Autor Tópico: Política, tópico permanente  (Lida 114645 vezes)

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #195 Online: Junho 04, 2012, 10:40:13 pm »
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Eu me sinto ofendido de ser colocado no nesse barco.

Acho que o pensamento correto é que nos dias atuais com o advento da democracia a única forma real de implementar alguma medida restritiva para a sociedade é através do uso do aparelho estatal. Como muitos desses grupos se baseam em interesses pessoais que em sua visão deveriam se tornar universais, pois o seu jeito de ver o mundo é o mais correto. Só que a questão é que nem todos os sociais democratas desejam um Estado capaz de colocar sua visão como a realidade a ser seguida, a grande maioria deseja que haja padrões mínimos para vida de todos os cidadãos de um Estado.

Eu só fiz uma grande generalização, Skar. É óbvio que nem todos SD são assim, basta ver aqueles que adotam a visão de Workfare (que ironicamente, foi popularizada pelo Nixon) ao invés de Welfare, aos Liberaltarians (Democratas Americanos que passaram a pegar algumas das ideias tipicas de libertários) e aqueles que lembram que eles tem que pagar ao menos um "lip service" ao sustentáculo econômico de uma democracia.

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #196 Online: Junho 04, 2012, 11:36:25 pm »
http://etudopolitica.blogfolha.uol.com.br/2012/06/04/por-engano-senador-divulga-site-erotico-pelo-twitter/



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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) cometeu um deslize na tarde de hoje ao indicar pelo Twitter um link que direciona ao site de relacionamentos eróticos “AdultFriendFinder”.

Buarque queria divulgar um texto seu sobre economia, mas acabou colocando um outro link.

“Devo ter digitado algum número errado. Vou consertar agora mesmo”, disse o senador após ser avisado pela Folha. Minutos depois a mensagem foi retirada do ar.

Seguidores dele comentaram a divulgação do site. “Seu link direciona para um site um tanto inadequado! Veja com atenção, ok?”, recomendou um deles.

Digitou número errado... SEI...


Tendências de D&D na visão política

http://falkvinge.net/2011/07/01/lawfully-good-lawfully-evil/

« Última modificação: Junho 08, 2012, 08:20:16 am por publicano »
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #197 Online: Junho 13, 2012, 08:16:32 am »
Double-post apenas pq o tópico está inativo há quase dez dias.



Aos trancos e barrancos o Partido Pirata brasileiro vai se oficializar.
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #198 Online: Junho 13, 2012, 10:06:05 pm »
Sobre o artigo das tendência:

Achei interessante só que ele tem uma pequena falha o sistema jurídico é para permitir que a sociedade funcione e não ser bom. Acho que essa é a maior falha no pensamento dos ativistas é acreditar que o homem é bom e não quer conflito. Claro vc terá alguns casos estranhos, existem vegans por exemplo, ma no final quando estamos falando de politica e criar meios para que a sociedade funcione não existe como conciliar a idéia de leis boas.


O partido pirata terá meu voto, sempre.  :cthulhu:
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #199 Online: Junho 14, 2012, 02:28:02 pm »
http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/governo-nao-pagara-para-reaver-dados-do-megaupload

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Em janeiro deste ano, o governo norte-americano fechou o site de compartilhamento de arquivos Megaupload, afirmando que ele serviria basicamente para disseminar cópias pirateadas de dados protegidos por copyright. Com isso, tudo que estava hospedado no site também saiu do ar. Mas o que fazer no caso de pessoas que mantinham arquivos sem direitos autorais ou de autoria própria nos servidores do serviço? De acordo com um comunicado divulgado pelo governo norte-americano, eles terão que arcar com os altos custos de uma ação judicial se quiserem reaver os documentos. E não terão garantias de que isso de fato acontecerá.

A resposta do governo norte-americano se deu por conta de um processo movido pelo repórter esportivo Kyle Goodwin, que arquivava suas reportagens no site e pediu ajuda da Eletronic Frontier Foundation (EFF), principal entidade mundial de proteção de usuários em casos que envolvam a rede, para reaver seus arquivos. No entanto, se Goodwin quiser mesmo suas matérias, terá que pagar – bem caro – por isso.

Na ação, Goodwin pede que o Estado pague pelo processo de reaver os dados, mas não é bem isso que o governo quer. O governo alega ter copiado apenas parte dos dados do Megaupload, não tendo apreendido os seus servidores, que estariam sob posse da fornecedora de serviços de hospedagem Carpathia Hosting. Apesar de ter fechado o site, o FBI não se responsabilizará por reaver os arquivos e nem compensará os usuários financeiramente pelas perdas.

"O acesso não é a questão - se fosse, o Sr. Goodwin poderia simplesmente contratar um especialista para reaver o que ele afirma ser de sua propriedade e reembolsar a Carpathia pelos serviços associados", dizem os promotores. "A questão é que o processo de identificação, cópia e retorno de dados ao Sr. Goodwin será demasiadamente caro, e o Sr. Goodwin quer que o governo, ou o Megaupload ou a Carpathia, ou qualquer outra pessoa que não ele, para assumir os gastos", criticam.

Goodwin teria portanto que pagar pelo processo contra a Carpathia e o Megaupload do próprio bolso, e não teria garantias do governo – que fechou o site abruptamente – de conseguir o material de volta. Nem os outros usuários do Megaupload.

Por enquanto, os 28 petabytes de dados do Megaupload continuam congelados.
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #200 Online: Junho 14, 2012, 02:55:39 pm »
[offtopic]

"e o Sr. Goodwin quer que o governo, ou o Megaupload ou a Carpathia, ou qualquer outra pessoa que não ele, para assumir os gastos"

Já que comentamos sobre problemas de dublagem/legendas no outro tópico, a tradução nessa matéria também deixou a desejar...

[/offtopic]

Offline Malena Mordekai

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #201 Online: Junho 14, 2012, 09:05:17 pm »
Embora eu não goste muito dessa conversa de "negritude que está na consciência", e tenha comentado algo como
(click to show/hide)
achei o artigo e crônica interessante:

(click to show/hide)
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Offline Skar

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #202 Online: Junho 18, 2012, 12:59:06 am »
Bem eu to vindo aqui pra postar um noticia bem interessante que li esses dias. Roubei do DdB  :b

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Por dentro do Bolsa Família

12 de dezembro de 2009
Autor: Alberto Carlos Almeida
   
Será que algum leitor deste artigo recebe regularmente o Bolsa Família? Eu diria, com relativa certeza, que dificilmente. Quem lê jornal no Brasil, ao menos jornais com o perfil do Valor, são pessoas de grau superior, os assim chamados formadores de opinião, pessoas de renda elevada que fazem parte, em maior ou menor grau, do debate político e econômico brasileiro. Trata-se de um perfil social distante do perfil médio de quem recebe o benefício social do governo federal.
Proponho que nós, leitores deste jornal, pensemos no Bolsa Família sob a ótica de quem o recebe. A pessoa que recebe esse benefício social reside, na maioria dos casos, em regiões com pouco ou nenhum dinamismo econômico. Esqueçamos por ora a prosperidade da cidade de São Paulo com a sua Mesopotâmia, as residências, os escritórios e os restaurantes que ficam entre os rios Pinheiros e Tietê. O ponto de vista dessa cidade, e dessa região específica de São Paulo, não serve para entender o significado do Bolsa Família para quem o recebe.
Alguns críticos de São Paulo, muitas vezes cariocas, dizem que se trata de uma cidade cheia de restaurantes cercados por escritórios. O interior pobre do Brasil, onde predomina o Bolsa Família, caracteriza-se por um grande aglomerado de casebres cercados de informalidade por todos os lados. É uma grande ilha, ou continente ilhado, de miséria.
Resultado: quem reside em São Paulo, na zona sul do Rio ou na Savassi de Belo Horizonte aprende desde criança que se tiver uma boa educação e trabalhar muito melhora de vida. Isso aconteceu provavelmente com todos os que leram e vão ler este artigo. Isso aconteceu e acontece comigo. Quanto mais trabalho, mais chances tenho de conseguir mais clientes, de vender mais e, consequentemente, de melhorar de vida. O ambiente de São Paulo favorece sobremaneira essa trajetória. Há empresas, negócios, dinamismo. Individualmente, há carreira, há profissão. Muitos dos que se formam nas faculdades cariocas e paulistas saem pensando em como construir uma carreira. Isso é possível no chamado Sul Maravilha.
É possível também no interior do Nordeste? Não, não é. Quem mora no interior de qualquer Estado nordestino e também tem escolaridade baixa, que é pai de família, não tem carreira. Não tem, nunca teve, nem nunca terá. Para esse chefe de família o trabalho não compensa. Trabalhar mais não levará necessariamente a melhorar de vida.
Vamos nos colocar no lugar dessa pessoa. Um homem, de uns 38 anos, que não completou o segundo grau, casado e pai de dois ou três filhos, morador de uma cidade vizinha a Petrolina, no interior de Pernambuco. Esse indivíduo não tem poder de barganha no mercado de trabalho. Naquela região, como ele, existem milhares. Assim, o empregador muito provavelmente não lhe dará um trabalho de carteira assinada. Caso não se torne um migrante, ele vai trabalhar em algum roçado, vai construir ou manter a cerca de alguma propriedade, poderá tornar-se um vendedor de porta em porta de vassouras e rodos e, se tiver muito sucesso na vida, eventualmente, poderá conseguir um emprego urbano como “auxiliar administrativo”, esta profissão pouco definida e muito mal remunerada pela qual qualquer brasileiro pouco ou nada qualificado poderá almejar.
Essa criatura imaginária é muito real. Ela não concebe a melhoria de vida por meio do trabalho. Isso é fato, não é uma simples percepção. Isso é real. É aqui que entra o Bolsa Família. Esse benefício social, recebido mensal e regularmente por esse chefe de família, se torna a única oportunidade de melhorar de vida no curto prazo.
Quando se diz que alguém “realmente precisa do Bolsa Família”, está-se dizendo que sem o benefício social essa pessoa jamais melhoraria de vida. É verdade. O recebimento do benefício mudou a vida dela e de seus familiares. Houve um imediato aumento na renda corrente e, como se trata de um contrato de longo prazo, essa família passou a poder comprar coisas no crediário. Praticamente 50% dos que recebem o Bolsa estão atualmente comprando alguma coisa em prestações. O mais interessante é que o programa atinge cerca de 30% das famílias brasileiras e custa para o governo federal a quantia irrisória que corresponde a 0,4%, apenas, de nosso PIB.
O Brasil passou longos anos sem cuidar de sua população, sem educá-la formalmente de maneira apropriada. Apenas durante o governo Fernando Henrique, ou seja, depois de 1994, conseguimos universalizar o acesso das crianças à educação básica. Ainda não conseguimos universalizar o acesso dos adolescentes ao ensino médio. Além disso, a evasão e a repetência são um fenômeno avassalador nos dois níveis de ensino. Não investimos há 30 ou 40 anos em educação, temos que gastar agora um pouquinho (0,4% do PIB, como mencionado anteriormente) com política social para “compensar” o não investimento.
Há uma crítica de caráter moral ao Bolsa Família: ele cria acomodação. Ledo engano. O beneficiário do programa já era acomodado. A ambição já veio morta, de berço. Em áreas sem dinamismo econômico, como afirmei, o trabalho não compensa, a ambição não existe. O Bolsa não gera nem vai gerar ambição. Os pais nunca terão uma boa oportunidade no mercado de trabalho, é uma geração perdida em termos profissionais. Se alguém tiver oportunidades de empregos melhores, serão os filhos. Daí a necessidade da obrigatoriedade da matrícula escolar. O Bolsa melhorou o bem-estar geral da família e criou um incentivo a mais, para muitas famílias o único incentivo, para manter as crianças na escola. Salva-se a geração dos mais jovens.
A crítica moral a essa política social não encontra apoio na maioria da população brasileira. Nada menos do que 77% da população concorda com a seguinte afirmação: “Muita gente que recebe o Bolsa Família continua trabalhando, por isso ele tem que continuar”. Essa proporção é menor entre as pessoas que têm o grau superior completo e maior entre as pessoas de escolaridade mais baixa. Quem tem o grau superior completo, ao contrário das pessoas de escolarização baixa, está muito distante da situação financeira e social de quem recebe o Bolsa. Assim, é menos compreensivo em face dos benefícios do programa social. A maioria de nossa população tem a renda e a escolaridade baixas. Sendo assim, o apoio social ao Bolsa Família é muito grande.
Se apenas 30% da população recebe o Bolsa, nada menos do que 60% afirmam ser totalmente a favor do programa. Quando somamos esse número aos 23% que dizem ser a favor, obtemos 83% da população adulta brasileira apoiando o programa social criado no governo Fernando Henrique Cardoso. Só 16% se dizem contrários ao programa. Destes 5% são totalmente contra e 11%, um pouco contra. Quem é mais contra? Quem tem diploma de grau superior. Praticamente um quarto de quem se formou em uma faculdade é contra o bolsa. Essa proporção é de somente 12% para as pessoas do mais baixo nível de escolaridade formal, o primário completo.
Qual é a consequência política dessa informação? Que o Bolsa Família está para a área social assim como a inflação está para a área econômica. A maioria os quer, aceita, valoriza e considera ambos um ganho já estabelecido e com poucas chances de haver retrocesso.
O presidente Lula escreveu e divulgou em 2002 a famosa “Carta aos Brasileiros”, eufemismo para uma carta aos banqueiros e investidores internacionais. Nela, Lula prometeu e cumpriu manter os quatro elementos-chave da política econômica de FHC: câmbio flutuante, superávit primário, metas de inflação e responsabilidade fiscal. Em 13 de agosto de 2002, Lula declarou na “Folha de S.Paulo”: “Eu me dei conta de que o PT que precisava construir era maior do que o PT de macacão que eu sonhava em construir”. Tão grande que trouxe recentemente Fernando Collor como um de seus importantes aliados. Lula foi e é extremamente pragmático.
A oposição, PSDB, DEM e PPS, precisa cometer o “pecado” do pragmatismo para enfrentar Lula. Nesse caso, o pecado é quebrar o omelete de apoiar sem tergiversação o Bolsa Família.
Há várias maneiras de demonstrar que se é a favor de alguma coisa. Uma delas é simplesmente afirmar: sou a favor do Bolsa Família, aliás, ele foi criado durante um governo do PSDB. Outra maneira é afirmar: vamos duplicar o valor do Bolsa Família. Esse é um apoio contundente, um apoio que não dá espaço para desculpas evasivas de quem apoia ou para ataques infames do adversário.
A propósito, dobrar o Bolsa significa sair de 4,0 para 0,8% do PIB nesse gasto. Apenas um pouco a mais do que os 0,6% colocados no benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), mais um programa de proteção social criado no período tucano. Se o programa é bom para quem o recebe, se foi criado (com inspiração de Milton Friedman) por um governo do PSDB e se trará dividendos eleitorais importantes, em particular para quem se caracteriza por gestões eficientes, por que não assumir o compromisso de duplicá-lo? Há uma única razão para não fazê-lo: uma visão de mundo, uma ideologia que rechace o bolsa. Uma ideologia que, nesse caso, é oposta à ideologia do pragmatismo.

fonte; http://www.imil.org.br/artigos/por-dentro-do-bolsa-familia/
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #203 Online: Junho 18, 2012, 09:42:33 am »
Puta que pariu, velho, hahahahaha. Que merda. XD

Endeusamento do capitalismo? Confere.
Endeusamento do Fernando Henrique Cardoso? Confere.
Divisão da sociedade em "castas"? Confere.
Demonização dos nordestinos? Confere.
Insinuação que as pessoas pobres têm filhos como "investimento" pra ganharem mais uma merreca do bolsa família? Confere.

Esse texto só conseguiria ser mais direitista radical se fosse do seu primo bem próximo, aquele que "esquece" que a Bolsa Família começou com o FHC e só fala mal dessa "invenção comunista pra ganhar voto de nordestino".

Não me surpreende que tenha vindo do DdB, aquele saudoso cara "de centro", :bwaha:

Offline Malena Mordekai

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #204 Online: Junho 18, 2012, 11:08:58 am »
O rechaçamento ao pragmatismo é também divertido.
O problema é o fisiologismo e não o pragmatismo.
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Offline Skar

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« Resposta #205 Online: Junho 18, 2012, 06:23:10 pm »
Eltor vc não está sendo pragmático. O texto deve ser feito pensando em seu público alvo. O texto mostra uma defesa do bolsa família pra pessoa que simplesmente não entendem sua necessidade. Pessoas que qualquer tipo de ajuda do governo é dar um muleta para um bando de vagabundos, isso mesmo VAGABUNDOS, como meu querido pai adora falar. Dessa forma o texto trabalha muito bem ando justificativas afinal o cara já e acomodado, o bolsa família não vai mudar isso  :P

Acho que um texto desse tem mais chances de mostrar, ou até mudar, a opinião de muitos contrários ao bolsa família que simplesmente dizermos qeu o Estado não deveria deixa pessoas morrendo de fome por aew.
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Offline Malena Mordekai

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« Resposta #206 Online: Junho 18, 2012, 06:41:45 pm »


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Offline kinn

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #207 Online: Junho 18, 2012, 10:48:24 pm »
O texto tem uma retórica interessante. Mas de fato não esquece de mencionar que o bolsa família foi criado pelo PSDB apesar de não criticar o PT.

Eu achei um texto interessante, apesar dos pontos que o Eltor ter mencionado serem engraçados.
Pesquisas provam:
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Offline Malena Mordekai

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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #208 Online: Junho 22, 2012, 11:20:38 am »
http://coletivodar.org/2012/06/trafico-fixa-cartazes-no-jacarezinho-proibindo-venda-de-crack-na-favela/



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A partir desta quarta-feira (20), a venda de crack está proibida na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, subúrbio do Rio, considerada a maior cracolândia da cidade. A ordem é dos próprios traficantes e está estampada em vários cartazes que foram afixados na comunidade, como registrou o movimento Rio de Paz.
A proibição se estende às comunidades vizinhas do Mandela e de Manguinhos, seguindo orientação dos chefes do tráfico. O presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse que recebeu informações de que os viciados estariam criando muitos problemas dentro das favelas, devido ao alto poder alucinógeno e destrutivo da droga.
Fontes da polícia informaram que há também uma preocupação dos criminosos quanto à possibilidade de ocupação da área pela Força de Segurança Nacional, como aconteceu no Morro Santo Amaro, no Catete.

Considerado o maior ponto de vendas de crack na Zona Sul, o Santo Amaro foi ocupado em 18 de maio dentro do projeto “Crack, é possível vencer”, do governo federal, até a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse na terça-feira (19), que o Jacarezinho está nos planos de ocupação. “A gente tem uma proposta de pacificação dessas áreas. Uma proposta de evolução desses territórios e nós vamos chegar lá. Vamos fazer isso lá”, afirmou o secretário.
Alerta para os viciados
Antônio Carlos Costa, do Rio de Paz, apoia a proibição da venda do crack, mas alerta para o problema da migração dos consumidores. “O governo tem que se antecipar ao problema, pois os viciados vão para outros bairros e comunidades. As autoridades têm que acompanhar isso de perto”, afirmou Costa, que vai liderar uma manifestação no sábado (23), no Jacarezinho, para onde levará uma faixa com a mensagem: “Emigrante do crack: quem o acolherá?”.
“Se essa iniciativa foi disseminada pela cidade, teremos outro problema muito grave, que é a crise de abstinência”, afirmou o presidente da Rio de Paz.
De acordo com levantamento da Secretaria municipal de Assistência Social (SMAS), desde 31 de março de 2011, quando começaram as operações de combate à epidemia do crack, foram feitos 4.496 acolhimentos de viciados (3.853 adultos e 643 crianças e adolescentes) nas principais cracolândias da cidade.
Na Favela do Jacarezinho houve o maior número de acolhimentos, com 1.565, seguido do Centro, com 1.180.
A prefeitura dispõe de 178 vagas em quatro unidades especializadas no atendimento à dependência química.

Traficantes de drogas proibirem a venda de crack é mais ou menos como as farmácias decidirem suspender o comércio de remédios de tarja preta. Especialistas em segurança pública ainda não sabem explicar o que levou o tráfico de drogas a anunciar que vai proibir o crack em favelas do Rio, mas concordam que a estratégia é parte de mudança estrutural pela qual passa o crime organizado na cidade além da consequência do crescimento da repressão ao crack. Luiz Eduardo Soares, que acabou de lançar “Tudo ou Nada” (Editora Nova Fronteira) – que conta a história de um traficante internacional de drogas — afirmou que o anúncio da proibição de venda do crack pelos próprios criminosos é reflexo das transformações que vêm ocorrendo no tráfico do Rio em consequência também do projeto de pacificação de favelas.
– A UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) acaba promovendo a modernização do tráfico, que está se tornando cada vez mais nômade — afirma Luiz Eduardo, lembrando que os traficantes do Rio já haviam decidido não vender crack, mas voltaram atrás, possivelmente influenciados por parcerias com a maior facção criminosa de São Paulo.
Soares lembra que “os protagonistas da economia do tráfico são capazes de avaliações e certamente chegaram à conclusão de que o negócio com o crack tem alto risco e baixa lucratividade”.
– Os traficantes sabem que o crack liquida em pouco o tempo o consumidor. Persistir nesse negócio é como matar a galinha dos ovos de ouro — diz Luiz Eduardo.
O professor Michel Misse, outro pesquisador importante da área de segurança, observou que não se sabe o motivo da decisão do tráfico de drogas, mas há apenas hipóteses que explicariam a medida.
– O quadro de repressão ao crack com certeza é um dos fatores. Sendo assim seria uma decisão racional deixar de transacionar esse produto. Isso ajudaria a evitar a chamar a atenção para o negócio das drogas como um todo — diz Misse, acrescentando que a pesquisa de campo nas favelas tornou-se sido cada vez mais difícil, desde a morte do jornalista Tim Lopes, em 2002, e a partir do projeto de pacificação de favelas, em 2008.
A delegada-titular da Dcod (Delegacia de Combate às drogas), Valéria de Aragão Sádio, disse que já tinha obtido a informação de que os traficantes da maior facção criminosa iriam parar a venda de crack na Faixa de Gaza — favelas da Zona da Leopoldina, na Zona Norte do Rio, como revelou hoje a coluna de Ancelmo Gois.
– Se confirmada a informação é realmente uma vitória de toda a sociedade, não importa a intenção dos criminosos — afirmou a delegada, lembrando que é o momento de o poder público investir no tratamento dos dependentes químicos.

 :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied:

Gostei MUITO desse TED sobre APATIA aparente:

http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/dave_meslin_the_antidote_to_apathy.html

Ponhamos de lado uma ou duas coisas idiossincráticas do Canadá e percebamos como faz sentido o que ele diz.
« Última modificação: Junho 22, 2012, 03:32:47 pm por publicano »
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Re:Política, tópico permanente
« Resposta #209 Online: Junho 22, 2012, 09:24:58 pm »
double-post pq foi o Skar que me pediu pra postar esses textos aqui
(e prefiro manter separado das coisas acima):

Algumas considerações sobre certas alianças políticas, feitas pelo Prof. Wilson Gomes
(https://www.facebook.com/wilson.gomes.9883)

Na quarta-feira, dia 22/06:

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O que roda nas redes sociais nestes dias é a "batalha dos nojinhos". ACMNeto está dançando de rostinho colado com o PV na Bahia - disgusting! A fotinha de Lula no jardim de inverno da casa de Maluf, olhos nos olhos - que repugnante! Ora, meus amigos, caiam na real. Estamos justamente em pleno período de acasalamento político, que se repete de dois em dois anos, e cada espécie tem as suas estratégias de reprodução e sobrevivência. É para se prestar atenção mais do que julgar.

Claro que se pode perguntar sobre qual é o limite para essas conjunções carnais, mas o que vos surpreende?

( ) Haver alianças e coalizões? Ora, se petistas ou tucanos bastassem para dar a vitória eleitoral aos seus partidos nem PT nem PSDB fariam a dança do acasalamento para partidos que eles nem respeitam nem consideram?

( ) Que o PT se amancebe com Maluf, a última ratazana do apoio civil à ditadura militar? Ué, mas o PP de Maluf faz tanto tempo que está na base de apoio da coalização liderada pelo PT... não notaram não? Estranho é que tenha deixado escapar o PR, que se bandeou para o lado de Serra. Se o PP de Maluf é limpinho o suficiente para se governar com ele, porque é nojentinho para a disputa eleitoral? Não faz sentido. Meus amigos, anotem minhas palavras (rs.): o PT será lembrado por ter tido as melhores políticas sociais, mas não pelos seus bons costumes republicanos seja nas coalizões seja na gestão do Estado. As pessoas que continuam escolhendo o PT, o fazem pela primeira razão. O que é uma escolha racional, ou não?

( ) Que partidos façam alianças eleitorais e coalizões desconsiderando qualquer princípio de afinidade ideológica? Ora, meus amigos, quando os partidos à esquerda só faziam alianças ideológicas, só o PMDB e os partidos ainda mais fisiológicos é que ganhavam eleições majoritárias no Brasil. O centro do espectro político, onde há o maior estoque de fotos, não tem coloração ideológica peculiar - e é o centro que precisa ser conquistado para se vencer eleições majoritárias. Quem inaugurou o modelo pragmático de coalizões "pragmáticas" lideradas por partidos à esquerda no Brasil foi FHC em 1994. O modelo deu tão certo que de lá pra cá venceu TODAS as eleições majoritárias, ou com o PSDB ou com o PT, que o adotou há 3 eleições. FHC foi considerado gênio quando juntou-se com o PFL (a ARENA de então, das viúvas da ditadura militar), mas o PT vai ser considerado promíscuo por juntar os trapos com Maluf? Quer dizer que ACM podia vir para a valsa, mas Maluf não?

Não digo mais porque já cansei, mas concluo com isso: quanto maior a consistência ideológica das coalizões, menores as suas chances eleitorais no Brasil de hoje. O PSOL hoje diz (como o PT cátaro de antigamente ou o PSDB quando ainda se definia como "os autênticos do PMDB") que não se mistura. Qual o quê? Não se mistura porque ainda está brincando no parquinho e em vez de disputar cargos majoritários resolveu ganhar DCEs, CAs e sindicatos de professores. Quando passar para o playground político adulto terá que tomar decisões realistas. Aí, quero ver.

Bom dia, meus amigos.

E hoje, depois de muitos compartilhamentos e repercussões nas redes sociais:

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Ainda sobre alianças políticas e as incoerências ideológicas. Meus amigos, sinto se incomodei muitos (adorei os "vou compartilhar, mas não vou curtir") com meu último post, ao adotar um ponto de vista realista para comentar as alianças eleitorais nestes dias e a reação sobre elas que circulam nas redes sociais. Em geral, ando mais com Habermas que com Machiavelli ou Weber, mas reconheço que a tradição realista, que analisa a política politicamente, tem o seu lugar aqui. De todo modo, deixem-me colocar mais fogueira nesta lenha, com mais um argumento. Como todo chato conta histórias, tenham paciência comigo e deixem-me contar uma.

Pensem comigo: que partidos levantaram os campeonatos eleitorais em eleições majoritárias no país desde a restauração da democracia? PMDB, o finado PRN de Collor, PSDB (bi), PT (tri). São estes os grandes partidos brasileiros hoje, aqueles que podem ganhar os títulos mais cobiçados.

Pois bem, o PMDB está na vida desde sempre, como todo mundo sabe. Para ganhar, vende a mãe no atacado, mas não entrega, para revendê-la no varejo. É o fisiologismo em forma de partido. As suas alianças e coalizões não se chocam com qualquer princípio ideológico, simplesmente porque o PMDB não tem qualquer ideologia.

O PSDB adotou em 1994 o modelo pragmático (quer dizer, não-ideológico de formar alianças. Foi com PFL (de ACM) e PTB, enquanto o PT foi ideologicamente de esquerda com PSB/PCdoB/PSTU/PCB /PPS/PMN/PV e tomou uma surra (27%). Lembro que o modelo era explicado teoricamente por Gianotti nos seguintes termos: o jogo político deve ser jogado com todos os que estiverem jogando, todos os que estiverem travando as lutas. Partia do pressuposto, realista, de que qualquer player é democraticamente legítimo, a prescindir da sua coloração. O PSDB repetiu o modelito para se sagrar bicampeão em 1998 surrando a dupla Lula-Brizola, o dream team de esquerda, que foi novamente com uma aliança hipercoerente: PDT / PSB / PCB/ PCdoB: 37%.

Em 2002, depois de três goleadas consecutivas, o PT tinha aprendido a sua lição. E o PSDB, agora com Serra, esquecido a sua, pois foi de centro, só com o PMDB (havia perdido o PFL). Lula largou a pureza ideológica e cravou o pragmatismo puro na improvável composição de PCdoB/PL/PMN/PCB: 61%. Ganhou esta e repetiu mais ou menos em 2006 (PRB, PCdoB e PL) quando colocou a faixa de bicampeão (60%), apesar de só se lavar nos escândalos em que o PT esteve envolvido.

2010, ano do tricampeonato do PT, foi uma festa. Cada um juntou o máximo de galera que pode. O PT, fiel ao modelo chiclete-com-banana, foi de PMDB/PDT/PSB/PR/PRB/PTN/
PSC/PTC/PCdoB e o PSDB, que tinha aprendido a lição, fez o seu catadinho: PSDB/DEM/PTB/PPS/PMN/PT do B. Para simplificar, se vocês olharem a fieira acima, vão ver que cada esquadrão tem a sua combinaçãozinha de partidos de direita e de esquerda: PR de um lado, DEM do outro; PSB de um lado, PPS do outro. Tudo muito didático e planejado.

Agora vos pergunto: que lição tirar da tendência das alianças eleitorais vitoriosas que vos mostrei aqui? A primeira, a automática, é criticar os partidos: a política não vale mais nada, os partidos perderam coerência ideológica, todos caíram no vale tudo, o PT virou um PMDB do B que faz what it takes para ganhar eleições. Mas, meus amigos, partidos só montam alianças, partidos não elegem a si mesmos, quem elege é o povo brasileiro. Alianças (programas etc.) são postos nas barraquinhas eleitorais da quermesse política, mas quem decide são os clientes, que preferem consumir aqui e não ali. E o que preferem os brasileiros? A mim parece óbvio que preferem ofertas eleitorais pragmáticas, já que muitos partidos continuam com ofertas ideológicas e não conseguem vender os seus produtos. É o mercado eleitoral, meus amigos, e não os produtores, que decide que tipo de produto tem mais viabilidade. E o mercado eleitoral está dizendo claramente aos políticos: nós não consumimos ideologia. Peguem as ofertas com ideologias nítidas e alianças coerentes dos últimos tempos: Cristovam Buarque (2,64%)? Heloiza Helena (6,85%)? Marina Silva (19,33%)? Plínio Sampaio (0,87%).

Meus caros, as coisas não assim porque eu, cínico e realista, prefiro que sejam. Nem porque os partidos, corrompidos pela ganância pelo poder, preferem que sejam (partidos se adaptam a tudo, até à virtude), mas porque os eleitores livres brasileiros preferem assim. Não sei porque, só sei que é assim. :)

Pronto, Skar (ou qualquer outro). Pode soltar o verbo.
DEVORAR PARA DECIFRAR
DEVOUR TO DECIPHER

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interesses rpgísticos atuais: FATE, DnD 5e, GUMSHOE System, DnD 4e, Storytelling System (CoD), Powered by the Apocalypse, UNSAFE