(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/1719_Tales_60.jpg)
Um mortal tenta pedir desejos para um gênio, mas a verdade é um tanto diferente do que a cultura pop lhe ensinou.
“Meu primeiro desejo é por mais desejos” disse o mortal para o DJinni.
“Não” foi a resposta do ser sem idade.
“Então as regras dos gênios proíbem este desejo, eu devia ter previsto. Então eu desejo que não hajam mais regras me impedindo de desejar por desejos infinitos.”
O Djinni pensou por alguns segundos para ter certeza de que ouviu o homem direito.
“Não.”
“Não vai me dizer que existe uma regra contra este tipo de desejo também?”
“Quais regras são estas ás quais se refere constantemente?”
“As regras dos gênios, que dizem que tipo de desejo vocês podem ou não cumprir. Sempre tem este tipo de coisa toda vez que alguém esfrega uma lâmpada.”
“Por que eu haveria de seguir regras? Tudo o que estou fazendo é lhe pagar o favor por ter me libertado daquele anel maldito.” Sua mão coçava a barba imaterial enquanto pensava. “E por quê um ser magnificente como eu, preso por desobedecer as leis de seu próprio povo, haveria de obedecê-las logo ao escapar?”
“Boa pergunta". O mortal imitava os gestos do gênio, refletindo nas consequências do que acabara de ouvir. “Outra pergunta, que tipo de crime você cometeu?”
“Matar mortais, o suficiente para cobrir campos inteiros com seu sangue.”
“Ah.” O homem respondeu com o tipo de calma só alcançável nos momentos de pânico mais profundos. “Bem, se é assim… Eu desejo que você volte á sua prisão, onde você merece ficar.”
“Muito bem.” O ser de fogo sem fumaça disse em um tom resignado.
Com um aceno de sua mão o mortal entrou em combustão, em um surto repentino de fogo e relâmpago.
“Não.”
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