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O que vocês estão jogando?

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niltonql:

--- Citação de: Lúcio Quíncio Cincinato em Novembro 04, 2017, 11:47:55 am ---Dos usuários que ainda postam ocasionalmente por aqui, quase todos são em alguma medida, "otimizadores/advogados de regras/mecanicistas/caras estranhos" que conhecem/conheceram relativamente bem D&D 3.x e Pathfinder.  ^_^

--- Fim de citação ---

Já que só estamos nós aqui mesmo, apesar de ter uns stalkers que leem o tópico e não respondem, vou fazer um off-topic:

Eu também joguei D&D 3.5 e esse lance de "fazer build" (quase um pleonasmo) me brochava um pouco. Tipo, o cara não jogava com o que ele queria jogar, jogava com uma receita de bolo que é o que a comunidade achava mais adequado e, via de regra, "mais adequado" normalmente era o que fazia mais dano sem violar nenhuma regra do jogo.

Se um jogador aparecesse falando que queria jogar com um "samurai", e aparecia mesmo que a campanha nada tivesse a ver com Japão feudal, não bastava fazer um guerreiro que luta com espada longa e arco, tinha que ser a classe de prestígio do livro xyz muito mais vantajosa que um guerreiro que luta com espada longa e arco. Ou seja, o cara não queria nem saber o que é um samurai, ele só queria os bônus da classe de prestígio do livro XYZ.

Não é a toa que existiam dezenas de livros complementos. Era o mercado do build.

Mesmo algumas coisas dos livros básicos eu já achava meio merda. Tipo monge. Se o cara quer jogar com um personagem que dá porrada, por que não faz um guerreiro com combate desarmado? O que um monge tem a ver com o resto do cenário do livro básico?

E o meio-orc? Meio-elfo eu já achava forçado desde o AD&D. Daí fizeram um meio-orc meio prejudicado nos atributos.

É isso. Se eu fosse mestrar seriam apenas os livros básicos ou só o livro do jogador mesmo.

Outras house rules que eu considerava:
*tabuleiro hexagonal;
*sem nehuma raça meio-algo;
*sem arma exótica;
*sem monge;
*sem druida;
*paladino só pra humano;
*feiticeiro só pra elfo;
*bárbaro só para anão;
*confirmou crítico com 20 é golpe fatal;
*talentos metágicos causam dano no conjurador ao invés de subir o nível da magia [dano = aumento de slots * (nível da magia +1)]

etc

kinn:
Voltamos para ad&d?  :linguinha:
Não tenho nenhum preconceito com raças não humanas sendo parte de qualquer classe. Minha única queixa com monges é que na 3.X ele é muito ruim. Classes não conjuradoras precisam de super-otimização de livros xyz para tentar começar a fazer par com conjuradores - e mesmo assim fracassam miseravelmente.

Por esse motivo que abandonei o 3.X
A 4e me deu o que mais queria que era equilíbrio entre as classes e a 5e, apesar de ser um retorno de vacas sagradas, a maioria delas ficou de fora e o desequilíbrio entre classes ficou menor, então posso jogar/mestrar nele de forma aceitável.

Smaug:

--- Citar ---Eu também joguei D&D 3.5 e esse lance de "fazer build" (quase um pleonasmo) me brochava um pouco. Tipo, o cara não jogava com o que ele queria jogar, jogava com uma receita de bolo que é o que a comunidade achava mais adequado e, via de regra, "mais adequado" normalmente era o que fazia mais dano sem violar nenhuma regra do jogo.
--- Fim de citação ---
Embora eu entenda seu ponto, a culpa não era nem do jogador ou da comunidade, e sim do sistema que não oferecia boas opções para o que o jogador gostaria de fazer. Obviamente existem limites (estamos falando de fantasia medieval, então alguém querendo jogar com mariner não teria como), mas dentro desses limites as opções boas ou jogáveis (que permitiam ao jogador contribuir com o avanço do grupo sem depender da boa vontade do mestre em castrar os restante dos personagens com um desafio que só aquele jogador em particular poderia resolver) eram incrivelmente limitadas, e limitadas aos conjuradores quase sempre. Seu exemplo do monge esbarra nisso (e digo esbarra porque o papel do monge é ir um pouco além de oferecer uma opção de combatente desarmado e cubrir o nicho de combatente zen estilo tigre e o dragão). Por que não fazer um guerreiro se armas? Porque as opções de combate desarmado conseguiam ser mecanicamente piores que o monge (pelo menos até o Tome of Battle)!
Então se eu vou gastar 4 horas semanais fazendo algo eu quero fazer isso bem e me divertir no processo. Obviamente que as opções mais otimizadas seriam favorecidas. Pode ser engraçado ficar errando ou dando espaço para outras classes no começo. Mas lá pela quinta ou sexta vez que você escuta o mago/clérigo falando "deixa comigo eu resolvo!" ou em todo combate você acerta 1 ou dois golpes e causa um dano ridículo (enquanto do lado os conjuradores vomitam dados de dano), a coisa tende a ficar chata.


--- Citar ---E o meio-orc? Meio-elfo eu já achava forçado desde o AD&D. Daí fizeram um meio-orc meio prejudicado nos atributos.
--- Fim de citação ---
Sei lá, acho que isso é gosto pessoal. Não tenho nada contra a raças hibridas (embora nunca jogasse com meio-orc porque não curtia o visual). Mas personagens hibridos são parte das tropes de fantasia (Terra-média têm seus hibridos lá pro meio) e acho bacana pelo drama que elas desenvolvem.

Limitação de classe por raça eu nunca gostei. Não usava nem no AD&D e comemorei quando isso foi embora na 3.x. Não fazia sentido do ponto de vista mecânico e limitava muito as opções dos jogadores.

Elven Paladin:

--- Citação de: niltonql ---Eu também joguei D&D 3.5 e esse lance de "fazer build" (quase um pleonasmo) me brochava um pouco. Tipo, o cara não jogava com o que ele queria jogar, jogava com uma receita de bolo que é o que a comunidade achava mais adequado e, via de regra, "mais adequado" normalmente era o que fazia mais dano sem violar nenhuma regra do jogo.
--- Fim de citação ---

Detalhe curioso - essa é a postura da "otimização vulgar" (aka, de quem faz os tópicos), mas não é tão próxima assim de quem normalmente é um entusiasta do tópico (aka, quem responde aos tópicos). A ideia não é usar "receitas" para montar o personagem que causa mais dano, mas conhecer o funcionamento do sistema de regras a ponto de saber onde ele funciona e o que precisa ser corrigido.


--- Citação de: niltonql ---Não é a toa que existiam dezenas de livros complementos. Era o mercado do build.

Mesmo algumas coisas dos livros básicos eu já achava meio merda. Tipo monge. Se o cara quer jogar com um personagem que dá porrada, por que não faz um guerreiro com combate desarmado? O que um monge tem a ver com o resto do cenário do livro básico?

...

É isso. Se eu fosse mestrar seriam apenas os livros básicos ou só o livro do jogador mesmo.

Outras house rules que eu considerava:
*tabuleiro hexagonal;
*sem nehuma raça meio-algo;
*sem arma exótica;
*sem monge;
*sem druida;
*paladino só pra humano;
*feiticeiro só pra elfo;
*bárbaro só para anão;
*confirmou crítico com 20 é golpe fatal;
*talentos metágicos causam dano no conjurador ao invés de subir o nível da magia [dano = aumento de slots * (nível da magia +1)]

--- Fim de citação ---

Ou seja, você não quer jogar D&D, mas sim uma forma de RPG Low Fantasy , mais próximo da Terra-Média ou 'Pornochanchada de Segunda", digo, Westeros - do que a ambientação (aka, cenários) que D&D utiliza. :)

D&D praticamente abandonou Low Fantasy ao redor da AD&D 2e Era (Tematicamente, com o sucesso de Dragonlance e Forgotten Realms - Mecanicamente, com os os Complete Class Handbook/Player´s Option) preservando somente alguns elementos disso nos primeiros níveis das edições posteriores.


--- Citação de: niltonql ---E o meio-orc? Meio-elfo eu já achava forçado desde o AD&D. Daí fizeram um meio-orc meio prejudicado nos atributos.
--- Fim de citação ---

Mecanicamente, os Meio-Orcs nunca foram uma raça muito bem feita (salvo na 4e) - mas tematicamente? Eles se baseiam em uma das origens do Uruk-hai ou mesmo dos "Espiões de Saruman" (que podem ser crias entre Orcs e Dunlendings). Tanto que citando uma das cartas do próprio Tolkien:

It became clear in time that undoubted Men could under the domination of Morgoth or his agents in a few generations be reduced almost to the Orc-level of mind and habits; and then they would or could be made to mate with Orcs, producing new breeds, often larger and more cunning. There is no doubt that long afterwards, in the Third Age, Saruman rediscovered this, or learned of it in lore, and in his lust for mastery committed this, his wickedest deed: the interbreeding of Orcs and Men, producing both Men-orcs large and cunning, and Orc-men treacherous and vile.

niltonql:

--- Citação de: Lúcio Quíncio Cincinato em Novembro 06, 2017, 02:40:16 am ---
Detalhe curioso - essa é a postura da "otimização vulgar" (aka, de quem faz os tópicos), mas não é tão próxima assim de quem normalmente é um entusiasta do tópico (aka, quem responde aos tópicos). A ideia não é usar "receitas" para montar o personagem que causa mais dano, mas conhecer o funcionamento do sistema de regras a ponto de saber onde ele funciona e o que precisa ser corrigido.


--- Fim de citação ---

Você falou em corrigir, mas também é verdade que a proporção de gente que tentava corrigir as regras era muito menor de quem queria se aproveitar das regras (mais ou menos como ocorre com advogados de verdade  :twisted: ).

Somando isso com o que o Smaug e o kinn falaram realmente eu querer jogar D&D3.X hoje em dia é querer dar murro em ponta de faca. Qualquer dia leio com calma o D&D5 e penso a respeito.

Aliás, o que o kinn quis dizer com "retorno de vacas sagradas"?


--- Citar ---
Ou seja, você não quer jogar D&D, mas sim uma forma de RPG Low Fantasy , mais próximo da Terra-Média ou 'Pornochanchada de Segunda", digo, Westeros - do que a ambientação (aka, cenários) que D&D utiliza. :)


--- Fim de citação ---

Não é bem a questão ser Low Fantasy; acho legal haver elfo, anão, etc. O meu problema é que eu achava o AD&D mais legal, daí fico tentando transformar o D&D3.X em AD&D.


--- Citar ---
Mecanicamente, os Meio-Orcs nunca foram uma raça muito bem feita (salvo na 4e) - mas tematicamente? Eles se baseiam em uma das origens do Uruk-hai ou mesmo dos "Espiões de Saruman" (que podem ser crias entre Orcs e Dunlendings). Tanto que citando uma das cartas do próprio Tolkien:

It became clear in time that undoubted Men could under the domination of Morgoth or his agents in a few generations be reduced almost to the Orc-level of mind and habits; and then they would or could be made to mate with Orcs, producing new breeds, often larger and more cunning. There is no doubt that long afterwards, in the Third Age, Saruman rediscovered this, or learned of it in lore, and in his lust for mastery committed this, his wickedest deed: the interbreeding of Orcs and Men, producing both Men-orcs large and cunning, and Orc-men treacherous and vile.

--- Fim de citação ---

Eu discordo desse argumento. Pra mim Tolkien é uma referência importante, mas não vejo como algo que é mandatório que seja seguido ao pé da letra.

Da forma como eu vejo, D&D é baseado em Tolkien, mas Tolkien, por sua vez é baseado em mitologia nórdica, celta, etc. Ou seja, se o mestre quiser fazer o cenário baseado diretamente na mitologia, assim como fez Tolkien, ele teria uma vasta gama de possibilidades de variações de raças e a possibilidade de criar suas próprias variações, ou não.

Mas sua colocação foi interessante de qualquer forma.  :positivo:

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