@Sampaio
Falo de uma interferência mais forte na economia. Explicarei abaixo, vou aproveitar um surto de inspiração que meu deu e usarei isso depois como resposta mais longa de contra minarquistas

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A primeira coisa que devemos nos perguntar é por que e como o Estado ficou tão grande. Olhar para o passado do Estado serve como base para analisar a forma com que ele funciona e trás um entendimento de que certas alterações acabam por alejá-lo.
O Estado se formou como uma ferramenta de controle social, junto com ele existiam diversos outros meios de controle que lutavam parar criar uma hegemonia. Impérios e Cidades-Estados são meros exemplos de como as diversas sociedade experimentaram ferramentas de controle. Todavia percebemos que essas outras formas de controle foram deixadas de lado em função do Estado. O que nos trás a pergunta do por que isso aconteceu.
Bem nesse ponto, sigo os pensamentos de dois escritores Tilly e Van Creveld. O primeiro explica que o Estado gera mais força de coerção que qualquer outro meio de governo, isso se dá pela capacidade que o mesmo possui de intervir na economia de maneira direta sem depender de interesses de terceiros. O segundo mostra como o Estado usou seus recursos para derrotar todos os outros sistemas de governo. O Estado deixa de ser uma mera escolha de governo e se torna a regra de como controlar uma sociedade.
Ao retirarmos das entidades privadas o acesso aos meios de coerção gerou outro problema. Os conflitos internos agora não podem ser resolvidos por força e o Estado é deve intervir, logo sua área de atuação começa a se expandir cada vez mais. Agora além de ter monopólio legitimo das forças e ele se torna o mediador dos conflitos. O Estado começou a crescer de tamanho e começou a demandar mais capital para manutenção de suas contas.
Impostos e sistemas monetários começaram a ser implementados como forma de garantir um grau de unificação e controle do Estado em seus territórios. Os impostos tornam-se a forma com que o Estado paga suas contas e mantém seu controle sobre a população. Aqui surge um pequeno problema o comércio mundial começa a crescer de uma maneira acelerada e toma proporções cada vez maiores. Em razão da criação dos Estados e de um poder que fazia valer suas leis era mais fácil comercializar.
A economia começou a integrar de forma cada vez mais permanente a vida na sociedade. A partir do momento que ela se torna uma parte tão importante que se ela estiver mal o Estado começa a ficar enfraquecido e a própria sociedade começa a ter problemas em se regular. O Estado é uma ferramenta de controle e ele não conseguia controlar a economia de maneira efetiva, então para que ele existir?
As primeiras soluções foram companhias estatais e depois algumas com capital privado que recebiam monopólio de uma determinada área do mercado. Só que esse sistema começou a ser questionado por indivíduos, aos poucos os monopólios começaram a lapidados e enfraquecidos. A iniciativa privada começaria a ter um controle maior sobre o mercado.
O que gera um problema quanto menos controle o Estado tiver sobre a economia mais refém ele fica dos poderes das companhias privadas. A quebra da bolsa é só o exemplo mor de como a falta de regulamentação é ruim. Só que meras agências regulatórias não têm força para alterar o mercado, como juízes não têm força para prender seus réus sem um braço de coerção.
Um exemplo prático. No Brasil quando o governo resolve diminuir a taxa de juros você sabe quais são as entidades que diminuem os juros para os clientes primeiro? Dica não é o Santander e Itaú. São os bancos do governo que conseguem imprimir no mercado a vontade do Estado, sem eles no Brasil você ficaria a mercê dos Bancos internacionais e
arriscaria não poder processar u Banco por ser tão grande que você não vive sem.Isso fica pior quando começamos a desejar que o Estado dê direitos positivos a sociedade. Educação e Saúde são importantes e devem ser garantidos pelo governo, mas uma economia estável e um sistema bancário equilibrado podem ficar, completamente, na mão de poderes privados? Não faz sentido.