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Off-Topic / Re:O caso da repórter loira e do preso "estuprador"
« Online: Maio 23, 2012, 06:40:26 pm »
Não é por nada não, mas que gostosa.
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Lanzi, você vê teologia ou ciência como as duas únicas fontes de respostas para questões morais?
Enviado pelo Tapatalk via Android.
A ciência não está necessariamente atrelada à época, Lanzi. Se todo o conhecimento humano fosse zerado hoje, as religiões que surgiriam em seguida seriam completamente diferentes das religiões atuais. Mas o conhecimento científico acabaria voltando a existir, mesmo que a metodologia tivesse algumas mudanças.
A ciência em si jamais chegará a respostas morais, mas ela pode ser um instrumento muito útil. Uma sociedade com um conhecimento científico, causal, estupidamente elevado, poderia, através de valores simples ("Vida é bom", "Dor é ruim", "Prazer é bom"), chegar a várias soluções, pois se saberia mais o que gera efeitos segundo esses valores e efeitos contra.
Agora, debate sobre o aborto, por exemplo, dificilmente é muito ajudado pelo avanço científico. O debate é simples: há valor em si na vida de um ser humano ainda não nascido, de um feto humano? Se uma pessoa acha que sim, não importa o que se descubra, ela achará errado abortar. Se uma pessoa acha que não, no nosso nível atual, ela provavelmente não será a favor de criminalização do aborto, talvez critique algo por questão de saúde e tal, mas não muito além disso, ao pesar o sofrimento causado na mãe e panz.
Sampaio, eu acho o estudo científico sobre a moral útil, mas ele jamais dirá qual a melhor moral. Um hipotético computador cientista desprovido de qualquer capacidade de juízo de valor jamais diria "essa é a melhor moral", pois a própria idéia de "melhor" exige um critério moral prévio (mesmo que a própria pessoa não saiba qual é ele).
Eu só discordo da parte que o Lanzi diz que a religião é mais eficiente para responder certas questões...
Ela diz segundo critérios completamente subjetivos do que acha certo ou errado de acordo com a época e lugar que seu códice sagrado foi erigido.
passa a ter quando as sociedades que mais a adotam passam a ser menos "moles" na forma de defender esse pensamento e dão menos valor "cultural" a condutas como enterrar filhos deficientes, apedrejar adulteras etc etc.
As sociedades que mais podem puxar o mundo para a frente são as que mais estão se rendendo a esse relativismo moral de "o horror feito por outros povos é apenas uma diferença socio-cultural.
Se, ênfase no se, for possível provar de forma estatística que certas condutas são melhores do que outras, usando ou não a biologia/antropologia isso pode ser uma divisa de patamar sólido e discutivel para pessoas com moral distinta para sabermos o que podemos condenar e o que não podemos.
E que medidas são essas? Um front de militantismo ateu/agnóstico/hipster-budista? Pichar igrejas? Protestar? Xingar no twitter?
O ponto principal é que a influência dessas discussões acadêmicas no âmbito mais geral do nosso cotidiano é muito pequena, quase nula. O Elfo citou bons exemplos que tentam ter uma abrangência maior, mas ainda estão longe de causar um impacto significativo.