Agora, quanto a Astrologia ser uma ciência: Ela não o é. Não importa que no futuro ela possa o vir a ser. O fato é que ela não o é. No multiverso de possibilidades, se considerarmos as infinitas ocorrências qualquer coisa será possível. Portanto a discussão só é passível quando vinculado a nossa realidade atual. Se ela vir a se modernizar e agregar fatos comprobatórios, poderíamos reavaliar. Não há dado algum que comprove os Astros delimitando o destino e a personalidade dos humanos. A força gravitacional dos astros não influencia a Terra na mesma proporção que a própria Terra, a Lua e o Sol nos influenciam (não há marés causadas pela aproximação de Netuno). E estes têm ainda menos peso quando comparado com todo o aspecto antropológico e social que o ser humano está inserido. Acredito que seria mais útil estudarem antropologia e sociologia que a astronomia no destino dos homens.
Só não me atenho a falar de religião, e somos mais resguardados nisso, pois a religião afeta um aspecto fundamental para a psique do ser humano: a morte. Por isso respeitamos mais ela que a Astrologia. Contestar a Astrologia não é condenar alguém à falta de uma vida pós-morte.
Cara, várias religiões não têm a mesma ideia de um pós-morte como nós ocidentais contemporâneos imaginamos. Mesmo os judeus, que eram a principal religião abrâamica, não tinham de início um pós-morte definido, grosso modo era um sheol onde as sombras iam, muito similar àquele hades onde iam parar todos indiscriminadamente.
Ou seja, se eu for de uma religião que não se foque no pós-morte, não mereço respeito pelas minhas crenças? A astrologia comum exerce uma das funções da religião: ela serve para orientar a vida das pessoas, deixá-las passivas quanto ao seu destino e seguras quanto aos seus caminhos, oferecendo "dicas".
O que eu, pelo menos, estava dizendo, é que a astrologia tem um background mesclado tanto com o da ciência (astronomia) quanto o da religião (estrelas como divindades, o conceito do destino, etc.).
Eu, que talvez deva ser até agora o que se mostrou mais pró-astrologia, não a enxergo como ciência -- ou pelo menos, não como uma ciência nos moldes contemporâneos. Ciências esotéricas são distintas de misticismo esotérico.
Isso dito, acho idiotice meter astrologia nesse ponto, afetando seleção. Como foi dito, existem meios jurídicos de tentar evitar isso , só que o ônus da prova atrapalha, e há também aquela velha compadrinhagem dentro dos meios empresariais, conheço quem fez parte ativa de greve e nunca conseguiu emprego mais em sua área. Que dirá nesse tipo de coisa.