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Off-Topic / Re:Coisas que você não veria sem a internet
« Online: Março 03, 2013, 09:30:37 am »
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Depois de barrar "CQC", Câmara discute veto à entrada do programa nesta quarta-feira.
O Congresso, depois da festa com a blogueira cubana, discursos sobre transparência e liberdade de expressão, através da mesa da Câmara, barrou a entrada do CQC. Uma equipe do programa, no dia 20, quarta-feira passada, não teve o acesso permitido, o que causou enorme surpresa e decepção em todos.
Foi a primeira vez que isso aconteceu. Há uma informação que este assunto estará em pauta na reunião da Mesa Diretora, prevista para amanhã, quarta-feira (27), em Brasília.
Procurado, Marcelo Tas, âncora do programa, ainda se mostra surpreso com tudo. "Fiquei procurando aqui, acredite, uma razão para isso e não encontrei", disse. "Sempre tivemos uma excelente relação com a Câmara, ao contrário do Senado. Temos vários deputados que colaboram com as nossas reportagens mesmo sendo constantemente criticados, como é do feitio do programa."
E prossegue:" A discussão se o 'CQC' deve ou não fazer a cobertura do Congresso me remete ao início da minha vida profissional, início dos anos 80, onde eu fazia exatamente este tipo de cobertura, misturando humor e jornalismo, na pele do repórter Ernesto Varela, quando ainda vivíamos os resquícios da Ditadura, é importante lembrar. Não podemos agora, em plena vigência do regime democrático, retroceder neste quesito.'
Por fim, Tas se mostra confiante num desfecho positivo para o caso. "Prefiro confiar na sensibilidade da Mesa Diretora e dos deputados que sabem que uma grande parcela de brasileiros, especialmente jovens eleitores, foram despertados para a discussão política acompanhando o 'CQC'.", disse. "Creio que todos nós que lutamos, conquistamos e prezamos pela liberdade de imprensa não podemos nos conformar com qualquer tipo de restrição ao trabalho da equipe do CQC ou qualquer um que vise divulgar o que acontece na Casa do Povo."
E completa: "Estive essa semana em Washington, onde visitei o Museu do Jornalismo, o Newseum. Lá encontrei, uma definição de jornalismo quero compartilhar com você: 'Notícia é o que alguém, em algum lugar, quer evitar que seja publicada - Lord Northcliffe, publisher inglês do início do século 20'".
Delegacia de SP registra ocorrência de estupro “por pensamento”
Um boletim de ocorrência inusitado consta nos arquivos da Polícia Civil de São Paulo: uma mulher afirmou ter sido estuprada "por pensamento" por dois homens. A ocorrência foi registrada na 3a Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista. O caso ocorreu em 18 de maio de 2011 e vazou na Internet, repercutindo nas redes sociais (foto).
Segundo a denunciante, os dois homens "a forçavam a manter ato sexual com eles por pensamento". A mulher havia procurado a Polícia Federal, mas foi aconselhada a procurar o departamento de polícia especializado em crimes contra a mulher.
Na queixa, ela relata que os dois homens a forçam a manter relações sexuais contra a vontade dela. Segundo o depoimento, "nenhum deles é carinhoso" e a mulher afirmou sempre tomar anticoncepcionais "para não engravidar".
Os policiais registraram a queixa e encaminharam a mulher para realizar exames psicológicos. Não se sabe do resultado dos exames e onde a mulher se encontra atualmente. O boletim não gerou nenhum efeito e provavelmente foi registrado para preservar os acusados.
Jacques Le Goff está surpreso e fascinado pelo gesto de Bento XVI, um daqueles raríssimos eventos que, segundo o grande historiador, demonstram a força plurissecular do cristianismo.
A reportagem é de Giampiero Martinotti, publicada no jornal La Repubblica, 12-02-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a entrevista.
Professor Le Goff, a renúncia do papa faz pensar no trono vazio: é uma imagem adequada para resumir o gesto do pontífice?
Sim e não. Pessoalmente, não é uma imagem que me toca muito, mas é importante para uma religião: ela mostra que, mesmo que a religião não tenha uma cabeça humana para mostrar, há sempre o trono que simboliza a existência de um rei no céu, Deus. Consequentemente, o trono vazio é o símbolo da continuidade. Ele é um dos atout do cristianismo, que sempre evitou as rupturas e para o qual a única ruptura foi a encarnação de Jesus. Pode haver crises, reviravoltas, catástrofes, mas o trono de Deus está sempre lá. Essa eterna associação entre a mudança e a continuidade, encarnada pelo trono vazio, é uma das virtudes do cristianismo.
Como o senhor reagiu à demissão?
Não se trata de demissão, porque a demissão é dada diante de uma assembleia perante a qual se é responsável. É um termo que se refere às democracias, não existe para o papa. Acredito que se deva voltar à palavra abdicação, como para os monarcas.
Por que ele o fez, na sua opinião?
Ele diz que é por causa da idade e do cansaço, mas, fundamentalmente, ele se retira diante do mundo moderno. Ele se sente incapaz de dominar este mundo, de fazer ouvir suficientemente a voz do Deus dos cristãos e da Igreja Católica neste mundo. Na sua retirada, sintetizam-se a lucidez, a modéstia, a esperança de permitir que a Igreja volte a subir a descida e enfrente melhor o futuro.
E agora o que acontecerá?
É a pergunta mais importante: o que o conclave fará? Certamente, eu não sei, não sou cardeal, nem eclesiástico e muito menos especialista da Igreja contemporânea. Como historiador, olho para o passado: nunca houve um papa que tenha se retirado entre o século XV e hoje. Na Idade Média, houve dois casos. Fala-se sobretudo de Gregório XII, papa no período do Grande Cisma, que se pode dizer que renunciou diante do Concílio de Basileia: na Idade Média, havia quem pensasse que o concílio era superior ao papa. Antes ainda, em 1294, houve Celestino V, do qual Dante fala na Divina Comédia como aquele que fez “a grande recusa”. Apesar das diferenças muito grandes, há algo em comum entre Celestino V e Bento XVI.
A mais de sete séculos de distância, o senhor vê alguma semelhança entre os dois casos?
Celestino V era um eremita tradicional; Ratzinger, um teólogo tradicional. Penso que há algo de comparável. Celestino V pensava ser incapaz de guiar a Igreja porque pertencia profundamente ao cristianismo medieval tradicional, dominado pelo monaquismo, o anacoretismo, enquanto a cristandade havia se modificado profundamente, havia conhecido um desenvolvimento rural e urbano considerável e, no fim do século XIII, havia se tornado um mundo novo. Eu vejo uma semelhança entre essa época e este início do século XXI. Faz-me pensar em uma coisa que, como historiador, sempre me chamou a atenção, mesmo não sendo crente: penso que uma parte do Ocidente teve a sorte de ter o cristianismo como religião.
Como assim? O que há de tão diferente das outras religiões?
Essencialmente por duas razões. A primeira é que o cristianismo distingue o que pertence a Deus e o que pertence a César, não mistura religião e política. A segunda razão é que, apesar dos atrasos e da lentidão, apesar da crise que atinge todas as religiões, ele sobreviveu bastante bem, porque soube se adaptar às mudanças profundas deste mundo. E eu acredito que, nestas horas, estamos assistindo a um daqueles acontecimentos plurisseculares característicos do cristianismo.
O senhor disse que Ratzinger se retira diante da modernidade. Porém, o teólogo que era catalogado como reacionário vai embora com um gesto moderno.
Havia acontecido a mesma coisa com Celestino V: nunca se havia visto nada do tipo e, por isso, Dante fala a respeito. Ratzinger não rende homenagem à modernidade, porque, ao mesmo tempo, o seu gesto é uma rejeição da modernidade: o papa que abdica se retira dela.
Homem é arrastado e espancado por três mulheres dentro de bar em Ouro Preto.
Publicação: 15/02/2013 16:46 Atualização: 15/02/2013 17:11
Três mulheres foram presas na madrugada desta sexta-feira depois de agredirem um homem com blocos de granito e pedaços de concreto dentro de um bar na Rua Geraldo Laércio, no Bairro Tavares, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. Uma das agressoras afirmou que a vítima passou a mão nas nádegas dela. O caso será investigado pela Polícia Civil.
A confusão aconteceu por volta das 2h30 dentro de um bar. A polícia foi acionada por testemunhas que presenciaram as três mulheres, de 20, 25 e 43 anos, espancando o homem de 42 anos. As agressoras arrastaram a vítima no chão e deram vários golpes com blocos de granito e concreto na cabeça dela. Também desferiram alguns socos e chutes.
Logo depois das agressões, as mulheres entraram em uma Caravan azul e fugiram em alta velocidade. Os militares fizeram rastreamento pela região e conseguiram encontrá-las. O homem foi socorrido e levado para a Santa Casa de Misericórdia da cidade com ferimentos profundos na cabeça.
Na delegacia, uma das mulheres afirmou que bateu no homem pois ele passou a mão nas nádegas dela. Em seguida, as outras duas agressoras a ajudaram. A polícia vai investigar se o argumento usado por elas é verdadeiro.
Universidade de Aveiro disponibiliza, na net, mais de 2500 livros sobre África e Oriente
A Universidade de Aveiro, através do projeto "Memória de África e do Oriente", tem já online mais de 2500 obras, referentes à história dos países de Língua Portuguesa, durante a administração colonial.
14-02-2013
O projeto, que existe desde setembro de 1996, é executado pela Universidade de Aveiro e pelo Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (CESA) de Lisboa e tem contado com a participação de instituições de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Goa.
No site, com o endereço http://memoria-africa.ua.pt, além de registos bibliográficos para orientação de investigadores e curiosos, estão agora disponíveis e com livre acesso obras digitalizadas que vão desde livros da escola primária do tempo colonial, a relatórios de antigos governadores das então colónias e outros documentos oficiais.
Entre outras "preciosidades" já digitalizadas contam-se os três volumes da "História Geral de Cabo Verde", várias obras do cientista e poeta cabo-verdiano João Vário, toda a coleção do Boletim Geral das Colónias, a revista do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa de Bissau Soronda (1986-2009), o Boletim Cultural do Huambo em Angola, e "O Oriente Português", da responsabilidade da Comissão de Arqueologia da Índia Portuguesa, publicado entre 1905 e 1920 e retomado entre 1931 e 1940.
De acordo com Carlos Sangreman, da Universidade de Aveiro, o projeto "Memória de África e do Oriente" em dezembro atingiu 353.991 registos bibliográficos e 343.819 páginas digitalizadas e a base de dados já vai ser acrescentada.
"Temos trabalhado com muitas instituições portuguesas, sendo a ultima a Biblioteca Nacional que nos disponibilizou 67 mil registos que irão ser colocados na base à medida que formos conseguindo compatibilizar o formato", esclarece aquele responsável.