Vocês estão confundindo a mídia - a Fantasia com Princesas e Cavaleiros é das histórias da Disney e dos contos de fadas que ela bowdlerizou. Em RPGs e Jogos, Fantasia é sinônimo de D&D + Tolkien.

E claro, tem as fantasias do Silva, que envolvem o Madruga, Cyberpunk, o Vincer e o Christopher Walken, Bodes, Nomes semi-obscuros, Molly Millions e o Youkai_X fazendo o papel do Pete Burns. Mas dessa forma de fantasia, é melhor nem especular, pois é terreno onde até mesmo o 4chan tem medo de trilhar.

Citação de: Konpaku em Outubro 03, 2013, 10:51:27 pm

Fantasia. Ponto.

Não tem dragões, nem magos de chapelão, nem cavaleiros em armaduras reluzentes salvando princesas, nem raças tolkienescas como elfos e anõezinhos. Na verdade, podemos dizer que não tem nenhuma influência tolkienesca. 

Não precisa ter Tolkien (ou suas influências) pra ser Fantasia. Final Fantasy é Alta Fantasia, tendo espadas, magos, naves, aeronaves, raças doidas e combates em outras dimensões. Harry Potter é Baixa Fantasia pois acontece "no nosso mundo", mas com todas aquelas cagadas de regra que a J. K. Rolando colocou.

Ok. Então eu chamo vocês dois pra um jogo de "fantasia" lá em casa.

Daí vocês falam:

Atmo: "Show de bola! Posso ser um cavaleiro elfo bichona em armadura reluzente que ama uma princesa ?"

Colocando palavras na minha boca... Sendo que eu só jogaria de elfo se tivesse alguma vantagem mecânica altamene boa, do contrário faria alguém calado e eficiente. Ou uma elfa guerreira/maga que foi sodomizada por monstros durante algum tempo antes do jogo começar. 

(Em segundo lugar, se você me chama "prum jogo de fantasia lá em casa", serião, bicho, eu não vou. Você tá a fim de estuprar alguém)

Também tem disso; ai eu dizia pro Madrüga ir e ficava em casa coçando o saco.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Fantasia_%28g%C3%AAnero%29

"Fantasia é um género de arte que usa a magia e outras formas sobrenaturais como o elemento principal/primário de uma história. Este género é geralmente distinguido de Ficção Científica e horror pelo aspecto geral, atmosfera e pelos temas de cada autor individual, embora haja uma grande sobreposição entre os três (conhecidos no seu conjunto por Ficção especulativa). De modo geral, o termo fantasia cobre trabalhos de escritores, artistas e músicos, desde mitos e lendas até obras mais recentes, conhecidas por uma vasta audiência."

Vocês estão confundindo a mídia - a Fantasia com Princesas e Cavaleiros é das histórias da Disney e dos contos de fadas que ela bowdlerizou. Em RPGs e Jogos, Fantasia é sinônimo de D&D + Tolkien.

E claro, tem as fantasias do Silva, que envolvem o Madruga, Cyberpunk, o Vincer e o Christopher Walken, Bodes, Nomes semi-obscuros, Molly Millions e o Youkai_X fazendo o papel do Pete Burns. Mas dessa forma de fantasia, é melhor nem especular, pois é terreno onde até mesmo o 4chan tem medo de trilhar.

1) verdade mas é bom lembrar que parte do enquadramento da fantasia medieval em RPG vem da literatura de cavalaria, ou melhor daquilo que foi consagrado nessa literatura: a AVENTURA. A demanda por algo que serve de prova e torna o cavaleiro um ser mais elevado (e portanto mais digno de XP).

Quanto a princesas e cavaleiros, eu já fui cavaleiro quando era paladino; e já fui princesa, uma barda princesa élfica. O meu reinado era governado por arquidruidesas e eu não tinha a menor vocação pra suceder a minha mãe, logo a Princesa Desdêmona passava seu tempo em aventuras.

2) Como é que foi gestada essa coisa de Madruga, Vincer, Youkai e todos esses ícones aí?

Caralho, Zé! Esse arcanjo caído tá MARAVILHOSO! Sou fã desse personagem, obrigado por postar o link!


Ascensão de Semjaza

Pois é, Youkai, eu tava a fim hoje em dia de uma mesa com esses temas de nobreza, mesmo que seja de nobreza metafórica ou retórica como é o caso do Robin Hood.

Ah, velho, simplificando muito, é que um dos professores do curso tinha toda uma tese a respeito do Clarimundo, que é um romance de cavalaria do século XVI (uns cem anos antes da morte do gênero com o Dom Quixote) e explicava Clarimundo como uma obra de retórica.

E não sei se tu sabe mas a retórica -- me exprimindo de maneira bastante leviana -- usa de culhudas, mentiras escritas com técnica e método, pra fazer uma argumentação. No caso do Clarimundo como havia essa pretensão histórica -- histórica no sentido antigo da coisa, no sentido de que os antigos percebiam a Odisseia e a Ilíada como História -- e a história daquela época seria um subtipo de retórica demonstrativa... e esta seja usada pra falar bem ou falar mal de alguma coisa, você colocar elementos de nobreza patente faz com que algo seja exaltado.

Se você diz que Clarimundo era filho de reis, isso é uma exaltação, se diz que ele é filho de um bandido com uma prostituta está dizendo que é uma pessoa ruim.

Daí Robin Hood, mesmo não sendo aqui literatura de cavalaria per se, claro, mas Robin Hood ser um salteador que usava armas vis (arco, à distância) que tinha origem nobre oculta, filho do senhor feudal que foi enganado e morto.... então por isso digno de ser líder do bando e real chefe daquela região em vez do Xerife de Nottingham e outros canalhas.

Pense em quantas histórias de genealogias foram inventadas pra legitimar líderes e figuras.

Lembrei agora daquele cenário de AD&D, Birthright, alguém teve oportunidade de jogar?

Lembrei agora: Numenera tem uma vibe assim, nao ?