Só uma coisa: se o Estado é feito para roubar, e está roubando, ele não pode ser chamado de corrupto por roubar. Corrupto é aquele que faz algo que não deveria fazer. Por isso a falácia.
Deixando isso de lado: Impostos e taxas são pagamentos que fazemos por serviços. É mais correto compará-los a qualquer transação comercial do que a um roubo. Todo mundo tem a opção de não pagar impostos: basta se retirar para onde você não usufrua de nenhum benefício vindo do estado. Quer ter iluminação na sua rua? Pague a taxa apropriada. Não quer iluminação na sua rua? Bom, a rua não é sua, então o melhor a fazer é se mudar para uma rua sem iluminação. E sem hospitais, sem policiamento, sem escolas, etc. Como o que mantém o Mercado funcionando é o Estado, você também não poderá comprar nada de estabelecimentos comerciais (pois tudo ali vem com taxações). Mas claro que você ainda tem permissão para viver como um eremita, ou um morador de rua. Ninguém vai te prender por isso (mas podem te bater de vez em quando).
Mas eu vejo sim a área cinzenta ali no meio: quem disse que a rua é do Estado para asfaltar, colocar iluminação ou uma rede de esgoto? Aí está o lado feio da democracia: você é obrigado a ir com a maioria. Se a maioria legitima os poderes do Estado, você não tem o que fazer (a não ser se mudar, se tiver condições). Mas isso não é exatamente imoral, já que é exatamente o objetivo da democracia.
A única diferença entre um Estado e Gangues de Criminosos é que o Estado existe a mais tempo em uma certa área...
... e possui a autorização dos cidadãos para fazer o que faz. Bom, pelo menos da maioria. Bom, pelo menos considerando um modelo ideal de democracia, mas já que estamos falando de ser "
inerentemente qualquer coisa", uma idealização é até bem vinda.
Mas o Estado usa de seu poder em atividades em que não deveria o fazer.
Se ele o faz, ele é corrupto. Mas isso não quer dizer que não é possível eliminar a fonte da corrupção (os políticos responsáveis por ela) e torná-lo "não-corrupto".
Todos fazem isso.
Não.