Se você proíbe a propaganda as pessoas não sabem que existe. É uma forma de censura do que a sociedade pode, ou não, utilizar e você coloca a opinião de uma outra pessoa interferindo na vida alheia.
Estamos falando de bebida e cigarro - duas coisas amplamente produzidas e difundidas desde que o mundo é mundo (especialmente no caso da bebida) e que viveram o tempo sem propaganda para manter suas vendas no alto e você quer dizer que impedir maior divulgação através da proibição das propagandas é censura? Isso passa longe de censura.
De novo: ninguém será proibido de emitir suas opiniões sobre bebida; só a industria da propaganda terá um produto a menos para mentir sobre, e inventar de como ele é necessário e cool de usar. Da mesma forma, com o consumo não sendo proibido quem quer consumir continuará a fazê-lo e mesmo sem propaganda há novos fumantes; só não tantos quanto antigamente.
Eu posso estar emitindo minhas opiniões no achismo (porque não acho revelante trazer dados oficiais sobre o assunto nesta discussão) mas no momento que achar relevante poderei trazer dados oficiais para mostrar que meu pensamento e postura é coerente. VocÊ deveria fazer o mesmo ao invés de dizer que a 'ala progressista é Malafaia no sentido inverso'.
Malafaia quer real proibição a uma série de coisas e não simplesmente a veiculação dessas coisas. São pontos bem distantes entre si, apesar de sua comparação.
Eu olho todo dia e só vejo cada vez mais pessoas achando que sabem o que é melhor pra minha vida a cada momento. Sejam religiosos, ou não.
@Kinn
Eu só citei meus círculos no caso em resposta ao seu exemplo. Além do que é bem comum quando produtos sofrem um aumento significativos em seus preços a sua demanda tende a cair. Isso é uma norma da economia e uma das poucas que você consegue ver exceções.
Você citou seu exemplo onde o preço lhe forçou a diminuir o consumo.
Eu citei um exemplo onde ele não afetou. Até um de nós trazer dados oficiais estamos empatados.
Por isso sou partidário dos argumentos da Lucita, onde a propaganda pode ser proibida sem prejuízo nenhum a liberdade de expressão (já que ela não expressa nada exceto marketing de vendas e não opiniões livres sobre o produto) e nem sequer proíbe o consumo.
Ela expressa a opinião da empresa sobre o produto, ela informa as pessoas da existência do produto. Ela pode não ser o baluarte da liberdade de expressão, ms ela é necessária para vivermos no sistema capitalista.
Falso. A propaganda foi inventada (se bem me lembro) por alguém ligado a Freud (irmão? Primo? Algo assim) que usou o conhecimento nascente da lógica psicológica humana para criar a necessidade do desejo de compra dos produtos capitalistas - em especial da industria automobilística. Antes dessa intervenção, cada família só possuía um carro. A propaganda nascida nesse período começou a incutir na mente das pessoas o desejo de cada membro da família ter seu próprio veículo, ou adquirí-lo porque ele era viril e uma série de fatores que tornava o produto atraente para aquele tipo de consumidor - e os tipos de consumidores foram então inventados para que cada pessoa que se parecesse com o perfil criado sentisse a necessidade de adquirir o produto - do contrário não era um membro destacado da sociedade se não o fizesse.
Li isso num livro que explicava o surgimento da propaganda e como ela foi moldada. A memória está nublada porque é da época que não tinha dinheiro para comprar livros e ia nas livrarias e lia livros que pareciam interessantes ali e saia sem comprá-los (o mal disso é que hoje não lembro dos nomes da maioria deles para adquiri-los).
Se alguém da área aparecer aqui e conhecer esse livro pode citar. Do contrário tento fazer um esforço para procurar a fonte.
Eu posso não ter me expressado lá muito bem no meu post anterior, mas nunca disse algo do nível do Malafaia que compara, por exemplo, homossexuais com criminosos e que ele ama todo mundo... passei longe disso e gostaria que me mostrasse como meu texto deu esse salto lógico, que se detectar que fiz isso, irei corrigi-lo.
Por isso que falo que a ala progressista são os evangélicos radicais com uma outra roupa. Vocês baseiam seus argumentos de uma forma mais lógica e liada a realidade em que vivemos. O problema é que a aprte central de ambos os argumentos é minha opinião sobre o assunto é tal e por isso deve ser seguida de uma lei x.
Não é só a minha opinião, embora pareça. Como expliquei agora, minha opinião sempre foi calcada em informações, mas minha limitação financeira da juventude modulou a obter as fontes e depois descartá-las e guardar as informações na memória. Parece que digo o que digo sem fontes, mas é porque sem a posse dos produtos-fontes e sem lembrar os títulos dos livros (já que me concentrava no assunto e não no título) tenho dificuldade de corroborar meus pensamentos.
Então passa longe da comparação Malafaiesca, já que ele mesmo passa longe do uso da lógica nos assuntos que ele prega, defende e faz campanha. Se estamos entrando nesse nível da discussão e você discorda que meus argumentos são fundamentados, estou disposto a ouvir seu ponto se você trouxer dados que corroborem sua tese.
Do contrário, mantenho minha posição.