É absurdo condenar gays numa instituição, mas não seria absurdo internar pessoas depressivas e esquizofrênicos e forçar um tratamento independentes do desejo das mesmas?
Você vai me responder que ser homossexual não é doença e os outros dois casos o são. Minha resposta a essa colocação é a seguinte toda a sociedade concorda com essa linha de raciocínio?
Skar, se vai usar um exemplo antigo, como homossexualismo ser crime, seria igualmente válido consideraro aparthaid válido numa discussão ou a política higienista dos nazistas. Não devemos usar por base leis e sistemas que vão de encontro aos direitos humanos.
E sim, o motivo é esse; um é doença e o outro não. O homossexual sabe o que faz quando se relaciona com alguém, embora setores da sociedade considerem isso errado. Pessoas com distúrbios mentais (duradouros como esquizofrenia ou súbitos como depressão via bullying que citei) não sabem o que estão fazendo. Podem cometer suicídio ou matar alguém. Então, sim, ele deve ser protegida de si mesma, porque não sabe o que está fazendo.
Mas o Estado não pode forçar você a receber um tratamento. Um bom exemplo disso é o caso das internações compulsórias que estão ocorrendo com usuários de crack. Muita gente da OAB tem se levantado contrário a essa medida, por ser um desrespeito ao direito individual.
Aqui o motivo é outro, embora seja parecido. É comprovado que se a pessoa não quer largar o vício, o tratamento não funciona. Então é perda de tempo e recursos, insistir nisso.
Resumo: O Estado pode avaliar, mas ele só poderá forçar determinada tratamento na pessoa caso ela comece a causar danos a terceiros. Pelo parâmetro que ele não é moralmente superior a determinar como uma pessoa deve agir.
Aqui está o erro: alguém que não sabe diferenciar a si mesmo de terceiros (quase o mesmo motivo que nos leva a crer que você não é capaz de realizar empatia). Se não tem capacidade de discernir as coisas, porque só pode ser impedida de agir se afetar a terceiros? Deveria ser impedida de agir, caso tentasse algo contra si mesma. Depois quando recobrada a consciência (caso tenha só mutilado a si ou outros) ela entenderá que fez algo errado mas que não estava no controle.
Não seria melhor que ela recobrasse a consciência e percebesse que impediram ela de ter feito algo idiota e irreversível?
E de novo: sistemas de governos equivocados do passado ou do presente não são parâmetro de argumentação. Você não pode usar o governo do Irã como exemplo se ele não defende os direitos humanos e considera homossexuais criminosos.