma que pode confiar nela.



A vigilância acima de tudo, ao proceder. Ou, para colocar em termos mais precisos, não proceda você mesmo. Pois você falhou, meu amigo. Falhou em tomar a rota certa, quando haviam tantas outras a serem seguidas. Não posso voltar e refazer meus passos, mas você pode enviar outros, que inevitavelmente escolherão andar por caminhos variantes, enxergar outros padrões no quebra-cabeça, chegar a tantas conclusões diferentes... Refletindo agora, foram tantos pontos de decisão... se pelo menos um deles tiver um resultado diferente, as torres de Nova York não afundariam e derreteriam, as formas inquietas não escureceriam a terra, os cânions não tremeriam e seriam desfeitos –

Húbris! É a húbris que você deve evitar! E também, não confie em Austin Kittrell. Acredito que este foi meu primeiro erro. Seja tenha me orientado mal de propósito, tenha sido um pau mandado, ou tenha agido totalmente ignorante das consequências que seu conselho geraria, ainda não consigo avaliar. Tentei rastreá-lo, porque se eu olhasse seu rosto saberia – o fato de que ele tem um rosto – que é Kitrell: aja com cuidado perto dele. Talvez nem mesmo chegue a abordá-lo. Talvez seja esta a primeira ramificação. Se pelo menos eu não tivesse conversado com ele naquela noite arrepiante, enquanto ele fumava aqueles cigarros finos, no pórtico...

Mais uma vez, as outras páginas serão apenas notas. Você terá de extrair delas o sentido que achar conveniente.

Ouço batidas lá embaixo. Devia ter evitado entrar neste prédio, porque ele se destaca entre todos os outros, intacto entre um cemitério da arquitetura. Pensei que o subsolo estava seguro. Eu devia ter ocupado este, e não o sótão, mas desde –

Não, não há tempo de ficar escrevendo aqui. Aqui estão alguns outros lugares possíveis para começar:

3313
Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 01:35:35 pm »
Voto: nelio

Pra mim essa argumentação do Ferdineidos e a que eu fiz antes dele já me basta.

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Jogos Sociais / Re:Máfia Alienigena - Dia 2 - até 31/07 às 8:30
« Online: Julho 30, 2012, 01:17:34 pm »
Concordo em avaliarmos quem é o Verde.
Mas não acho ruim perder o bloqueador da cidade, se for pra linchar acidentalmente algum cidadão. É um papel que de vez em quando acaba atrapalhando, bem menos pior que perder um policial, por exemplo.
E o fato é que nelio agiu no Nibelung; que o fluff do personagem e do nome do poder que ele alega é escroto; que ele simplesmente pode ter dito logo quem é pq achava que os RCs não valem nada, como foi extensamente debatido antes; e que se nelio for linchado, saberemos qual o real peso de fluffs da MP inicial...

Mas antes disso, Verde: revele-se.

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Jogos Sociais / Re:Mudança nas filas de espera.
« Online: Julho 30, 2012, 01:06:11 pm »
Considerando que as pessoas não estão entrando com tanta facilidade nos jogos (vide o jogo do Barão que tá aí emperrado; como dizem que eu entro em todo jogo, não entrei, a não ser que me convidassem pra tapar buraco)... talvz a opção 3 sirva pra revitalizar as micros...

Agora, eu gostaria de salientar aquela proposta que fiz: disso durar seis meses, qualquer que seja das duas a alteração, e aí reavaliarmos com uma boa discussão, se vale a pena manter ou não.

E também, qualquer das duas, temos que falar aqui se é esse número mesmo o divisor de águas. Em todo caso acho que um número coringa, comum aos dois tipos de setup, é interessante. Uma micro poderia ter até 12 pessoas, e uma máfia teria 12 pessoas no mínimo.

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