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Posts - Vincer

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Sistemas & Cenários / Re:[D&D] A quinta edição desponta no horizonte...
« Online: Janeiro 12, 2012, 07:20:05 pm »
Wat?

*olha os links*

Nada ainda.
Fosse outros tempos eu teria ficado empolgado, mas prefiro não gerar expectativas. Pela primeira vez eles parecem estar indo pelo caminho que eu penso 'jogue a edição que quiser, todos na mesma mesa'; Mas é difícil acreditar em promessas, e fica ainda mais complicado com o papo de desenvolvimento aberto... considerando as reações que vi pela spell quando falei algo assim, imagino que os internautas vão enterrar essa idéia mesmo que a wizards esteja genuinamente pensando nela. Uma pena.

Quando aparecer algo sobre a quinta(de verdade) me avisem.

 Quando aparecer algo me avisem.

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Off-Topic / Re:Sobre as mudanças de Nicknames
« Online: Janeiro 11, 2012, 10:16:26 pm »
Kct!

Só agora fui ver esse tópico... e morreria sem perceber o elfo. Meu filho, da próxima vez q mudar de nick ao menos mantenha o avatar por um tempo...

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Apresentação / Re:A volta de um jogo
« Online: Janeiro 07, 2012, 01:41:05 pm »
Onde está o verde? Como assim azul??

Seja bem vindo de volta! Mas diga ae, qual a causa do sumiço?

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Vídeo Game / Re:Crítica Eletrônica
« Online: Dezembro 27, 2011, 12:28:23 pm »
Sobre Portal 2(que é fenomenal) ele só falhou em explorar melhor a qualidade da mídia... se é interativo pode ser alinear, pode responder ao desempenho de cada jogador individualmente. Eles optaram pela linearidade e por isso tiveram de nivelar por baixo, e eu faria o mesmo no lugar deles. Eu sou contra a filosofia 'parede de pedra', onde há um obstáculo quase intransponível para continuar o jogo. O ideal seria mais caminhos e liberdade; O mesmo caminho e puzzles fáceis, mas com alternativas mais desafiadoras a quem interessar...

Quanto a crítica, no caso de jogos(até mais do que filmes) acredito ser possível sim um esquema bem direto de avaliação. Estamos falando de algo multi midiático, que engloba vários campos técnicos e detalhes mensuráveis... faz sentido um sistema de notas nos quesitos técnicos. O resto é espinhoso, depende muito de gosto. Acho mais do que válido críticas a jogos, acho necessárias e sou leitor frequente delas mas convenhamos é uma bagunça. O que tentam fazer é feio, chega a ser ofensivo. As notas são arbitrárias e sem real embasamento, não correspondem a crítica escrita, não levam em consideração nichos... horrível.

Tenho aqui uma idéia de como seria a crítica 'ideal' a jogos: duas. Lado a lado dois membros da equipe com suas críticas: uma de um fã do gênero, outra não. E independência entre notas(técnicas) ao que é escrito.

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Mais adequados aos seus objetivos, acho que podemos afirmar isso. A estabilidade significa que nem autores ou fãs sentem a necessidade de mais, não se incomodam com o estilo... acho que dá para afirmar serem alguns dos mais bem projetados para o nicho ao qual miram.

Comparando com outros(falando dos mais conhecidos), storyteller, d&d, shadowrun(etc) tinham mais falhas a serem corrigidas, mas com motivo(talvez não o shadowrun, ele tem coisas enfadonhas que não entendo mesmo). D&D justamente pelo fardo que carrega e o nicho(que inclui novos jogadores) precisa se renovar constantemente, fora o estilo classes que é um inferno de equilibrar em qualquer mídia(mesmo videogames). Storyteller não se entendia, com um sistema cheio de combos e porrada numa ambientação que não precisava(e tentava um novo estilo de jogo).... enfim, acredito que os jogos que tentam mais inovar correm mais riscos de falhas.

E um dos principais pontos na busca de um sistema elegante(ao meu ver) é simplificar e tornar mais rápido e prático o sistema. No caso de gurps e BRP os fãs são uma galera que não se importa com isso, não tem medo de fichas complexas e etc. Comparando ao nicho de D&D onde a maior parte quer logo ir a aventura/ação tais complexidades mais atrapalham que ajudam, excesso de gordura que os designers tentam remover a cada edição.

Quanto a anos 80... todo hobby, toda mídia... toda forma de cultura evolui. O rpg ainda estava amadurecendo, não me surpreende o excesso de jogos ruins. Como Darwin dizia, foi preciso florescer todas essas permutações para que os mais fortes se destacassem e evoluissem, o resto eventualmente será extinto.

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Vídeo Game / Re:O que voce esta jogando?
« Online: Dezembro 27, 2011, 12:00:38 pm »
Skyrim e SERIOUS SAM BFE(serious sam 3, que na verdade é o 4)

Eu estava vidrado no Serious e só de vez em quando pelo Skyrim, até o Skyrim engatar e sugar minha alma. A Bethesda melhorou horrores, eu tinha uma relação de amor/ódio com Oblivion(muitas falhas, perfeito com mods) mas o Skyrim manda muito bem só no vanilla. Cheguei a inserir alguns mods para deixar mais desafiante ou bonito, mas mesmo sem eles é fenomenal... puramente pela imersão. A história ainda tem seus fracos, inimigos são pouco variados... e mesmo assim adorei.

Recomendo a todos Serious Sam BFE. Diferente do que eu e muitos fãs temiam ele é o melhor da série; O pacing das fases está muito mais interessante, parece uma montanha russa com variedade na medida certa(ao invés de hordas 90% do tempo como nos antigos) e é altamente viciante para quem gosta de FPSs oldschool. Sem viadagem de health regenerando e etc.

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Off-Topic / Re:Feliz Festivus!
« Online: Dezembro 24, 2011, 05:02:26 pm »

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Design & Desenvolvimento / Re:Tabula Rasa
« Online: Dezembro 17, 2011, 12:37:15 pm »
Acredito que tenha bom potencial para grupos sim. Na questão da aparência ou ficha inicial, se realmente for preciso diferenciar(há alternativas, já chego nelas) eles poderiam existir em 'classes': assim como há certas unidades especializadas em guerra, poderiam haver os snipers, estrategistas, infiltradores, etc, etc. Eles poderiam ter diferenças estéticas justificáveis como olhos diferentes, talvez até mesmo cor de pele etc(cada classe)... tanto por questões técnicas dos bônus de classe(ex: diferentes peles resistirem melhor diferentes calibres) como por práticas(seus líderes reconhecerem facilmente cada classe).

Uma alternativa a aparência seria... se todos fossem até certo ponto 'metamorfos'. Criados também para espionagem eles poderiam auto-induzir mudanças físicas num processo que levaria uns 7 dias aprox.(dependendo do quanto estão mudando). Cabelo cai, outro cresce, pele muda, traços faciais mudam levemente... o delay seria para evitar o aspecto de 'mágica' e as vantagens óbvias da transformação. Se eu jogasse até sei como seria meu char: conforme conhecesse pessoas que gostasse tentaria alterar-se para parecer com elas, achando que isso o ajudaria a mimetizar sua humanidade.

Personalidade:
A) deixe livre, mas explique bem a idéia e diga que o normal seria começarem bem 'neutros' sem traços fortes. Mas deixe quem não quiser ou distanciar disso fazer à vontade: parece que o projeto ainda não tinha sido lançado com motivos, tem esses soldados que nascem com falhas.... até mesmo o jogador psicótico 'mata, loot depois pergunta' ficaria legal aqui, um soldado bugado que ficou psicótico.
B) memória residual? Talvez eles lembrem, talvez inconscientemente, aspectos dos 'originais'? Talvez o sistema de inserir memórias use um processo que primeiro extraiu tais memórias de um soldado normal voluntário ao projeto... talvez algo mais dele tenha passado.
C) a essência. Confrontar o nome do cenário... talvez eles não sejam tábuas rasas e mesmo clones haveria algo mais neles, único, etéreo... vc sabe, aquele papo de alma e etc.

Quanto a ficha... uma base bem simples, igual para todos, talvez com habilidades ainda baixas(porque foram despertos errado, sem serem totalmente preparados). No começo do jogo ao invés de evoluirem habilidades eles... lembrariam delas. Eu já usei esse esquema e funcionou bem: pontos de ficha não gastos. Durante o jogo cada um pode decidir que se lembrou de algo e acrescentar a perícia ou habilidade. Depois que se lembrarem aí sim a evolução começa ao seu ritmo habitual.

Podem haver humanos sobreviventes em lugares remotos, poucas comunidades... para intensificar o feeling que vc pensou eles poderiam estar distantes dos PCs no começo. Quando a coisa começar a esfriar por falta deles vc os faz encontrar a primeira comunidade.
Para evitar usar muitos humanos tem outra alternativa tb: robôs. Deve ser curioso encontrar quem entenda mais sobre a humanidade que você, muito mais, sendo você muito mais humano que ele.

E claro, explorar mais o lore, abusar das idéias. Talvez outra base similar tenha despertado primeiro, mas ao invez de simpatizarem com humanos ou tentar compreendê-los resolveram exterminá-los; Clones como os jogadores e etc, eles se uniriam a essa facção? Os clones não foram usados na guerra, isso deixa um espaço interessante para algum plot sinistro... talvez alguém tenha feito de propósito, sei lá, devastar tudo e re povoar a terra com uma raça superior. Talvez só essa base não tenha ligado por problemas técnicos ou sabotagem...

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Vídeo Game / Re:Mais Dwarf Fortress, menos Modern Warfare..
« Online: Dezembro 05, 2011, 11:29:06 pm »
Recompensa você apertar um botão que MOSTRA PRECISAMENTE ONDE IR PARA CADA TÁTICA DISPONÍVEL. Tipo as 3 opções viáveis que os desenvolvedores planejaram saca? Sabia dessa função? Na maior parte dos casos os mapas são construídos precisamente ao redor das 3 vias, e não sobra muito espaço para você pensar na sua... É como se colocassem um walktrought a um clique de distância, e pior, quase sempre realmente aquele é o jeito ideal de fazer(a não ser que queira tomar muito tiro na fuça e morrer). Por exemplo, numa parte tem um grupo de inimigos onde entrar de frente é obviamente ruim; Mas tem 1 brecha onde você pode se aproximar com vantagem para atirar, 1 caminho onde pode ir tranquilo de stealth e curiosamente 1 lugar perfeito para atirar como sniper, que o sistema de IA tática te mostra se você quiser.

Seria menos ruim se houvessem vias interessantes além das que o sistema 'tático' mostra, mesmo que fossem planejadas pelos designers, mais variabilidade saca?
Ignorando essa função o jogo fica muito mais interessante mas 'se eu posso corrigir não tem falha' não corresponde a minhas expectativas.

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Off-Topic / Re:Epistemologia
« Online: Dezembro 05, 2011, 01:35:12 pm »
Aí eu já suponho ser uma questão de definição, no caso de 'pensamento'. O raciocínio humano, sua habilidade em julgar, especular e tudo o mais é uma evolução que só foi possível graças a esse potencial cognitivo, nossa comunicação avançada. É isso que nos permite ensinar, passando adiante conhecimento entre gerações, e quando aprendemos as conexões neurais se enriquecem. Primeiras linguagens, ferramentas, pinturas rupestres, tudo isso contribui ao desenvolvimento racional(mesmo em nossos ancestrais, pelo menos os homo erectus).

Mas se considerarmos pensamento aquilo que passa pela mente(não apenas raciocínio), a linguagem não veio antes. Animais pensam, de forma muuuuuito mais limitada que nós(e até sonham), e eles pensam para se comunicar. Eles também aprendem e assim aprendem suas formas de comunicação.

E sim, é totalmente biológica(a frustração). Talvez alguns consigam ignorar melhor ou pior esse efeito, eu me sentia muito mais frustrado quando mais jovem e por mais que racionalmente aceite ainda não consigo ignorar completamente.

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Vídeo Game / Re:Mais Dwarf Fortress, menos Modern Warfare..
« Online: Dezembro 04, 2011, 10:26:23 pm »
Isso aí que o Eltor falou. Tirando a parte da qualidade de gráficos e audio e trocando por apresentação(não polígonos bonitos, mas animação, não ver falhas de cenário, etc).

Eu vou tentar melhorar as paredes de texto, juro. Mas dá um desconto, fiquei um tempo sem entrar na spell e tô tirando o atraso XD

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Vídeo Game / Re:Mais Dwarf Fortress, menos Modern Warfare..
« Online: Dezembro 04, 2011, 05:31:54 pm »
Eltor resumiu bem. Mesmo shooters lineares podem ter ótima jogabilidade emergente, essa jogabilidade emergente está desaparecendo de todos os jogos mainstream independente do gênero.

Essa parte eu sei o motivo, é uma filosofia recente. Eu não sei se é um fenômeno natural com as empresas tendo as mesmas observações ou se é consequência dos designers e demais profissionais relevantes da indústria trocando figurinhas em eventos ou trocando profissionais entre empresas mas é uma filosofia simples que tem se espalhado, vi diferentes designers falando nela(a maioria como se fosse uma exigência vinda de superiores): polidez, acabamento. É bem simples: muito da jogabilidade emergente vem do uso inesperado da lógica programada no jogo e obviamente por não ter sido planejado não tem a mesma polidez. O que eles querem evitar são animações e demais comportamentos que pareçam alienígenas, bizarros ou engraçados, que supostamente quebrariam o senso de descrença ao enxergar os limites do código. Vou dar um exemplo com rocket jump: antes de Team Fortress 2 que os incluiu propositalmente a maioria dos jogos com essa função era inesperada(emergente), e quando a manobra é realizada o jogo não altera a animação de forma adequada. Então o cara voava pelo ar com animação de queda ou pior, como se estivesse de pé num plano enquanto voa pelo ar. Em Team Fortress foi planejada, então o boneco estica os pés como se estivesse realmente sendo disparado para cima como um foguete.
Afim de evitar esses erros imprevistos que quebrariam imersão eles criam limites. Para evitar qualquer e mínima chance de acontecer... já entenderam. Eu não lembro todos que vi falarem disso publicamente, mas recordo um dos principais designers de bioshock(e do infinity que está vindo) e um dos cabeças da Epic games, responsável por unreal tournament e a séria Gears of War, só para citar alguns. A indústria como um todo percebe o potencial dos jogos como mídia relevante que pode chegar ao patamar das demais artes, como cinema, e tem se esforçado para tando. Infelizmente parece que está prevalecendo a filosofia de que isso não aconteceu ainda, em parte, pela falta de polidez que havia antes. Eles querem que esses produtos sejam reconhecidos, independentemente se observados por gamers ou não, como grandes produções profissionais, impecáveis e bem acabadas. Não querem correr o risco que o cara saia da área imaginada durante a cutscene e veja os npcs falando com o nada, vejam paredes sem textura de um lado, flagrem npcs seguindo um script sem levar o jogador em consideração, etc, etc. Então criam limites e mais limites.

Quanto a linearidade ou não... eu já fui muito mais radical com isso. Muuuito mais. Hoje em dia estou bem mais aceptível: jogos são entretenimento e há espaço para todos os gêneros. Os mais lineares estão desperdiçando todo o potencial da mídia? Claro. E daí? Agora termos filmes em cores invalida os filmes que não as tinham, ou impediria alguém de lançar um filme preto e branco se isso couber aos propósitos dele? Agora que temos 3d mais aperfeiçoado filmes que não usem 3d estão desperdiçando o potencial e devem ser criticados?
Quanto a excesso de FPSs 'mesma fórmula'... não é culpa dos desenvolvedores, das empresas, nada disso. É do público. Vende, sem riscos... nada mais natural. Vai um pouco além disso porém: é uma jogabilidade bem sólida e fenomenal em distrair e devolver certa satisfação velozmente. Eu parei para reparar e mesmo eu sirvo de exemplo: meus jogos prediletos são mais cabeça mas quase sempre eu tenho pelo menos 1 FPS instalado e gosto de perder algum tempo dando uns tiros. É importante haver jogos que exijam menos engajamento ou raciocínio. A questão é: quanto tempo você consegue jogar o mesmo jogo, por mais que adore? Esses FPS são minha menor prioridade e critico vários pela estupidez e fórmulas realmente desgastadas(mesma lógica de armas, mesmo life, mesmos contextos e tipos de fase, etc, etc) mas não critico a quantidade no gênero e ainda bem que há várias opções. Enjoei de Boderlands, mas tenho um Modern warfare ou Serious Sam para variar, mesma satisfação, mesmo gênero ao qual estou habituado e posso entrar de cabeça sem curvas grandes de aprendizado, e ainda assim experiências distintas. Ainda bem que tenho opções!

Critico sim os FPS de guerra modernos, todos ridiculamente similares não apenas entre sí mas entre versões da mesma série. Mas extender isso a FPSs como um todo? Mesmo o Duke Nukem Forever, horrível e assimilando modas desses jogos pode ser comparado aos mesmos? Dane-se se mais jogos estão usando vitalidade que regenera sozinha, antes TODOS usavam vitalidade que não regenerava, e daí? A experiência entre um FPS de 'soldado' atual(todos iguais entre sí) e qualquer outro FPS é diferente. Inimigos, desafio, exigir mais ou menos skill, mapas, armas... Eu quero um jogo no-brainer de vez em quando, primeira pessoa é uma perspectiva valiosíssima para imersão, eu gosto de ver cenário e npcs de perto(e nisso primeira pessoa é melhor), a sensação de estar atirando algo potente é legal e se eu cansar de um jogo eu troco por outro do mesmo gênero.

(click to show/hide)

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Off-Topic / Re:Epistemologia
« Online: Dezembro 04, 2011, 04:27:48 pm »
Perceba que não desconsiderei a importância do debate, e reconheci que o valor está justamente no confronto de diferentes perspectivas; Só desabafei que apesar de acreditar que a verdade é inalcançável(vou ainda mais fundo, ouso dizer que não há 'verdade' como essa definição que idealizamos) eu sinto certa frustração nesse limite. Acredito que toda a humanidade sinta, e é justamente isso que nos motiva tanto, mas não sei quanto a vocês eu nunca consigo ignorar essa pontinha de decepção em conseguirmos cobrir tão pouco do quadro inteiro.

O que falei de visão unificada seria no sentido prático; Eu particularmente vejo valor em diferentes abordagens como todas sendo verdade, ao menos cobrindo parte dela. Uma visão unificada deixaria de lado uma vasta gama de pontos relevantes, mas provavelmente alavancaria o desenvolvimento em diferentes campos. Para bem e para mal muito tempo e esforço é despendido confrontando as diferentes perspectivas, o mesmo esforço empreendido para expandir e avançar numa poderia trazer frutos interessantes. Isso é mera especulação, claro. Uma coisa não necessariamente anularia a outra, se tivéssemos coesão em definir uma postura 'oficial' isso poderia formar uma base mais sólida(em cada campo) e não eliminaria necessariamente o debate e desenvolvimento de alternativas; Mas sem um acordo numa vertente 'oficial' ou padrão as coisas não ficam mais confusas?
Acho mais adequado colocar assim: coexistência. Talvez tenha sido uma má escolha dizer 'visão unificada', falo mais de coexistência e aceitar diferentes perspectivas ao invés de diferentes escolas de pensamento excluírem essa ou aquela(perspectiva), dividindo em versões da verdade exclusivas. Tenha em mente que isso parte da minha visão que não há verdade definitiva tanto quanto a concepção que criamos dela; Daí minha impressão de que beneficiaríamos mais em abraçar a incerteza subjetiva dela e toda sua elasticidade, dando mais atenção a avançar e menos em tentar invalidar outras.

Eu não dou muita atenção nem sou grande entendido do assunto, que fique claro. Por isso posso ter uma visão errada; Mas a impressão que ficou(para mim) é que se preocupam demais em tentar validar uma acima da outra ou invalidar essa ou aquela visão. Tempo e esforço que poderia ao invés ser melhor usado verificando a aplicação de cada uma, desenvolvendo a partir delas, sei lá. Sei que posso estar errado e prefiro estar, talvez não seja um 'problema' ou na dimensão que imagino ser.

E eu realmente errei no post anterior entre apreensão e compreensão. Mas até que ponto podemos separar? Automaticamente tentamos compreender o que percebemos, invariavelmente tudo deve passar por esse mesmo prisma da compreensão onde a linguagem(e por associação a forma como raciocinamos) é indissociável. Não podemos dizer que uma está amarrada à outra? Essa é minha posição frente ao que disse 'até que ponto isso pode ser estabelecido como um limite para a apreensão da realidade como um todo?'; Eu vejo como inteiramente interligados, o limite intransponível(até que a neurologia prove o contrário).
Nossa mente só trabalha através do que pode quantificar e colocar sob uma tarja; Tudo aquilo além da compreensão nós reduzimos a um elemento mais compreensível, uma abstração mais fácil de lidar. Por exemplo, infinito; Nossa mente é fisicamente incapaz de imaginar quantias além de tanto(agora esqueci o número) e para lidar com a idéia ela se satisfaz com 'muitos'. Criamos até mesmo formas de facilitar isso, como 3 vezes muitos e assim por diante.
Não há nada que a mente possa processar que não possa ser associado de similar forma, e a humanidade fez um ótimo trabalho dando um nome para cada um desses conceitos(e continuamos criando novos significantes, sempre expandindo). É um processo automático, se falta uma definição precisa usamos várias na tentativa. É seguro afirmar que tudo em nosso processo mental só ocorre nesses blocos lógicos, onde a linguagem é mera estruturação formal para que expressemos esses 'blocos' a terceiros. E isso inclui tudo que nossos sentidos captam. Não creio que possamos falar de uma coisa sem a outra.

Acredito que esteja falando mais sobre como colocamos essa percepção da realidade, como sintetizamos o todo apreendido e se nisso a linguagem limitaria ou não. Definitivamente sim. Faltam palavras para descrever tudo que podemos raciocinar com exatidão, elas são uma aproximação; Reduzimos o efeito criando novas ou usando muitas e muitas mais(vide quantos livros temos). Como é uma via de dois caminhos, pelo uso contínuo desses sistemas formais(a língua) também pensamos primeiro usando os significantes já definidos. Acredito que isso atrapalhe sim, um preço a pagar, e um caro por ser inevitável.

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Off-Topic / Re:Epistemologia
« Online: Dezembro 04, 2011, 01:59:10 pm »
O que é de certo modo desanimador, ao menos para mim, é o quão inconclusivos esses debates tendem a ser. Como sempre nunca alcançamos um consenso(é da natureza humana, mas agravado pela natureza do assunto) e nesse interim não aproveitamos os benefícios que uma visão 'unificada' poderiam trazer. De modo algum isso invalida o debate e o atrito entre diferentes perspectivas é o que há de mais valioso; A dificuldade em encontrar a verdade(a impossibilidade, minha opnião e de muitos outros) torna esse o único benefício. Mas não deixa de ser frustrante, a mente anseia por uma verdade definitiva mesmo que não exista.

"A linguagem humana é um obstáculo para a apreensão da realidade?"
Lanzi, não sei se poderíamos colocar a questão assim, como obstáculo; Acredito que a percepção da realidade e a linguagem são inseperáveis senão sinônimos; Independente da linguagem, até mesmo um infante que não tenha aprendido nenhuma observa o mundo através de associações e símbolos... a linguagem é natural, nossa ferramenta para compreender a realidade sem a qual não a perceberíamos o suficiente sequer para questioná-la. Portanto eu a vejo como  a única janela para espiarmos a realidade ao nosso redor,até mesmo a concepção de 'real' depende dela, e se fosse possível dissociar uma coisa da outra e observarmos o mundo sem sua influência não restaria qualquer meio de compreensão, não tiraríamos qualquer conclusão do objeto observado até mesmo porque faltariam parâmetros para discerni-lo.

Falando de outra forma eu coloco a linguagem como um fenômeno 'colateral' da mente humana, apenas uma das várias partes que identificamos e definimos como consequência da mente mas que são indistinguíveis do todo que é a própria mente humana. É portanto indissociável. Já se falou muito em como seria observar o mundo tal qual Adão teria feito, se seríamos capazes de observar como um infante ao abrir os olhos(como o protagonista de 'A Rosa Amarela' do Luís Borges). Se somos ou não capazes de nos dissociarmos de todas as associações formadas aos longos dos anos não vem ao caso; Mesmo que por um breve momento possamos fazê-lo, a partir do momento que tentarmos atribuir qualquer significado ou insight acerca do observado estaremos recorrendo novamente a linguagem. No texto de Borges o moribundo poeta se maravilhou pelo breve momento em que pode deslumbrar a rosa pelo que ela era, não por compreender a rosa em sua realidade mas pelo breve instante em que pôde observá-la sem qualquer julgamento ou associação, sem tirar conclusões, atribuir valores... nada. Acho um texto brilhante que resume o assunto muito melhor do que eu jamais consequiria.

Falar na linguagem como obstáculo a compreensão para mim é como  ler 'compreensão como obstáculo a compreensão'. Se uma coisa poderia existir sem a outra não estaríamos mais falando da condição humana.

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Apresentação / Re:OMG SO PRINGLES!
« Online: Dezembro 04, 2011, 01:06:54 pm »
Você dispensa apresentações.

Usuário top tier digamos assim, já é de casa :bwaha:

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