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Até onde Sacrificar?- separando
Vincer:
Tem um desabafo sim, mas as perguntas são pertinentes. Que tipo de exemplo fala?
Meu interesse é melhorar a narrativa 'separada', se existe alguma forma menos danosa de fazer eu quero conhecer. E também quero saber como fazem para evitar separação sem ficar na cara nem prejudicar ninguém.
Você falou um método que usa, alguém quis ir fazer algo e você continuou o jogo normalmente(e o jogador do tal personagem ficou de fora). Eu falei aquilo tudo só para explicar o porque não gosto dessa abordagem(e acho que ninguém deveria usá-la).
Nibelung:
A unica vez que eu narrei com o grupo separado de forma que ninguem ficou entediado foi fazendo de forma similar a um filme de açao. Ao inves de separar e narrar até eles terminarem a cena, eu fazia cortes rapidos quando um lado chegava em um momento de tensao. Dessa forma, os outros que so estavam ouvindo ficam curiosos com as cenas dos holofotes, e os que acabaram de sair ficam pensando em como lidar com a situaçao enquanto os outros jogam.
Dando o exemplo pratico, o grupo tinha sido capturado por sahuagins, e tinham que fugir, tendo que lidar com varias coisas ao mesmo tempo. Um deles atravessou centenas de metros nadando (predendo a respiraçao) pra recuperar as armas do grupo. No momento que ele chegou no arsenal, o alarme tocou, e eu mudei o foco. Uma outra dupla estava tentando incitar uma rebeliao entre os outros prisioneiros, que estavam apaticos. Dois guardas foram espanca-los, e eles desarmados nao tinham muita chance. Até que um dos prisioneiros joga pra um deles uma picareta que estavam usando. Cena cortada pro terceiro grupo que tinha que preparar a bolha de ar pra todos subirem pra superficie. E por ai foi.
Usar "tempo da televisao" ao inves de tempo linear tambem ajuda. Tipo, nao importa o que exatamente eles estavam fazendo. Quando terminarem, todos se encontram ao mesmo tempo. Ou quando um terminar e o outro grupo precisar dele, ele chega na hora certa pra ser um reforço.
Vincer:
Interessante... vou experimentar me preocupar mais com isso.
Eu também usava cortes rápidos, desde que comecei a usá-los não parei, mas me preocupava mais em serem narrativas curtas e o mesmo tempo de narrativa para cada lado do que fazer o corte em momentos bacanas como tensão. Fica o risco de um lado receber mais tempo de atenção que o outro assim mas acho que é inevitável algum contra na hora de 'narrativas paralelas' por assim dizer então... vou levar essa filosofia com carinho e ver como lido com ela.
O que não tinha me passado pela cabeça foi o tempo de televisão. Vou começar a pensar dessa forma e ver no que dá... eu já tinha brincado com a idéia numa mecânica de 'alterar cenas' que gosto de usar, uma das funções permitindo os jogadores declararem que ajuda próxima chegou na hora h(e isso incluir PCs que tavam fora da cena), mas não passava disso. Eu gosto de narrar usando recursos cinematográficos como cortes, mas tinha me esquecido desse artifício. E parece bem útil mesmo... valeu pelas dicas XD
Cebolituz:
Odiava isso, narrava por um tempo e depois questionava com o jogador como é que seria. Se insistiria em separar, pegaria outro PJ, voltaria para o grupo, etc. Porque ter que narrar em separado era muito ruim e complicado por tanto tempo.
Geralmente aceitavam voltar.
ferdineidos:
Não li tudo pq tô com preguiça, mesmo assim dou minha opinião :P
Cara, as vezes que eu joguei separado funcionavam de duas formas:
1) o mestre dava outro papel pra gente interpretar. Um exemplo, um dos personagens era um halfling que queria ser aventureiro. Assim, o mestre deu três amigos dele, distribuindo entre a gente aleatoriamente, com características, manias e "intenções". Era uma fichinha com três linhas, tipo: "Você é Zé das Couves, você acha Tibúrcio um cara meio amalucado, mas procura protegê-lo quando pode. Você acha que todos os aventureiros tem fixações sexuais estranhas com cabras e acha que Tilambuco é um babaca que só quer ferrar com vocês".
A partir daí, a gente interpreta esses personagens e a resolução da cena se dá pelos nossos atos, tanto quanto pelo do Personagem.
Isso também acontece quando existe um caso onde um personagem está sendo atacado por monstros ou outra determinada coisa. A gente pega a ficha do monstro e senta o sarrafo no nosso amiguinho...huahahahahaha
Normalmente nessas ocasiões saem ótimas cenas e todo mundo se diverte.
2) Entre as sessões de jogo, fazemos coisas "em separado" pra seguir a vida. Normalmente mandamos por email decisões dos personagens que seriam "fora da aventura". Um personagem meu de um jogo passado, montou uma rede de "favores". Outro praticamente vendeu a alma pro capeta em troca de itens mágicos, e um terceiro montou uma Igreja de um deus que não existia.
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