Autor Tópico: Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM  (Lida 20645 vezes)

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Offline Lucita

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #90 Online: Fevereiro 20, 2013, 12:10:21 pm »
A questão da propaganda é a questão da cultura. Propaganda propaga o uso, incorpora na cultura.

Alguns produtos simplesmente não devem ter o uso incentivado. Toda essa conversa de proibição de propaganda de cigarro começou quando eu disse que sou a favor da liberação da maconha mas não acho seria legal ver propaganda de maconha por aí. Isso várias páginas atrás, pra quem teve preguiça de ler o tópico todo (com razão).

E isso tudo só porque certas coisas não devem ter o consumo incentivado, nem proibido. Mesma coisa de ninguém ver propaganda de antibiótico, hoje só se compra com receita médica, mas isso mudou há pouco tempo e mesmo antes não tinha propaganda. Por quê? Porque propaganda incentiva o consumo e antibióticos são substâncias que não devem ter o consumo incentivado. Não é (só) porque as pessoas são burras e manipuláveis, nem porque "eu" não gosto de antibióticos. Também não tem propaganda de insumos agrícolas por aí, nem de remédios para animais, nem de substâncias de uso profissional, que vão desde escova de cabelo com formol até produtos químicos industriais. Praticamente todas essas coisas você pode comprar sem comprovação de nada, só não é bom que a "massa" incorpore o uso dessas coisas no cotidiano como se isso não fosse causar problema algum. Por isso a falta da propaganda: não se incentiva o consumo, mas se você quiser usar, vai na fé, champz.

Agora, quanto ao fast-food, eu concordo que deveria existir uma regulamentação melhor do que existe, mas não proibição da propaganda. Por pior que pareça, McDonalds e afins ainda é comida, que mata a fome e tal... não tem restrição de idade para compra como bebida e cigarro e não são a única causa da obesidade. Então não é a mesma coisa, por isso não deve ser encarado da mesma forma.

Agora, sinceramente, f***-se se faz mal ou não, ninguém está falando de proibir o uso. Quem quer estragar a própria saúde, problema dele. Mas incentivar essa prática e incorporar isso à cultura já são outros 500.
« Última modificação: Fevereiro 20, 2013, 12:13:44 pm por Lucita »

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Offline ferdineidos

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #91 Online: Fevereiro 20, 2013, 12:30:55 pm »
A questão da propaganda é a questão da cultura. Propaganda propaga o uso, incorpora na cultura.

Aqui eu acho que tá tendo o grande problema, eu não consigo ver o problema disso ser incorporado à cultura, como você coloca. É um produto que faz mal, mas - sinceramente - não acho que sua propagação deve ser banida por isso. Eu acredito que o ser humano é inteligente o suficiente para decidir o que consome.

Duvido que eu consiga te convencer do contrário e vice-versa. Respeito sua opinião, mas discordo dela.

Alguns produtos simplesmente não devem ter o uso incentivado. Toda essa conversa de proibição de propaganda de cigarro começou quando eu disse que sou a favor da liberação da maconha mas não acho seria legal ver propaganda de maconha por aí. Isso várias páginas atrás, pra quem teve preguiça de ler o tópico todo (com razão).

Novamente, sendo um "incentivo" que parte da própria empresa que produz, sem propagação de mentiras sobre o produto e sendo regulado (avisos que cigarro pode causar câncer, "não beba e dirija", restrições de horário, essas coisas), não vejo problema. Não tô tentando ser chato-confrontativo aqui nem nada, só explanando minha opinião.

E isso tudo só porque certas coisas não devem ter o consumo incentivado, nem proibido. Mesma coisa de ninguém ver propaganda de antibiótico, hoje só se compra com receita médica, mas isso mudou há pouco tempo e mesmo antes não tinha propaganda. Por quê? Porque propaganda incentiva o consumo e antibióticos são substâncias que não devem ter o consumo incentivado. Não é (só) porque as pessoas são burras e manipuláveis, nem porque "eu" não gosto de antibióticos. Também não tem propaganda de insumos agrícolas por aí, nem de remédios para animais, nem de substâncias de uso profissional, que vão desde escova de cabelo com formol até produtos químicos industriais. Praticamente todas essas coisas você pode comprar sem comprovação de nada, só não é bom que a "massa" incorpore o uso dessas coisas no cotidiano como se isso não fosse causar problema algum. Por isso a falta da propaganda: não se incentiva o consumo, mas se você quiser usar, vai na fé, champz.

Só pra falar que a maioria das coisas aí tem propaganda sim, mas pra um nicho específico. Não existe nenhuma lei (que eu conheça) que proíbe propaganda. Ela só não é direcionada para a massa por que não tem retorno.

Agora, quanto ao fast-food, eu concordo que deveria existir uma regulamentação melhor do que existe, mas não proibição da propaganda. Por pior que pareça, McDonalds e afins ainda é comida, que mata a fome e tal... não tem restrição de idade para compra como bebida e cigarro e não são a única causa da obesidade. Então não é a mesma coisa, por isso não deve ser encarado da mesma forma.

Mas até aí cigarro por si só não causa câncer. Ele pode o que é diferente do vai. É necessário outros fatores pro câncer se desenvolver. E no caso nenhuma coisa é realmente igual a outra, por isso minha preocupação que algumas pessoas colocarem que "faz mal, então não vejo problema". É preguiçoso e genérico de mais pra eu achar legítimo.

Eu queria responder ao leleco, principalmente pela questão do "fumante passivo", mas só vou poder fazer isso hoje à noite.
"Entre todas as tiranias, a tirania exercida para o bem de suas vítimas é a mais opressiva.Talvez seja melhor viver sob o olhar de nobres usurpadores do que de intrometidos moralistas onipotentes."

Offline Barão

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Re: Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #92 Online: Fevereiro 20, 2013, 01:59:36 pm »

No Brasil apesar de não percebemos há muitas pessoas que são dependentes químicas do álcool, muitas em tratamento e a propaganda é de certa forma uma tortura e fonte de recaída para essas pessoas. É possível evitar locais com álcool, mas quando ele entra em sua casa pela TV, fica difícil. Não adianta extrapolar isso para alimentos porque eles não causam dependência.

Elas não podem ir nem ao supermercado então... O Estímulo da propaganda é só uma desculpa para a pessoa que ainda está desestruturada em relação ao seu tratamento. É complicado dizer que só álcool causa dependência, porque há vários estudos que apontam que sal, açúcar e gordura também causam dependência química. A própria exposição a propagandas pode ter o mesmo efeito em quem faz uma dieta, da "recaída".

Existe um estudo específico sobre isso? Acredito que é um pouco absurdo. Na verdade, eu nem entendo propaganda muito bem desses produtos, não sei se é porque não sou o público alvo, mas as únicas propagandas que eu posso dizer "me influenciam" são propagandas de produtos de alimentação e obviamente não são todas. Mas isso é porque eu já sou um cara que como bastante e gosto de comer, se eu ver uma propaganda de um produto feito de insetos provavelmente eu não comeria.

Sendo um pouco mais preciso, a propaganda serve para eu selecionar mais a marca do produto que vou comprar do que o produto em si. Eu já sei o que eu quero ou não, mas algumas marcas, principalmente que trazem novidades que qualificam o produto mas não o modificam, e precisam expor isso ao cliente de uma forma que talvez ele não preste atenção simplesmente quando na gondola do supermercado. Para cervejas, isso é bastante claro. Elas não tentam te incentivar a beber (quando você não bebe). Elas te incentivam a escolher a marca delas, no lugar de outras, qualificando o produto (como mais refinado, mais limpo, mais fácil de descer, mais descolado, repercussão internacional...)

Para ficar um pouco mais claro meu ponto: Comerciais de posto de Gasolina. Alguém aqui já comprou postos de gasolina? Não. Os postos vendem gasolina, mas quantos comerciais de gasolina per si existem? Praticamente todos os que lembro são em revistas especializadas, como a quatro rodas. O que se vende é muito mais o atendimento, o ambiente e a marca associada do que o produto em si. Existindo ou não comerciais do produto, as pessoas continuariam a consumir gasolina e os comerciais pouco se atentam em incentivar o consumo de gasolinas.

O Comercial não existe para gerar uma demanda no mercado (Minha opinião). O Comercial existe para disputar uma demanda pré-existente.

Há exceções, claro, quando o produto é muito novo e não é de consumo tão corriqueiro, exemplo propagandas de videogame na década de 80. Mercados praticamente monopolizados, onde uma só empresa vende um produto tão diferente e ela precisa, antes de divulgar sua marca, valorizar seu próprio produto, mas essa é uma exceção.

Offline Bodine

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #93 Online: Fevereiro 20, 2013, 06:54:32 pm »
@Barão

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É complicado dizer que só álcool causa dependência, porque há vários estudos que apontam que sal, açúcar e gordura também causam dependência química.

Sem cloreto de sódio e glicose, seu organismo não funciona e você morre. Parece que oxigênio também é outro que causa dependência química pesada.

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as únicas propagandas que eu posso dizer "me influenciam" são propagandas de produtos de alimentação [...] Mas isso é porque eu já sou um cara que como bastante e gosto de comer

Já pensou se você gostasse de beber álcool?

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Elas não tentam te incentivar a beber (quando você não bebe). Elas te incentivam a escolher a marca delas, no lugar de outras, qualificando o produto (como mais refinado, mais limpo, mais fácil de descer, mais descolado, repercussão internacional...)

Sim, mas aí você escolhe a marca delas e faz o que com as latinhas? Constrói um forte?

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Os postos vendem gasolina, mas quantos comerciais de gasolina per si existem? Praticamente todos os que lembro são em revistas especializadas, como a quatro rodas. O que se vende é muito mais o atendimento, o ambiente e a marca associada do que o produto em si. Existindo ou não comerciais do produto, as pessoas continuariam a consumir gasolina e os comerciais pouco se atentam em incentivar o consumo de gasolinas.

Às vezes você esboça algum conhecimento em marketing, depois desengana. Primeiro porque aí se trata de um serviço, caso absolutamente alienígena quando o assunto é consumo de cigarros e cerveja. Depois porque, se a propaganda não faz diferença, pra quê um gerente de marketing em sã consciência investiria 10% do rendimento anual da empresa (porcentagem média aproximada) em comunicação?

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O Comercial não existe para gerar uma demanda no mercado (Minha opinião). O Comercial existe para disputar uma demanda pré-existente.

Você imagina um mercado saturado, onde quem consome consome e quem não consome não virá a consumir. As marcas não conquistam consumidores só da concorrência.

É como se você dissesse que todas as necessidades já estão dadas, e que todo produto nasce de uma necessidade. Você já viu quantos tipos e sabores de comida de gato existem?

Sério, você se surpreenderia com a sinuosidade das curvas de venda de uma empresa que veicula uma campanha na Globo por um mês.


Offline Barão

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #94 Online: Fevereiro 20, 2013, 07:15:53 pm »
Eu não entendo nada de marketing, na verdade tudo que eu falei foi com base em economia...

Não estou dizendo que é 100% de vinculação entre propaganda e concorrência, mas que é o que define em grande parte. Eu não disse que propaganda não serve de nada, mas compara o market-sharing (é esse o termo técnico?) com o impacto da propaganda na globo e você vai entender meu ponto.

O que eu quero dizer é que a propaganda da Kaiser, por exemplo, não incentiva ninguém a beber cerveja da Antártica, se isso acontecer ela está falhando. Talvez o meu raciocínio econômico não esteja tão simples no que escrevi, depois volto para ler melhor.

Offline Skar

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #95 Online: Fevereiro 20, 2013, 07:27:51 pm »
@Thales

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No Brasil apesar de não percebemos há muitas pessoas que são dependentes químicas do álcool, muitas em tratamento e a propaganda é de certa forma uma tortura e fonte de recaída para essas pessoas. É possível evitar locais com álcool, mas quando ele entra em sua casa pela TV, fica difícil. Não adianta extrapolar isso para alimentos porque eles não causam dependência.

Na verdade, como lembrou o Barão, diversos produtos alimentícios causam certos graus de dependência. O chocolate que vemos ser promovido para todas as idades pode causar problemas de comportamento. Ou você já pensou naquelas pessoas que tem um comportamento obsessivo de comprar tudo que vê.. Essas pessoas não tem o direito de serem protegidas? Vamos começar a limar as propagandas e só deixar as do governo ?

A realidade é que o ser humanos se sente mal até pelo sucesso alheio. O Facebook deve começar a vetar partes da vida alheia para não afetar as outras pessoas?

@Bodine

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Já pensou se você gostasse de beber álcool?

E beber é um atitude ruim que não deve ser incentivada, mesmo quando diversas outras tão ruins quanto não o são?

Não seria mais fácil criar uma regulamentação que realmente seja eficaz para coibir os abusos do que proibir algo por não concordamos com aquela conduta?
The essentials for a productive discussion:
•    Tact: Be friendly, helpful, and cooperative.
••    Candor: Be frank and sincere.
•••    Intelligence: Think before you speak.
••••    Goodwill: Reasonable people can disagree.
•••••   Reception: Listen to what others are saying, not to what you think they're saying.

Offline Bodine

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #96 Online: Fevereiro 20, 2013, 08:20:35 pm »
Skar, eu não entendi nada do que você disse e é melhor cê trocar a fita, porque já falei que não tem a ver com meu julgamento sobre isso ser ruim ou não. A propaganda de alimento que influencia o Barão, que gosta de comer, é tão efetiva quanto a propaganda de bebida para quem gosta de beber. Você é o único de nós a sequer mencionar isso ser bom ou ruim, eu to falando é de um funcionamento.





Offline Skar

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #97 Online: Fevereiro 20, 2013, 08:33:13 pm »
Skar, eu não entendi nada do que você disse e é melhor cê trocar a fita, porque já falei que não tem a ver com meu julgamento sobre isso ser ruim ou não. A propaganda de alimento que influencia o Barão, que gosta de comer, é tão efetiva quanto a propaganda de bebida para quem gosta de beber. Você é o único de nós a sequer mencionar isso ser bom ou ruim, eu to falando é de um funcionamento.

Bem então por que uma propaganda pode ser vinculada sem problemas e a outra não?

Fora que:

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Já pensou se você gostasse de beber álcool?

Posso ter interpretado de maneira errada, mas parece que você quis dizer que que beber alcóol é pior que querer comer mais.
The essentials for a productive discussion:
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Offline Bodine

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #98 Online: Fevereiro 20, 2013, 09:02:51 pm »
Cê só pode ta me trollando  :putz:


Offline Arquimago

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Re: Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #99 Online: Fevereiro 21, 2013, 08:27:05 am »
Vcs andam confundindo respostas fisiológicas com psicológicas, dependência química é fisiológica, querer comer mais que o necessário (é falta de educação alimentar, ou seja psicológico), querer viver a vida alheia é psicológico. Compulsão não é vício (e a pessoa pode ter os dois pela droga)

E lembrando que o colesterol é importante para a manutenção das membranas celulares, gordura, sal, açúcar, tudo isso é importante para o funcionamento do organismo... Então não misturem as coisas.

Enviado de meu Galaxy Tab 2 usando o Tapatalk 2
Dança do Arquimago... dança do Arquimago... teste de reflexo para não ficar queimado, fireball, fireball, fireball, fireball, fireball, fireball, fireball, fireball...

Offline Barão

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Re:Agenda progressista, outras frescuras das pessoas de BEM
« Resposta #100 Online: Fevereiro 21, 2013, 11:24:31 am »
Essas propagandas do FB as vezes me impressionam. As que estão agora parece que sabem exatamente onde eu moro e o que eu como... Fruto de eu dizer que sou suscetível a propaganda de comida, será?