Mais tarde, sei lá quando, vou escrever um post comentando e analisando dois pontos que se tornaram centrais no debate aqui e Brasil afora: 1. A causa - se o motivo do protesto é justificado, legítimo, prós e contras; 2. A forma - como estão reivindicando isso que querem, independente da legitimidade de sua causa.
Nunca estudei na USP, nunca nem pisei na USP, mas estou no meio acadêmico tenho colhido opiniões e, principalmente, informações.
Mas antes de entrar no mérito da questão, algo bastante incômodo é o bolo de falácias que tem sido utilizados, por ambos os lados (não que possam haver apenas dois lados nessa questão, mas enfim). O taxar de maconheiro, comunista, filhinho de papai já foi comentado aqui, mas as mesmas pessoas que se incomodaram com este cometem, indo na onda de um bando de chimpanzés acadêmicos, uma falácia similar:
quem é contra a manifestação é chamado de direitista, reaça, tira suas informações de Reinaldo de Azevedo, leitor de Veja, aliena, lambedor de testículos do Diogo Mainard, burguês, etc.
Isso é bobagem. É absolutamente possível alguém ser contra a manifestação, ter problemas gerais ou específicos com ela, e não ser nada disso. Da mesma forma que acho bastante divertido postarem "FHC receba sua aposentadoria do INSS" como suposta resposta ao "Lula, trata-se pelo SUS" (que eu também não concordo), como se a pessoa que endossa o segundo necessariamente o fizesse apenas por razões espúrias, por ser uma tiete de FHC, um tucano ou coisa que o valha.
Se acham que alguém esta equivocado demonstrem isso com honestidade. Não se combate desonestidade intelectual com desonestidade intelectual.