Autor Tópico: Como não criar um mundo  (Lida 14709 vezes)

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Offline Lumine Miyavi

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #45 Online: Fevereiro 21, 2015, 11:39:49 pm »
Não é como se o core de aventuras de fantasia tivesse começado só com fighting man, magic user e cleric, né...

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #46 Online: Fevereiro 23, 2015, 11:02:55 am »
Como não criar um mundo: abra um tópico sobre isso no fórum da spell. Pergunte ao povo da spell. Acompanhe os "inputs" de cada um, com papel e lápis à mão para anotar os pontos mais interessantes. Veja a coisa toda descambar.

E.
Não, não.. por enquanto, não.

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #47 Online: Fevereiro 23, 2015, 11:21:00 am »
Como não contribuir com bosta nenhuma mesmo depois de uma discussão que, por mais off-topic que seja, elucidou uns pontos:

Como não criar um mundo: abra um tópico sobre isso no fórum da spell. Pergunte ao povo da spell. Acompanhe os "inputs" de cada um, com papel e lápis à mão para anotar os pontos mais interessantes. Veja a coisa toda descambar.

E.
"If there are ten thousand medieval peasants who create vampires by believing them real, there may be one -- probably a child -- who will imagine the stake necessary to kill it. But a stake is only stupid wood; the mind is the mallet which drives it home."
-- Stephen King, It (p. 916)


Offline VA

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #48 Online: Fevereiro 23, 2015, 12:41:59 pm »
Como não criar um mundo: abra um tópico sobre isso no fórum da spell. Pergunte ao povo da spell. Acompanhe os "inputs" de cada um, com papel e lápis à mão para anotar os pontos mais interessantes. Veja a coisa toda descambar.

E.

Eu estava lendo a discussão e achando interessante. Você foi o único aqui transformando a discussão numa coisa tóxica, com essa postagem.

Se você não tem nada a adicionar, fazer uma postagem reclamando que ninguém está adicionando nada é hipócrita. E imbecil.

Re:Como não criar um mundo
« Resposta #49 Online: Fevereiro 24, 2015, 08:14:54 am »
Aproveitando que o tema foi trazido a tona. Como vocês costumam tratar magia nos seus cenários ?

Ela é algo comum que todo mundo usa ou algo raro e misterioso ? ou mesmo um meio termo onde as pessoas sabem que magia existe mas nem todo mundo tem acesso ?
« Última modificação: Fevereiro 24, 2015, 08:24:59 am por Sirus »
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Offline Luminus

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #50 Online: Fevereiro 24, 2015, 08:50:51 am »
Eu trato a magia como algo irregularmente distribuído, isto é, há lugares onde ela é sim muito comum (comum até demais), e há outros locais onde ela é rara, praticamente inaudita. Faço assim devido a exemplos do mundo real, onde coisas como a energia elétrica pode sim evocar as perguntas mais inocentes das pessoas... Tom Zé, por exemplo, contou em uma entrevista que a eletrificação de sua cidade (Irará) ocorrera quando ele ainda era criança, e ele então perguntara a um dos operários que construíam a linha de transmissão de onde é que viria a eletricidade, ao que o operário respondera que viria de uma cidade próxima, da qual não me recordo agora. Só que esse "próxima" é equivalente a um dia de caminhada. O menino Tom Zé, então, perguntou quanto tempo levaria para a energia chegar até Irará após a obra pronta, e o operário, naturalmente, apenas disse que não levaria tempo nenhum: assim que estivesse pronta a obra, a eletricidade já chegaria à cidade. O menino, revoltado, cessou suas perguntas e saiu de perto, muito enraivecido, porque ele sabia que era um dia inteiro de caminhada de Irará até à cidade. E portanto não fazia sentido nenhum a eletricidade chegar a Irará na hora em que a obra ficasse pronta: ela teria de levar mais tempo que isso para sair de onde estava e fazer toda a jornada até Irará. Na interpretação do garoto, o operário se sentira incomodado com as perguntas e simplesmente quis encerrar logo aquele assunto enfadonho. Tudo isso, na segunda metade do século vinte...

Por isso, não crio reinos inteiros onde a magia (ou o dinheiro, ou os aventureiros, ou o luxo, ou...) sejam homogeneamente distribuídos. Não vejo como, em qualquer situação ou sociedade, alguma coisa cujo acesso sirva como medida de poder seja homogeneamente distribuída. A magia, então, muito menos. Ela é familiar por onde passa, por onde circula, mas aqueles povoamentos que são de acesso difícil - não necessariamente distantes - localizados do lado de fora das rotas principais, sem portos ou entrepostos, sem contato com aventureiros, eles são sim arredios com muito daquilo que é de uso comum nos grandes centros de comércio e povoamento. Especialmente a magia.

E.
« Última modificação: Fevereiro 24, 2015, 09:17:16 am por Luminus »
Não, não.. por enquanto, não.

Re:Como não criar um mundo
« Resposta #51 Online: Fevereiro 24, 2015, 09:20:32 am »
Aproveitando que o tema foi trazido a tona. Como vocês costumam tratar magia nos seus cenários ?

Ela é algo comum que todo mundo usa ou algo raro e misterioso ? ou mesmo um meio termo onde as pessoas sabem que magia existe mas nem todo mundo tem acesso ?
Eu gosto de encarar mais ou menos como no cenário do mangá Fairy Tail: algumas pessoas sabem magia, algumas não, mas ainda sim se trata de algo um pouco misterioso, pois há muitos tipos variados e é praticamente impossível conhecer todos os tipos de magias, apesar da população, no geral, encarar como certa naturalidade, visto que não é uma coisa "de outro mundo".

Offline VA

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #52 Online: Fevereiro 24, 2015, 10:21:21 am »
Eu trato a magia como algo irregularmente distribuído, isto é, há lugares onde ela é sim muito comum (comum até demais), e há outros locais onde ela é rara, praticamente inaudita. Faço assim devido a exemplos do mundo real, onde coisas como a energia elétrica pode sim evocar as perguntas mais inocentes das pessoas... Tom Zé, por exemplo, contou em uma entrevista que a eletrificação de sua cidade (Irará) ocorrera quando ele ainda era criança, e ele então perguntara a um dos operários que construíam a linha de transmissão de onde é que viria a eletricidade, ao que o operário respondera que viria de uma cidade próxima, da qual não me recordo agora. Só que esse "próxima" é equivalente a um dia de caminhada. O menino Tom Zé, então, perguntou quanto tempo levaria para a energia chegar até Irará após a obra pronta, e o operário, naturalmente, apenas disse que não levaria tempo nenhum: assim que estivesse pronta a obra, a eletricidade já chegaria à cidade. O menino, revoltado, cessou suas perguntas e saiu de perto, muito enraivecido, porque ele sabia que era um dia inteiro de caminhada de Irará até à cidade. E portanto não fazia sentido nenhum a eletricidade chegar a Irará na hora em que a obra ficasse pronta: ela teria de levar mais tempo que isso para sair de onde estava e fazer toda a jornada até Irará. Na interpretação do garoto, o operário se sentira incomodado com as perguntas e simplesmente quis encerrar logo aquele assunto enfadonho. Tudo isso, na segunda metade do século vinte...

Por isso, não crio reinos inteiros onde a magia (ou o dinheiro, ou os aventureiros, ou o luxo, ou...) sejam homogeneamente distribuídos. Não vejo como, em qualquer situação ou sociedade, alguma coisa cujo acesso sirva como medida de poder seja homogeneamente distribuída. A magia, então, muito menos. Ela é familiar por onde passa, por onde circula, mas aqueles povoamentos que são de acesso difícil - não necessariamente distantes - localizados do lado de fora das rotas principais, sem portos ou entrepostos, sem contato com aventureiros, eles são sim arredios com muito daquilo que é de uso comum nos grandes centros de comércio e povoamento. Especialmente a magia.

E.

Achei a proposta interessante.

Existe alguma explicação natural para isso, ou é só um fenômeno sociológico? Ou ambos?

Offline crudebuster

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #53 Online: Fevereiro 24, 2015, 10:59:40 am »
Esvaziando o tema, eu detesto tudo que seja relacionado a "fantasia medieval" por conta da multitude de pastiches horripilantes defenestrados continuamente como grandes criações entre rpgistas e desprezados sem o menor pudor pelo resto do mundo.

Aí, resolvi que queria fazer uma coisa futurista, como robôs pensantes e etc mas bati numa pedra no meio do caminho, ninguém quer saber de robôs ou andróides ou ciborgues não interagindo com coisas que não sejam comuns à fantasia.

As pessoas querem heróis e desafios, mistério, blé, e fazer tudo isso disfarçado em maquinarias e bugingangas automáticas é pintar o urubu de verde e chamar de meu louro.

Mas o ranço pessoal favorito meu é quando máquinas sencientes de qualquer lugar do mundo ou planeta ou universo alternativo são absolutamente iguais.

Não há duas facções de máquinas sencientes que pensem uma vírgula diferente das outras numa obra porque aparentemente autores vêem robôs, ciborgues e andróides como uma "raça" só.

Talvez seja a missão da minha vida fazer algo diferente, porque quando as máquinas não são só mechanical design porn, são absolutamente ridículas.
deve ser muito estranho ser normal

Offline Roderick Usher

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #54 Online: Fevereiro 24, 2015, 11:13:22 am »
Aproveitando que o tema foi trazido a tona. Como vocês costumam tratar magia nos seus cenários ?

Ela é algo comum que todo mundo usa ou algo raro e misterioso ? ou mesmo um meio termo onde as pessoas sabem que magia existe mas nem todo mundo tem acesso ?

Isso depende muito da atmosfera do cenário. Se você quer um mundo mais sombrio, paranóico, ou simplesmente misterioso, é melhor que a magia seja algo para iniciados. Do contrário, pode ser um recurso tão "banal" quanto a nossa ciência. O pulo do gato é saber criar isso de maneira coerente com a sua proposta de mundo. Quando estou criando um mundo em que a magia existe, eu tento encaixar o grau de divulgação em algum dos níveis a seguir (vou colocar nomes bonitinhos pra ficar mais didático). *Alerta de parede de texto*:

(click to show/hide)

Enfim, é claro que isso não resolve a questão. O grau de divulgação não é a única coisa que você deve considerar na hora de criar um mundo, e "magia divulgada" não é o mesmo que "magia banal" (pense num mundo em que todos sabem da existência da magia, mas o método para se tornar um 'iniciado' se perdeu, e ninguém vê um mago de verdade há gerações). Mas eu procuro usar esses nível como linhas-guia na hora de criar um mundo novo. Tenho uma predileção pessoal pelos mundos em que magia ainda é algo misterioso (meus mundos quase sempre ficam no nível dois, às vezes no três, e MUITO raramente no um ou quatro).

Re:Como não criar um mundo
« Resposta #55 Online: Fevereiro 24, 2015, 11:15:27 am »
Respondendo a minha própria pergunta: eu adoto uma visão a lá eberron/reinos de ferro quanto a magia. Ela é uma ferramenta útil então por que não dar a ela uma utilidade pratica ? iluminar as ruas, tratar esgoto, saúde e etc. ela pode ate mesmo ser usada em conjunto com a tecnologia
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Offline Smaug

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #56 Online: Fevereiro 24, 2015, 11:22:07 am »
No meu cenário magia é considerada uma ciência equivalente a física quantia e a física nuclear. É estudada, tem alguns princípios e leis definidos, mas ainda falta muito para se entender como ela funciona, quase todos os seus usos ainda são potencialmente perigosos ou com resultados não totalmente precisos.
This happens all the time. No matter how epic the battle, once begun, the thing sounds more or less like a bingo game: People shout out numbers and other people get excited about them.

Offline Luminus

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Re:Como não criar um mundo [de fantasia]
« Resposta #57 Online: Fevereiro 24, 2015, 12:10:34 pm »
Puxa vida...

Quando se pensa uma realidade de fantasia, creio que ela tem de ter alguma coisa de diferente do mundo real; senão, ela é só ficção.

Em mundos de fantasia (que parecem ser a tônica da conversa) alguma coisa tem de ser diferente, alguma lei do ciclo natural tem de ser abolida ou criada. Por exemplo, haver seres imortais, ou haver intervenção personificada de divindades, haver não-vida sensciente, etc.

Quando se fala, por exemplo, em "mana", em "energia mística" ou em "aptidão mágica" como conceitos presentes em um mundo de fantasia, é esperado que as pessoas como um todo (na verdade, talvez todos os seres daquele mundo, humanoides ou não, inteligentes ou não) tenham algum vínculo com essa "fonte". Assim, se a magia é parte da estrutura fundamental do mundo, não é que ela seja estranha, mas ela pode assustar. Pense no misticismo que ainda cerca eventos como os eclipses e as aproximações de Marte com a Terra. Tem muita gente que ainda pira na magia desses eventos, no entanto eles são periódicos, previsíveis e, até certo ponto, inconsequentes.

A magia presente em mundos de fantasia é como essa fonte, essa coisa abstrata e sempre presente, que se manifesta vez ou outra no cotidiano das pessoas. Aqui na Terra, nos minutos de duração de um eclipse, é possível perceber alterações nos comportamentos de animais e plantas em geral, incluindo aí os seres humanos. Em mundos de fantasia, vale o mesmo... quando um "evento mágico" ocorre, há diferentes níveis de percepção das criaturas e coisas em torno daquilo, dependendo de seu grau de domínio/conhecimento em torno do evento (tal e qual são diferentes as percepções de um astrônomo e de um coelho quando ocorre um eclipse). Não é que a magia em si só existiu a partir do momento em que aquele evento começou a acontecer, e nem é o caso de se dizer que, findo o evento, é finda a magia. O que acontece é que a maioria dos seres só percebe a magia ali, quando ela estala na frente deles... e, no resto do tempo, se ela não está presente, se ela não é perceptível, acaba que é tratada como algo estranho e ameaçador. Mais ou menos como o medo que algumas pessoas tem das tempestades com relâmpagos e trovões aqui na Terra.

E.
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Offline Lumine Miyavi

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Re: Como não criar um mundo
« Resposta #58 Online: Fevereiro 24, 2015, 01:06:24 pm »
A única coisa que incomoda são os fundamentos e justificativa de magia? Rly?

Enviado do meu GT-S5360B


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Offline Luminus

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Re:Como não criar um mundo
« Resposta #59 Online: Fevereiro 24, 2015, 01:14:51 pm »
Uai... sim.

E.
Não, não.. por enquanto, não.