Sobre banalização de magia qual é o problema? :furioso: :frenzied: :furioso:
Num cenário de fantasia tradicional onde a magia deveria.. you know.. ser algo "mágico" ou "fantástico" ?
Afinal, se todo reino mágico tivesse só um punhado de badulaques antiquíssimos com anos de história seria um museu, não um lugar onde se exerce poder.
Afinal, se todo reino mágico tivesse só um punhado de badulaques antiquíssimos com anos de história seria um museu, não um lugar onde se exerce poder.
Mas a idéia da magia arcana (hermética ?) não está ligada, geralmente, a conhecimentos antigos (e muitas vezes proibidos/perigosos, e consequentmente raros) ? Não é isso que dá um "gostinho" pra coisa toda, ao menos no que se entende pelo cenário médio do gênero de fantasia ? Quando você tem a magia difundida como mais uma tecnologia, a coisa já não muda de.. gênero ?
Você realmente acham interessante uma magia sem mistério/perigo/imprevisibilidade ? Uma magia sem "mágica" ? Ao menos no tipo de gênero que estamos tratando aqui ?
Ou ainda: existe um jogo/cenário onde o texto deixe claro que a magia não é pra ser considerada "magica", mas sim uma mera "tecnologia", e que o sistema/jogo em si compactue com isso ? A impressão que tenho é que a parte textual sempre trata a magia como mágica! Fnatástica! OHHH MEU DEUS!!!... e então chega a parte mecânica e a banaliza como uma tecnologia.
(podemos chamar isso de Dissonância Ludo-Ficcional ou algo assim? :sobrancelha:)
Tem quem faça esse tipo de mistério com tecnologia, é do mesmo paladar. Como Xenogears, em que não construíam mas só resgatavam os mechas relíquias da guerra, enfim.Mas há uma grande diferença aí, meu caro Crude: nos cenários Sci-Fi que conheço onde isso ocorre, o texto é compatível com a mecânica. Exemplo: Battletech. Tecnologia é uma raridade, e vista por muitos com o respeito que se tem por questões de nobreza/elites ou mesmo religioões. Mas essa premissa é suportada tanto pelo texto quanto pela mecânica de jogo em si.
Há escolhas pra todos os gostos e ficar brandindo lanças e estandartes a favor desta ou daquela visão é cousa de grognard, e eu não gosto de grognards.
Tem quem faça esse tipo de mistério com tecnologia, é do mesmo paladar. Como Xenogears, em que não construíam mas só resgatavam os mechas relíquias da guerra, enfim.Mas há uma grande diferença aí, meu caro Crude: nos cenários Sci-Fi que conheço onde isso ocorre, o texto é compatível com a mecânica. Exemplo: Battletech. Tecnologia é uma raridade, e vista por muitos com o respeito e temor que se tem pelo sobrenatural. Mas essa premissa é suportada tanto pelo texto quanto pela mecânica de jogo em si.
Há escolhas pra todos os gostos e ficar brandindo lanças e estandartes a favor desta ou daquela visão é cousa de grognard, e eu não gosto de grognards.
Já em Forgotten Realms (e grande parte dos cenários de fantasia) o texto diz uma coisa mas o jogo em si diz outra. Me corrija se eu estiver errado, please.
"MANUEL! ENCANTA ESSA FACA PRA MIM???", e lá vai o Manuel... "NÃO DÁ! TO COM 15 ENCOMENDAS PRA LIBERAR HOJE AINDA! PASSA AMANHÃ!"Hahahahahahaha, isso me lembrou uma campanha presencial que tive certa vez.
Crude, eu reescrevi o trecho sobre o Battletech pra ilustrar melhor minha ideia. E atenção à parte da dissonância ludoficcional ( :wub: ).
Ou ainda: existe um jogo/cenário onde o texto deixe claro que a magia não é pra ser considerada "magica", mas sim uma mera "tecnologia", e que o sistema/jogo em si compactue com isso ?(http://4.bp.blogspot.com/_PLpsw7RkaRk/SZ49df7G-BI/AAAAAAAAAC8/BntYdTuK8YQ/s320/capa_tecnocracia.jpg)
Mas a idéia da magia arcana (hermética ?) não está ligada, geralmente, a conhecimentos antigos (e muitas vezes proibidos/perigosos, e consequentmente raros) ? Não é isso que dá um "gostinho" pra coisa toda, ao menos no que se entende pelo cenário médio do gênero de fantasia ? Quando você tem a magia difundida como mais uma tecnologia, a coisa já não muda de.. gênero ?Você procura "realismo", certo? Então troque magia por tecnologia e troque cenário de RPG por mundo real. Nosso mundo é lowtech, perto do que podemos imaginar que seja possível ser um mundo hightech. Cada Zé de esquina tem um celular basicão, é muito fácil ter um smartphone, dá pra fazer um raio-x agora mesmo ali no PS da Santa Casa se você precisar, marca com antecedência que dá pra fazer ressonância e uns exames malucos que usam antimatéria, já teve nego andando na Lua, equipamento bélico "fantástico" pros países que podem pagar, prédios altíssimos com sistemas de autosuficiência, carros, LED, próteses, medicação e eu poderia ficar aqui a tarde toda citando coisas.
Mas a idéia da magia arcana (hermética ?) não está ligada, geralmente, a conhecimentos antigos (e muitas vezes proibidos/perigosos, e consequentmente raros) ?Depende do cenário, não? Supondo que você queira algo assim em suas campanhas é só limar a disponibilidade de itens mágicos. Já joguei campanhas em que certas regiões simplesmente não tinham poção de cura, enquanto que em outras regiões toda capital tinha a famigerada "lojinha de itens mágicos".
Tudo isso que eu falei depende de um conhecimento "obscuro" disponível para poucos para ser fabricado, que o cidadão comum não faz ideia de como é feito, como é possível existir, como se conserta (a não ser que você seja o Crude), mas quase todo mundo tem conhecimento suficiente pra ter um (telefone, remédio, veículo) ou pra aceitar que alguém use isso em você (raio-x, ressonância, cirurgia).Particularmente esta alta disponibilidade é relativa. Da mesma forma que todas estas tecnologias estão ali na esquina, poucos realmente tem acesso a ela. Voce pode ir ali no PS tirar um raio-x, mas isso pq a pessoa que usa esse serviço é normalmente de classe média na quinta maior economia do mundo. Extenda isso para o resto do mundo (ou para alguma região mais pobre e/ou isolada do Brasil) e você verá que até a energia elétrica é um luxo. Dae a pergunta do Silva: O mesmo não deveria acontecer com a magia em um cenário de fantasia?
Ou ainda: existe um jogo/cenário onde o texto deixe claro que a magia não é pra ser considerada "magica", mas sim uma mera "tecnologia", e que o sistema/jogo em si compactue com isso ?
Particularmente esta alta disponibilidade é relativa. Da mesma forma que todas estas tecnologias estão ali na esquina, poucos realmente tem acesso a ela. Voce pode ir ali no PS tirar um raio-x, mas isso pq a pessoa que usa esse serviço é normalmente de classe média na quinta maior economia do mundo. Extenda isso para o resto do mundo (ou para alguma região mais pobre e/ou isolada do Brasil) e você verá que até a energia elétrica é um luxo. Dae a pergunta do Silva: O mesmo não deveria acontecer com a magia em um cenário de fantasia?Na verdade, qualquer pessoa pode ter acesso a um raio-x, já que o SUS existe desde 1989 e garante esse serviço. Nessa época o Brasil não era grande coisa em rankings mundiais econômicos - e eu estou falando de forma generalizada, claro que existem lugares onde isso não funciona tão lindo quanto na teoria e que o acesso é realmente difícil. Mas a questão é que dá pra dizer que de uma forma geral é sim muito fácil ter acesso a esse tipo de coisa se você está em um centro influente/movientado e/ou não está em um lugar realmente prejudicado por alguma coisa (extrema pobreza, por exemplo). A questão é ter noção de entender que as coisas não são extremas, no nosso cenário lowtech existe Tóquio e existe uma vila em algum lugar da África. E existe vários níveis de meio-termo.
Seria legal ver o grupo dos "Arcanos sem fronteiras"...
Seria legal ver o grupo dos "Arcanos sem fronteiras" levando suprimentos mágicos básicos para aquela parte remota do mapa onde as pessoas ainda morrem por falta de acesso a magias do segundo círculo. :linguinha:
A questão é ter noção de entender que as coisas não são extremas, no nosso cenário lowtech existe Tóquio e existe uma vila em algum lugar da África. E existe vários níveis de meio-termo.Concordo plenamente. E os dois extremos e meio termos são facilmente administraveis em jogo. Eventualmente um cenário vai pender para um lado ou outro da balança. Mas quanto a isso acho que é uma questão de estilo.
Seria legal ver o grupo dos "Arcanos sem fronteiras" levando suprimentos mágicos básicos para aquela parte remota do mapa onde as pessoas ainda morrem por falta de acesso a magias do segundo círculo.D'oh, nem zoa pq já mestrei uma aventura com esse plot.
Quando eu falei isso eu tava mais pensando no "Médicos sem fronteiras", que realmente levam ajuda pros lugares zoados e tal, mas cara... pensa bem, dependendo de onde esses homeopatas estiverem levando a ajuda deles, ela é sim muito útil! Ainda existe gente morrendo de sede precisando de água por aí e...CitarSeria legal ver o grupo dos "Arcanos sem fronteiras" levando suprimentos mágicos básicos para aquela parte remota do mapa onde as pessoas ainda morrem por falta de acesso a magias do segundo círculo. :linguinha:
Existe algo equivalente no Mundo Real, os Homeopatas Sem Fronteiras (http://www.hsf-france.com/). :b
Quando eu falei isso eu tava mais pensando no "Médicos sem fronteiras", que realmente levam ajuda pros lugares zoados e tal, mas cara... pensa bem, dependendo de onde esses homeopatas estiverem levando a ajuda deles, ela é sim muito útil! Ainda existe gente morrendo de sede precisando de água por aí e...