Ele sempre agiu de forma independente. Alguém queria alguma coisa de outro alguém, eu providenciava. Eu não roubava por roubar e depois tentar revender, tinha sempre alguém por trás. Meu problema foi tentar pegar algo de alguém muito mais importante do que eu sabia... o pior é que foi uma missão fadada a falhar.
História resumida: por trás de algumas camadas de capangas e intermediários, estava o príncipe das sombras, querendo roubar algo importante do rei anão (em se tratando do príncipe, pode significar roubar algum segredo ou conhecimento da mente do rei ou coisa assim). Eu ser mandado para roubar alguma outra coisa de alguém ligado ao rei foi uma distração; eu falhar espetacularmente e ser pego era parte do objetivo (que eu não sabia, é claro). Um pequeno detalhe em um plano magistral.

Antes disso, por nunca ter prestado pra nenhum tipo de serviço "tradicional" (fraco demais para ser soldado, minerador, ferreiro, etc; tinha habilidade manual para tentar algo como ourives ou joalheiro, mas era pobre e pouco honesto para resistir a ficar com parte do material e sumir). Então cresci como um moleque de rua, membro de gangue de baderneiros, etc; eu mentia, enganava, batia carteiras, roubava comida e espancava outros para sobreviver.
E lá vem o clichê: sou órfão, é claro (pais mortos na queda do outro reino dos anões, talvez).

Depois que veio a fase de ladrão mercenário; me infiltrar na casa dos outros e roubar coisas (sejam itens valiosos ou documentos, ou mesmo apenas ouvir conversas).

Só depois de preso, com pena reduzida por bom comportamento e por ter delatado outros envolvidos (apenas o mínimo para me favorecer, sem entregar nenhum figurão), me vi "prestando serviços" de explorar as cavernas mais profundas e aumentar a riqueza do rei. Claro que eu já tinha alguma noção de como me virar em cavernas naturais, quando arranjava muitos problemas nas áreas "urbanas".

Estou imaginando uma sociedade anã que trata esse tipo de coisa com muito eufenismo. Anões de respeito não lidam com ladrões, espiões, criminosos; mas prestadores de serviços discretos, recuperadores de objetos valiosos, etc.