Anderson promete violência nunca vista contra Sonnen: 'Vou quebrá-lo inteiro'
Por Thiago Arantes, da redação do ESPN.com.br
Uma luta como nunca se viu. É isso que Anderson Silva pretende fazer quando subir no octógono contra Chael Sonnen, no dia 7 de julho, para o UFC 148. O brasileiro usou palavras fortes em entrevista coletiva nesta segunda-feira, pouco menos de duas semanas antes do combate, considerado um dos mais esperados da história do MMA.
“Esse cara é um marginal, uma escória. Ele não merece estar no UFC. Ele teve problemas com a justiça, teve problemas com doping, não respeita nada. Ele é um imbecil, e no dia 7 eu vou arrancar todos os dentes da boca dele”, afirmou Silva, ao ser questionado sobre as declarações polêmicas de Sonnen.
Questionado sobre o primeiro combate entre ambos, em agosto de 2010, Anderson preferiu falar sobre a luta deste ano. E, mais uma vez, detonou o rival.
“Quem vive de passado é museu. Eu não vivo do passado e vou bater nele de novo. Não tem muito o que falar. Vou enfiar a porrada nele. Acabou a brincadeira, acabou a falação. Não estou machucado, estou 100%. Vou expulsá-lo do UFC. Ele vai apanhar como nunca apanhou na vida. Tudo o que ele não apanhou do papai e da mamãe, ele vai apanhar de mim para aprender a não desrespeitar o país dos outros. Sei que ele está me ouvindo”, disse o brasileiro.
Anderson Silva disse, ainda, que causará sérios danos a Chael Sonnen. E que a luta entrará para a história como uma das mais violentas da história.
“Por baixo por cima, do lado de pé, ele vai apanhar de novo e vai apanhar muito. Não tem conversinha. Ele vai engolir todos os dentes na boca dele. Depois que eu bater nele, muita gente vai ficar assustada com o que vai acontecer com o esporte. Vou fazer uma coisa que ninguém nunca fez dentro do UFC. Vou quebrar ele inteiro: braço quebrado, perna quebrada. Ele vai sair de maca lá de dentro. Vai precisar fazer uma plástica”, concluiu.
Comissão promove amanhã seminário sobre transmissão de MMA na TV
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática promove nesta terça-feira (27), no Plenário 13, o seminário: "O MMA e a televisão: entretenimento, formação da cidadania ou banalização da violência?"
O objetivo é debater o Projeto de Lei 5534/09, que proíbe a transmissão de lutas marciais não olímpicas pela TV, em análise na comissão.
Os autores do requerimento do seminário, deputados Emiliano José (PT-BA) e Sibá Machado (PT-AC) argumentam que “a televisão não deveria ser, sob nenhuma hipótese, veículo destinado ao estímulo da violência, dos sentidos mais animalescos do ser humano”. Eles citam diversos casos de mortes e lesões graves resultantes dessas lutas. “Por outro lado, eventos envolvendo campeonatos de MMA e UFC, ex-vale-tudo, têm-se mostrado negócios altamente lucrativos às emissoras, que movimentam cerca de US$ 100 milhões ao mês nos países envolvidos”, apontam.
Participarão do debate os seguintes convidados:
- o diretor de Esportes da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto
- o diretor de Esportes da Rede Record, Sérgio Hilinsky;
- o diretor de Esportes da Rede TV, Sidnei Bortotto;
- o diretor de Esportes do Canal Combate, Pedro Garcia;
- o lutador profissional de MMA Anderson Silva;
- o presidente da Frente Parlamentar Católica, José Linhares;
- o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos;
- o filósofo e cientista político Emir Sader;
- o filósofo Mário Sérgio Cortella;
- a coordenadora do curso de Sociologia da PUC/SP, Rita de Cássia Alves de Oliveira;
- o coordenador da Câmara Técnica de Medicina do Esporte do Conselho Federal de Medicina, Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti;
- o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Cota Verona;
- o advogado do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Varella.
Íntegra da proposta: PL-5534/2009
Da Redação/PR
Os autores do requerimento do seminário, deputados Emiliano José (PT-BA) e Sibá Machado (PT-AC) argumentam que “a televisão não deveria ser, sob nenhuma hipótese, veículo destinado ao estímulo da violência, dos sentidos mais animalescos do ser humano”. Eles citam diversos casos de mortes e lesões graves resultantes dessas lutas. “Por outro lado, eventos envolvendo campeonatos de MMA e UFC, ex-vale-tudo, têm-se mostrado negócios altamente lucrativos às emissoras, que movimentam cerca de US$ 100 milhões ao mês nos países envolvidos”, apontam.
Debatedores divergem sobre transmissão de lutas de MMA pela televisão
Seminário promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática reuniu especialistas para discutir o projeto de lei (PL 5534/09) do deputado José Mentor (PT-SP), que proíbe a transmissão de lutas marciais não olímpicas pela TV.
Durante o seminário, nesta terça-feira (27), o doutor em educação Ronilson de Souza Luiz apoiou a restrição da veiculação em TV aberta das lutas de Mixed Marcial Arts, o MMA.
Ele citou alguns dos golpes usados no MMA como exemplos de um tempo de barbárie já superado. "Atingir ou morder a orelha do oponente são coisas que, em 2013, não deveríamos estar mais debatendo. Um salto, um obstáculo que nós já deveríamos ter ultrapassado, como nação, como País, como cultura, já deveríamos ter ultrapassado."
Faturamento das redes de TV
A audiência foi proposta pelos deputados Sandro Alex (PPS-PR), Silas Câmara (PSD-AM), Pastor Eurico (PSB-PE) e Sibá Machado (PT-AC), que destacou o crescimento do MMA no faturamento das redes de televisão de sinal aberto ou fechado. "Nós sabemos que antes de falar se ele tem efeitos benéficos ou nocivos à sociedade e especialmente aos jovens, é que hoje é um grande negócio de transmissão da televisão.”
Sibá Machado acrescentou que o MMA chega a competir com outros grandes esportes, como o futebol. “O MMA ganhou notoriedade por um fator que nos chamou a atenção, pelo seu grau de violência."
O MMA é a mistura de algumas lutas, como judô, luta olímpica, muai-thai, caratê e capoeira. O presidente da Confederação Brasileira de Mixed Marcial Arts (CBMMA), Elísio Macambira, discordou de quem atribui ao MMA a influência no comportamento violento de crianças e jovens.
Lutadores pacíficos
O perfil dos lutadores profissionais é pacífico, como alerta Macambira. "Dificilmente você vê um atleta de luta envolvido em brigas, em confusão, porque ele é bem preparado e tem consciência de que a força dele e as técnicas desenvolvidas durante o treinamento não permitem agredir ninguém e sim respeitar mais as pessoas."
O relator do projeto, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), informou ao final do evento que o relatório será apresentado nos próximos dias.
Íntegra da proposta: PL-5534/2009
Reportagem - Wamberto Noronha/ RCA
Comissão discute MMA como modalidade esportiva
A Comissão de Turismo e Desporto promove audiência pública nesta terça-feira (8), às 14h30, no Plenário 5, sobre o MMA (artes marciais mistas) como modalidade esportiva.
A Câmara analisa um projeto de lei (PL 5534/09) que proíbe a transmissão de lutas marciais não olímpicas pela TV. A proposta, do deputado José Mentor (PT-SP), foi tema de seminário em agosto.
Foram convidados:
- o ministro do Esporte, Aldo Rebelo;
- o presidente da Comissão Atlética Brasileira de MMA, Rafael Favetti;
- o presidente da Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do Ministério do Esporte, Wladimyr Vinycius de Moraes Camargos;
- o jornalista e autor do livro "Filho teu não foge à luta", Felipe Awi;
- o CEO da Comissão Atlética Brasileira de MMA, Giovanni Biscardi; e
- o coordenador do MMA Amador, Carlão Barreto.
A audiência foi solicitada pelo deputado Acelino Popó (PRB-BA).
Íntegra da proposta: PL-5534/2009
Da Redação/DC
Proposta que proíbe MMA na televisão gera polêmica; jurista considera censura
A proibição da transmissão pela televisão de lutas de MMA dominou as discussões da audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto desta terça-feira (8). A medida está prevista no Projeto de Lei 5534/09, do deputado José Mentor (PT-SP), que veda a exibição de qualquer luta marcial violenta, seja em canais abertos ou fechados.
Para o deputado, o MMA – sigla em inglês para Artes Marciais Mistas – não é um esporte, mas sim um meio de promover a violência, principalmente entre os jovens. Apesar de ter sido o único a defender sua proposta no debate, Mentor garantiu não estar sozinho. "Hoje, muitos lutadores de artes marciais, as confederações nacionais de judô, taekwondo e capoeira não reconhecem o MMA como esporte. Pedagogos, psicólogos e médicos têm a mesma posição”, disse.
Ele acrescentou que, em Nova Iorque e na França, a luta não é permitida, e que o Canadá segue para o mesmo caminho. “Esse tipo de evento não é educativo para o povo brasileiro.”
Censura
Já o jurista e presidente da Comissão Atlética Brasileira de MMA, Rafael Favetti, observou que a luta teve origem no Brasil ainda na década de 1920, evoluindo para o vale tudo, com a família Gracie, até chegar ao MMA. Ele reconheceu que o contato físico causa mais contusões que outros esportes, porém destacou que, das 40 mil lutas auditadas ao redor do mundo, houve registro de lesões como fratura no braço em apenas 1% dos casos.
Favetti sustentou que a proibição das lutas enfrenta uma barreira jurídica por se tratar de censura. Por outro lado, ele descarta a promoção da violência. "A transmissão esportiva, seja de MMA ou qualquer um deles, promove a cultura de paz. Se um dia vier a se proibir a transmissão pela tevê, evidentemente será o fim da modalidade”, declarou. “As pessoas não vão mais distinguir o verdadeiro MMA, que possui regras e atletas profissionais, de uma briga de rua.”
Regulamentação
Autor do requerimento para a audiência, o deputado Acelino Popó (PRB-BA), que dedicou sua carreira de atleta ao boxe, apresentou um projeto (PL 2051/11) que regulamenta o MMA. Ele apoiou a manutenção da transmissão dos combates. "Queremos trazer os amadores para o Bolsa Atleta para que as pessoas possam mudar a vida por meio de uma modalidade, justamente o MMA, que é o esporte que mais cresce no Brasil."
Segundo Popó, depois de regulamentado, o MMA vai passar a ser visto como um esporte e não como uma luta ou um show.
O presidente do Conselho de Juristas do Ministério do Esporte, Wladimyr Camargo, informou que o Conselho Nacional do Esporte (CNE) aprovou um parecer preliminar que reconhece o MMA como modalidade esportiva. "O próprio ministério já fomentava a prática do MMA, com a concessão de bolsas, por exemplo", comentou. De acordo com Camargo, há, no entanto, a necessidade de institucionalizar a modalidade. Para isso, explicou, é preciso que o CNE promova sua regulamentação e as entidades dirigentes ganhem força.
Íntegra da proposta: PL-5534/2009, PL-2051/2011
Reportagem – Idhelene Macedo
Edição – Marcelo Oliveira