O Edu tá claramente confundindo "cena metal" com "fãs incondicionais e apoiadores".Cara, você tem que lembrar de uma coisa: como uma banda ganha dinheiro? Com o povo indo à droga dos shows. Se ninguém paga pra ir lá curtir os caras, as bandas vão à falência, morrem as bandas, tu não escuta coisas novas da cena nacional. Isso é ruim? Isso é péssimo. Principalmente porque o músico brasileiro é um músico muito criativo e nunca fez feio em relação ao povo de fora. Nesse ponto eu tenho que concordar com ele.
Falando sério, nunca me interessei em ouvir nada do Almah.Pois escute. Eu só ouvi um álbum e, para mim (PARA MIM), foi melhor que tudo que eu ouvi do Angra desde a entrada do Edu. São músicas com propostas um pouco mais diferentes. Vale a pena escutar.
E que legal que ele citou o fracasso do último show do Andre Matos: isso que dá se apoiar no sucesso passado e não criar nada de novo, ficar sempre na mesma (mas nem ouvi nada do último projeto dele, esse tal Symfonia).E se ele tiver passado para uma proposta nova? Você acabou de queimar a língua. Não sei, o Andre Matos caiu MUITO no meu conceito como músico/vocalista mas será que um show de 100 pessoas é o que ele realmente merece?
mas mesmo assim, medir a contribuição para a "cena metal" através do número de fãs é no minimo triste.Cara, o que mantém as bandas é a grana, ainda mais em se tratando de um estilo que requer muito do músico, que tem que treinar, ensaiar, até estudar bastante pra manter a qualidade e, pior, desenvolver, melhorar cada vez mais, coisa que qualquer um "headbangerzinho" adora exigir. Se não vale a pena, se o cara gasta muito pra se manter ativo a troco só de raiva, você acha que acontece o quê com o cenário do metal? O Brasil pode ter banda boa, mas elas não crescem se não tiver um público que vá assistir. O caso que ele citou do Sepultura (o Sepultura, uma banda de peso mesmo para padrões internacionais) em que a produtora lá ficou com 80 mil de prejuízo é muito grave. Você acha que ela vai apostar de novo na banda tão cedo? Não. E assim as bandas vão perdendo espaço.
E outra coisa... desprezar os elogios recebidos via internet não é uma atitude muito cavalheira.O cara estava muito puto. É tolice esperar que ele não fale de forma inconsequente. É óbvio que ele não quis desprezar o carinho dos fãs, mas ele tá puto com essa frescura toda de "eu curto a banda, mas não vou ao show porque eu tenho preguicinha". Não gosto do Edu Falaschi em muitos aspectos, mas eu entendo a situação em que ele tava quando gravou o vídeo.
O que eu vejo muito é um monte de poser, que "curte" metal, mas que não procura nada novo. Fica ouvindo sempre as mesmas bandas, os mesmos riffs, os mesmos vocais, etc, etc. A maioria das pessoas que curtem metal que eu conheço não são abertas a conhecer novas bandas, e isso é foda.Concordo plenamente. Aliás, pra começo de conversa, a esmagadora maioria das bandas pequenas se veem forçadas a ficarem fazendo só cover de bandas grandes e clássicas. Até aí tudo bem, é difícil pra muita gente resolver ir a um show de uma banda completamente desconhecida e ouvir só autoral e tal, muitas vezes é bom uma sessão cover pra mostrar que a banda faz a coisa direito, legal. Mas agora, parece uma exigência, um mandatário, que se toque sempre as mesmas músicas clássicas, das mesmas bandas, tudo. Então você tem uma série de bandas que tocam praticamente a mesma coisa porque ninguém recebe coisa diferente. Dá um desânimo muito grande isso, cara. =/
Claro que isso é péssimo. Mas isso é péssimo pra banda que ficou sem público. Só porque grandes nomes nacionais estão sem público não quer dizer que não tem público pras bandas locais, bandas novas (claro que nas devidas proporções: o que é um publico mediocre para o almah pode ser um sonho para uma banda nova de caras desconhecidos), ou mesmo outros nomes grandes. Eu me surpreendi com o que o edu disse sobre o Angra ter sempre bastante publico. Aqui é comum a gurizada falar "Angra? nah, angra tem show por aqui toda hora, vou não".CitarO Edu tá claramente confundindo "cena metal" com "fãs incondicionais e apoiadores".Cara, você tem que lembrar de uma coisa: como uma banda ganha dinheiro? Com o povo indo à droga dos shows. Se ninguém paga pra ir lá curtir os caras, as bandas vão à falência, morrem as bandas, tu não escuta coisas novas da cena nacional. Isso é ruim? Isso é péssimo. Principalmente porque o músico brasileiro é um músico muito criativo e nunca fez feio em relação ao povo de fora. Nesse ponto eu tenho que concordar com ele.Citarmas mesmo assim, medir a contribuição para a "cena metal" através do número de fãs é no minimo triste.Cara, o que mantém as bandas é a grana, ainda mais em se tratando de um estilo que requer muito do músico, que tem que treinar, ensaiar, até estudar bastante pra manter a qualidade e, pior, desenvolver, melhorar cada vez mais, coisa que qualquer um "headbangerzinho" adora exigir. Se não vale a pena, se o cara gasta muito pra se manter ativo a troco só de raiva, você acha que acontece o quê com o cenário do metal? O Brasil pode ter banda boa, mas elas não crescem se não tiver um público que vá assistir
E se ele tiver passado para uma proposta nova? Você acabou de queimar a língua. Não sei, o Andre Matos caiu MUITO no meu conceito como músico/vocalista mas será que um show de 100 pessoas é o que ele realmente merece?Se ele mudou, quem saiu perdendo fui eu. O cara é muito bom, seu único erro foi cair na mesmice. Mas depois de 5 albuns com pouquissimas variações no estilo, eu abandonei. É pedir demais que o cara continue gastando dinheiro a cada novo CD, esperando que dessa vez seja algo que goste mais.
Mas agora, parece uma exigência, um mandatário, que se toque sempre as mesmas músicas clássicas, das mesmas bandas, tudo. Então você tem uma série de bandas que tocam praticamente a mesma coisa porque ninguém recebe coisa diferente. Dá um desânimo muito grande isso, cara. =/É verdade, eu sempre queria fazer uns covers de umas bandas que tinham musicas muito boas, mas o resto da banda acabava não gostando muito justamente por serem menos manjadas. Era como se a gente tivesse liberdade para escolher as musicas, mas só de algumas bandas presselecionadas (helloween e angra era em todas).
Tipo... não ocorreu pro cara que podem não ir no habibs simplesmente por não gostar, ou o marketing dele não ser tão bom, ou o público alvo escolhido por ele realmente é pequeno..? Será que o Edu anda divulgando suficientemente o trabalho dele? Publicidade é tudo. Como tu mesmo disse, a proposta é diferente da do Angra, então como é que o cara vai querer comparar os públicos e botar a culpa unicamente no fã?
Da mesma forma que o artista Brasileiro é bom, o publico Brasileiro é exigente.Exigente ao ponto de não gostar de nenhuma banda? Esse vídeo, pelo que ele deu a entender, era nos bastidores de um festival. Um festival. Onde não só o Almah tava tocando, mas, provavelmente muitas outras bandas locais e a galera não faz volume.
Só porque grandes nomes nacionais estão sem público não quer dizer que não tem público pras bandas locais, bandas novas (claro que nas devidas proporções: o que é um publico mediocre para o almah pode ser um sonho para uma banda nova de caras desconhecidos), ou mesmo outros nomes grandes.Cara, ele tava reclamando mais das bandas menores. Princialmente quando ele comentava "e se o Angra e o Sepultura acabarem, o metal morre, como foi na Argentina com o Rata Blanca". E é isso que eu vejo. Basicamente a lógica é essa: se nem as bandas grandes tem público, que dirá as bandas pequenas. Na prática, você tem as pessoas prestigiando as bandas locais como você diz? Tem. Mas são as mesmas pessoas amigas que vão sempre aos shows. Ao ponto de você reconhecer praticamente todo mundo quando você vai a esses shows locais. Ou seja, o volume de gente lá prestigiando não vai variar muito dalí.
Esse depoimento do Edu seria o equivalente ao gerente do Habibs chegar indignado dizendo: "Caralho, o pessoal não compra no habibs, só no Mac Donalds! Mas claro né, são tudo paga pau de americano, e Mac é um simbolo da cultura ianque! Desse jeito a industria de fast food vai à falência, e o consumidor é que vai tomar no cu, já que vão parar de surgir novas empresas. Tudo culpa dos fãs de fast-food!".Está mais para "caralho, esse povo não compra NADA no Brasil, fica só esperando aparecer uma 'loja móvel' dos gringos passar aqui vendendo alguma coisa pra eles comprarem", percebe a diferença?
provavelmente sim. ma sé muito mais fácil (e dói menos no ego) dizer que sua banda não tem publico por que é tudo puxa saco de gringo do que admitir que quase ninguém gosta dela ou que o seu marketing é horrívelQuanto ao marketing eu tenho que concordar. Tipo, teve um show do Almah aqui na minha cidade e no dia eu nem tava sabendo. Tipo, como assim? Sendo que um amigo meu comentou que o show foi até bem divulgado. Eu teria ido se soubesse, mas confesso que teria me arrependido. Eu tava no local na hora do show e ouvi o Edu cantando umas músicas. Não aguentei a terceira. Ele tá muito ruim como vocalista porque detonou a própria voz e continua forçando ela (mas isso não tem a ver com a "cena metal", tem mais a ver com ele em si*).
Se ele mudou, quem saiu perdendo fui eu. O cara é muito bom, seu único erro foi cair na mesmice. Mas depois de 5 albuns com pouquissimas variações no estilo, eu abandonei. É pedir demais que o cara continue gastando dinheiro a cada novo CD, esperando que dessa vez seja algo que goste mais.
Então vamos falar do Blind Guardian. Me diga que eles mudaram nos últimos 5 álbuns. Agora me diga que o show deles aqui no Brasil foi vazio. O marketing do Blind aqui no Brasil pra mim é igual ao de Andre Matos, nulo.Na verdade, vou te dizer que em POA o marketing pro Andre Matos tava maior que o do Blind nesse ultimo show do BG aqui. Recebi vários panfletinhos de divulgação, pelo menos.
Cara, ele tava reclamando mais das bandas menores.Me pareceu que ele generalizou para todas bandas menores por causa de uma ou outra conhecida dele que não são tão pequenas assim.
as 100 pessoas que continuam assistindo a banda local vão ser mais ou menos as mesmas 100 que vão continuar assistindo até o final da banda. Ela teve público? Teve. Cresceu com isso? Não. Aí está o problema.Só que se essas 100 acharem a banda realmente boa, elas vão espalhar por aí, e quem ouvir tal boato vai tender mais a ir num próximo show deles. Se no próximo show só irem as mesmas 100 pessoas, é sinal que o boca-a-boca não está funcionando.
A despeita da "exigência" do público brasileiro, como foi dito antes, o brasileiro também tem muito aquele quê de "não conheço, não vou". Eles esperam que em algum dia místico ele escute uma música aleatória que ele goste sem querer e pense "putz, essa banda parece boa" para COMEÇAR a considerar procurar algo sobre ela.Isso é verdade, mas o cara não pode esperar que vão ir no seu show sem nunca ter ouvido falar da sua banda né? O jeito é começar abrindo shows de bandas já conhecidas, tocando em festivais, distribuindo MP3's de algumas músicas. Se a banda for realmente boa, o boca-a-boca dá conta do resto.
E outra coisa: Angra é conhecido mundialmente? Jura que o cara quer se comparar ao Sepultura em quesito popularidade? Vai pro cacete 2...
Minha opinião: brasileiro paga pau de gringo sim. Demais. Temos diversas bandas brasileiras aqui que dão um pau nas gringas, e mesmo assim, os shows são vazios. Falem o que for, que é choradeira ou o quê, mas eu concordo com ele.
Se tivéssemos a mesma cultura que os finlandeses, teríamos uma cena Heavy Metal muito mais forte. Os finlandeses apoiam e divulgam qualquer banda deles com algum potencial e por isso a cena lá é muito forte. Não diria apenas para largar mão dos gringos, mas sim dar apoio as bandas locais também
Não me entenda mal, mas o que vou dizer do Shadowside vale para praticamente toda banda brasileira de "Metal" (como Metal, entenda, desde "Atmospheric" até "Post-Emo Black" Metal): A mairia dessas bandas são brasileiras por mero acaso geográfico.Nao entendo porque vestir a música com a identidade internacional do estilo tenha que fazê-la perder os fãs brasileiros. Por acaso brasileiros só podem dar atenção ao que mantém a identidade cultural padrão do país? "Cena de metal brasileira forte" não é o mesmo que "cena de metal patriótica".
Dê uma olhada na lista da Encyclopaedia Metallum (http://www.metal-archives.com/lists/BR). Tome um gole de vodka para cada banda com nome em inglês, francês ou alguma corruptela maluca desses idiomas - você vai acabar em coma alcoólico antes de terminar as iniciadas em Ac. Se você fosse beber para cada nome em português, acho que estaria no mesmo estado ao chegar na letra C. A julgar por isso, ao que me parece todas essas bandas procuram outro mercado, que certamente não é o nacional.
E não é só isso, vamos ao próprio Shadowside (tudo o que está escrito aqui pode ser extrapolado ao Angra). A banda grava na Suécia, tem todas as letras e nomes de músicas em Inglês, o display do site oficial aparece inicialmente em inglês. A turnê deles acompanha o do Metalium ou do WASP e eles fizeram 4 shows no Brasil, todos restritos em uma pequena faixa.
E agora reclamam que não tem atenção no Brasil? Realmente, faz juz à clássica afirmação que "Patriotism is the last refuge of a scoundrel."
Problema é que metal em português fica... esquisito...tão estranho quanto vc ouvir bossa nova em inglês...Fazer metal em inglês É mais fácil. O português é uma lingua bem cadenciada (e com palavras/frases normalmente mais compridas), o que torna difícil encaixar em um instrumental mais "reto", rápido, ou truncado (características de diferentes estilos de metal). Mesmo assim, é possível fazer metal em português que soe de forma legal. Alguns exemplos abaixo: