Poisé, já falei no shoutbox aqui e pra algumas pessoas em PVT uma situação bem inesperada que ocorreu em mesa. Os detalhes falarei depois.

Mas basicamente, vocês já testemunharam soluções criativas pra evitar um combate ou puzzle ou outro tipo de encontro conflituoso? Daquelas que deixam o mestre bem boquiaberto e surpreso? Se sim, dê seu testemunho aqui!

Depois do que vi acredito que jogadores criativos e suas soluções ultrapassam sistemas (embora alguns possam ajudar de maneiras incríveis a ter esses saltos de lógica loucas). No meu caso, foi numa mesa de D&D 4e (em outros lugares eu poderia dizer "chupa, 4e haters!")

Realmente nada a ver com o que eu propus pro tópico, hahahaha, mas já tinhas falado essa história antes em outra ocasião. Depois posto aqui a história do que era pra ser combate e que terminou em pegação e sexo entre PCs e NPCs.

Não quando o encontro era pra ser um combate, com direito a mapa e grid feito pra lutar, inimigos hostis e vários testes de diplomacia e blefar depois, NPCs na cama das barracas dormindo após tanto sexo e enfim os PCs livres pra abrir um portal pra Feywild

Falei esse relato pra muita gente ligada ao RPG que conheço e quase todos ficaram muito surpresos. Mas se no teu caso é mais corriqueiro, mais interessante ainda

O ultimo que eu me lembro foi uma ranger eladrin que aceitou transar com um tiefling que guardava as fronteiras de Tay para que o grupo pudesse seguir viagem. Eu sei lá o que o mestre esperava desse encontro (um tiefling liderando dois gigantes de fogo, cada um com um lobo flamejante, mais uma porrada de mortos-vivos), mas com certeza não era isso, ele até deu xp extra suficiente pra ela passar de nível...

Lembrei de outra, não tem a ver com sexo, mas foi bem criativa e me pegou desprevenido... em lobisomem: o apocalipse a matilha, formada só por posto 1, tentava recuperar o fetiche de um presa de prata que o havia perdido enquanto tentava caçar uma gorgona (um animal possuído por um espírito da wyld), com a esperança de ganhar algum renome com isso dentro da seita. Depois de alguma investigação descobriram que o fetiche havia sido encontrado por outra matilha composta apenas por Crias de Fenris e que se reuniam em um bar de motoqueiros que servia como território deles.
Os jogadores resolveram invadir o lugar e depois de muita furtividade e encenação, a Ragabash conseguiu roubar o fetiche sem a matilha rival perceber, mas foi traída por sua curiosidade e pega pelo totem dos fenris. Obviamente, ela tentou fugir, deu um jeito de avisar o restante do grupo e tudo indicava um puta de um combate, mas o outro ragabash simplesmente tomou a frente, enrolou o líder dos fenris e conseguiu que ele o desafiasse pelo fetiche, ao que o jogador, na posição de desafiado, escolheu... um trava línguas!! (??) O ragabash espertão ganhou, a matilha voltou com o fetiche e abocanhou um bom renome (inclusive sabedoria pelo trava linguas).

Na verdade, o comum é ser um desafio de combate, charadas ou confrontação (ficar um encarando o outro e perde quem desvia o olhar primeiro), eu não sei se trava línguas entraria como charada (eu acho que não), mas como foi um duelo justo havia pouca coisa pra se contestar o contrário. 

(agora, só por um momento, visualize a cena: um bando de lobisomens, alguns claramente preparados para o combate, em crinos, cercados por espiritos lobos igualmente furiosos, disputando trava linguas).

Qualquer um que tenha jogado com (ou mestrado para) um mago - ou outro fullcaster da 3.X -  já deve ter passado pela experiência dele resolver situações de forma inesperada (e muitas vezes criativas). Tipo uma vez que o grupo escapando de um bando de goblinoides, usou Encolher Item nuns pilares caídos de um antigo templo e os rolaram morro abaixo nos perseguidores. Ou quando o grupo, já de saco cheio dos desmandos e mesquinhez de um chefe-mercenário, fez ele ler o contrato que os empregava. O detalhe é que o texto estava com Runas Explosivas. Tchau sovina, olá companhia de mercenários, digam "oi" para seus novos chefes.

soluções fora da caixa são a melhor parte de uma sessão.
Claro que isso as vezes (pelo menos nos meus grupos) leva a esquecer da solução simples e óbvia.

É uma vitória pessoal quando você propõe uma solução alternativa que o mestre te responde com aquela cara de: "WHAT???"

E eu já admiti mais de uma vez narrando. "@#(*#$, que idéia..." ou então com aquela poke face após escutar e perceber que a idéia proposta com certeza daria certo.

Não lembro de nenhuma que fiz agora, mas lembro de uma das primeiras vez que mestrei.

Jogadores presos numa ilha numa floresta sendo caçados vivos - Homem, a melhor presa de todos. A floresta era cercada por uma cerca elétrica (eletrificada? tanto faz, que dá choque e mata). Eles tinham armas medievais de metal somente. E tinham várias oportunidades desde despistar os caçadores e voltar ao casarão (no meio da floresta) onde passaram a noite, a se esconder por dias até reforsos chegarem ou confrontar/convencer os caçadores.

Um me vira e pergunta: "há arvores perto da cerca?"
eu respondo: "perto sim, mas nunca que daria para pular...".
a idéia dele, após perguntar sabiamente sem que eu percebesse o plano, a altura das arvores, a distancia e o tamanho do tronco.

jogador astuto: "ok, a gente pode derrubar uma destas árvores de tronco grande em cima da cerca elétrica. e se não destruir tudo nós podemos escalar o tronco e pular por cima da cerca."