Autor Tópico: Aventuras na Costa da Espada (Campanha - D&D 5e)  (Lida 4768 vezes)

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Offline Pepilegal

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Aventuras na Costa da Espada (Campanha - D&D 5e)
« Online: Fevereiro 10, 2015, 11:13:11 am »
Criei este tópico para postar a versão romanceada de cada aventura da campanha de D&D 5e que estou mestrando desde início de janeiro.
Pelo título, a campanha se passa em Faerûn, mais precisamente na Costa da Espada. Normalmente não uso nada pronto, mas a falta de tempo está grande, portanto estou usando o que tiver pra facilitar o trabalho.
Segue abaixo um resumo dos personagens, depois falarei mais detalhadamente de cada um:

- Dork (meio-orc ranger, caótico e bom): Dork é um meio-orc de aparência quase humana. Ele parece na real, um humano grande e feio. Possui pesadelos terríveis relacionados a matança e ao chamado do deus Gruumsh, mesmo sendo devoto a Silvanus.

- Garreth (humano, clérigo de Tempus, cáotico e neutro): Garreth é um carismático clérigo de Tempus, criado desde cedo por sacerdotes do Deus da Guerra. Ele não é muito brilhante, mas tem bom senso e uma grande força de vontade.

- Sydney Astaroth (meio-elfo, bruxo, caótico e neutro): Sydney é um meio-elfo de comportamento estranho. O pacto que fez com uma entidade dos Reinos Distantes quase o enlouqueceu. Ele ter surtos de esquizofrenia e as vezes parece distante como um autista.

- Harkan Targan (mago, humano, caótico e neutro): Nasceu em Athklatha, capital de Amn, Harkan sempre teve talento para a magia. Quando começou a estudar a Arte, ela se tornou sua vida. Nada interessa a ele além do conhecimento mágico. Harkan tem permissão para usar magia em Amn.

- Oberyn (ladino, humano, caótico e bom): Oberyn era um ladrão em Águas Profundas que fez certa fama em dar golpes em damas ricas, seduzindo elas e pegando seu ouro. Apesar disso, ele sempre teve bom coração e muito do que roubou deu para quem precisava. Isso chamou a atenção de um Harpista, que o recrutou para a ordem e o enviou ao sul para uma missão secreta.

- Friks Von Brock (bárbaro, humano, leal e neutro): Friks é um bárbaro do Vale do Vento Gélido que viu sua tribo ser massacrada por orcs dos Muitas-Flechas e sua filha de 14 anos ser levada como escrava. Deixado para morrer na neve, sua sede de vingança foi mais forte e ele sobreviveu. Com as forças restauradas, ele seguiu as pistas de sua filha até o sul, onde supostamente teria sido vendida como escrava pro mago Zanzer. Ele tem três objetivos simples: vingança, resgatar a filha e restaurar sua honra e de sua tribo.

Segue abaixo as aventuras romanceadas:

Offline Pepilegal

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Re:Aventuras na Costa da Espada (Campanha - D&D 5e)
« Resposta #1 Online: Fevereiro 10, 2015, 11:14:42 am »
A caverna dos goblins – Parte 1

Dork sentia-se estranho, novamente seus sonhos eram perturbadores. Sonhava com sangue, fúria e morte. Destroçara sua cama de palha seca quando acordara. Já havia dormido em lugares piores que uma cama de palha no chão e gostava disso. Seu semblante quase humano era de preocupação, o suor escorria pelos seus cabelos longos e negros. Desde que encontrara o tal pergaminho, a tal profecia, seus sonhos eram inundados com morte. O pergaminho deveria ser levado a um local mais seguro, ele deveria ser levado ao Forte da Vela.
Dork se vestiu, pegou seus pertences (que não eram muitos) e desceu para o segundo andar da Estalagem Feldpost. Fazia dois dias que estava em Beregost: descansara, comprara mantimentos e buscava pequenos trabalhos para conseguir moedas de cobre e prata que ajudassem em sua jornada. Dork usava uma capa com um grande capuz que usava pra esconder as marcas da sua origem: suas presas e traços orc. Para alguns ele parecia ser apenas um humano grande e feio, pois sua pele era rosada, mas alguns poucos reconheciam sua natureza.
Naquele dia na estalagem, ao descer para fazer sua refeição matinal, Dork ouvia uma conversa animada próxima ao estalajadeiro. Um homem de cabelos escuros e barba por fazer, conversava animadamente com os frequentadores do local. Algumas moças ao seu redor ouviam o que ele dizia e suspiravam. O homem vestia uma cota de malha com poucas marcas de batalha, sobre ela uma túnica branca com o desenho de um escudo vermelho e uma espada flamejante sobre ele, o escudo em suas costas possuía o mesmo símbolo e em sua cintura ostentava uma espada longa em sua bainha. O homem falava alto sobre como resolvera uns problemas com kobolds, de sua perícia com a espada e da benção de Tempus, o Deus da Guerra.
Dork apenas observava. Num certo momento, o estalajadeiro focou sua atenção no homem de armadura e o desafiou:
- Nobre Garreth, se tens o favor de Tempus, por que não acaba com o nosso problema com os goblins?
- Goblins? Que problema com os goblins meu caro estalajadeiro? – indagou então o cavaleiro tempuriano.
- O prefeito está oferecendo uma recompensa pra quem acabar com o problema dos goblins. Eles atacam os viajantes, os sobreviventes são levados como escravos, as mercadorias transportadas são pilhadas. Suspeitamos que haja alguém comandando esses goblins, o prefeito sabe a localização das cavernas que eles habitam, mas não encontramos ninguém disposto a resolver tal problema.
- Eu irei. – Diz o tempuriano socando o balcão da estalagem. – Garreth, servo leal de Tempus levará a guerra e a perdição a esses goblins.
*Pode contar comigo também.* - Diz uma voz na cabeça de Garreth, que olha para os lados assustado.
- Tempus, é você? Está falando comigo?
- Não meu caro, me chamo Sydney e quero ajudar, pois provavelmente há uma recompensa para quem cumprir tal tarefa. – Fala uma misteriosa figura que se aproxima de Garreth. – E meus talentos podem ser úteis nessa tarefa.
Dork observa o estranho homem que se aproximava. Ele era magro e alto, de cabelos loiros longos, tinha algo de élfico em seus traços e algo a mais, algo que perturbava Dork. Vestia um corselete de couro bem surrado, que mostrava parte de seus braços, cheios de tatuagens estranhas, portava um belo medalhão com uma gema incrustada.
- Sim, há uma boa recompensa. – Afirmou o estalajadeiro.
- Ótimo, então é bem vindo a se juntar a mim, com a benção de Tempus, senhor Sydney. – disse Garreth ao sorrir para o estranho meio-elfo.
- SE TEM RECOMPENSA, DORK TAMBÉM VAI! – Com uma voz trovejante e alta, Dork olha para os dois, que se surpreendem.
- Com seu tamanho, sua companhia é bem vinda. – Afirma Garreth ao olhar para o meio-orc. – Espero que sua habilidade de luta seja equivalente a seu tamanho.
- Irei procurar mais alguém disposto a seguir esta demanda e encontro vocês em breve. Diz o meio-elfo ao olhar para os dois e em seguida, deixa a estalagem.
- Se apresente. – Diz Garreth ao meio-orc. – Gostaria de saber quem lutará ao meu lado contra a ameaça dos goblins.
- Sou Dork. – Fala o meio-orc com sua voz gutural.
- Dork? Apenas Dork.
- Apenas Dork.
- Então agora que nos conhecemos. – Diz Garreth ao sorrir ao meio-orc. – Vamos até o prefeito conversar sobre a tal recompensa.
- Dork quer recompensa. Vamos!
Assim os dois pretensos caçadores de goblins seguem juntos rumo à casa do prefeito de Beregost enquanto, nas sombras, um homem vestido trajes escuros os observa.