Desde quando a FIFA manda na mídia do Brasil?? Isso é determinação daquela vagabunda da Dilma!
But let's say that, for whatever reason, which probably has to do with the fact that the Olympics murdered your parents and left you a wealthy vigilante orphan, you're against the Olympics altogether. Don't expect to use your freedom of speech to voice your anger against sports-themed injustices. The IOC demands that during the games, special rights be given to the host city. Not just strutting rights among the other cities of their nation, although that's a given, but also the right to squash all local laws regarding free speechEu sei que o artigo é sobre Olimpiadas, mas é o que está acontecendo no momento.
Read more: http://www.cracked.com/article_19733_5-things-they-dont-want-you-to-know-about-olympics.html#ixzz2WQAF8jN4 (http://www.cracked.com/article_19733_5-things-they-dont-want-you-to-know-about-olympics.html#ixzz2WQAF8jN4)
Desde quando a FIFA manda na mídia do Brasil?? Isso é determinação daquela vagabunda da Dilma!
Desde que eles investiram aos tubos aqui dentro. Outra prova, só que mais circunstancial: http://www.salon.com/2013/06/14/fifa_monitoring_violent_protests_in_brazil/ (http://www.salon.com/2013/06/14/fifa_monitoring_violent_protests_in_brazil/)
A FIFA está por trás desses protestos.
[...]Esse tipo de repressão pesada é bem rara no Brasil (a última que me lembro foi quando teve protesto em Brasília pra depor algum governador). Mas a FIFA entrou em jogo e, subitamente, a PM do Brasil inteiro se tornou violenta. E a única coisa que a FIFA tem a dizer é "confiamos na capacidade da polícia brasileira".
Recebi esta comovente mensagem do Major da Polícia da Paraíba, Marcus Azevedo, cidadão consciente, digno, trabalhador e respeitador. É com muito prazer que compartilho com vocês aqui da página o que ele me escreveu:
"É, caro Briggs. Sou seu fã há tempos, desde "pequenininho" (tenho quase sua idade ) e sou Major da Polícia Militar da Paraíba. Teremos protestos aqui, mas temos também um histórico de nunca ter havido confronto com manifestantes, então cremos que tudo sairá em paz. Pouca gente não sabe de nossa realidade. Somos militares porque os governantes de hoje, a esquerda que foi oprimida pelos militares, e promulgou a Constituição de 1988, preferiu nos deixar militares, pois assim não temos direitos de cidadão. Podemos ser presos administrativamente, podemos ser presos por motim se recusarmos cumprir odens. Não temos direito a Habeas corpus se a prisão for administrativa. Nosso regulamento discipĺinar tem o dobro da idade da Constituição, e nada a ver com ela. Podemos ser expulsos por muito pouca coisa, e ver nossas famílias a míngua. estamos submetidos a dois códigos penais (o civil e o militar). Não podemos nos filiar a partidos, nem a nos sindicalizar, ou o direito a greve. Quando há manifestações nossas, somos tratados como amotinados, e ai, como já houve em vários locais, o exército é colocado contra nós, pois além de tudo, somos fiscalizados por eles. Enfim, somos cidadãos de 2ª classe, e com tão menos direitos do que qualquer cidadão brasileiro, é muito difícil achar quem queira se colocar a frente de qualquer coisa. Enfim, como em Minas Gerais, que a Coronel Cláudia pode ser punida por desobedecer a justiça e permitir manifestações (que terminou em paz, e se tivesse qualquer quebra-quebra, a cabeça dela já teria rolado) tenho certeza que, se não houver vandalismo, muitas policias não oporão resistência, então, pedimos também a compreensão de todos. E obrigado, caro Briggs, pela pessoa maravilhosa que você é, e não me veja diferente pela farda que eu visto, que eu preferia fosse de uma policia verdadeiramente cidadã, sem esse militarismo que nos aprisiona em nossos uniformes."
Mas no outro tópico eu já falei que tem muito PM despreparado mesmo mano. :doido:
Não tô dizendo que todo PM é santo e correto, cara! Eu disse e repito quantas vezes forem necessárias: dois dois lados tem FDP's. E NINGUÉM vai me fazer mudar de ideia.
Send your pictures and videos to yourpics@bbc.co.uk or text them to 61124 (UK) or +44 7624 800 100 (International). If you have a large file you can upload here (http://bbcnewsupload.streamuk.com/).
Negada, acho bom a gente ter uns canais de comunicação isentos. A cobertura midiática brasileira tá bem ruinzinha e super parcial, então fui procurar outros canais. Lembrei de alguns que uso faz tempo:
bbc.co.uk (http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-22930402) - os caras são fodas, e o melhor de tudo é o sistema de enviod e arquivos/fotos/videos.CitarSend your pictures and videos to yourpics@bbc.co.uk or text them to 61124 (UK) or +44 7624 800 100 (International). If you have a large file you can upload here (http://bbcnewsupload.streamuk.com/).
Global Voice Online (http://pt.globalvoicesonline.org/2013/06/17/video-grito-das-ruas-de-sao-paulo-em-meio-a-violencia-policial/) - é como se fosse um jornalismo colaborativo. São bons pra resumir eventos e concentrar informações como fotos, videos e depoimentos. Os comentários lá são uma boa forma de compartilhar coisas.
Pode fazer diferença.
Não tô dizendo que todo PM é santo e correto, cara! Eu disse e repito quantas vezes forem necessárias: dois dois lados tem FDP's.
Eu acho que deveria haver sim uma conversa com os batalhões e algum tipo de líder do movimento (eu não considero ninguém meu líder, mas talvez esteja na hora de oficializar e ajeitar as coisas) pra que a violência seja evitada. Se for oficializado que os manifestantes vão ocupar X ruas, vai de tal a tal lugar e que ninguém vai bater, se a polícia bater primeiro, tá oficializado o erro. Se os infiltrados ou idiotas atacarem, deixa a polícia se resolver com eles.
Na moral, podem falar o que quiser, mas na minha humilde opinião, eu toparia assinar em algum lugar dizendo que eu estava lá. Os desdobramentos são nebulosos, mas eu acho que pode haver sim um cadastro, um certo controle de quem vai com direito a identificação pelos vídeos. Dessa forma se protege o coitado do policial que é obrigado de cima pra baixo a ser truculento, uma vez que quem incitar a baderna e truculência seja identificado e julgado. Mas se tira da mão dele o direito de bater em quem quiser, já que ele próprio não terá mais o direito oficializado de atacar todo mundo quando achar necessário.
Hoje, do jeito que tá, qualquer um que começar causa transtorno pra multidão toda. Se a própria multidão se regulamentar minimamente, e os vândalos e baderneiros foram expurgados, os movimentos podem ganhar até mais apoio popular.
Já foi desmentido. Esses materiais são da época que o Largo da Batata estava em reforma.
Um amigo jornalista que desmentiu no Face dele também. Até vídeo estavam compartilhando.
André Gajardoni
há 13 horas via celular
Galera postando foto velha do Largo da Batata cheio de material de construção da época de uma das inúmeras reformas... Verifiquem a fonte antes.
O maior erro é disseminar falsas informações.
Eu acho que deveria haver sim uma conversa com os batalhões e algum tipo de líder do movimento (eu não considero ninguém meu líder, mas talvez esteja na hora de oficializar e ajeitar as coisas) pra que a violência seja evitada. Se for oficializado que os manifestantes vão ocupar X ruas, vai de tal a tal lugar e que ninguém vai bater, se a polícia bater primeiro, tá oficializado o erro. Se os infiltrados ou idiotas atacarem, deixa a polícia se resolver com eles.
Na moral, podem falar o que quiser, mas na minha humilde opinião, eu toparia assinar em algum lugar dizendo que eu estava lá. Os desdobramentos são nebulosos, mas eu acho que pode haver sim um cadastro, um certo controle de quem vai com direito a identificação pelos vídeos. Dessa forma se protege o coitado do policial que é obrigado de cima pra baixo a ser truculento, uma vez que quem incitar a baderna e truculência seja identificado e julgado. Mas se tira da mão dele o direito de bater em quem quiser, já que ele próprio não terá mais o direito oficializado de atacar todo mundo quando achar necessário.
Hoje, do jeito que tá, qualquer um que começar causa transtorno pra multidão toda. Se a própria multidão se regulamentar minimamente, e os vândalos e baderneiros foram expurgados, os movimentos podem ganhar até mais apoio popular.
Na boa...no cú.
Sem querer te desrespeitar, mas "organizar" passeata pra "minimizar" enfrentamento com a polícia é besteira.
Nada, eu repito - NADA - justifica a ação da polícia como vem agindo. Eles são despreparados? Fodam-se. Eles recebem mixaria? Fodam-se. Podem ser presos administrativamente, mimimimi? Fooooodam-se.
Nenhum desses fatores isenta a polícia das atitudes que vem tomando.
E não cabe à nós cidadãos impor limites de como vamos exercer um direito fundamental com o intuito de não sermos espancados por agentes do estado por estarmos exercendo esse direito. Isso é um completo absurdo.
Em resumo simples: A POLÍCIA NÃO PODE FAZER ISSO.
Do jeito que tá, a polícia desce o sarrafo e diz "eles bateram primeiro / estavam no anonimato (ouvi isso hoje na tv) / as outras pessoas têm de passar por ali / ir e vir / etc". Se vc tira até esse absurdo argumento que as corregedorias aceitam para não usar os vídeos claros de abusos, as coisas ficam mais feias pra eles.
VOCÊ NÂO MANDA EM MIM.
Ah, e acabaram de pipocar um link no meu facebook, olha só:
https://www.facebook.com/photo.php?v=674322142584057&set=vb.100000188320115&type=2&theater (https://www.facebook.com/photo.php?v=674322142584057&set=vb.100000188320115&type=2&theater)
Acabo de chegar em casa e tomar um banho para tirar o spray de pimenta. Dessa vez, com orgulho e não com lamentações.
Cheguei a uma manifestação linda, com a Rio Branco e Cinelândia lotadas em paz. Os gritos eram todos legítimos e as bandeiras de partidos foram rechaçadas. "Hey, PSTU, vai tomar no *", "Abaixa a bandeira do partido, levanta a bandeira do Brasil!". Nos concentramos na Candelária por bastante tempo.
Um grupo punk com bandeiras pretas tentou queimar uma bandeira do Brasil e foi duramente condenado. Tomaram a bandeira, apagaram o fogo, a dobraram e cantaram "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Houve discussão e eles foram expulsos da multidão: Seguiram em direção à ALERJ. Pouco depois o grupo do PSTU também marchou para lá e algum tempo depois resolvi ir também. Estava bonito no Municipal, estava bonito na Câmara dos Vereadores e estava bonito na Biblioteca nacional. Criança, bandeiras do Brasil, hinos, gente sorrindo e flores. Quis ver a Alerj bonita também.
Chegando lá havia gente nas escadarias cantando, ma um grupo de uns 20, talvez, subiram até as portas e começaram a tentar arrombá-las. Eu gritava "Chegamos aqui sem violência, não precisamo de violência agora!". Um rapaz me convidou a "tomar a Alerj de volta". Subimos a escadaria e sozinho expulsamos o grupo. Mais 2 se juntaram a nós e "conquistamos o terreno". Os vidros já quebrados abrigavam uma fileira de policiais da tropa de choque disparando água e spray de pimenta. Sem balas de borrachas ou bombas. Os punks revidavam com malvinas e pequenos explosivos, que quase me atingiram. Eu não fui atingido por um jato d'água sequer. Conquistamos o terreno da não violência de volta, tomamos placas, grades e pedras que ele usavam para quebrar a Alerj. Nós, 5 contra 20. Todos manifestantes, sem polícia. Impedimos que os Banners da Alerj fossem queimados também.
Desci a escadaria, onde um outro adolescente "revoltado" atacava uma luminária pública. Expulsei ele dalí, sem argumentos. "Chegamos aqui sem violência, não vamos estragar tudo agora". Mas tinham mais alguns, uns 10 talvez, quebrando bancos e fazendo barricadas de fogo na Rua da Assembleia a troco de nada. Não havia polícia. Aliás, havia polícia na Rio Branco e nenhuma viatura se moveu. O Choque naão estava e a PM não se movimentou, nem tentou, nem ligou sirene, nem advertiu. Nada. Apenas deixaram que um grupo de 50 pessoas ou menos manchasse a imagem de uma manifestação bonita e pacífica. Tomei gás que não foi direcionado pra mim, desviei de bombas de gente que estava fora do contexto, provavelmente ligados à sindicatos, partidos ou movimento estudantil.
Voltei para casa com um nó na garganta, chamando todos eles de imbecis. Chamando na cara, sozinho e cercado por eles. Eles mal conseguiam argumentar. "Eles tem que ter medo da gente, a gente não tem que ter medo deles", diziam. Mas a polícia estava em paz até o momento -- claro, não iam repetir a burrice do Maracanã ontem.
O confronto começou quando eu deixava a Rio Branco. Não foi um confronto que eu iniciei, nem que a polícia iniciou, nem que o "movimento" iniciou. Foi um confronto de um grupo com interesses particulares. Um grupo que não me inclui e que, se depender de mim vai preso. Não era mais minha briga.
Agora temos que pensar como afastá-los de nós. O movimento é pacífico.
NÃO SERÁ TOLERADA NENHUMA FORMA DE VIOLÊNCIA DE NENHUM DOS LADOS.
#revoltadovinagre #semviolência #revoluçãoepaz #changebrazil
Na contabilização, o segundo sempre vai ganhar, porque o ganho moral de 100.000 pessoas cantando na Rio Branco infelizmente não é tão apelativo quanto o gasto público para consertar o que 50 idiotas fizeram.
Mas é bonito de ver os que os outros 99.950 fizeram:
(https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn2/965901_531069483607857_1322682762_o.jpg)
Isso aí é a Praça da Candelária, o Teatro Municipal, e a Av. Rio Branco (de baixo pra cima).
edit: Permitam-me compartilhar um belo texto do Jabor se retratando e colocando pontos interessantes. (http://oglobo.globo.com/cultura/passe-livre-vale-mais-8717407)
Posso ser arrebentado por todos os lado pelo que vou falar, mas os protestos contra o Collor foram pacíficos, não?
Posso ser arrebentado por todos os lado pelo que vou falar, mas os protestos contra o Collor foram pacíficos, não?Tem cara de fake. Porque o cara que tá filmando não repete essas palavras? Tá muito ordenado também...
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Mais uma do protesto em Brasília.
http://fbcdn-video-a.akamaihd.net/hvideo-ak-frc1/v/854436_10201556530138546_585526924_n.mp4?oh=d78598d3a4c5a2641e191e5aa0c73904&oe=51C29DE9&__gda__=1371797114_78e239e8b6d707048af73ad8b23cd957 (http://fbcdn-video-a.akamaihd.net/hvideo-ak-frc1/v/854436_10201556530138546_585526924_n.mp4?oh=d78598d3a4c5a2641e191e5aa0c73904&oe=51C29DE9&__gda__=1371797114_78e239e8b6d707048af73ad8b23cd957)
edit: Permitam-me compartilhar um belo texto do Jabor se retratando e colocando pontos interessantes. (http://oglobo.globo.com/cultura/passe-livre-vale-mais-8717407)
Os estudantes tiveram um papel crucial, e o Collor fez MUITA cagada no governo. Mas ele não iria ser derrubado tão rapidamente (foram só dois meses de movimentação) se não houvesse gente grande querendo isso a muito tempo.
Quais cagadas?
Quais cagadas?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Collor_de_Mello#Economia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Collor_de_Mello#Economia)
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/06/apos-ser-sitiado-em-banco-durante-protesto-prefeito-de-juazeiro-do-norte-e-libertado.html (http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/06/apos-ser-sitiado-em-banco-durante-protesto-prefeito-de-juazeiro-do-norte-e-libertado.html)
Lindo. Xodenfróide bem gostoso. :diabanjo:
Posso ser arrebentado por todos os lado pelo que vou falar, mas os protestos contra o Collor foram pacíficos, não?
Foram. Mas também tiveram apoio massivo da imprensa e dos grandes empresários. Motivo? O Collor abriu as fronteiras para que os produtos importados chegassem no Brasil a preços competitivos. Isso fez ele ganhar a inimizade dos empresários, mas que não podiam fazer nada além de reclamar. Quando surgiu o movimento dos Caras-pintadas, eles abraçaram a causa e aceleraram o impeachment.
Os estudantes tiveram um papel crucial, e o Collor fez MUITA cagada no governo. Mas ele não iria ser derrubado tão rapidamente (foram só dois meses de movimentação) se não houvesse gente grande querendo isso a muito tempo.
Ele também foi o presidente que deu início aos planos de privatização de empresas públicas, que foram continuados no governo Itamar e FHC. E todo mundo sabe onde isso acabou: As empresas que eram cabides de emprego foram dadas praticamente de graça e fechadas, e as poucas que ainda davam lucro (Vale, Embratel) também foram dadas praticamente de graça.
@dmandrak
O problema é que pelo que to vendo, ela NÃO ta fazendo um bom serviço.
Não digo que eles são vilões manipuladores que isso já beira um nível de paranoia muito grande pra mim. Mas a Globo mantem uma relação de amor de anos com o atual governo do RJ. Não vi ate agora nada feito por eles que fosse no minimo imparcial!
@Cebola
Eu não tenho certeza dos fatos, mas sempre vi o Collor como um bom presidente eleito numa época errada. Não vou defender ele dizendo que ele fez maravilhas pelo nosso sistema econômico, porque foi o contrario. Mas eu pessoalmente sempre esperei do Lula a atitude que o Collor já tinha, a de não abaixar a cabeça pra politico e empresário. Acaba que o Lula me sai mais um presidente de direita que de esquerda, e o Collor, mesmo sendo de direita, tem culhão de sobra!
Uma curiosidade, mas posso estar errado. É que o crime pelo que foi condenado era botar no bolso o dinheiro da campanha eleitoral dele, ou seja, nem roubar do povo ele roubou. Embolsaram (no caso o PC e cia) dinheiro de campanha que não ia pra lugar algum de interesse do público.
@Dmandrak
Não vou negar se eu ver uma reportagem imparcial, mas não to vendo. Acho que não estamos concordando com tu acredita!
Essa diminuição é RIDÍCULA.
Porto Alegre também anunciou a diminuição da tarifa, e a estratégia para isso é a mesma de são paulo: desonerando as empresas de ônibus. Enquanto isso realmente causa a diminuição das tarifas, essa vai ser cobrada dos cofres públicos, e não das empresas de ônibus, que vão manter o ritmo de aumentos anuais como sempre manteve. Aliás, isso vai é dar mais lucro ainda para as empresas, porque eles não vão repassar toda a economia em impostos para os passageiros (sem o governo saber, claro).
O problema não são os 20 centavos. O problema são as empresas manipularem números e explorarem o sistema de concessões para colocarem preçosmuito acima da realidade. O vincer acabou de compartilhar um artigo interessante no facebook, de um consultor de crédito que conheceu as artimanhas dessas empresas. Para os interessados: http://outraspalavras.net/outrasmidias/?p=12643 (http://outraspalavras.net/outrasmidias/?p=12643)
Essa diminuição é RIDÍCULA.
Porto Alegre também anunciou a diminuição da tarifa, e a estratégia para isso é a mesma de são paulo: desonerando as empresas de ônibus. Enquanto isso realmente causa a diminuição das tarifas, essa vai ser cobrada dos cofres públicos, e não das empresas de ônibus, que vão manter o ritmo de aumentos anuais como sempre manteve. Aliás, isso vai é dar mais lucro ainda para as empresas, porque eles não vão repassar toda a economia em impostos para os passageiros (sem o governo saber, claro).
O problema não são os 20 centavos. O problema são as empresas manipularem números e explorarem o sistema de concessões para colocarem preçosmuito acima da realidade. O vincer acabou de compartilhar um artigo interessante no facebook, de um consultor de crédito que conheceu as artimanhas dessas empresas. Para os interessados: http://outraspalavras.net/outrasmidias/?p=12643 (http://outraspalavras.net/outrasmidias/?p=12643)
EDIT: Eu só espero que o pessoal que está se manifestando não ache que isso foi uma vitória e pare com o protesto. Se pararem, tudo volta a ser como era antes, e toda promessa de "estamos arrumando o país" vai por água abaixo. Pior ainda, a população fica com a falsa ideia de que "agora estamos mandando", e volta a relaxar.
Viram isso? Um dos manifestantes mais violentos em SP, ontem, parece ser o mesmo cara que rasgou os votos no Carnaval. Pra bom paranoico, meia conspiração basta. [?]
http://www.melhorquebacon.com/misterio-resolvido-o-homem-que-quebrou-a-prefeitura-de-sao-paulo-rasgou-os-votos-e-posou-pelado/ (http://www.melhorquebacon.com/misterio-resolvido-o-homem-que-quebrou-a-prefeitura-de-sao-paulo-rasgou-os-votos-e-posou-pelado/)
Tenho em mim que um comentário sem vivência é um comentário incompleto. Todos sabem da violência policial e dos absurdos que estão acontencendo no Brasil durante essas últimas semanas, mas viver isso na pele é diferente do que vê no notíciario, a coléra espalha mais rápido e seus olhos ardem. O que eu vi hoje e vi bem de perto (bem de perto mesmo, estava na linha da frente em vários momentos) foi algo que me mudou como pessoa e não sei se para melhor, mas para mais realista com certeza.
Sempre tive alguns pés e mãos atrás sobre policiais, sempre vi como um cargo falho e manipulável e para mim sempre foi claro que eles protegem quem pagam (muito mal) *diretamente* a eles. Hoje foi a prova de toda minha teoria, eu fui vítima de tirania e vandalismo da parte deles. Enquanto eu e meu namorado estávamos tentando manter um diálogo pacífico, eles (para ser mais específica a polícia de choque) jogaram mais de 3 bombas de pimentas diretamente na gente e um imbecíl ficou apontando uma arma de verdade enquanto a gente SÓ gritava, fora os comentários esdruxulos e a cara de mau. É muito difícil manter a paz nesse momento e seguir seu caminho, a vontade que dar é de retribuir toda hostilidade e medo que ele me passou, mas como só de ficar perto é motivo de bala a única coisa que se pode fazer é correr para longe.
E é por isso eu to aqui, para a gente não parar, para a gente mudar de verdade essa podridão toda que assola nosso país. Vamos articular mais, procurar soluções verdadeiras, colocar isso no papel e até burocratizar se for para funcionar. Não pararemos.
PS: Não é todo policial que se encaixa nesse perfil, é claro.
PS²: Sensacionalistas de plantão, não venham dizer que são vandalos - manifestantes que começam a violência, aqui em Salvador a violência começou com vândalos – policiais.
Camila Schindler de Souza
Como nas outras capitais brasileiras, as manifestações em dia de jogos da Copa das Confederações foram respondidas em Salvador pela agressividade da polícia. Na capital baiana em especial, até com covardia. O clima era de tranquilidade e vontade de reivindicação durante o protesto em Salvador na tarde desta quinta-feira (20). Mas a tensão tomou conta do entorno -- mas não tão em torno assim, já que a distância ainda era grande -- da Arena Fonte Nova. Os manifestantes gritavam pelo seu direito de ir e vir, enquanto os policiais militares tentavam conter a aproximação. Mais atrás, a tropa da Polícia de Choque (com cachorros) tomava conta do tão importante patrimônio e legado da Copa: o estádio. Com a insistência do grupo em querer avançar, mas sem dar nenhum passo, a cavalaria desceu e, junto com eles, vieram as bombas de gás lacrimogêneo. A equipe de reportagem do Grupo Metrópole achou por bem ficar na encosta. Ledo engano. A polícia não conseguiu nos distinguir entre alguns poucos e tímidos manifestantes. "Desce daí, desce todo mundo", berrava o policial jogando o spray de pimenta. Alguns garotos gritavam: "Elas são da imprensa". Mas não adiantou. Sem ar, chorando com o ardor do rosto, nos jogamos da encosta em busca de um lugar seguro. As bombas continuavam, algumas pessoas gritavam, saíam correndo, caíam no chão. Pessoas cujas armas eram apenas cartazes e gargantas. Um cenário de horror, de guerra. E tudo isso na tentativa de proteger o estádio.
Alienação: a gente vê por aquiPercebe-se.
"A gente não tem noção exata do poder que essa mídia pode ter. Momento de silêncio total sobre a GUERRA CIVIL que tá rolando em Salvador no momento. A PM e a Choque veio brutalmente empurrando e DESCARREGANDO balas de borracha na galera, inclusive, EM MUITAS PESSOAS QUE ESTAVAM PARADAS, que já tinham saído da zona maior de confronto e protestos. A Caatinga (categoria da PM-BA conhecida por "chegar matando" no interior do estado da Bahia e periferia de Salvador) está nas ruas desde cedo. Muita gente perdeu a cabeça, o que digo, foi muito JUSTIFICÁVEL diante à covardia da ação da polícia, que desde 3 horas antes do jogo Uruguai x Nigéria estava bloqueando o acesso antes do 2km que definem a zona do ESTADO FIFA. Avançaram covardemente, inclusive com a cavalaria. A partir daí que rolou o primeiro ônibus quebrado, que veio a ser queimado. Jogaram inclusive o povo pra entrada da Av. Centenário, onde havia trânsito liberado de carros, tendo uma menina sido atropelada por um ônibus (não sei o estado atual de saúde dela). No momento, AGORA, a Polícia subiu o Politeama, um bairro da região, causando cenas de guerra, em que um lado só tem armas, empurrando os manifestantes de volta ao Campo Grande, onde o protesto começou. Verdade que uma galera brava ainda resiste, se indigna a ponto de ficar louco, quebrar muita coisa e atirar pedras, não comparáveis aos disparos de bala que estão sendo aleatoriamente. A PM-Choque se dividiu; metade foi até o bairro do Canela, quebrando vários vidros dos prédios com balas de borracha. Outra metade, até o Corredor da Vitória, onde os manifestantes fizeram uma barricada de fogo, pra tentar se defender. Os manifestantes ficaram encurrlados. Muita gente que ali já estava tentava voltar pra casa e foi pego de surpresa. O Campo Grande está em CHAMAS. Tudo quebrado, a polícia solta inúmeras bombas, sem parar...e atira em sequencia, atingindo por trás a galera. Muitas pessoas nem conseguem filmar. Táticas de guerra. Muita gente sem conseguir ir pra casa... ônibus dando meia-volta. As barricadas não deram certo. A PM já desceu ladeira da Barra e está em Ondina (zona da orla, muito longe do estádio) descendo o cacete na galera, que agora, mais revoltada, tenta ir para o Palácio do Governador. Viaturas e camburões da PM estão detendo manifestantes, aleatoriamente, para supostamente "dispersar" em outro lugar. Estão levando-os ninguém sabe para onde nem para fazer o quê com eles. Por favor, militantes, jornalistas, advogados, OAB (que garantiu APOIO integral ao movimento), ONGS, sei lá que porra. Ajudem!!! Cadê essas pessoas? Em outros pontos, Vasco da Gama, Praça da Sé (onde fica a Prefeitura), Iguatemi (zona já bem afastada) estão ocorrendo conflitos. Há notícia de que até o Exército já está em Ondina. O pau tá quebrando demais. De forma covarde. A revolta e impotência é muito grande. Fiquei até quando pude, ainda no Campo Grande, mas me faltou mais coragem, admito, para peitar essa repressão. Contudo, muita gente, brava, luta no momento. VALEM, MERECEM ELOGIOS. Não são vândalos, como os portais Ibahia e o G1 estão hipocritamente narrando. Não tem nenhuma emissora de TV desde os Barris, local mais próximo do estágio onde estava a primeira barreira policial. O silêncio é total. Não sai nada em lugar nenhum. Falam de todas as cidades, mas Salvador, onde tá absurdamente tenso e brutal a ação fascista dessa polícia, nenhuma notícia. Por isso, venho aqui, ajudar a expor e dizer o que vi. Ah, não posso esquecer de dizer que no início de tudo, a Polícia Militar abriu o caminho pra galera entrar no Dique do Tororó e se aproximar mais do estádio, quando em verdade, todos deram de cara com a Choque, imediatamente jogando muitas bombas nas cabeças das pessoas. Uma menina, que estava afastada, ao lado de um muro, teve o pé atingindo por uma bomba; o pé ficou uma merda, praticamente todo fudido. Essas são algumas das informações mais recentes. Tem gente ainda tentando subir pro palácio do governador. Os militares tão tudo louco; a CAATINGA e o EXÉRCITO tá na rua quebrando tudo... não só os manifestantes.... dão tiros a torto e a direito e espancam manifestantes."
Vinícius Romão
Alienação: a gente vê por aquiPercebe-se.
Isso não é bem novidade. Meio que sempre foi assim. Já vi muitos relatos de gente que foi no movimento dos caras pintadas ou nas marchas de 68 só para pegar mulher.
Quinta-feira, 20 de junho de 2013
Suspensa decisão que impediu passeatas de bloquear trânsito de carros e pessoas em MG
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux suspendeu decisão do desembargador Barros Levenhagen, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que havia fixado regras para a realização de passeatas em Minas Gerais.
Segundo a determinação do desembargador, essas passeatas não poderiam embargar vias de acesso ao Estádio do Mineirão e do entorno, bem como outras regiões e logradouros públicos situados em Minas Gerais. O desembargador também ampliou o entendimento a qualquer manifestante no estado, que ficou impedido de bloquear o trânsito de pessoas e veículos ou o regular funcionamento dos serviços públicos estaduais.
A decisão do TJ mineiro atendeu a pedido do governo do estado contra passeatas organizadas pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Cível do Estado de Minas Gerais (Sindpol) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SIND-UTE/MG).
Para o ministro Luiz Fux, ao estabelecer as restrições, o desembargador “se distanciou dos balizamentos fixados” pelo Supremo no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 1969. Segundo ele, “manifestações têm sido realizadas diariamente em diversas cidades do país, de modo que a manutenção da eficácia da decisão impugnada tolhe injustificadamente o exercício do direito de reunião e de manifestação do pensamento por aqueles afetados pela ordem judicial”.
A decisão na ADI 1969 foi tomada em 2007 e declarou inconstitucional o Decreto 20.098/99, do Distrito Federal, que impedia a realização de manifestações públicas, com a utilização de carros, aparelhos e objetos sonoros na Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e Praça do Buriti. Os ministros entenderam que a regra restringia a garantia constitucional ao direito de reunião.
De acordo com o voto do relator da ADI, ministro Ricardo Lewandowski, acolhido por unanimidade , “proibir a utilização de carros, aparelhos e objetos sonoros, nesse e em outros espaços públicos, inviabilizaria por completo a livre expressão do pensamento nas reuniões levadas a efeito nesses locais, porque as tornaria emudecidas”.
Em sua decisão, o ministro Luiz Fux ressalta que a Constituição garante o direito de manifestação, “desde que sem vandalismo e depredação do patrimônio público e privado”. Ele também ressalta que fica preservado “o poder de polícia estatal na repressão de eventuais abusos” nessas manifestações populares.
A liminar do ministro Luiz Fux foi concedida na Reclamação (Rcl) 15887, ajuizada pelo SIND-UTE/MG.
"Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu", diz Felipão a inglês"
Em um raro momento que perdeu o bom humor, no seu encontro com os jornalistas depois da conquista da Copa das Confederações, o técnico Luiz Felipe Scolari se irritou com a pergunta de um jornalista inglês e o criticou duramente: "Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu".
Tariq Panja, da Bloomberg, questionou o técnico sobre o contraste entre a alegria dentro do Maracanã e os protestos fora do estádio, reprimidos pela polícia. "Um amigo comentou que havia policiais em número suficiente para invadir o Paraguai." De pronto, Felipão disse: "Não vou responder".
Mas emendou: "Aos ingleses, eu gostaria de perguntar: o que aconteceu lá antes dos Jogos Olímpicos?" A referência era às manifestações ocorridas em Londres por causa dos gastos com o evento.
O tom nacionalista do técnico reapareceu, mas em chave bem-humorada, em várias respostas sobre o papel do público na conquista da seleção. "O que estivemos vendo é muito bonito, gente. É assim que precisamos agir, não só no futebol como na vida".
O técnico também observou: "A nossa equipe hoje representa os anseios do povo brasileiro. É isso que queremos: representar o povo na nossa área. Na outra (a política), não podemos".
Um dia após ser detido, Batman volta às ruas para apoiar professores no RJ
Em ato de professores, ele teve 'Saci-Pererê' e 'Jack Sparrow' como aliados.
Menos de 24 horas após ser detido em manifestação no Rio, um homem vestido de Batman voltou às ruas do Rio. Eron Moraes de Melo, de 32 anos, compareceu, na manhã desta quinta-feira (26), ao protesto dos professores da rede pública de ensino do Rio na Cinelândia, no Centro do Rio. Desta vez, ele foi acompanhado de mais dois "personagens", Saci-Pererê e Jack Sparrow.
"Sou um mascarado do bem. O povo tem que vir para a rua e lutar pelos seus direitos. Não podemos ser lesados pelos governantes e precisamos mudar o que não está bonito no nosso país. Já participei de 10 manifestações e vou garantir a minha presença em quantas mais forem necessárias", declarou o "homem-morcego", que quando não está com a capa preta, trabalha como protético.
Durante um ato nacional pela liberdade dos presos políticos e contra o terrorismo de estado em frente à sede do Ministério Público, na quarta-feira (25), Eron chegou a ser detido pela polícia após se negar a retirar a máscara.
"Eu já fui preparado. Não podem proibir as máscaras. Estou aqui para combater a corrupção, a injustiça e tudo que houver de errado no nosso país. Vamos lutar pela educação, saúde e por uma política mais limpa. Vamos em frente”, disse o Batman, que se veste como o "homem morcego" desde o dia 20 de julho.
Eron já imaginava a repercussão que sair vestido de super-herói nas ruas causaria. Segundo ele, tudo foi planejado.
"Um indivíduo fantasiado de Batman vai chamar atenção querendo ou não. Se eu fosse como Eron para as ruas eu seria apenas mais um. Chama atenção mesmo, e é para chamar. A mensagem é: vamos lutar contra a corrupção. Fazer protesto em Facebook e Twitter é que nem ser rico no banco imobiliário", concluiu.
O "super-herói" foi colocado em um camburão da polícia militar e encaminhado para a 17ª DP (São Cristóvão). Ao ser levado, o jovem disse que protestava "contra uma lei institucional" e que não é contra a instituição Polícia Militar, mas sim contra "um ditador chamado Sérgio Cabral". Eron ficou conhecido por frequentar manifestações fantasiado desde junho deste ano.
No dia 11 de setembro, o governador Sérgio Cabral sancionou o projeto de lei 2.405/13, aprovado pela Assembleia Legislativa do do Rio (Alerj), que proíbe o uso de máscaras em manifestações no estado.
Após a detenção, uma mulher que integra o movimento falou as reivindicações do grupo em voz alta. As palavras foram repetidas pelos participantes do protesto. “Esta instituição [MP] é cúmplice e conivente com as violações das leis feitas pelo estado. Seus procuradores declaram publicamente sua visão tendenciosa sobre os fatos."
O subprocurador dos Direitos Humanos Ertulei Laureano Matos chamou integrantes da comissão para conversar, mas o grupo gritou em coro para que ele descesse o prédio do MP e fosse até o público.
Projeto que tipifica crime de vandalismo é recebido com polêmica
Autor diz que sociedade não pode ficar refém da violência. Jurista acha que penas propostas são desproporcionais e basta aplicar o que já está no Código Penal.
O Congresso pode tornar mais severa a pena para quem praticar atos de vandalismo em manifestações públicas. Em setembro, três meses após os primeiros protestos que tomaram conta das ruas do Brasil, foi apresentado na Câmara um projeto de lei (PL 6307/13) que insere no Código Penal (Decreto-Lei 2848/40) uma nova modalidade para o tipo penal de dano qualificado, tornando mais rígida a pena para quem praticar o crime sob a “influência de multidão em tumulto que tenha sido provocado deliberadamente”. O projeto prevê pena de reclusão de oito a 12 anos e multa, além da pena correspondente à violência.
O autor da proposta, o líder do PMDB Eduardo Cunha (RJ), acredita que a mudança na lei “trará uma resposta à sociedade, que não se conforma em ficar refém dessa violência despropositada”. Segundo o deputado, “as manifestações públicas ocorridas recentemente, que deveriam representar a ordem constitucional, o Estado democrático e o exercício da cidadania, trouxeram atos de vandalismo e a presença de baderneiros, que atentaram contra o patrimônio público e privado, de forma anárquica e deliberada”.
“Pena excessiva”
Mas, para o mestre em Direito Penal Euro Bento Maciel Filho, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a pena proposta é excessivamente alta. "No meu entendimento, ainda que se criasse um tipo novo, tem que se manter a proporcionalidade do sistema”, diz o jurista.
Maciel Filho argumenta que, “seja com bombas, seja com martelo, com pedras ou qualquer objeto, o fato é que quem pratica [o ato] incorre no crime de dano ao patrimônio. Eu não posso ter um delito de mero dano ao patrimônio, como atirar uma pedra em uma vidraça, com uma pena mais alta do que a daquele que põe uma arma na cabeça para levar a tua bolsa”, compara ele.
O jurista diz que por isso a pena prevista no projeto fere o princípio da proporcionalidade. Ele lembra que, pelas regras vigentes no Código Penal, “o cidadão que carregue um coquetel molotov já passa a ter uma pena bem mais alta. E se houver uma explosão, a pena máxima passa a ser de seis anos”, enfatiza Maciel Filho, para pontuar que “então, eu já tenho como reprimir isso, basta usar as peças certas, só que tem que usar".
Audiências públicas
Para manter o equilíbrio entre o direito constitucional à liberdade de expressão e o impedimento ao vandalismo, o relator do projeto de lei na Comissão de Segurança Pública da Câmara, Efraim Filho (DEM-PB), pretende realizar audiências públicas para ouvir opiniões de especialistas na matéria.
O deputado considera “muito sensível essa situação e nós vamos ter que discutir qual o limite à manifestação livre, pacífica e cidadã, prevista como garantia fundamental na Constituição Federal, pode ser usada para que acabe com isso que nenhum de nós eu tenho certeza que concorda: o vandalismo, o quebra-quebra e a agressão à sociedade”.
As autoridades da área de segurança pública têm endurecido a reação contra manifestantes acusados de participar de atos vandalismo contra o patrimônio público e privado durante os protestos. Na na terça-feira passada (8), um casal foi preso em São Paulo e enquadrado na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83). No Rio de Janeiro, a Polícia Civil anunciou que os próximos protestos violentos serão enquadrados na lei que define organização criminosa e estabelece penas para esse tipo de crime (Lei 12.850/13).
Reportagem - Marise Lugullo
Edição - Dourivan Lima
Projeto proíbe uso de máscara e capuz em espaço público
Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 5964/13 proíbe o uso de máscara e capuz em local público. Pelo texto, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), serão proibidos também disfarce, pintura e qualquer outra substância ou recurso que altere o contorno do rosto.
A proposta, no entanto, lista uma série de exceções em que o uso desse tipo de indumentária será permitido. A permissão vale, por exemplo, durante festejo cívico, popular, folclórico ou religioso em que tais práticas sejam tradicionalmente adotadas pelos participantes, e nas situações abaixo:
- manifestação popular pacífica;
- representação artística ou desportiva;
- ação tática coletiva de força pública;
- máscara contra gases, durante treinamento, exercício ou emergência real;
- vestimenta para a cabeça ou véu, em função de religião ou costume;
- por prescrição médica;
- para fins de proteção contra os elementos climáticos;
- festividade de caráter privado, ainda que realizada em recinto público, desde que restrita apenas a convidados.
Mesmo nessas exceções, segundo a proposta, o cidadão poderá ser abordado pela polícia e ser obrigado a se identificar. Pelo projeto, a identificação poderá ser exigida sempre que o indivíduo seja suspeito de dissimular a identidade para praticar algum delito, cometer ou incitar “ato de incivilidade” e infração penal, ou estiver conduzindo arma, objeto ou substância ilegal.
A proposta determina ainda que, em caso de abordagem policial, poderão ser adotadas medidas como busca pessoal, apreensão do material utilizado para disfarce, contenção do indivíduo e prisão em flagrante, no caso de delito.
Na opinião de Peninha Mendonça, os episódios de violência praticados por mascarados durante as manifestações públicas dos últimos meses “trouxe à baila situação que necessita ser disciplinada pelo ordenamento jurídico”. Para ele, a medida vai ajudar a coibir depredações do patrimônio público e atos criminosos.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votada em Plenário.
Íntegra da proposta: PL-5964/2013
Reportagem - Maria Neves
Edição – Daniella Cronemberger