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06/06/2013 - 09h47Audiência pública debate criação do Dia Nacional do PerdãoUma das intenções da deputada que propôs o encontro é incentivar a prática do perdão como forma de reduzir a violência nas grandes cidades.A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza hoje audiência pública para instituir o Dia Nacional do Perdão. Segundo a deputada Keiko Ota (PSB-SP), autora do requerimento para a realização da audiência, a instituição da data se justifica pela necessidade de se combater atos de intolerância contra a população desencadeados pela violência crescente nas grandes cidades.“O ritmo alucinado da vida moderna e as dificuldades nos relacionamentos interpessoais, intensificados pela presença da violência no dia-a-dia da população, contribuem para o notório aumento do volume de consultas, tratamentos e até internações de pessoas que sofrem com sintomas de depressão, estresse, doenças cardiovasculares, entre outras”, diz a deputada.Ela lembra que o acúmulo frequente de problemas sociais desencadeia uma série de atos violentos (verbais e não-verbais) nos mais diversos patamares. Isso faz com que a população esteja mais propensa à intolerância, à impaciência, à revolta e a outros males que acabam por fomentar um estado de violência. “A retenção de mágoas, rancores e desesperanças é particularmente perigosa para o bem-estar coletivo. O caminho para superar essas situações é incentivar e cultivar o exercício e a prática do perdão”, acredita Keiko Ota.A autora do requerimento afirma que o perdão é um mecanismo que proporciona a quem foi prejudicado a sensação de paz e que, ao assumir essa responsabilidade, a pessoa se sente sujeito de sua própria história, e não mais uma vítima da situação. Desta forma, raciocina a deputada, o ato de perdoar descaracteriza o sentimento de vingança e, consequentemente, inibe a geração de mais violência. “O perdão possibilita que a pessoa que tenha sido prejudicada leve sua vida em frente, através da experiência interior de recuperar o bem-estar e a paz”, diz ainda Ota.Segundo a deputada, a busca da paz deve ser a prioridade dos governos no estabelecimento de políticas públicas nas áreas da educação, da saúde, do esporte, da cultura e do lazer.Foram convidados para o debate:-o juiz do Juizado Especial Cível e Membro do 5º Colégio Recursal da Comarca de São Paulo, José Carlos de Lucca;-o presidente nacional da Associação dos Jovens da Seicho no ie do Brasil, Carlos Alberto da Silva; e-o vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Geraldo Capetti Sobrinho.A audiência pública está marcada para as 9 horas no Plenário 3.Da Redação/MM
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Câmara aprova o Dia Nacional do Perdão19/03/2015A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou há pouco o Projeto de Lei 6128/13, da deputada Keiko Ota (PSB-SP), que cria o Dia Nacional do Perdão, a ser comemorado anualmente em 30 de agosto. Nesse dia, a deputada perdeu seu filho, Ives Ota, que foi sequestrado e assassinado brutalmente aos oito anos."Eu e o meu marido, Masataka Ota, perdoamos aqueles que causaram esse mal à minha família", disse ela. Para a deputada, o perdão proporciona uma sensação de paz a quem foi prejudicado.A data não será transformada em feriado nacional por conta da nova denominação.Relator na CCJ, o depuado Antonio Bulhões (PRB-SP) apresentou parecer pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica, ressaltando que a fixação de datas comemorativas é competência de lei federal.Como a comissão analisava a proposta em caráter conclusivo, ela seguirá agora para a análise do Senado Federal.Reportagem - Murilo SouzaEdição - Patricia Roedel