Eu vou começar com a resposta fácil que não diz muita coisa: Depende.
Então completo um pouco mais do raciocínio com: Depende se o jogo que eu quero pode ser feito mais adequadamente por mim ou por um cenário pronto.
E então eu paro de descrever minhas ações por que isto já está me incomodando.
Vejam,eu me considero decente em criar cenários de fantasia, então quando o grupo quer um jogo deste gênero eu posso facilmente criar algo ou usar algum projeto pré-feito para isto. Mesmo que ajam cenários melhores do que qualquer coisa criada por mim, a preferência é dada ao material caseiro por questões de familiaridade e controle. E mesmo dentro deste gênero exceções são feitas para cenários com algum elemento ou tom distinto, como Dark Sun ou... Algum outro cenário do qual não consigo me lembrar após 24h acordado. O mesmo é válido para gêneros como Pós-Apocalíptico ou jogos militares-sobrenaturais.
Por outro lado, eu não sou particularmente versado em jogos de horror ou super-heróis, e quase todas as tentativas de fazer algo dentro destes gêneros acaba gerando um cenário de gênero totalmente diferente (provavelmente fantasia ou ficção militar). Eu acredito ser capaz de fazer algo decente com tempo e esforço o bastante, mas neste ponto é mais prático procurar por algum jogo de alguém que realmente entenda sobre o que está escrevendo.
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De forma geral, sem levar em conta gêneros e tom em conta, minha preferência fica com cenários feitos por mim, não só por poder criar tudo de acordo com minhas preferências mas também por uma questão de controle.
Eu sei quais detalhes são relevantes, quais serão úteis para aventuras, quais podem ser ignorados completamente, o que pode ser adicionado no último minuto sem contradizer o resto do universo e o que os jogadores sabem.
Digamos que eu esteja jogando algo passado na Terra-Média/Arda/Tolkienlandia. Mesmo usando uma versão digerida do mundo em RPGs já existentes, fazer qualquer aventura precisaria de uma pesquisa dos elementos que serão usado, com cuidado para não perder nada de importante (como o fato de Rohan ter um ou outro cavalo), cuidado para não adicionar nada inadequado (como armas de fogo) e lidar com a possibilidade de que qualquer coisa que eu diga pode durante a sessão pode ser contradito por um trecho obscuro do Silmarillion.
Claro, maior parte destes problemas apenas existe apenas por que, durante o uso de mundos criados por outros, eu sinto uma responsabilidade irracional de representar fielmente aquele local da forma que o autor provavelmente queria. Tudo isto pode parecer irrelevante para outras pessoas ou simples de se solucionar, da mesma forma que criar um cenário é algo que consigo fazer casualmente durante tarefas normais (especialmente durante o banho).
Preferências pessoais e toda aquela dança.
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Quanto á participação de jogadores na criação da campanha: nunca na primeira seção.
Eu provavelmente já expliquei isto algumas vezes, mas nos últimos anos meus jogos (que não são narrados em eventos) tem sido instáveis e imprevisíveis, nunca se sabe se haverá realmente uma seção naquele dia ou quais dos convidados irão realmente aparecer.
Como consequência, eu gosto de ter tudo preparado para que o jogo possa começar rapidamente e então focar nas escolhas feitas durante a sessão em si, embora eu possa facilmente modificar e adicionar detalhes aos personagens e no mapa (por que sempre há um mapa) á pedido de qualquer jogador.
Depois desta primeira seção eu costumo pedir por sugestões e por coisas que eles querem que apareçam na próxima. O problema da instabilidade de grupo (ou algum nome mais adequado para isto) continua, mas pelo menos eu posso usar as sugestões como inspiração para uma aventura.
Yeah.