Autor Tópico: Mídia - Histórias distorcidas - Tópico para falar sobre  (Lida 1461 vezes)

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Offline Magyar

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Mídia - Histórias distorcidas - Tópico para falar sobre
« Online: Maio 30, 2012, 01:57:18 pm »
Não é a primeira vez que vejo circulando algo tendencioso no facebook. Uma história sobre policiais corruptos.

Segue abaixo o relato que li no facebook:
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Esse relato foi postado por volta das 5h da manhã, do dia 30 de maio de 2012.
Link no facebook: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=10150854472257756&set=p.10150854472257756&type=1

O que me chamou a atenção foram as histórias distorcidas que surgiram na mídia.
Segue abaixo os links:
Nesses jornais, temos uma versão diferente do relato:
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/briga-de-transito-deixa-quatro-feridos-apos-acidente-em-sp.html
30/05/2012 09h32 - Atualizado em 30/05/2012 12h39
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http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,policial-fica-ferida-em-briga-de-transito-seguida-de-acidente-na-chacara-klabin,879873,0.htm
Publicado no dia 30 de maio de 2012 | 4h 48
(click to show/hide)

E nesse, o relato bateu significativamente:
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/discussao-de-transito-termina-em-acidente-na-zona-sul-de-sp-20120530.html
publicado em 30/05/2012 às 10h40

Fica aqui mais um testemunho de que não se pode confiar em tudo o que se vê, independente da fonte.
Achei curioso que, no Estadão, eles não foram atrás das testemunhas para apurar da melhor maneiro possível sobre o caso, enquanto no G1 eles publicaram "erroneamente" a notícia mesmo sendo o último a divulgá-la.

Gostaria de saber melhor, da opinião dos demais spellianos, qual seria a medida que deveria ser tomada num caso desses. Adianta só divulgar a informação? Teria alguma medida que poderia e deveria ser tomada, tanto no caso da mídia, das testemunhas e das vítimas?

Apesar do melodrama do relato, acabou sendo a fonte mais completa de informações disponíveis para o caso. Como mudar isso na mídia?
« Última modificação: Maio 30, 2012, 02:03:06 pm por Magyar »
"Babuínos balbuciam balbúrdias banais, bêbados, em bando."

Offline Macnol

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Re:Mídia - Histórias distorcidas - Tópico para falar sobre
« Resposta #1 Online: Maio 30, 2012, 02:37:19 pm »
Eu vi a notícia no Jornal Hoje, que foi menos tendenciosa, entrevistaram o motorista e ele contou o lado dele, fizeram simulaçãozinha no computador mostrando que a policial estava cortando a frente dele, mostraram cenas de câmeras de vigilância onde ela aparece bem alterada, etc.

Mas isso é, sim, um bom exemplo de como não dá pra acreditar nas reportagens - exemplos bem piores ocorreram na cobertura dos problemas da USP, por exemplo.

Ou mesmo no próprio Jornal Hoje, que quando eu saí estava dizendo que ia apresentar "os dois lados das greves: o lado dos funcionários, e o lado das pessoas que são prejudicadas por elas". E o lado do governo ou da empresa que a greve existe pra pressionar pra obter melhora nas condições de trabalho, eles enfiaram onde?

Eu insisto que tem que ser usadas, cada vez mais, as ferramentas que temos no bolso: celulares com câmera. Registrar abusos e jogar na internet vale muito mais que mil palavras. Nunca antes na história foi tão fácil levar a verdade a um número grande de pessoas, sem ter que passar pelo filtro das grandes corporações midiáticas.

Offline Assumar

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Justiça pode bloquear Facebook no Brasil por rede não remover post ofensivo
« Resposta #2 Online: Outubro 03, 2013, 07:07:01 pm »
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Justiça pode bloquear Facebook no Brasil por rede não remover post ofensivo

Uma decisão publicada nesta quarta-feira (2) pela 1ª Vara Cível de São Paulo estabelece que o Facebook deve ser bloqueado por todos os provedores brasileiros, caso não se pronuncie em 48 horas sobre a remoção de uma publicação considerada ofensiva.

O caso em questão diz respeito a uma publicação da modelo Luize Altenhofen no site. De acordo com o processo, Luize teria acusado seu vizinho, Eudes Gondim Junior, de bater em seu cachorro da raça pitbull sem nenhum motivo. Após isso, vários posts surgiram na rede social -- publicados por diferentes usuários -- usando expressões ofensivas contra Júnior. Em função disso, a Justiça pediu que o Facebook removesse os conteúdos contra Junior.

Segundo o advogado Paulo Roberto Esteves, que defende Gondim, o cão teria ameaçado os filhos pequenos de seu cliente, que se defendeu com uma barra metálica, batendo no animal, que não morreu. Luize Altenhofen teria se vingado de Gondim, de acordo com Esteves, batendo com seu carro no portão do dentista. Além disso, ela reclamou no Facebook.

"Quando ela repercutiu a notícia no Facebook isso se espalhou rapidamente, e várias outras pessoas, inclusive artistas, foram dando opiniões agressivas. Na ação indenizatória por danos morais, pedimos que o juiz concedesse a tutela para retirar essas expressões ofensivas da internet. Havia até uma foto dele com uma faixa escrito assassino. O endereço dele também foi divulgado na rede social", diz o advogado.
Consultado pela reportagem, o Facebook Brasil disse que não recebeu as URLs com as ofensas relatadas pelo autor do processo, Eudes Gondim Junior. "O Facebook tem por política cumprir ordens judiciais para bloqueio de conteúdo desde que tenha a especificação do conteúdo considerado ilegal", informou a companhia em comunicado.

Segundo a decisão, o autor do processo reuniu URLs e enviou para a companhia. No entanto, a rede social informou que não é responsável pelo gerenciamento de conteúdo e da infraestrutura do site Facebook. A incumbência compete ao Facebook Inc e Facebook Ireland, localizados respectivamente nos Estados Unidos e na Irlanda.

"A afirmação é uma desconsideração afrontosa à soberania brasileira. É uma desconsideração afrontosa agravada pela notória espionagem estatal, oficial, do governo americano", escreveu o juiz Régis Rodrigues Bonvincino. "Se o Facebook opera no Brasil, ele está sujeito às leis brasileiras."

Sobre as URL's que constam no processo, o Facebook afirmou que os links enviados pelo autor da ação eram de notícias sobre o caso com capturas de tela, e não URLs com as ofensas publicadas na rede social.

De acordo com Victor Haikal, especialista em direito digital e sócio da PPP Advogados, o prazo de 48 horas passa a ser contado a partir da publicação da decisão do juiz, o que provavelmente ocorrerá nesta sexta-feira (4). Se o Facebook Brasil não retirar o conteúdo do ar, o juiz então expedirá a ordem para que os provedores de internet citados no processo bloqueiem o acesso à rede social em solo nacional. A empresa poderá recorrer por meio de medida judicial para cassar essa ordem.
O advogado de Luize Altenhofen, Luiz Otavio Boaventura Pacífico, afirmou à agência de notícias "Estadão Conteúdo" que contestou a ação movida por Gondim. "Eu pedi dano material porque esse vizinho deu uma paulada na cabeça do cachorro, um pitbull que ficou cego. Entrei com um pedido de dano material por tudo o que ela gastou com o cão e por dano moral, porque ela ficou muito abalada. Aí, muita gente se movimentou no Facebook. Muitas pessoas, as que defendem os animais, começaram a criticar esse sujeito", diz. De acordo com ele, agora a "briga" é entre o Facebook e a Justiça.

É possível o bloqueio de um site no Brasil?
Segundo especialistas em direito digital consultados pela reportagem, há a possibilidade de o Facebook ter o acesso bloqueado no Brasil caso descumpra a ordem da Justiça de São Paulo, embora na prática isso provavelmente não vá ocorrer.

"A ordem de retirada do conteúdo é de abril e está desde então sem ser cumprida. Portanto, o fundamento da ação não é pressionar a rede social, mas sim fazer com que se cumpram a legislação brasileira, como uma medida de reforço", explica Haikal.

Isso porque, conforme consta na decisão do juiz, ao solicitar as URLs (endereços que levam ao conteúdo publicado) dos posts o Facebook demonstrou ter a capacidade de retirá-los do ar. Porém, depois de receber os endereços, afirmou que outras duas empresas fora do país é que seriam responsáveis pela ação.

Embora o pedido de bloqueio do acesso ao Facebook pareça extremo, medidas assim estão previstas no artigo 461 do Código do Processo Civil brasileiro. "O juiz pode tomar qualquer medida necessária dentro da esfera legal para que se faça cumprir uma decisão", detalha Renato Opice Blum, especialista em direito eletrônico e professor da FGV.

Antes do bloqueio, no entanto, outras medidas técnicas e jurídicas poderiam ter sido ordenadas para que o conteúdo ofensivo fosse retirado do ar. "Em alguns casos, é possível solicitar regras de programação que bloqueiam o acesso só àquele conteúdo ofensivo, e não à totalidade do serviço."

Além disso, a Justiça poderia ter ordenado a identificação dos autores dos posts ofensivos – o Facebook seria então obrigado a fornecer os números IPs (identificação única dos computadores quando acessam a internet).

Outras decisões semelhantes
Em setembro do ano passado, o diretor-geral do Google Brasil, Fábio Coelho, foi preso depois que a empresa descumpriu uma ordem judicial para a retirada do ar de dois vídeos contra o candidato a prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP). O Google acabou bloqueando os conteúdos, depois que o último recurso movido pela empresa contra a decisão judicial foi negado.

Em janeiro de 2007, o empresário Renato Malzoni Filho conseguiu que o YouTube fosse bloqueado no Brasil após entrar com um processo pedindo a retirada de vídeos que o mostravam em cenas íntimas com a modelo Daniela Cicarelli, sua namorada na época.

A Justiça de São Paulo expediu uma decisão pelo bloqueio total do acesso ao site, pois o YouTube não retirou do ar o conteúdo . As cenas haviam sido filmadas em Cádiz, na Espanha, no ano anterior, por um paparazzo.

As operadoras Brasil Telecom e Telefônica cumpriram a decisão judicial. Segundo a Brasil Telecom, cerca de 5,7 milhões de usuários ficaram sem conseguir acessar o domínio www.youtube.com. A Telefônica não divulgou na época o número de clientes impactados. Depois de dois dias, o acesso foi restabelecido.

Aos usuários do YouTube, Cicarelli pediu desculpas pelo ocorrido. "Peço desculpas pelo transtorno às pessoas ligadas ao YouTube. Pessoas que eu nem conheço, nem sei quem são. Gosto de internet tanto quanto vocês."

Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/03/justica-pode-bloquear-facebook-no-brasil-por-rede-nao-remover-post-ofensivo.htm#fotoNav=104
"Sonhos são o que temos." Jojen Reed