Exibir posts

Esta seção lhe permite ver todos os posts deste membro. Note que você só pode ver os posts de seções às quais você tem acesso.


Posts - Elven Paladin

Páginas: 1 ... 143 144 [145] 146 147 ... 180
2161
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 07, 2012, 08:40:12 pm »
Citar
Além das 12 luas, a 13 tinha sido bicada pelos gigantes não?

Sim, esse tipo de distribuição (13 luas originais, uma distanciada) é algo muito comum e recorrente em Eberron. E sabe como se chama isso? Baker´ Dozen.

Citar
Elfo, você pretende escrever sobre a tecnomagia, como ela surgiu, como funciona e etc ?

Posso escrever sim, mas não sei se é mesmo necessário.

2162
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 07, 2012, 10:54:54 am »
Citar
Fale mais da Chama (religião) e de sua relação com a Sovereign Host. Ambas parecem ser "boazinhas", mas com um toque de rivalidade bastante hostil.

Pode ser resumida assim: Os seguidores da Hoste vêem a Chama como um aspecto menor de Dol Arrah (os seguidores da Hoste costumam a enxergar todas as outras crenças como aspectos de um dos seus deuses) e os seguidores da Chama vêem a Hoste como aqueles responsáveis pelo Mundo como está, ou seja, fizeram um bom trabalho, mas está na hora de alguém mais competente cuidar das pessoas. Ambos lados tem um profundo respeito por Tira Miron e seu sacrifício. Na melhor das situações, os dois lados trabalham bem juntos, embora um vá incomodar o outro. Na pior delas, ambos se irritarão e ficarão distantes entre si.

Pense neles mais ou menos como Católicos e Espíritas.

Citar
As Coatl de Eberron ainda existem ou foram todas martirizadas no princípio dos tempos, Elfo?

Existem em um número muito reduzido, segundo o Eberron: CS. A maioria deles é formada por guardiões de locais de aprisionamento de Rajahs, protetores da Chama Prateada e teorizo, alguns que simplesmente fugiram do conflito e hoje tentam viver em paz distante dos Dragões e Rajahs.

Citar
A ironia é que no cenário padrão atual de D&D (Points of LIght) e isto se reflete nas fichas delas, as COATL são Unaligned e totalmente vaidosas, interesseiras e com uma sociedade que PARECE boa mas baseia-se em status e fama, muitas vezes manipulando grandes heróis.
Apesar do nome mesoamericano, essa sociedade parece com uma burocracia chinesa... até nos nomes dos NPCs...
(Vejam Monster Manual 3 e The Plane Above: Secrets of the Astral Sea)

Em Eberron, eles devem ser o único grupo de criaturas inegavelmente bondoso, juntos talvez com os Imortais de Aeranal.

2163
Sistemas & Cenários / Re:[D&D Next] Rogue Design Goals
« Online: Maio 07, 2012, 10:25:40 am »
Citar
Na primeira matéria eles comentam de Conan e é engraçado como a maioria esquece que Conan era um ladrão. Um ladrão daquele luta ruim? E quero é prova (tá ele é multiclasse, mas poderia ser assumido na 4e como um ladino da build de força)...

Nope, Conan é toda a fonte Marcial.  :P

Ele foi um Ladino no começo de carreira (Nascido no Campo de Batalha, Torre do Elefante), um Guerreiro (Colosso Negro) durante boa parte da sua idade adulta que virou um Ranger (Khazaki, Amra também pode ser visto assim) e no fim da vida um Warlord (Conan Rei).

2164
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 07, 2012, 08:31:10 am »
Citar
A "chama prateada" em si, pode ser visto como uma entidade ou algo similar? Pergunto mais por conta de DDO (que não sei se desvirtuou a coisa) que em uma quest vc pode tocar e falar com a chama.

Essa é uma boa pergunta. Citando o Keith Baker (o que ele escreve no site não é necessariamente oficial, mas eu sempre tomo como no mínimo, um ótimo guia):

Divine forces are with us all, but are not perfectly omniscient. They respond to the faith of the cleric, but are not aware of each and every action taken. This is the base belief of the Silver Flame, which has never been described as a sentient, anthropomorphic force; rather, it is a pool of divine energy that empowers those who fight evil...
The Silver Flame: This is a divine power source originally created from the combined souls of the couatl. Followers of the Flame maintain that when they die, their souls pass through Dolurrh and strengthen the Flame.


Eu gosto de pensar na Chama como uma Legião, pois são muitos e um só. Embora não seja uma entidade por si só, eles podem se comunicar em uníssono através de uma canalizadora mortal pura e decente como a Voz da Chama Prateada (que é hoje Jaela Daran, que tem uns 11 anos. Esse é o motivo dela ser apelidada de LoliPope).

2165
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 07, 2012, 08:10:44 am »
Dissipando Mitos sobre a Chama Prateada

Esse é um artigo extra sobre outra crença bastante mau interpretada (como também é o Sangue de Vol) e até fácil de entender os motivos. Este texto é um "interlúdio" enquanto eu arrumo algumas ideias do que escrever no último artigo geral sobre Marcas e toca num tema que está no meu jogo no momento. Inicialmente descreverei no parágrafo abaixo diversos estereótipos que fãs do cenário tem sobre a Igreja – eu mesmo carreguei alguns deles por um bom tempo.

A Chama Prateada é uma religião militante e prosélita, monoteísta, muitas vezes vista como como um paralelo eberroniano com a Igreja Católica (vista por muitos como uma instituição anacrônica e corrupta) incluindo uma estrutura fortemente hierárquica e com uma Voz da Chama Prateada que remetem facilmente ao Papa e seu Conselho de Cardeais,na qual dois dos Cardeais que aparecem são malignos ou muito próximo disse (como Alto Cardeal Krozen e o Arcebisto Dariznu de Thaliost). Essa Igreja administra a nação de Thrane onde rege como um governo teocrático (algo que muitos de nós vemos naturalmente como algo problemático), existem menções a diversos sectos extremamente fanáticos e com postura xenofóbica ou racista (como a Chama Sussurrante e a Tocha Prateada) e para colocar uma cereja no bolo da imagem de “Grande Igreja Hipócrita”, ainda existiu a Purgação dos Licantropos, uma cruzada iniciada no passado não tão distante onde os Templários da Chama Prateada quase eliminaram de Khorvaire uma série de licantropos, iniciando um genocídio. Com uma descrição como essa, não é surpreendente que essa crença seja descrita como Leal e Boa e tenha uma alto número de seguidores?


Alto Cardeal Krozen, o Garoto-Propaganda da Igreja. Alguém deve ser urgentemente demitido no Departamento de Marketing se queriam passar a imagem de uma Igreja Justa e Bondosa.

Verdade seja dita, há alguma verdade nos trechos acima. Existe corrupção, fanatismo e desonestidade em meio aos sacerdotes e fiéis da Chama – mas essa corrupção é extremamente exagerada por fãs. A Igreja da Chama Prateada não é mais ou menos corrupta do que a crença nos Soberanos ou do que a Corte Imortal.


Por outro lado, eis uma ótima analogia para a Chama Prateada.

Outra verdade é que a Chama é tanto proselitista quanto militante – mas é de longe, um dos maiores poderes dedicados á promoção da bondade e justiça do cenário.A ideia mais importante e sacrossanta da Chama é a proteção dos inocentes contra o mal sobrenatural. Lembre-se que esse é um mundo onde vampiros existem, onde os Lordes do Pó conspiram desde longos milênios milênios para trazer de volta suas Potestades e Bruxas roubam crianças de seus pais.

Não é uma questão de ponto de vista, o mal sobrenatural existe e é disseminado. Fiéis da Chama Prateada lutam dia e noite contra isso – tanto quanto o mal que cria tais monstros quanto o mal que se esconde no coração de cada homem e mulher. É devido a essa rara dedicação de seus agentes durante a história das Cinco Nações que mesmo depois dos Cardeais assumiram o poder de Thrane, os Templários e Frades da Chama são bem vistos pelo cidadão comum em Breland ou mesmo Karrnath.

Ligado á proteção contra o mal sobrenatural, acompanha a visão que a Cruzada Prateada foi uma luta genocida contra pobres licantropos – e nada poderia ser mais distante da verdade. Em Eberron, existem nada menos que 13 luas e pessoas que se transformam em licantropos mudam seu alinhamento rapidamente maligno. Conseguem imaginar o inferno que é ter 13 chances a mais do que em um “Cenário de Fantasia Genérico” de um Homem-Javali ensandecido invadindo a sua fazenda durante a Lua Cheia? Lembrem-se que essas criaturas são muito mais fortes que um Templário da Chama Prateada e que esse é um mundo onde um Paladino de nível 4 é uma cena rara.


Claro, os Homens-Javalis são inocentes e indefesos! O quê, eles tem bônus brutais em atributos e tendência a matar e destruir? Vou fingir que não vi isso.

Mais raro do que o trecho acima, há quem acredite que Chama é uma crença monoteísta, intolerante a outras divindades e crenças (talvez tirada do paralelo com a Igreja Católica, porque isso está muito distante do que é descrito nos livros). A ideia de que a própria Chama é uma divindade é absurda – a Chama é o conjunto de almas de diversas criaturas que lutam para a purificação de todo o Mundo, desde os Coatls que se sacrificaram para aprisionar as Potestades quanto o fazendeiro que morreu para defender sua família de bandidos. A Chama é uma força  do altruísmo e sacrifício. Ela inspira seus crentes em direção a um futuro melhor – não clama nem ter criado o Mundo nem ser a única força divina ativa. Um detalhe bem importante é que a primeira humana (em Khorvaire ao menos) a canalizar a Chama Prateada foi Tira Miron, uma paladina de Dol-Arrah. Claro, isso não que dizer que não haja intolerância em meio aos fiéis da Chama - mas isso é algo restrito a minorias vocais, e a maioria delas nem ficam em Thrane, onde a Igreja governa a nação, mas sim em Aundair (e porque são maioria ali? Por agradecimento aos Cruzados que livraram a região de licantropos).

A questão da Chama Prateada e Thrane é bem mais complicada. Dos aspectos da fé mais aceitos da Chama pela maioria dos fieis (estou excluindo aqui grupos como a Tocha Prateada ou os Monarquistas), nenhum deles implica que a Igreja deve governar ou assumir tarefas administrativas sobre seus fieis - como já coloquei antes, a tarefa mais importante do seguidor é a proteção dos inocentes contra o mal sobrenatural (eu estou repetindo isso porque é algo muito importante). Os argumentos favoráveis á teocracia em são: Quem seria melhor do que alguém aclamado pela própria Chama para manter uma nação em um caminho justo e bom? Porque não usar os recursos do Estado para expandir a causa da Chama? Não estava Thrane em um momento sombrio quanto a Igreja assumiu? Por outro lado, diversos fiéis defendem que esse caminho é perigoso, pois a política é sempre um assunto sujo, que vai marcar mesmo a alma do mais nobre Sacerdote, ou que há o perigo da administração e manutenção do Estado consumirem mais tempo do que a proteção dos fieis, a ajuda aos pobres e necessitados e a meditação sobre os aspectos mais nobres ou mais sombrios da Alma. As consequências gerais dessa discussão é que poucos seguidores da Chama achariam errado um fiel lutar ao lado de Breland ou Aundair na Última Guerra, pois a Guerra é um assunto político - contudo, mesmo fieis que estejam de lados opostos na Guerra deveriam se unir urgentemente se um demônio ou rakshasa aparecer no campo de batalha.

Sintetizando o que escrevi, embora Eberron seja um cenário cinzento onde toda crença e instituição religiosa tem suas virtudes e defeitos, heróis e vilões, a Chama Prateada pode (e tem sido usada) como uma boa fonte de vilões e antagonistas. Mas isso não deve ofuscar de maneira alguma o fato que em geral, a Igreja é uma organização justa, dedicada e nobre, lutando contra ameaças muito maiores do que ela própria armada apenas com coragem, dedicação e a certeza que mesmo após a morte, não é um Paraíso que espera ao fiel - mas sim a união com a própria Chama Prateada, numa eternidade de sacrifício por um mundo iluminado.


Sério, eles são caras legais. Dê uma chance a eles.

2166
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 04, 2012, 10:00:51 pm »
Citar
Então é possível se associar a uma casa sem fazer parte da família? Essa era minha maior dúvida quanto as casas.

Sim. Você pode ser um médico associado a Casa Ghallanda ou um ferreiro associado a Casa Cannith se for de qualquer raça, basta ter treinamento na área e se unir a eles (muitas vezes, se unir á uma Casa não é exatamente opcional, lembre-se que eles tem monopólio legal em diversas áreas). Essa afiliação geralmente se dá a uma Guilda que é controlada por uma Casa, por exemplo, os Cannith (minha Casa favorita) tem a Tinkers Guild e a Fabricators Guild, na qual qualquer um pode se associar e crescer nessa Guildas.

Agora, para ser parte e aceito mesmo numa Casa, só por meio de casamento (e é muito bom você ser parte da raça associada a Marca, porque as Casas controlam muito bem sua linhagem) e serviços excepcionais prestados a eles. Por exemplo, em teoria qualquer Humano pode se unir á Casa Cannith, mas é difícil que ele porte o sobrenome da(s) família(s) - a menos que se case, e nesse caso seus filhos terão isso (embora se alguém for aceito ao ponto do casamento ocorrer, ele pode ser tratado, para todos os fins, como um Cannith). No caso de outras raças, isso é improvável, mas possível. E esqueça a união devido ao casamento, isso é quase motivo de excoriação (ou no mínimo ser muito mal visto na Casa).

Por isso eu fiz a comparação com a Máfia Siciliana. É fácil se associar a eles, mas ser parte é para poucos. Afinal, o sangue é mais espesso que a água.

2167
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 04, 2012, 04:29:49 pm »
Sobre os Ashbound

Nope, eles não querem a destruição do mundo. Eles são opositores intensos da civilização e da prática de magia, seja arcana seja divina - mas compartilham com os Wardens e os Gatekeepers uma oposição forte á mortos-vivos e aberrações - todas essas coisas violam os ciclos da Natureza. De certa fora, eles devem ser o grupo que mais se oporia á destruição do mundo, porque eles o defendem contra qualquer tipo de violação (tanto que esse é o motivo das Children of Winter em acharem os Ashbounds patéticos, por se agarrar em defender esse mundo, ao invés de acelerar o Inverno que virá).

E o nome é provavelmente uma menção ás Cinzas. Em nenhum momento nos livros é mencionado que eles tem alguma admiração pela árvore do Freixo - e a única "árvore" que se indica que eles respeitam é o Grande Druida Oalian, que é um Carvalho. E o trecho sobre a origem do nome:

Initiates of the order are daubed with the ashes of trees destroyed in the name of "progress." They swear to be bound to the service of Eberron and to fight the unnatural until the world is restored to its primal state. (Player´s Guide to Eberron)

2168
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 04, 2012, 12:05:24 am »
Bom, isso aqui é um post duplo, mas é de algo que me interessa:

Eu estou adotando como tradução para Dragonmarked Houses a expressão Casas Marcadas pelo Dragão. Reconheço que é longo e deselegante, mas até onde eu saiba do cenário, a crença é que as Marcas (Normais) foram recebidas/enviadas pelo Dragão Eberron, um dos Progenitores. É bem possível que eu esteja errado ou enganado, mas até que eu veja alguma indicação que essa não seja uma boa tradução (no sentido de infiel ao cenário), adotá-la-ei. "Mark" também pode receber outras traduções, mas eu prefiro manter a similaridade sonora com o inglês.

2169
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 03, 2012, 07:26:13 pm »
Citar
O que é essa coisa Cannith esverdeada foguete com uma carinha desenhada e chifres?

Uma Creation Forge e um Workshop. Os lugares onde a Casa Cannith cria seus aparatos tecnomágicos, faz pesquisas secretas e cria Forjados (no sentido restrito, só Creation Forges servem para fazer Forjados - tem uma imagem dela no post sobre Forjados).Em teoria, todas Creation Forges foram fechadas devido ao Tratado de Thronehold que proíbe a criação de novos Forjados, mas tanto em Sharn quanto nas Mournlands (essas sob controle do Lord of Blades) alguns Forjados ainda são criados em sigilo. O Górgon no topo da construção aparece porque é o símbolo da Casa.

Outra imagem, agora do Dragonmarked (isso é um Workshop):



Citar
Cara, isto me deixou com uma forte sensação de cyberpunk. Ou melhor, será que é isso que chamam de fantasypunk?

A intenção é soar uma mistura de ambos. No caso específico da Casa Cannith, eles são muito próximos do Cyberpunk. Exemplo-mor disso são os Renegade Mastermakers, um grupo de membros da Casa que se transformam aos poucos em um misto de Forjados com Humanos. Exemplo deles aqui (imagem meio grande e não quero sobrecarregar a página).

2170
Sistemas & Cenários / Re:[D&D] Eberron
« Online: Maio 03, 2012, 06:40:12 pm »
As Casas Marcadas pelo Dragão e as Marcas do Dragão

Já falei do poder por trás das Casas Marcadas pelo Dragão, que é a presença das Marcas, hora de falar um pouco tanto das Casas quanto o que as torna marcantes (haha). Se você não leu meu texto anterior, insisto que leia.

Como coloquei antes, as Marcas de Eberron  apresentam um certo componente hereditário (não se sabe se isso vale ou não para as Marcas de Siberys e de Khyber) e isso permitiu o estabelecimento, através de casamentos selecionados e de um bom período de tempo, de dinastias familiares que nascem e manifestam as Marcas. Cada Marca manifesta uma série de  poderes mágicos ligados a um “tema” (Tempestade, Criação, Cura, Transporte, mas o motivo disso acontecer é tão desconhecidos quanto a origem das próprias Marcas) e a presença desses poderes deram a tais linhagens tanto habilidades mágicas constantes e confiáveis como uma certa propensão ao estudo e prática da magia arcana. As Marcas foram surgindo aos poucos entre os anos 2200 e 1000 antes de Galifar (3 milênios antes do momento atual do cenário) entre diversos grupos raciais e regiões de Khorvaire e foram se estabilizando e entrando em contatos umas com as outras, geralmente por intermédio ds gnomos que formariam a Casa Sivis. Nesse período, elas não formavam ainda as "Megacorporações" que viriam a se tornar, mas eram basicamente dinastias familiares.


Big Business, Big Attitude. Uma síntese perfeita de como agem as Casas.

Ao contrário do seu “Cenário de Fantasia Genérico”, aqueles dotados de poderes vindo das Marcas do Dragão não se isolaram do mundo e fizeram grandes feitos mágicos apenas para seu usufruto e ninguém mais – eles passaram a usar os poderes vindos de suas Marcas em conjunto com seu conhecimento de atividades práticas para não só expandir tais ofícios como também para refinar e aperfeiçoar a prática da magia arcana. Essa vantagem inata que aqueles com Marcas possuem permitiram, ao longo do tempo, transformar as dinastias familiares de Marcados em grandes conjuntos de empresas, estabelecimento comerciais e serviços. Aqui aquelas Dinastias passam a se transformar nas Casas Marcadas pelo Dragão - aos interessados por datas, isso foi no Ano I de Galifar.

Uma boa forma de entender o que é uma Casa Marcada pelo Dragão é pensar numa mistura de uma Corporação de Ofícios Renascentista, com a Máfia Siciliana e algumas doses de “Colégios Mágicos” de cenários fantásticos. Como uma Corporação de Ofícios, você tem um grande número de pessoas (a maioria dos afiliados, que não precisam ser da mesma raça e possuir Marcas)  que praticam uma mesma atividade reunidos para trocar segredos, técnicas e formar redes de proteção mútuas. Como uma Máfia, você tem um núcleo que controla as Casas formado por uma série de famílias unidas por casamentos arranjados e pelo fato de manifestarem as Marcas, onde está a liderança das Casas. E como num Colégio Mágico, você tem grupos de pessoas que manifestam as Marcas interessados em entender como elas funcionam, como expandir seu poder mágico e como compreender de forma geral como usar a magia para os mais diversos fins.


Uma adorável reunião de Marcados. Como podem notar, expressar as Marcas é um símbolo de orgulho para os que possuem-nas. O Forjado na imagem não tem Marca alguma, deve ser o segurança de um Cannith.

As Casas Marcadas não vivem isoladas, elas interagem entre si num misto de forte rivalidade e pesada cooperação. Essa cooperação permitiu desde cedo que aqueles Marcados pudessem reprimir e combater os que possuem as Marcas Aberrantes na “Guerra das Marcas” (War of the Marks), que estabeleceu o predomínio das Casas Marcadas em Khorvaire e marcou um forte declínio das Marcas Aberrantes (ver o texto anterior). Ao mesmo tempo, essa cooperação também formou o Doze (Twelve), uma instituição acadêmica que estuda os poderes das Marcas e foi a responsável por diversas criações conjuntas das Casas, como os Navios Alados (Airships) e as Raiovias (Lightning Rail).


Um herdeiro da Casa Lyrandar e seu Navio Alado ao fundo. Os Navios Alados foram fruto da colaboração entre duas Casas e os métodos de aprisionamento de Elementais praticados por Gnomos.

Como já devem ter notado, as Casas possuem um poderio mágico, comercial e político bastante forte, mas seu domínio em Khorvaire é limitado pelos “Editos de Korth”, criados por Galifar (o fundador da nação de Galifar, que durou quase 1 milênio e terminou com o estabelecimento das Cinco Nações depois da Última Guerra) tanto para beneficiar as Casas (elas tem o monopólio teórico de diversos ramos da economia, as sedes das Casas são territórios neutros que não fazem parte de nação alguma e seguem suas próprias leis) quanto para manter um certo controle (Não se pode ser um Nobre e membro de uma Casa ao mesmo tempo). Contudo, a recente queda de Galifar fez com que os Editos de Korth não sejam mais tão respeitados como antes, porque nenhuma nação sobrevivente tem poder para garantir seu cumprimento, embora em teoria tais Leis ainda são válidas.


Mas tente dizer isso aos Cannith. Ao que parece, ninguém tem colhões de lembrar a eles que o Tratado de Thronehold e os Editos de Korth devem ser seguidos

Bom, o texto ficou mais extenso do que planejava e eu ainda nem toquei no grosso da História das Casas e nas próprias Casas. Aceito sugestões do que fazer para o próximo texto, penso em talvez fazer textos sobre uma ou duas Casas ao mesmo tempo ou faço mais um, terminando sobre as Casas, a Guerra da Marca, o surgimento delas e a Última Guerra?

2171
Off-Topic / Re:Spell Pipoca
« Online: Maio 03, 2012, 03:27:42 pm »
Eu não me oponho a criar uma "Sporn" ou "Sporra", mas é no mínimo algo desnecessário e inútil como... todo o fórum.  :b

Citar
Acho que a spell funcionaria melhor como imageboard do que como fórum.

...What?

Citar
Edit: Façam isso e eu migro pra rede.

Vá para a Velha Spell.  :b

2172
Sistemas & Cenários / Re:[D&D Next] Evitando armadilhas nas escolhas
« Online: Maio 03, 2012, 03:16:56 pm »
Citar
O problema é que livros assim não costumam vender tão bem. O que sinceramente, eu não acho estranho. Tem muita gente que não compra algo se não estiver recheado de crunch e tem muita gente que não tem saco pro fluff típico de livro de RPG hoje em dia. Eu estou no segundo grupo, aliás. É raro eu pegar um livro de RPG que trate de fantasia que eu consiga ler sem ter a sensação que já vi o material uma dúzia de vezes em outros livros.

Claro, eu pagaria na boa algo que fosse fluff de qualidade. Freeport é puro fluff e eu adoro. Mas é raro encontrar um livro bom assim hoje em dia.

Mas aí vem outro elemento: D&D Insider. Porque comprar livros crunchy se você sabe que vai encontrar todo material dele online no Insider, enquanto os livros viraram "Versão Beta" para diversos poderes e classes?

2173
Off-Topic / Re:Religião - Tópico Permanente
« Online: Maio 03, 2012, 02:20:30 pm »
Citar
Como vcs estão carecas de saber, sou ateu. Inclusive bem distante daqueles que o Dawkins (outro que imbecilizou bastante o debate sobre temas religiosos e ateístas)

Eu não acho que Dawkins, por si só, fez isso. De fato o livro que ele dedica apenas ao tema (God Delusion) é relativamente fraco (e de longe, o pior dele. O que é uma pena, porque os livros de divulgação de Bio Evo dele são ótimos), mas nada que chegue ao nível de outros autores não muito melhores. O "problema" é que Dawkins (junto com outros dois dos "Cavaleiros do Apocalipse", Harris e o recém-falecido Hitchens) acabaram fazendo um sucesso considerável de vendas e gerado uma boa soma de seguidores (além de tirar o ateísmo do seu reduto tradicional desde o começo do século XX, a Academia), o que gera a impressão de "imbecilizar" o tema.

Citar
chama de "ateus que acreditam na crença", já que quero e almejo colaborar para o fim do pensamento religioso.

Ah, os "Faitheists". É até engraçado ver que uma das mais notórias nesse ramo, Karen Armstrong (que eu devo ter citado nesse tópico), era uma entusiasta do próprio Dawkins.  :b

Citar
Pouco a pouco faz-se um esforço cada vez maior em se "provar" que o ateu é melhor que o religioso.

Acho que essa é uma impressão exagerada, mas com um bom fundo de verdade - longe de mim achar que não existem (muitos) ateus que pensam e querem entender que seja assim, mas ainda é preciso lembrar que ainda existe uma forte resistência social aos Ateus declarados e é bem típico de qualquer movimento que "saia do armário" assumir posturas que vão desde "não somos tão diferentes assim do grupo majoritário" á "acabem com a Maioria". Isso pode ser visto não só em movimentos ateus, mas também nos homossexuais, feministas e de grupos étnicos.

2174
Sistemas & Cenários / Re:[D&D Next] Playtest and Fighter
« Online: Maio 03, 2012, 08:24:25 am »
Citar
Posso até estar falando merda mesmo, mas ainda não entra na minha cabeça querer pegar um sistema feito pra retratar combates táticos, onde todos seus elementos (incluindo os personagens) são feitos em função disso, e querer falar que a porra do bonequinho tem que obrigatoriamente retratar Jasão, Ulisses e o caralho a quatro.

Sim, você está falando uma asneira. É até engraçado como alguém tão "avant-garde" quanto a RPGs beira o Old School Gamer quando se trata de D&D.

Citar
Mermão, teu combatente tem que retratar a porra do "nicho tático" que o autor criou pra ele: ou é o que dá porrada, ou o que cura, ou que desarma armadilhas, ou alguma combinação disso. E sempre com um viés tático. Nem Jasão, nem Ulisses, nem Arthur têm nada a ver com "nichos táticos" ou "especialidades bélicas" ou essas merdas. Ou você acha que Perseu matou a Medusa dando um "nó tático" nela ou algo assim ? "eu vou ficar de tocaia no grid A13, e daí quando ela aparecer eu avanço dois hexágonos e dou um ataque de oportunidade nela pelas costas".

Não dá. Não faz sentido. É um contra-senso exigir que sistemas como D&D (ou Shadowrun), projetados para atender a premissas ultra-focadas, acomodem todos os tipos de personagens possíveis e imagináveis. Aliás, penso até o contrário - talvez seus sistemas fossem ainda mais redondos e interessantes caso se mantivessem ultra-focados na premissa central, e acabassem de uma vez com essa viadagem de monge, bardo, etc.

Silva, faça o favor de ler o que os outros estão reclamando, ao invés de atacar o mesmo espantalho que você criou de jogadores de D&D de anos atrás e parece ser incapaz de olhar além dele. Até algum tempo atrás isso era engraçadinho, de dar uma risada de canto da boca. Agora soa apenas patético.

Ninguém está exigindo a simulação de todos os personagens imagináveis. O que todo mundo aqui reclama é que das "especialidades bélicas" de D&D, algumas classes (Conjuradores) podem ser todos de todos papéis táticos ao mesmo tempo, enquanto outras mal fazem direito o que se espera que elas façam (Combatentes) e ainda não tem a capacidade de sair do seu "nicho tático". Os exemplos citados (heróis da mitologia e de histórias em quadrinhos) servem para mostrar como "Guerreiro que só bate e não tem feitos incríveis" é algo bobo e que se deseja mais deles (ou que coloquem os conjuradores no seu devido lugar).

2175
Off-Topic / Re:Em decisão inédita, STJ condena pai por abandono afetivo
« Online: Maio 02, 2012, 10:42:41 pm »
Meio em off, mas esclarecendo:

Citar
Gente eu não concordo com o Arcade em tópico algum. Aborto legalizado deve ser seguido de exclusão da obrigação paterna de ajudar na criação do filho 

Na verdade, é parte de uma ideia extremamente avant-garde chamada de "Aborto Masculino", que serve para reestabelecer o desequilíbrio criado pela legalização do aborto, mas onde apenas a mulher decide o que faz com o bebê.  Nessa situação, mulheres tem uma forma de evitar a maternidade caso seja indesejada (e em muitos casos, não precisam nem avisar o futuro pai quanto a isso), mas homens não podem fazer o mesmo com a paternidade. Para corrigir esse desequilíbrio, defende-se que exista a possibilidade de homens (e mulheres) abdicarem da paternidade (maternidade) legalmente.

Páginas: 1 ... 143 144 [145] 146 147 ... 180