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HQ's - Tópico Permanente

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VA:
O contexto de Turma da Mônica é bem diferente do contexto das HQs americanas, que por sua vez é diferente do contexto dos mangás.

Turma da Mônica é fácil de acompanhar. Você pode comprar qualquer edição e entender a história (talvez não da Turma da Mônica Jovem). Não há muita preocupação com continuidade ou concisão. É pegar uma edição, ler e rir.

Mangás têm início, meio e fim e são vendidos como se vende jornal. Japoneses não exigem coloração ou papel de qualidade num mangá. É um negócio que eu compro correndo na banca de revista com algumas moedas e vou ler num metrô.
Além disso, a continuidade dos mangás existe, mas é menor. Grande maioria dos mangás têm começo, meio e fim.

HQ's americanas são bem diferentes de ambas. Começando na Era de Prata, as histórias começaram a ter continuidade, aparentemente uma continuidade infinita. O público quer papel de qualidade e coloração. HQ's são um mercado de nicho por aquelas bandas, sendo em sua maioria lidas por nerds gordos e chatos e vendidas em lojas apenas para HQ's.

Por ser um mercado de nicho, é difícil inovar de verdade e lançar qualquer coisa além do gênero majoritário (super-heróis). Por não ter outros gêneros, outros públicos não se sentem atraídos. É como um ciclo vicioso de público nerd: não há outros gêneros porque só nerds leem, só nerds leem porque não há outros gêneros.

Claro, há graphic novels como Retalhos, Maus e Scott Pilgrim que conseguem alguma fama, mas não tem jeito, eles não conseguem o mesmo público dos super-heróis.


EDIT:
Alguém vai acompanhar Justice League Dark?
http://comics.ign.com/articles/119/1197299p1.html

Fiquei bem interessado.

Ciggi:
VA



E o Liga da Justiça Dark eu pretendo ler, tem o constantine, não deve ser ruim (ou deve!) :P

Nibelung:

--- Citação de: _Virtual_Adept_ em Setembro 30, 2011, 11:14:19 am ---<coisas>

--- Fim de citação ---
Interessante que atualmente eu to lendo Bakuman (que saiu recentemente pela JBC) e eles mencionam bastante coisa sobre o mercado editorial de manga japones. Um fato interessante é que la é capitalismo selvagem ao extremo: Se algo nao vende, é cancelado, sem importar se tem 10 anos de publicaçao ou shit. Se nao é mais popular, vai pro limbo. Isso é diametralmente oposto ao mercado de HQs americano e brasileiro, onde insistem em rebootar o mesmo personagem infinitamente até ele conseguir um aspecto que vende.

Agnelo:
Difícil dizer isso sobre o mercado de hqs brasileiro, nibe. Quantos hq's no Brasil passaram por esse processo de reinvenção com baixas vendas?

Pra mim é difícil de lembrar de qualquer iniciativa editorial em quadrinhos brasileira fora Tormenta e Turma da Mônica, que por sua vez vendem/venderam muito bem, obrigado.

VA:
Porque não tem, mesmo.

Não sei se o problema no Brasil é o monopólio, a cultura ou o simples fato de ainda não haver necessidade de histórias com continuidade. O fato é que só Turma da Mônica faz sucesso de verdade, mesmo.

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