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Posts - Madrüga

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Off-Topic / Re:Revista Época Afirma Que “A Dublagem Venceu as Legendas
« Online: Junho 13, 2012, 12:34:04 pm »
Mas a tradução (incluindo dublagem e legendagem) ainda passa pelo crivo de uma censura idiota, não prevista pela obra original e colocada pelos tradutores intrometidos. Pense-se, por exemplo, nos palavrões censurados, nas referências suprimidas a sexo ou em diálogos levemente alterados (não por causa de espaço ou de trocadilhos intraduzíveis, mas por bel-prazer).

O que se acaba vendo é uma versão pasteurizada, amaciada, facilitada, mastigada do original muitas vezes. Uma tradução tendenciosa também pode levar em conta inclinações ou recomendações políticas, por exemplo, coisa que se perde completamente e que o espectador jamais saberá.

(sim, é um exagero e um drama, mas todo mundo sabe que se faz isso)

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Off-Topic / Re:Distopias
« Online: Junho 13, 2012, 12:28:49 pm »
E em termo de críticos Dostoievsky (?) é excelente crítico do seu tempo com muito menos ficção. Eu diria que também é o inventor da fórmula das novelas, pelo formato que conduz suas histórias.

Isso é frase feita. "Menos ficção" é besteira. Fora as "notas de inverno sobre impressões de verão", tudo é ficção, ora. A diferença é que Doistoiévski estava inserido naquela sociedade que retratava e criticava, tinha sua própria posição ideológica sobre política, eslavismo e religião e utilizava acontecimentos contemporâneos para se inspirar (notícias que abalavam a Rússia, como o suicídio da "krótkaia" ("a humilde"? algo assim) que inspirou o conto, etc.

Ele podia até ser "crítico de seu tempo", mas era cristão convicto, por exemplo, o que ia na contramão do niilismo e do socialismo soviético que começava a nascer. Quando dizemos "crítico de seu tempo", parece que o cara é um herói isolado, certo em tudo, cortando com sua pena pujante tudo que há de hipócrita na sociedade. Mas pô, até o taxista reclamão é um crítico de seu tempo.

O que estou dizendo é que Orwell era, afinal, um estrangeiro criticando a URSS. Isso é válido, mas a coisa é tão repetitiva que por vezes parece propaganda. É como a menção a Ford no "admirável mundo novo": é bacana, legal, trocadilho sacado, mas a repetição enche o saco. Como disse outro crítico da época, parece que ele achou uma piada muito boa, mas não se contentou em contá-la uma vez só.

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Off-Topic / Re:Distopias
« Online: Junho 13, 2012, 11:10:05 am »
Ele lida com temas como dissonância cognitiva, controle de informação, memória seletiva, exclusão social (no sentido de alguém que é excluído por não se encaixar no que a sociedade espera, como os testemunhas de jeová fazem com os ex-membros) e alienação de massas. É uma leitura muito rica em termos de ambiente.

Até porque tem adendos (tipo o dicionário de newspeak), parece coisa de cenário de RPG mesmo.

O foco da ficção especulativa em geral é usar cenários possíveis(no sentido que evitam furos de consistência, 'magia', enfim), não os prováveis, para explorar facetas humanas em condições diversas da nossa realidade. (...) Eles não pretendem alarmar que esses futuros podem acontecer a qualquer momento. 1984 por exemplo extrapola o autoritarismo, invasão da privacidade e manipulação da opnião pública ao máximo de forma propositalmente exagerada. É muito improvável que cheguemos aquele ponto naquelas condições, que o estado crie uma nova linguagem, etc, etc... mas não é esse o ponto. Através do exagero ele consegue explicitar muito melhor a crítica a essas tendências.

Quando eu estava pesquisando para o meu TCC, eu li uma tese dum cara criticando essa suposta verossimilhança, dizendo que muitas situações são impossíveis, etc, mas realmente, como você disse, ele perde o ponto. Não é essa a questão.

Com certeza concordo embora o propósito principal da ficção especulativa seja realmente o acima, e não uma envolvente história. O que não é uma carta branca para uma narrativa porca e nunca foi; Por isso a ficção especulativa é comumente mal vista pela crítica e autores não especulativos o que diminui simplesmente porque acho que eles cansaram de bater em cavalo morto e preferem ignorar esse nicho. (...) Só fã dessas ficções vem com esse papo de 'não é esse propósito' para os bajular como melhores romances já vistos.

Também acho que um romance distópico não deve ser avaliado pelo seu potencial profético, mas pelo seu conteúdo dramático. É impossível uma distopia que não projete no futuro problemas que já encontramos no presente. Por exemplo, eu poderia considerar muito melhor um livro distópico que apresente um futuro completamente impossível de acontecer, mas que produza, dentro desse esquema, metáforas, tramas, dramas e personagens com riqueza, do que um que apresentasse isso em menor escala com mais chances de ser verossímil.

(...)

O outro ponto do debate já foi sugerido, em outros moldes, pelo Vincer: por que a ficção especulativa sofre tanto para ser aceita para dentro da crítica? Eu arrisco uma resposta: acho que o conteúdo das obras hoje em dia pouco importa; interessa à crítica literária o que o autor e a obra trazem de novo em termos de linguagem. E poucos - quais além de Neuromancer? - são as obras de ficção especulativa que inovaram em termos de linguagem, muito embora a linguagem seja uma das coisas mais fascinantes de se trabalhar em um universo distópico.

Acho que o principal problema da aceitação das ficções especulativas é justamente a falta de inserção social. Por exemplo, é muito fácil ser um "crítico mordaz de seu tempo" quando você nem vive no país que está criticando. Sobre o "admirável mundo novo", eu li um crítico do tempo que (golpe baixo, claro) falava sobre o background acadêmico e burguês do Huxley (bem-nascido, estudou em Eton, família de acadêmicos e artistas) e disse que "o sr. Huxley deve ter o direito de procurar algum problema que ele não tem", algo assim.

É diferente (diferente, não melhor nem pior) de um Pilniak, um Bulgákov ou um Zamiátin, que produziram ficção científica como maneira de criticar uma sociedade que se pretendia cientifizada e futurista (a URSS), mas estando inseridos nessa mesma sociedade, entendendo suas maquinações, sonhos e frustrações. São retratos fiéis da decepção com o projeto soviético ao mesmo tempo que são protestos perigosos contra o regime (e foram devidamente punidos por causa disso).

O problema aí é que muito dessa produção de ficção especulativa surge sem grandes motivos, com críticas vazias e simplórias, escritas por gente completamente alheia a um problema real. Em suma, é literatura burguesa.

É claro que grandes livros surgem exatamente aí, e tenho que concordar com o Lanzi nessa questão da história bem construída: em termos de coerência interna, "player piano" dá de dez a zero em "1984" e "admirável mundo novo". É uma história bem-feita, bem sacada, os personagens são vivos, as situações são plausíveis, a crítica é bem-feita.

Isso não tira valor de nenhum livro, contudo. Mas em termos LITERÁRIOS, eu digo que "player piano" não deixa nada a desejar. Engraçado que o próprio Vonnegut disse que "alegremente plagiou 'admirável mundo novo', que tinha por sua vez alegremente plagiado 'nós'". Ou seja, ele sabia que não estava inovando, mas dando um tratamento diferente a um tema já conhecido.

E próxima vez que alguém disser 'é um aviso sobre o futuro!' dá um tapa nele por mim, para ver se ele acorda.

Vontade não falta, XD

Orwell além de ficcionista foi um crítico mordaz de seu tempo. Revolução dos bichos é outra pérola dele a criticar o comunismo praticado tão diferente do que foi idealizado. Conseguiu criar um choque nos seus leitores com sua obra fria, opressiva e dura. Eu tive pesadelos após terminar o livro e fiz uma enquete com conhecidos que leram e foi o mesmo com eles. Só com a internet que encontrei pessoas que haviam lido e não tinham tido pesadelos após o final.

Sério? Eu achei o final chocante, mas o problema do Orwell ter cismado com a revolução russa é que ele também fica batendo num cachorro morto. As referências à URSS em "1984" chegam a cansar um pouco, são exageradas e muitas.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 6º dia (até 14/06 - 22h)
« Online: Junho 13, 2012, 08:16:59 am »
Pq vocês não tentam acabar com minha raça logo em mafiosos??? Assim tá fácil! hauehaueae

Eu me pergunto a mesma coisa: como a cidade conseguiu me deixar tanto tempo vivo com uma mentira tão deslavada quanto a do envenenamento? Não desconfiaram quando eu não tinha morrido na primeira ou segunda noite?

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Off-Topic / Distopias
« Online: Junho 12, 2012, 01:56:09 pm »
Olha, temos ícone de TV, filmes, games, música... e nenhum de "livros".  :frenzied:

Bom, abri o tópico porque sei que muita gente aqui conhece/curte/lê os clássicos de distopia, como "1984" (George Orwell), "Admirável mundo novo" (Aldous Huxley), "Nós" (Ievguêni Zamiátin), "Player piano" (Kurt Vonnegut), "Anthem" (Ayn Rand), "Do androids dream of electric sheep?" (Philip K. Dick) ou até mesmo o avô das distopias, "The iron heel" (Jack London).

Queria discutir ideias, problemas e dúvidas dos livros desse tipo. Claro que eventualmente vai entrar um nego, dizer "eu li", mostrar sua erudição e ir embora, mas o legal era ir trocando ideias com a galera, pegando recomendações, etc.

Em primeiro lugar, queria pegar carona num ponto ali da shoutbox: eu acho meio injusto que principalmente as distopias (e, numa menor extensão, a ficção científica) seja medida sempre por sua "capacidade profética" ou pela "criatividade do cenário".

Dessa forma, parece que você nunca vai analisar a narrativa ou a riqueza dos personagens -- tudo fica preso atrás da mediocridade da "profecia". Já conversei com amigos sobre (e colegas de trabalho) e tive que ouvir, ao comentar sobre personagens e incoerências do cenário: "mas não é esse o ponto! É um aviso sobre o futuro!".

Que me dizem, negrada?

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 5º dia (até 11/06 - 22h)
« Online: Junho 11, 2012, 04:57:15 pm »
O que faz oráculo mesmo?

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 5º dia (até 11/06 - 22h)
« Online: Junho 10, 2012, 10:44:54 pm »
E, gente, parem para pensar. Se eu fosse mesmo mafioso, o Thales já teria morrido. Era muito melhor eu ter me exposto ao observador e trocar o Thales para que ele fosse morto e proteger o Nibelung noites atrás, do que deixar que ele fosse revelado. É só pensar um pouquinho e deixar de lado a "ranzinzice".

Não teria. Agora no "late game" a melhor coisa pra você é posar de bonzinho.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 5º dia (até 11/06 - 22h)
« Online: Junho 10, 2012, 04:18:05 pm »
CONCENSO

Cara, você tem ideia de que o Sakura saiu do jogo, né? Tem que votar no Verde.

Eu quero esperar tanto o Assumar quanto o Verde darem explicações sobre a noite deles (desejos e ações).

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Off-Topic / Netflix
« Online: Junho 10, 2012, 01:25:22 pm »
Uns amigos fizeram bastante propaganda do Netflix. Aí assinei o "mês grátis", sentei ontem na frente da TV, instalei o Wii e nos preparamos para ver "hooligans".

:pipoca2:

Eu fiquei abismado. Eltor e Publicano precisam assistir a essa desgraça no Netflix só para chorar sangue com a qualidade da tradução. Ficou parecendo (aliás, tive certeza) que algum panaca sentou muito de má vontade na frente do filme e tentou legendar de ouvido, sem ter nenhum conhecimento sobre inglês britânico.

"Colonial cousin" como "primo palhaço", "fancy a pint?" como "vamos lá" (ou algo assim), completa omissão de nomes de times de futebol (gente, "Tottenham" não é tão difícil de entender ou saber), erros crassos de português e pérolas como "Your mate still runs security at Trinity Wharf?" traduzido por "seus amigos ainda querem participar?". Fora as referências ao "Cockney rhyming slang", que foram tiradas de contexto e transformadas em falas COMPLETAMENTE diferentes.

Isso é um completo desserviço prestado a quem não entende o idioma, além de um chute no saco dos milhares de profissionais que poderiam ter feito um serviço minimamente decente. Sério, o script está no Google, era só ter traduzido dali.

Alguém usa esta merda ou teve alguma experiência similar? Interessantemente, não há lugar para reclamar da qualidade da tradução no site.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 5º dia (até 11/06 - 22h)
« Online: Junho 10, 2012, 12:34:16 pm »
Porque ele tá de perseguição comigo, simples assim.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 5º dia (até 11/06 - 22h)
« Online: Junho 10, 2012, 12:19:17 am »
Porra, nelio, larga do meu pé! Não há nada que me incrimine nesse jogo. Você está tentando jogar a cidade pra cima de mim a troco de quê?

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@Madruga

Li e achei uma coisa altamente bizarra. Especialmente se levarmos em consideração que uma pessoa pode ter a guarda de um filho retirada, mas nunca irá perder o direito de ter um novo filho. Some ainda o fator de ter casos em que se pode levar alguém para prisão isso soa muito exagerado.

Mas não é você que dizia que gente vale mais do que bicho e que bicho é só uma posse? Eles impedem uma pessoa de ter uma posse, assim como impediriam a posse de uma arma, ou de um carro para quem causa acidentes... logo, eles não podem retirar seu direito de ter filhos, mas podem simplesmente impedir que você possua um animal.

Velho, você é muito incoerente.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 4º dia (até 08/06 - 18h)
« Online: Junho 07, 2012, 11:50:53 am »
1) Bruno não salvou o Madruga.

2) Como ninguém apareceu, não tem inventor no jogo. Logo ninguém salvou o Madruga.

3) Tivemos 3 noites e só o Madruga foi envenenado.

E você tem a incapacidade de falar que não sabe se ele é mafioso ou não?

Cara, você mesmo acabou de expor os reais motivos para se votar em mim: nenhum. Engraçado é a cidade acreditar no que você diz e você estar puxando um linchamento puramente por achismo.

Como eu disse: enquanto isso, tem gente demais comendo pelas beiradas, tipo manusouza e Samita. Skar é outro. A cidade vai se deixando dominar por mera preguiça mental.

Voto: Nibelung.

Muito mais evidência do que essa suposição que o nelio está querendo empurrar goela abaixo da cidade.

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Jogos Sociais / Re:A máfia dos desejos - 4º dia (até 08/06 - 18h)
« Online: Junho 07, 2012, 01:16:31 am »
Porra, duas pessoas pedindo para ser investigador forense, Skar? Não é meio... improvável?

Xuuh, não entendi o que você quis dizer.

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