No geral, tenho uma visão positiva do MM. Pensando que algumas coisas serão resolvidas, como as listas faltantes e a explicação sobre a construção dos monstros em si (pra quem quiser se aprofundar nos números, tem uma
análise experimental e especulativa muito boa baseado no que saiu até agora). A arte, na média, é bem do meu gosto e o livro tem sacadas legais como o Lord Soth. E se dar conta que há todo um conhecimento/saber por trás de cada entrada (ou quase todas) que remonta a um universo maior que seria o D&D é bem interessante também.
O que eu não gostei do livro, mas aí eu não sei é um problema do livro em si ou uma questão particular minha, é a redundância de tipos de monstros. Na minha opinião, os nichos "monstruosos" são mal-explorados, acabando que, algumas vezes, tem-se a sensação de se ver mais do mesmo. Por exemplo, qual a diferença de um Ogro, um Ettin, um Gigante da Colina e (forçando um pouquinho) um Troll? Eu sei que no "lore" eles têm diferenças entre si, mas em geral, sua função narrativa ou dentro do jogo é muito semelhante: o ser grande e não muito inteligente que esmaga as coisas em seu caminho. Pense: você faz um encontro com um Ettin, beleza. Mas qual a diferença (tirando a cabeça extra) narrativa para um Ogro? E desse para um Gigante da Colina? O mesmo se dá para outras criaturas no livro, como humanoides monstruosos (orcs, bugbears, gnolls, bullywugs, hobgoblins; kobolds, goblins; sahuagin, merfolk, merrow) ou um Darkmantle e um Cloaker.
E, embora a execução em mesa possa ser frustrante, eu gostei da ideia dos "lairs"/covis. Dá pra se desenvolver campanhas pensando só no covil do monstro e os efeitos que ele causa a sua volta. De memória, a do Vampiro foi a que mais me empolgou nisso.