Como Lucita apontou, a esquerda no geral tem lutado pela liberação da maconha, aborto - para citar o âmbito de liberação de coisas sobre direito do indivíduo, e na proibição de coisas que são atitudes do indivíduo contra o coletivo - vide restrição de uso (não proibição de consumo) de cigarro e bebida em alguns lugares.
Então, parte da confusão é você assumir e chamar nossos argumentos de direitistas (outra de suas generalizações horríveis) sem saber exatamente onde estamos politicamente e - pior parte - sem definir onde você está exatamente. Me parece, pela sua argumentação que você é anarcoliberal, que costumam ter muito de liberal e pouco de anarco (geralmente em defender o direito, por exemplo, de outros se escravizarem 'voluntariamente', mas nunca a si mesmo, dentre outras coisas que mais cheiram a hipocrisia e/ou delírio, que argumento factual calcado no mundo).
Minha linha argumentativa é de esquerda preocupada pelo seu bem estar e também pelo coletivo. Um resumo disso poderia ser dito pelo Sr Spock: "O direito de poucos não deve prevalecer sobre o direito de muitos."
Então, fumar, como direito individual não deve ser proibido, exceto se interferir no direito de muitos. Ok, essa parte você concorda e não acha direitista, então vamos passar para a seguinte:
Usar roupas curtas, como você citou, não afeta o direito de outros, nem os machuca, nem prejudica sua saúde. Estudos dizem que roupas curtas são irrelevantes em crimes de assédio/estupro.
Homossexuais se casarem, só incomoda a crença de pessoas retrógadas; nem os machuca, nem prejudica sua saúde.
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Observe que cada vez que você tenta manter seu argumento, ele se estreita mais e mais para defender exceções ou situações bem específicas, mostrando nosso ponto válido e o seu não.
Temos, então:
1) Você não está sabendo explicar seu ponto, e por isso, mesmo derrubando os exemplos que você apresenteou, você insiste nele até se fazer entendido
2) Você está se apegando ao seu ponto, se recusando a aceitar que ele foi refutado, só porque idealmente ele é bom, lógico e válido, de acordo como você o concebe.
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Então, vamos dar mais uma chance:
1) Porque você define minha argumentação (e de Lucita, imagino, e de quem mais você acha assim) como direitista.
2) Você discute o argumento de proibição, mas concorda com parte dele - então, qual é seu ponto afinal? Tente explicar o cerne do seu argumento para que eu (e demais, imagino) possa(mos) entendê-lo
3)
"Meu ponto é você não deve proíbi-lo em ambientes públicos, como ruas de bares. Pois neses ugares ele se torna um mero incomodo. Voê não vai ter câncer por sentir o cheiro de cigarro pq sentiu o cheiro de fumaça."
Você pode provar isso? E se o vento estiver direcionando a fumaça exatamente para quem tem problema? E se a distância entre as mesas for pequena o suficiente para ele incomodar o vizinho antes de dispersar? Seu ponto de defesa é muito frágil e facilmente refutado - inclusive, foi apontado acima que foram feitos estudos e a melhor solução encontrada foi essa. Qual sua defesa e ponto argumentativo então?
4)
Só que qual a linha que devíamos usar de limite então? Quais serão as bussolas morais que serão seguidas.
Faço a mesma pergunta. Quais as bússolas morais que você usa como guia? Quanto mais clarificar, melhor, para explicar sua posição.