Bom, já vou deixar minhas considerações sobre o jogo, começando pelo setup, que tem alguns pontos confusos:
- Sobre a composição da máfia: eu queria o Loki como SK a todo custo. Nada me faria colocar ele como aliado de alguém. Além disso, o jogo não cita em nenhum momento que o Fenrir tem alguma ligação com ele (isso acontece na mitologia, sim, mas nesse jogo não). Ele e o Bloodbane também não tem nenhuma ligação com Odin e a Hrist, mas eu precisava de vilões o suficiente pra compor a máfia... então juntei 4 vilões + 1 einherjar maligno, e deixei o deus da trapaça sozinho. Pensei muito antes de fechar esse setup, não fiquei satisfeita com ele, mas foi a composição que me deixou menos infeliz.
- Sobre o Brahms: como o jogo se passava no final A, iniciando no momento onde ele se reúne com Lezard para salvar a Lenneth, eu não colocaria esses dois personagens como anti-cidade de forma alguma. Mas como eu já tinha 2 independentes, não cabia um terceiro, então Brahms ficou como cidadão. Eu também precisava de um policial, que é um poder que não combina com
nenhum dos personagens... acabei deixando ele com o Brahms, porque eu queria um poder forte e importante o suficiente pra fazer jus ao personagem.
- Sobre o Lezard: foi o personagem mais difícil pra construir. Como eu falei, ele não é um vilão no Final A (ele simplesmente destrói a pesquisa dele pra trabalhar em grupo em prol da mocinha); a princípio, ele era apenas sobrevivente e bloqueador, mas o Kazack me deu a dica de apimentar o personagem, sendo que ele é um carinha overpower e muito popular. Então colocamos como condição de vitória ele proteger a Lenneth, e como condição oculta, se manter vivo, caso ela morresse. A carga de vigilante veio com a morte da Lenneth porque... bom, é o fucking Lezard.
Se eu refizesse o jogo não colocaria esse conjunto de ações novamente, claro. Mas não gostaria de deixá-lo fraco de forma alguma.
- Sobre a mecânica de cenários: particularmente detestei. Achei que seria uma ótima ideia pra me ajudar a equilibrar as facções, além de casar bem com o jogo original, mas no fim, senti que mais me atrapalhou do que ajudou. No final, eu deveria ter acrescentado mais dois cenários pro pessoal explorar, mas preferi deixar o jogo sem nenhum. Não usaria essa mecânica novamente.
O ponto positivo foi ter gerado um pouco de discussão no primeiro dia, o que geralmente é difícil de conseguir.
- Suplentes: fiquei feliz por este jogo ter tido dois suplentes cidadãos. Não cura o estigma que os suplentes têm de serem anti-cidade, mas espero que as coisas estejam começando a mudar nesse sentido.
- Acho que os grandes jogadores dessa máfia foram: Assumar, pela mira perfeita; Boing, pela ótima mira no Assumar, por ter ganhado como independente e tido uma boa participação durante todo o jogo; Nibelung, pelas boas estratégias e por ter adivinhado meu setup quase todinho
e pro MVerde e por toda a máfia, pela criatividade e por terem aberto mão da vitória no final em troca de diversão.
Gostei muitíssimo de narrar esse jogo. Só esse final inesperado já fez todo o trabalho ter valido a pena. Aguardo mais críticas construtivas.