Autor Tópico: Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel  (Lida 1102 vezes)

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Offline Malena Mordekai

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Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel
« Online: Janeiro 03, 2012, 06:36:46 pm »
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/garota-de-oito-anos-provoca-debate-sobre-extremismo-religioso-em/n1597506520777.html

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O mais recente campo de batalha na luta de Israel contra o extremismo religioso cobre pouco mais de um quilômetro quadrado da cidade judia de Beit Shemesh, situada entre Jerusalém e Tel Aviv, e tem como rosto uma menina loira e de óculos que frequenta a segunda série.

Seu nome é Naama Margolese, 8 anos, e ela é filha de imigrantes americanos que são judeus ortodoxos modernos. Um programa de televisão local contou a história de Naama no fim de semana, revelando seu medo de caminhar para a escola elementar local depois que homens ultraortodoxos cuspiram nela e a insultaram, chamando-a de prostituta porque seu vestido não segue exatamente aos seus rigorosos códigos de vestimenta.

O país ficou indignado. A fotografia de Naama foi veiculada nas primeiras páginas de todos os principais jornais israelenses. Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insistiu no domingo que "Israel é um Estado democrático, ocidental e liberal" e prometeu que "a esfera pública de Israel está aberta e segura para todos", tem havido confrontos em alguns locais do país.

Homens e meninos ultraortodoxos, uma das seitas judaicas mais rigorosas, já jogaram pedras e ovos contra a polícia e os jornalistas, aos gritos de "nazistas" contra as forças de segurança e atacaram repórteres do sexo feminino com palavras como "shikse", um termo depreciativo iídiche para uma mulher ou menina não-judia, e "prostituta". Judeus de variados graus de ortodoxia e laicidade seguiram para Beit Shemesh na noite de terça-feira para juntar-se aos moradores locais em um protesto contra o fanatismo religioso e a violência.

Para muitos israelenses, não se trata de uma briga para que uma menina possa andar até a escola. Essa é uma luta que pode influenciar o caráter e a alma do país, contra ultraortodoxos fanáticos que têm cada vez mais invadido a esfera pública com a sua interpretação estrita das regras, impondo a segregação de gênero e a exclusão das mulheres.

A batalha tem se tornado cada vez mais visível nas últimas semanas e meses. Soldados ortodoxos abandonaram uma cerimônia na qual soldadas cantavam, aderindo ao que eles consideram ser uma proibição religiosa contra ouvir a voz de uma mulher; mulheres, por sua vez, têm desafiado a disposição de assentos em ônibus "kosher" que operam em bairros ultra-ortodoxos e algumas estradas intermunicipais, onde passageiros do sexo feminino devem se sentar na parte de trás.

Leia também: Israel prende judeu ultraortodoxo que xingou soldada em ônibus

A coerção virulenta em Beit Shemesh foi atribuída principalmente a um grupo de extremistas ultraortodoxos que vieram de Jerusalém, também conhecido como Sicarii, ou homens adaga, em homenagem a uma facção violenta de judeus que tentou expulsar os romanos de Jerusalém em 70 a.C.

Extremismo religioso não é algo novo para Israel, mas os Sicarii tem agido com uma ferocidade e um vigor que ainda não foram totalmente explicados. Certamente, a política de coalizão de Israel têm permitido que os partidos ultraortodoxos exerçam poder desproporcional em relação a cerca de 10% da população que representam.

Como o texto é o dobro disso, sugiro que cliquem no link pra ler o resto.
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Re:Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel
« Resposta #1 Online: Janeiro 04, 2012, 01:43:18 am »
Israel é um caso muito louco.

A começar porque fui fundada por judeus secularistas e reformistas que usaram uma parte da mitologia judaica (o Sionismo, o mítico retorno a  Eretz Israel pelo povo judaico após o Exílio Romano) que nem eles levavam exatamente a sério para fundar uma nação que hoje é defendida com mais entusiasmo por alas relativamente tradicionalistas do judaísmo, tendo uma espécie de identidade mista como uma nação liberal e ocidental e ao mesmo tempo, tem elos muito próximos com o tribalismo religioso típico do Oriente Médio. E aí dá para ver o que acontece quando você mistura esses dois elementos, ainda mais quanto é preciso fazer concessões para os ultra-ortodoxos (Judeus Haredi).

Contudo, é bom lembrar que o grupo que realizou tais atos, o Sikrikim (Sicarii é o termo romano, Sikrikim é o hebraico e por essas bandas, o termo é Sicário) tem simpatias com a Neturei Karta e outras organizações de Judeus haredi que são anti-sionistas e tem tantas simpatias com o estado de Israel como as nações vizinhas de Israel tem o com o mesmo.




« Última modificação: Janeiro 01, 2013, 03:33:26 am por Stormbringer »

Re:Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel
« Resposta #2 Online: Janeiro 09, 2012, 12:07:00 am »
É como se criassem um país para os protestantes e mandassem para lá luteranos, anglicanos da alta igreja, testemulhas de jeová, batistas, adventistas do setimo dia, pentecostais, neo pentecostais etc.

no final das contas eles são protestantes, mas tem bem pouco a ver uns com os outros.

Offline Malena Mordekai

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Re:Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel
« Resposta #3 Online: Janeiro 11, 2012, 04:57:02 pm »
Muito boa comparação pra se entender melhor essa realidade, 3libras.

Tem gente por aí que acha que judaísmo e sionismo são sinônimos, há muita desinformação... são raras pessoas como o Elfo, que conhecem bem o funcionamento das religiões.
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Re:Judeus Ultraortodoxos Pregam Desigualdade Sexual em Israel
« Resposta #4 Online: Janeiro 12, 2012, 05:00:00 pm »
Colocando algo do Pharyngula que é ótimo:

We’re an equal opportunity religion basher here at Pharyngula, so after ridiculing the Islamic attitude towards female genitals, it’s only fair that we look at the other major Middle Eastern religion, Judaism and its extremists. And in Jerusalem, they are having a conference on innovations in gynecology — it’s Science! In the 21st Century! Yay!

Except…women will not be allowed to speak at the event. They can attend, but will be segregated into a separate section.It’s being held at the Puah Institute, which is apparently a bastion of Jewish ultra-Orthodoxy.

As far as Puah is concerned, it operates on a strictly kosher basis, as required by the ultra-Orthodox rabbinate. While there are women on its board of directors, its public face is strictly male, and the two sexes are not allowed to mix at its events.

To be sure, not all sectors of the ultra-Orthodox community support these exclusionary tactics, explains Nachman Ben-Yehuda, a Hebrew University sociology professor and author of the recently published book Theocratic Democracy. “But most people are too afraid to speak out.”


Isn’t that typical? Whether it’s Jewish, Muslim, or Christian, the exclusionary extremists all rise to prominence and start imposing their superstitious nonsense on everyone else…while the more numerous moderates tremble and hesitate to speak out against folly, and start looking for compromises. You cannot build a better world when you start by compromising with idiocy.