Eu acho as mudanças de ambientação/história do nWoD 2E (CofD) uma baita qualidade, e sempre achei que faltou coragem no cWoD pra mudar coisas que claramente nunca funcionaram. Posso citar de exemplos as Fúrias Negras e os Portadores da Luz Interior. Talvez, muito talvez, como elementos do cenário, funcionassem. Mas em mesa nunca vi um personagem jogador que funcionasse (dá pra adicionar aí Peregrinos Silenciosos, e em menor dose, Uktena e Wendigo).
Esse é o conflito entre "Tribo Generalistas" e "Tribo Associadas a Grupos Étnicos Não-Europeus" é algo bem estabelecido em cWoD, e em parte um problema que foi resolvido em alguns casos no Revisado, quanto a White Wolf decidiu que restringir certas Tribos a certas funções ou grupos étnicos não era uma escolha interessante para um jogo mais ou menos global. Entretanto, das tribos que você mencionou, os Peregrinos e Uktena são relativamente amplos por terem um arquétipo básico universal ("Mensageiro" e "Estudante do Oculto") e por se afiliarem a mais grupos étnicos. Pessoalmente, eu prefiro algo próximo do que ocorre com os Crias e Presas - são arquétipos básicos (Guerreiro e Líder), com afiliação étnica estabelecida (germânicos e eslavos do norte), mas incrivelmente disseminados.
Quanto aos Portadores, eu gosto da ideia que sejam "Mensageiros e Diplomatas" entre a Nação Garou e Corte Bestiais (vivendo em ambas), mas que expandam sua importância pelo mundo, com um papel mais amplo além de "Pseudo-Asiático que luta Kung-Fu" - enfatizem mais a presença na Índia e associe-os com povos túrquicos (que se estendem da Mongólia a Turquia).
Das Fúrias, eu gosto muito da Tribo no Tribebook Revisado e fico
moderadamente incomodado pela inclusão de homens na Tribo. Em defesa da mudança, é algo razoável porque homens nunca foram estranhos a associação com "misticismo ctônico" e em veneração a figuras divinas femininas associadas á fertilidade, guerra e caça (eu mesmo cogitei incluir em jogo que mestrei um grupo de homens castrados nas Fúrias, inpirados nos Galloi, sacerdotes eunucos de Cibele). Por outro lado, eu considero que a "quase-exclusividade femina" é um elemento bem estabelecido no cenário, que dava um aspecto único e interessante para a Tribo, poderia incluir alguns conflitos interessantes e em geral, não tinha nenhum impacto mecânico.
Então, nesse sentido, eu acho bom que venham mudanças de cânone. Gostei da idéia da cisão da Nação Garou. Já quanto aos Parentes, eu não sei bem o que pensar. Isso tem o potencial de mexer muito com um dos problemas dos Garou, o fato de que morrem muito mais indivíduos do que nascem - um dos elementos que adiciona ao clima de melancolia do jogo ("We are a dying race"). Tudo depende de que maneira isso vai impactar o jogo, quais repercussões isso gera na sociedade Garou, etc.
Mas ao mesmo tempo pode ser que melhore o jogo, sinceramente eu não sei.
Tem coisas que à primeira vista parecem ruins, mas na prática são boas. Quando anunciaram a mudança da dinâmica de alcatéia e Parentes pro Forsaken 2E, eu achei horrível. Mas em jogo, é excelente e contribuiu muito pra qualidade do jogo.
Concordamos aqui - é esperar para ver.
Aproximação com as outras raças metamórficas eu também acho ruim. Mas isso é pura preferência, porque odeio tudo o que tem relacionado a elas no jogo, com excessão dos Ratkin em algumas situações e contextos específico
É algo que já ocorria no Revisado, com a fundação da Ahadi no interior da África, a reaproximação dos Fiannas com Changelings (que será enfraquecida no W5E) e os laços cautelosos dos Senhores das Sombras com alguns Cainitas (emboras eles odeiam Vampiros nos Balcãs).